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PASSOS, V. C. dos S.; TEIXEIRA, C. M.; PAIVA, E. E. C.; (org.) BITENCOURT, J. J. da G.; (et al.). Didático de enfermagem: teoria e prática, v.I, II e III– 2 ed. – São Paulo, Eureka, 2017. Protocolo coordenado pelo Ministério da Saúde e ANVISA em parceria com FIOCRUZ e FHEMIG em 2013, consideram 9 certos para administração de medicamentos, mas segundo referência de BITENCOURT de 2017, temos 14 certos para enfermagem na administração de medicamentos: 01 Prescrição certa A prescrição deve ser conferida duas vezes pelo profissional que irá preparar a medicação. A receita deverá estar legível (preferencialmente informatizada), e o profissional de enfermagem deverá estar atento quanto à dosagem prescrita e a que se destina a medicação (se as ações medicamentosas de cada um estão relacionadas com o diagnóstico médico na prescrição). 02 Paciente certo O medicamento deve ser administrado ao paciente para quem é prescrito. Entretanto, a administração de um medicamento para o paciente errado é, ainda, um erro comum. Para que não haja erros ou trocas de pacientes, principalmente em casos de homônimos, deve-se conferir a pulseira de identificação do paciente, seu número de registro de internação, e proceder questionamentos orais para conferir seu nome completo e sua identificação pessoal, se possível. 03 Droga ou medicação certa Os enfermeiros não estão legalmente habilitados a receitar medicamentos, contudo, se não tiver certeza do nome da medicação prescrita (ou achar que é um medicamento errado), não deve administrá-lo sem antes verificar com o médico. A observação do nome completo no rótulo do medicamento e suas diluições deve ser muito bem comparada com a prescrição médica. 04 Validade certa É importante observar se o medicamento está dentro da validade antes de ser administrado. 05 Forma terapêutica certa Deverá ser administrada ao paciente a forma correta prescrita, ou seja, se a medicação apresenta mais de uma forma (líquida, spray, comprimidos, cápsulas, solução, dentre outros). O profissional deverá administrar corretamente a que foi prescrita, não procedendo substituições para evitar possíveis iatrogenias. Muitos medicamentos estão disponíveis em diferentes formas para administração por várias vias. Por exemplo, paracetamol vem na forma de comprimidos, cápsulas, xarope, supositórios e ampolas para administração intravenosa. A checagem da forma deve assegurar que atenda às especificidades do paciente, com a análise do tempo de absorção frente a cada apresentação da droga. 06 Dose certa Deve-se conferir a dose prescrita com a apresentação da dosagem no rótulo da droga. A dose certa é imprescindível de ser considerada. Dela depende o tratamento e a cura do paciente, lembrando-se de que as doses são calculadas para cada paciente de acordo com sua idade cronológica e seu peso corporal ou Índice de Massa Corpórea (IMC) e, portanto, deve ser respeitada. 07 Compatibilidade certa Algumas substâncias medicamentosas são incompatíveis com outras substâncias, e a equipe de enfermagem deve estar atenta a essas incompatibilidades. Em casos de diluição de medicamentos em que há precipitação medicamentosa (a solução torna-seturva na maioria das vezes), o medicamento deverá ser descartado e não poderá ser administrado ao paciente. É necessáriolembrar que quando o medicamento é do tipo endovenoso ou intramuscular, na maioria das vezes, ele já vem com sua própria solução diluidora, devidamente calculada e com a osmolaridade e a compatibilidade corretas (exemplo: diluentes dos tipos água bidestilada, água destilada, dentre outras), cabendo ao profissional utilizá-la como fonte de segurança da diluição. 08 Via ou caminho certo Enfermeiros só estão autorizados a administrar medicamentos por via prescrita, embora, às vezes, o médico possa dar uma escolha (IV / VO). O enfermeiro deve compreender as diferenças entre estas rotas, tais como a taxa de absorção ou início de ação. A via prescrita pelo médico deve ser literalmente considerada e executada. Se houver dúvidas, antes da administração, o profissional de enfermagem deve se reunir com a equipe e encontrar outra viabilidade para cada paciente levando-se em consideração as patologias diagnosticadas pelo médico e os diagnósticos de enfermagem elaborados pelo enfermeiro. 09 Hora certa A medicação deve ser administrada no tempo correto para garantir níveis séricos terapêuticos. Administrar a medicação na hora errada é, portanto, um tipo de erro. Todo medicamento deve ser administrado sem atrasos ou adiantamentos fidedignamente nos horários e aprazados pelo enfermeiro. 10 Tempo certo O tempo de administração de cada droga deve ser considerado. Algumas drogas, como o nitroprussiato de sódio, sofrem ações de oxidações após um tempo máximo de introdução EV de 4 horas e devem ser desprezadas imediatamente. 11 Ação certa Garantir que o medicamento seja prescrito pela razão certa. A ação do medicamento deve ser conhecida por todos os profissionais de saúde envolvidos na terapia e tratamento do paciente para que possam avaliar e procederem as considerações da administração da droga. 12 Orientação certa A orientação ao paciente deve ser dada a cada administração de medicamento e no ato da alta hospitalar ou alta ambulatorial, devendo o profissional mostrar-lhe o que está na prescrição médica e a droga que está sendo dada (com identificação correta), orientando-se quanto a ação, tempo e efeito esperado em seu organismo, possíveis reações adversas e horários em que deverão ser administradas. 13 Documentação e anotação certa Quando um enfermeiro administra uma medicação, deve sempre checar a documentação, pois ela fornece as informações necessárias para que o procedimento seja seguro. Por exemplo, o casode um medicamento que já tenha sido administrado ao paciente e não deve ser repetido. A anotação deverá ser em folha de enfermagem, mencionando o horário que a medicação foi administrada. Além disso, é preciso descrever quais foram as orientações que o paciente recebeu sobre a droga e suas ações, bem como a recusa em tomá-la (caso ocorra). Este relato deve ser feito com letra legível, assinada, apondo o número do registro do COREN (Conselho Regional de Enfermagem) do profissional que executou o procedimento. 14 Resposta certa Monitorar o paciente para que a medicação tenha o efeito. Esse direito da administração de medicamentos envolve uma avaliaçãoda eficácia da finalidade da medicação, que é crucial para alguns medicamentos de alto risco, tais como anticoagulantes, antiarrítmicos e insulina. Monitoramento para a resposta certa e detecção dos eventos adversos (farmacovigilância).
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