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Curso de Gestão de Empreendimentos Sustentáveis

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PROGRAMA VIVER FORA DO SISTEMA 
Curso de Gestão de Empreendimentos Sustentáveis 
 
 
Fertilidade do solo 
 
Facilitador: Eng. Daniel Dias 
 
 
Sumário 
Introdução ............................................................................................................................. 1 
Fertilidade do Solo, o que é? ................................................................................................. 2 
Adubação. Importância e principais métodos ........................................................................ 8 
Compostagem ....................................................................................................................... 8 
Primeiro: decomposição .................................................................................................... 9 
Segunda: fase de Maturação (reestruturação) ..................................................................10 
Terceira: fase de humificação ...........................................................................................10 
Adubação Verde...................................................................................................................10 
Biofertilizantes ......................................................................................................................13 
Outros adubos utilizados na Agricultura Orgânica ................................................................14 
Considerações Finais ...........................................................................................................15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos reservados. Proibida reprodução total ou parcial desta obra sem prévia autorização do 
autor. 
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1 
Introdução 
 
Na produção agrícola, a intenção do produtor é atingir maiores rendimentos e 
menores custos, o que não é fácil de ser alcançado. Alias, o mais comum é a 
ocorrência de prejuízos, que contrariam sempre as expectativas do agricultor. Isso 
acontece, pois as variáveis envolvidas no processo produtivo são muitas e oscilam 
desde algumas de fácil compreensão e resolução até as muito complexas que exigem 
sólidos conhecimentos técnicos e científicos. 
 
Para uma adequada exploração de qualquer sistema de produção é 
conveniente o exame dessas variáveis e o diagnóstico da situação específica 
encontrada em determinado agroecossistema. Em qualquer situação, a produtividade 
obtida é resultante da ação integrada e simultânea dos fatores que compõe cada 
agroecossistema: planta, solo, clima e manejo. Estes fatores são interdependentes, ou 
seja, qualquer modificação em um deles pode refletir tanto na ação quanto na 
alteração de outro. Por exemplo, ao adotar o manejo de plantio direto, que é o plantio 
sem o revolvimento ou aração do solo, podem ser positivamente modificadas a 
biologia do solo, a profundidade de exploração das raízes, a retenção de umidade do 
solo, às condições microclimáticas nos arredores da planta, entre outras. 
Então, uma simples mudança no manejo pode acarretar em alterações 
positivas ou negativas nas características físicas, químicas e biológicas do solo, que 
irão influenciar diretamente no desenvolvimento da planta e em sua produtividade. 
Logo, podemos concluir que não há um fator mais importante do que o outro, bastando 
que um deles não atenda as necessidades da planta para que esta não atinja seu 
potencial produtivo. 
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2 
Por tanto, de maneira geral, qualquer que seja a situação, é imprescindível que 
práticas de conservação do solo sejam adotadas em todos os sistemas de produção, 
com objetivo de proteger os recursos naturais e a manutenção da oferta de serviços 
ambientais. 
Como não poderia deixar de ser, está nas mãos de cada agricultor a definição 
da estratégia a ser adotada para cada cultivo e cada propriedade. Cada caso é um 
caso, e como tal, cada um exige uma solução peculiar. 
Nesta aula falaremos sobre um fator importantíssimo para o desenvolvimento 
das plantas que é a Fertilidade do Solo. Veremos o que é, como determinar, e como 
trabalhar com ela para atender as exigências do seu cultivo e sempre manter o seu 
solo fértil e saudável. 
Fertilidade do Solo, o que é? 
 
Podemos definir a fertilidade do solo como o status de um determinado solo 
com respeito a sua capacidade de suprir os nutrientes essenciais ao desenvolvimento 
das plantas. 
 
Como vimos anteriormente, o Solo é um organismo vivo, que possui 
características químicas, físicas e biológicas próprias. Por tanto, para determinarmos a 
sua Capacidade em fornecer nutrientes as plantas, e consequentemente sua 
fertilidade, todas essas características devem ser observadas. 
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3 
A fertilidade química, em geral, é a mais observada pelos agricultores 
preocupados em fornecer adubos químicos para abastecer o solo de nutrientes para 
as plantas. A fertilidade química indica a reação do solo, ou seja, se está ácido ou 
básico, através de seu pH; a quantidade ou concentração de nutrientes essenciais às 
plantas e a presença ou ausência de elementos tóxicos às plantas, principalmente o 
Alumínio. No entanto, apenas com estas informações não podemos dizer muito sobre 
a Capacidade do solo em fornecer estes nutrientes para as plantas. O solo pode ter 
uma boa quantidade de nutrientes, mas estes estarem inacessíveis às plantas. Por 
tanto, tempos que observar também a fertilidade física do solo. 
 
