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Autora: Rosana Pereira Neonatologia • ICRS • Éguas têm baixa frequência de problemas no parto, mas alta frequência de problemas com o potro o Quando há problema no parto, é preciso urgência no atendimento • Gestação da égua: 320 a 370 dias • Muares: classe dos asininos (mula, burros, jumentos) – gestação maior o Jumento com uma égua: mula (fêmea) e burro (macho) • Mulas são muito usadas como receptores • Filhote vir a termo: nascer • Principais causas de aborto em éguas: herpesvírus, leptospirose, piroplasmose, garrotilho, carrapaticidas usados sem controle e desnutrição • Principais problemas no pré-parto: o Produção precoce de colostro, placentite, edemas, hérnias, ruptura do tendão pré-púbico • Previsão do momento do parto: dilatação e relaxamento vulvar, formação de “cera de abelha” no teto que impede a saída do colostro, garupa com depressão acentuada, pode ter eliminação do colostro dias antes do parto (o normal é sair no dia do parto) • Temperatura corporal: mais baixa durante a manhã e mais alta durante a noite o Quando o aumento não ocorrer: a égua pare no dia ou no próximo dia o Dores do parto causam isso • Algumas éguas não mostram esses sinais! • Local do parto é muito importante: não pode mudar muito próximo do parto (tem que ser 1 mês e mio antes pelo menos) o Pasto ou piquete: plano, com boa qualidade de pastagem, sem muita umidade o Baia: grande, conforto de serragem, feno (de cama), aquecimento para evitar a hipotermia o Topografia: não pode ser muito inclinado o Contenção da área: potro vai começar a explorar a área (cercas de madeira são melhores, arame pode machucar) • Colocar uma madrinha: animal mais velho, tranquilo para conter a movimentação do potro e evitar que o potro se machuque o Feito no desmame Autora: Rosana Pereira • Clima pós-nascimento: evitar que o potro tenha hipotermia é importante o Muita chuva: potro desenvolve dermatite e perde o pelo, fica apenas no couro o Alguns têm fotossensibilidade o Fazer proteção do neonato: local com proteção, cobertura, cercas, éguas mais juntas • A grande maioria das éguas parem à noite até de madrugada (ela só pare se estiver confortável e sentir que não há predadores) • Parto vigiado é importante: se houver distocia, é possível ser mais ágil no atendimento o Pode ser feito presencialmente o Por fullalert: sutura da vulva com um dispositivo conectado a um telefone (na hora do parto, a vulva expande e rompe a sutura liberando um alarme sonoro no celular) o Monitoramento por câmera em baias • Partos em galpões, baia, locais fechados o Tem que ter um espaço grande para a mãe e o filhote o Boa qualidade de cama e limpa • Estágios do parto o 1: inicio das contrações, micção frequente, agitação, movimento de cauda ▪ Deitam e levantam várias vezes ▪ Período de 2 a 5 horas antes da expulsão do potro ▪ Para de comer e começa a olhar par a barriga ▪ Movimenta a vulva ▪ Sudorese ▪ Sinais de cólica leve o Final do 1 e começo do 2: ruptura da membrana alantoide, liberação de líquido e insinuação do potro (o potro começa a sair) o 2: o potro já está insinuando o nascimento ▪ Final: expulsão do potro ▪ De 20 a 30 minutos de trabalho de parto ▪ Posição: animal em estação (em pé) ou em decúbito lateral o Final do 2 e início do 3: expulsão total do potro o 3: o potro já veio a termo ▪ Final: expulsão da placenta totalmente (muto importante) ▪ Se houver retenção de alguma parte da Autora: Rosana Pereira placenta, pode causar laminite (a placenta gera toxinas e pode causar uma infecção generalizada, afeta, principalmente, os cascos) • Anormalidades durante o parto o Estágios 1 e 2: se demorarem muito, faz a palpação transretal e transvaginal ▪ Verificar a viabilidade e o posicionamento do potro ▪ Se estiver em qualquer outra posição, é preciso fazer a manipulação manual para tentar posicioná-lo corretamente (se não conseguir, é preciso fazer a cesárea) ▪ Verificar a viabilidade (vida): colocar o dedo na boca do potro, ele vai ter o reflexo de mamar ainda no útero ▪ Se não houver boa abertura do canal de parto, considerar a cesariana caso o potro estiver viável ▪ Em caso de animal sem viabilidade: fetotomia (corta partes do feto e puxa ele para fora) para salvar a mãe • Cuidados com a égua e o potro pós- parto o Permitir que a égua se mantenha deitada por, pelo menos, 5 ou 10 minutos o Descanso, percepção ambiental do recém-nascido, reconhecimento materno-fetal o Veterinário: pode se aproximar após o reconhecimento e ver se o potro está respirando bem ▪ Se tiver alguma dificuldade, soprar o nariz do potrinho ou usar equipamento respiratório Autora: Rosana