A fertilidade física diz respeito principalmente à acessibilidade das plantas aos 
nutrientes existentes. São elementos importantes a profundidades do solo, a 
existências de impedimentos a penetração radicular, porosidade, retenção de água, 
disponibilidade de oxigênio, estruturação e grau de agregação. Logo, um solo rico em 
nutrientes pode não ter a capacidade de suprir os nutrientes essenciais a planta, pois 
pode estar saturado de água, ou possuir camadas compactadas que impedem o 
desenvolvimento radicular. 
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Já a fertilidade biológica do solo irá depender dos organismos vivos presentes, 
constituídos pelas plantas – cultivadas e espontâneas; fauna do solo e micro-
organismos. Sua ação depende da quantidade, diversidade, atividade e funções ou 
serviços ecológicos que exercem. Um solo vivo é capaz de rapidamente transformar 
resíduos orgânicos em matéria orgânica, o que contribui significativamente para a 
fertilidade do solo, seja em suas propriedades físicas ou químicas. 
 
Então, como podemos determinar se o nosso solo tem ou não capacidade de 
disponibilizar os nutrientes essenciais as plantas? Como determinar a fertilidade de um 
solo? Para a fertilidade física e biológica, podemos aplicar a metodologia de avaliação 
da qualidade do solo vista anteriormente, o que nos dará preciosas informações sobre 
estas características, e mostrará as principais limitações. 
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Já para a fertilidade química, apenas com uma análise laboratorial que iremos 
poder determinar a quantidade de nutrientespresentes no solo, para então saber se 
devemos aplicar ou não fertilizantes para adicionar nutrientes em deficiência para a 
cultura que queremos implantar. Cada planta possui exigências próprias para cada 
nutriente, sendo umas mais tolerantes a solos com baixa fertilidade e outras exigentes 
em solos com boa fertilidade. 
Certamente o ponto crítico para uma análise química do solo é a sua coleta, 
onde uma amostra representativa da área deve ser realizada e preparada de forma 
correta para o envio ao laboratório, garantindo resultados significativos e confiáveis 
para a sua área. Uma amostragem inadequada gera resultados falsos e acarreta uma 
série de prejuízos, como por exemplo, pode-se aplicar mais ou menos adubo do que 
seria necessário para a cultura, o que pode comprometer a produtividade ou aumentar 
os gastos com aquisição de fertilizantes e contaminação do solo. 
Vamos ver como devemos proceder para fazer uma amostragem em nosso 
solo, e conseguir coletar uma amostra precisa para sua análise química. 
 
Primeiramente, devemos compreender que todo solo apresenta grande 
variabilidade espacial e de atributos, onde amostras em números muito pequenos ou 
mal localizadas e mal distribuídas na área resultarão em sub ou superestimativa do 
nível de fertilidade química. 
Para garantir a representatividade das amostras, o terreno deve ser dividido em 
glebas tanto mais homogêneas quanto o possível. Nesta divisão, devemos considerar 
principalmente: 
• Tipo de cobertura vegetal – vegetação espontânea ou culturas plantadas. 
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• Forma de relevo e drenagem do solo, delimitadas pelas mudanças na 
declividade, como por exemplo, áreas de várzea ou íngremes. 
• Diferença nos atributos morfológicos do solo, principalmente cor e textura. 
• Histórico do uso da área, especialmente no que diz respeito ao emprego de 
fertilizante. 
• Destinação agrícola da gleba. 
Na figura acima é apresentada uma divisão hipotética, com três tipos de 
vegetação – pasto, culturas florestais e culturas temporárias, de limites 
aproximadamente coincidentes com três formas de terreno: encosta de morro, 
pequeno vale de encosta e várzea. Neste caso, podemos ainda subdividir essas áreas 
de acordo com sua destinação agrícola, como (A) Encosta de morro (pasto); B) Terço 
superior da encosta, plantio de culturas florestais, C) várzea (trigo); D) várzea – área 
em preparo para a implantação de cultura anual e. E assim, se ainda nestas glebas, 
houver diferenças quanto a cor ou textura do solo, ou outra característica significativa, 
fazemos nova divisão. Devemos sempre chegar a uma gleba que seja homogênea. 
Após realizarmos a divisão em glebas homogêneas, e já termos definido qual 
será a área que queremos analisar, iniciamos a coleta das amostras. 
O primeiro passo para a coleta, é determinar qual será a profundidade que 
iremos cavar e retirar a amostra. A amostragem deve ser feita em profundidade até 
onde se verifica a maior concentração de raízes da planta que queremos cultivar, 
sendo chamada de ‘’profundidade efetiva do sistema radicular’’. Cada cultura possui 
uma profundidade efetiva do sistema radicular diferente, por exemplo, nas hortaliças 
folhosas geralmente é de 30 centímetros, para frutíferas, de 60 centímetros a 1, 0 
metro. Por tanto, devemos saber qual é esta profundidade efetiva da raiz de nossa 
cultura de interesse. 
 
 Para coletar amostras em mais de uma profundidade, devemos retirar uma 
amostra da camada superficial, por exemplo de 20 centímetros e depois outra amostra 
em camada subsuperficial, de 20 a 40 centímetros. Se for necessário, continuamos 
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coletando, até atingir a profundidade efetiva que precisamos. Em geral, abaixo de 
60cm, o manejo da fertilidade começa a ser mais complexo. 
 Dentro da gleba homogênea, nós iremos coletar diversas amostras, que serão 
chamadas de ‘’amostras simples’’. Para coletá-las, iremos caminhar pela área em 
Zigue-Zague, e a cada 20 ou 30 passos iremos realizar uma coleta. Em geral, é 
necessário de 10 a 20 amostras simples por hectare, sendo 10 para áreas mais 
homogêneas com menor variabilidade. Em áreas menores do que 2 hectares 
recomenda-se a retirada de 20-40 amostras simples. 
 
Quando a amostragem é realizada em áreas de culturas perenes, como por 
exemplo, frutíferas, já implantadas e nunca adubadas, as amostras devem ser 
retiradas nos locais onde serão feitas as aplicações de adubo, ou seja, na projeção da 
copa, onde termina a copa da árvore, será onde iremos realizar a coleta. 
 Em áreas ainda não trabalhadas, antes da coleta deve-se ter o cuidado de se 
preparar a superfície do solo nos locais escolhidos para realizar as coletas, removendo 
pedras, vegetação espontânea, folhas, raízes e outros materiais, com cautela para que 
não seja feita a remoção de parte do solo. 
 Aula prática: [campo, coleta, mistura, secagem, destorroamento, envazamento 
identificação]. O material das amostras simples de cada gleba então é reunido, e 
misturado em um recipiente; por exemplo, um balde ou lata de 10L ou 20L, 
previamente limpo. Nesse recipiente as amostras devem ser bem misturadas, até ficar 
uma amostra homogênea. Desta amostra composta feita com amostras simples 
coletadas, iremos separar de 200 a 300g de terra, espalhar em uma folha de jornal e 
destorroar, deixando secar a sombra e ao ar naturalmente. Quando a amostra estiver 
seca, podemos colocar em um saco plástico limpo, e identificado, com nome, data e 
número da gleba para envio ao laboratório. Com o resultado da análise, e a partir de 
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orientações técnicas, você obterá um diagnóstico preciso sobre a fertilidade química 
de seu solo. 
Adubação. Importância e principais métodos 
 
Agora que conhecemos a fertilidade física, química e biológica de nosso solo, e 
sabemos seus principais pontos fortes e fracos, seus potenciais e o que deve ser 
melhorado para que ele possa ter plena capacidade de suprir todos os nutrientes 
essenciais à planta, vamos conhecer algumas técnicas de melhoria da fertilidade do 
solo, fundamentais para a melhoria da fertilidade do solo em todas as suas dimensões, 
química, física e biológica. 
 
Compostagem 
 
A primeira técnica que veremos é a compostagem, que nada mais é do que a 
reciclagem da matéria orgânica de origem vegetal e animal, os quais são 
transformados em um produto denominado composto, que é a matéria orgânica 
mineralizada, pronta para o uso, ou seja, é matéria orgânica em conserva. 
Anteriormente vimos a importância da matéria orgânica para o solo, e como ela atua 
na melhoria de suas características e fertilidade, por tanto, o composto é um 
importante aliado, principalmente quando trabalhamos em áreas degradadas ou de 
baixa fertilidade. 
A compostagem é um processo biológico de decomposição de resíduos, que 
depende de uma fonte de proteína (Nitrogênio), que pode ser folhas verdes, estercos, 
lixo orgânico, grama cortada, semente café, resíduos de cozinha, etc.; e uma fonte de 
energia (Carbono) – como palhada, restos de cultura, folhas secas, serragem. Este 
material é colocado em uma pilha de 1,2m largura e até 1,5m de altura, com 
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comprimento variável, as camadas de material devem respeitar uma proporção de 3:1, 
ou seja, 15 cm material seco (fonte carbono) e 5cm (fonte nitrogênio). 
Feito isso, inicia-se o processo de decomposição de todo este material, que 
dependerá de umidade, temperatura e aeração. As substâncias nutritivas (fonte de 
proteina N), são rapidamente decompostas pelos microrganismos. Essa reação libera 
energia na forma de calor e à formação de gás carbônico e água. 
A decomposição de CELULOSE E LIGNINA (material seco, fonte de energia) é 
mais lenta e forma o material húmico (humus), que pode ser considerado produto final 
da compostagem, ou seja, É o próprio composto. 
O processo de decomposição deste material e transformação em húmus passa 
por três etapas. 
 