Pereira o Cuidados como cordão umbilical: se rompe no local de constrição, tem alteração de cor visível nesse local ▪ Desinfecção com tintura de iodo 10% o Colostro: deve-se certificar sua ingestão e qualidade do mesmo ▪ A qualidade é avaliada de acordo com a concentração de imunoglobulinas ▪ Se a densidade for maior que 1.060, OK ▪ Se a densidade for entre 1.050 e 1.060, administrar ao potro 350 ml de colostro com densidade maior que 1080 ▪ Se a densidade for menor que 1.050, administrar 700 ml ▪ Usar banco de colostro o 18-24 horas, avaliar a imunocompetência do potro ▪ Medir a concentração de igG plasmático do potro ▪ Teste sanguíneo rápido, comercial/laboratorial ▪ Caso a conctração de igG seja menor que 400mg igG/dl, está baixo (administrar, inicialmente, 20-40 ml/kgde plasma hiperimune) • Cuidados com potros órfãos o Menos de 12 horas de vida: assegurar a colostragem por meio de banco de colostro o Mais de 12 horas: fornecer leite diariamente ou ele deve ser adotado por outra égua ▪ Fórmula substituta do leite: ½ litro de leite integral de vaca, ½ litro de água potável, 2 colheres de sopa de sustagem ou sustacal, 2 colheres de sopa de açúcar cristal, 1 gema de ovo e 0.5 ml de Vitagold concentrado (suplemento) ▪ Indução à lactação de éguas não paridas para amas de leite: uso de hormônios (fármacos de benzoato de estradiol, progesterona e sulpirida) o Cuidado com hipotermia e hipoglicemia ▪ Capas protetoras ▪ Alimentação de qualidade Autora: Rosana Pereira o Limpeza do úbere (área de lactação) da mãe ▪ Redução de incidências de infecções do potro o Cuidado com a manipulação e deslocamento do potro recém- nascido ▪ É bom ter contato com o potro desde os primeiros dias de vida (potro fica mais receptivo ao ser humano) (imprint) ▪ Manipulação: segura o pescoço e o rabo (contenção) ▪ A égua parida deve estar junto ao potro em piquete/baia separados e adequados (para evitar lesões) • Principais afecções/problemas: o Prematuro: nasceu antes da hora, mas seu organismo está desenvolvido pra sustentar sua sobrevivência o Imaturo: não tem o organismo formado corretamente para sua sobrevivência o Septiciemia/Infecção: principal causa de morte em potros ▪ Infecção generalizada de vários órgãos ▪ Falta de imunidade passiva (colostro sem qualidade) ▪ Mucosas inflamadas ▪ Escherichia coli, Streptococcus sp., Klebsiella sp. ▪ Uso de antibióticos, fluidoterapia o Síndorme do mal ajustamento/Encefalopatia por hipóxia neonatal: dificuldade em levantar, sintomas neurológicos ▪ Compressão da cabeça contra a parede, dificuldade de mamar ▪ Tratamento intensivo e internação o Piroplasmose: transmissão pelo carrapato ▪ Babesia caballi ▪ Febre, icterícia (mucosas amarelas), dificuldade em mamar, Autora: Rosana Pereira fraqueza, escurecimento da urina, magreza ▪ Tratamento:transfusão sanguínea, hidratação, imidocarb (imizol) • Patologias congênitas responsivas a tratamento o Hérnia umbilical: infecções umbilicais, pressionar a hérnia para cima para diminuir; se a héria não reduzir até o desmame, correção crúrgica o Patologias locomotoras • Problemas congênitos não responsivos a tratamento compatíveis com a qualidade de via o Geralmente, ocorre por má formação fetal o Wry nose (focinho torto): deformidade congênita dos ossos da face ▪ Compressão e distorção da face em mal posicionamento uterino ▪ Geralmente, em éguas de menor distensão ▪ Diminui a capacidade respiratória, dificulta a alimentação ▪ Correção cirúrgica o Isoeritrólise neonatal: aparece entre 24 a 36 horas após o nascimento ▪ Baixa incidência ▪ Incompatibilidade sanguínea da mãe com o potro ▪ Gera hipersensibilidade do potro pela ingestão do colostro ▪ Icterícia, anemia, fraqueza, letargia, menos mamadas, pode levar a óbito ▪ Evita-se o acasalamento dessa água ▪ Se souber o histórico da mãe, deixa o potro na presença da mãe, mas não o deixa mamar o colostro (focinheira) ▪ Uso do banco de colostro ▪ O tratamento é muito complexo o Retenção de mecônio ▪ Mecônio: as primeiras fezes do potrinho (devem ser eliminadas em até 12 horas) o Diarreias em potros: multifatorial Autora: Rosana Pereira ▪ Nutricional: o potro mama um excesso de leite ▪ Parasitismo ▪ Bacteriana ▪ Viral ▪ Tratamento depende da causa: reposição de eletrólitos, antibióticos, vermífugos, fitoterápicos (camomila, hortelã) ▪ Prevenção: ambiente limpo, colostragem adequada, vermifugação adequada, evitar grandes densidades, higienização, piquetes com potros da mesma faixa etária • Cuidados com a égua o Evitar mastite o Expulsão da placenta: deve ser expulsa até 6 horas depois o Pode ter Endometrite e laminite
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