 
 
Primeiro: decomposição 
 Decomposição da matéria orgânica facilmente degradável, como, por exemplo, 
carboidratos. A temperatura pode chegar naturalmente a 65-70 °C. Nesta temperatura, 
durante um PERÍODO DE CERCA DE 15 DIAS, é possível eliminar as bactérias 
patogênicas, como, por exemplo, salmonelas (PASTEURIZAÇÃO NATURAL), além de 
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ervas, inclusive daninhas, ovos de parasitas, larvas de insetos, e qualquer 
contaminante para o seu cultivo. 
Segunda: fase de Maturação (reestruturação) 
 Vão atuar bactérias e fungos. A temperatura fica na faixa de 45-30 °C, e o 
tempo pode variar de 2 a 4 meses, dependendo da temperatura ambiente, quanto 
mais quente, mais rápido o processo. 
Terceira: fase de humificação 
Celulose e lignina DA PALHA são transformadas em substâncias húmicas, que 
caracterizam o composto. A temperatura cai para a faixa de 25-30 °C. Aparecem 
minhocas. 
Durante todo o processo é importante manter o material sempre úmido, 
molhando-o pelo menos uma vez por semana. A cada 30 dias, revolver o material. 
Aos 90 dias, aproximadamente está pronto. O composto permite o aproveitamento da 
matéria orgânica disponível durante o ano todo, em um armazenamento quase sem 
perdas dos nutrientes e Já está pronto para ser absorvido pela planta e solo. 
Adubação Verde 
 
A adubação verde é uma técnica consolidada e muito difundida na 
Agroecologia e Agricultura orgânica, e esta intimamente ligada ao fornecimento de 
Nitrogênio ao solo. 
 
 O nitrogênio é o mineral mais requerido na natureza, sendo o mais limitante. 
Sua origem não está na decomposição da rocha, como o Potássio ou Cálcio por 
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exemplo. Sua origem é a atmosfera, representando até 78% dos seus gases. Mas 
apesar dessa abundância na atmosfera, existe escassez no solo deste elemento como 
nutriente para as plantas. 
 No solo, 95 a 98% do Nitrogênio está em formas orgânicas, na constituição da 
matéria orgânica, nos restos vegetais e animais. O Nitrogênio inorgânico, ou seja, na 
forma como as plantas conseguem absorver corresponde a apenas 2 a 5%. Mas por 
quê tão pouco? O nitrogênio é volátil, e retorna facilmente a seu estado gasoso, 
principalmente quando esta nas formas inorgânicas. Quando está na matéria orgânica, 
o nitrogênio fica estocado, e vai sendo liberado aos poucos pela ação de bactérias. 
 E quando ele está na atmosfera, como é fixado para o solo?! Existem 
basicamente 03 vias pelo qual o Nitrogênio vem para o solo. A 1º é através da ação 
dos Relâmpagos, onde com a intensa temperatura e pressão criada na atmosfera, o 
elemento transforma-se de sua forma gasosa para sua forma inorgânica, precipitando 
no solo. 
 
 
 A segunda via é pela ação do metabolismo de algas cianofíceas, ou algas 
azuis, e a terceira via se dá pela ação de bactérias fixadoras de nitrogênio que 
colonizam raízes de plantas, principalmente as da família das leguminosas. 
 A indústria do petróleo consegue reproduzir as condições de temperatura e 
pressão que os relâmpagos produzem, e assim consegue fixar este nitrogênio, mas a 
um gasto energético muito grande. 
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 Então, o método mais acessível para conseguirmos trazer esse nitrogênio da 
atmosfera é trabalhando junto com as bactérias, em um processo chamado de Fixação 
Biológica do Nitrogênio – FBN. 
 A FBN ocorre através de bactérias em simbiose com a raiz da planta, que em 
seu metabolismo fixam o nitrogênio atmosférico, fornecendo-o prontamente para a 
planta, que após o seu ciclo, apresentará uma matéria orgânica rica em nitrogênio. Em 
troca, a planta fornece energia para as bactérias, em forma de seiva elaborada 
(açucares). 
 
 As colônias de bactérias formam Nódulos na raiz, e possuem preferência por 
espécies leguminosas e algumas gramineas. Estas bactérias são naturais no solo, 
mas podemos inoculá-las através de uma solução (pasta) adicionada a semente 
antes do plantio. 
 Quando a planta chega próxima a sua floração, é feito a roçada e toda a sua 
matéria orgânica irá cobrir o solo, decompondo lentamente o nitrogênio acumulado. 
Esta prática possui inúmeras vantagens como recuperação de solos de baixa 
fertilidade, intensificação da atividade biológica no solo, ciclagem de nutrientes, além 
de beneficiar as propriedades físicas do solo também como estruturação e aeração. 
 Existem uma série de espécies recomendadas para adubação verde, para a 
escolha da espécie adequada deve-se levar em conta a época do plantio, e hábito, se 
trepador, arbóreo, herbáceo, etc. As principais espécies utilizadas são : Crotalária, 
Feijão de Porco, Mucuna, Feijão Guandu, Ervilhaca, Sorgo, Milheto, Tremoço, e 
muitas outras. 
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 Biofertilizantes 
 
 Os Biofertilizantes Podem ser considerados como compostos orgânicos em 
meio líquido, proveniente de um processo de decomposição da matéria orgânica 
(animal ou vegetal) através de fermentação anaeróbia (fermentação bacteriana sem a 
presença de oxigênio), ou aeróbia (com a presença de oxigênio) em meio líquido. 
 O biofertilizante pode ser utilizado tanto como Adubo Foliar, ou seja, adubo 
aplicado diretamente nas folhas das plantas para que estas absorvam seus nutrientes, 
assim como também pode ser utilizado em aplicação direta ao solo, principalmente 
para estimular a atividade biológica. 
 
 Vamos ver uma receita básica, que pode ser aplicado tanto no solo quanto nas 
plantas, e que a partir dela você poderá incrementar com outros nutrientes, de acordo 
com o que necessitar. 
 Nesta receita, o biofertilizante é preparado por meio anaeróbio, ou seja, sem a 
presença de ar. Para isso, em um tambor de 100L você irá colocar 1/3 de seu volume 
com esterco fresco, 1/3 de água e 1/3 de ar, pois este processo irá produzir gás. O 
tambor deverá ser vedado completamente, com uma pequena abertura para que 
passe uma mangueira que ficará dentro do tambor, e na outra ponta, dentro de uma 
garrafa de água, garantindo que nenhum ar ira entrar dentro do tambor. A produção do 
gás irá produzir bolhas na garrafa, indicando que o processo de fermentação está 
ocorrendo. Comas bolhas pararem de aparecer, o seu biofertilizante estará pronto. 
Deve ser sempre utilizado em diluições, como de 1 parte para 10, ou seja, 1L para 
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10L, ou ainda mais diluídos, dependendo de sua composição. Existem diversas outras 
receitas, onde você poderá acrescentar elementos a esta calda como cinza de 
madeira, folhas de plantas de adubação verde, ricas em nitrogênio, ou ainda urina de 
vaca, melaço, soro de leite, etc.. 
 
Outros adubos utilizados na Agricultura Orgânica 
 
 Além destas técnicas de melhoria da fertilidade do solo, podemos utilizar 
alguns materiais que são fontes de nutrientes essenciais às plantas, e são facilmente 
encontrados nas lojas especializadas em todo o Brasil, como por exemplo: 
Produto Nutriente 
Torta de Mamona Nitrogênio 
Farinha de Osso Fósforo e Potássio 
Farinha de Peixe Nitrogênio 
Cinzas de Madeira Potássio 
Torta de Algodão Nitrogênio 
Esterco curtido de boi Nitrogênio e Potássio 
Esterco curtido de galinha Nitrogênio 
 
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Considerações Finais 
 
 Agora você já sabe como diagnosticar a fertilidade de seu solo e os principais 
métodos que pode utilizar para a sua melhoria. Trabalhe sempre considerando a 
fertilidade química, física e biológica do solo, e certamente obterá bons resultados, 
alcançando a produtividade desejada. 
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