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Imunologia- Mecanismo de resistência bacteriana

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IMUNOLOGIA – 26/04/2021 
 Uma vez que se identifica uma infecção bacteriana, 
deve ser administrado um antibiótico de amplo 
espectro 
 Antibiótico de amplo espectro: antibiótico 
que inclui a maioria das espécies 
bacterianas 
 Usa essa estratégia até se ter uma 
resposta inicial 
 Se ficar tomando antibiótico inespecífico, 
quando for realmente preciso, uma coisa 
específica não vai funcionar 
 Resposta inicial: já se sabe se é uma bactéria gram 
positiva ou gram negativa, ou ainda do tipo bacilo 
álcool-ácido resistentes 
 Essa informação permite que haja a troca 
do antibiótico: deixa de administrar um de 
amplo espectro e se administre um 
específico para bactérias gram positivas, 
por exemplo  através de um teste 
laboratorial se consegue saber qual o tipo 
de bactéria 
 O tipo específico de bactéria vai ser 
identificado através de uma cultura 
bacteriana  importante para caracterizar 
e isolar a bactéria 
 Depois da cultura, avalia-se qual o melhor 
antibiótico 
 
ANTIBIÓTICOS 
 Antibióticos são substâncias químicas produzidas 
por diferentes espécies de microrganismos que 
suprimem o crescimento de outros microrganismos 
e podem eventualmente destruí-los 
 Uso frequente de antibiótico pode gerar resistência 
 Mecanismo de ação: 
 Podem agir na membrana celular, parede 
celular, síntese das purinas e síntese do 
ácido fólico, síntese proteica, função e 
estrutura do DNA 
 Antibiótico pode agir em qualquer parte da 
bactéria 
 Pergunta: qual medicamento deve ser 
usado e qual a dose? 
 
 
HISTÓRICO 
 Alexander Fleming, 1929: Penicillium notatum 
 Segunda guerra mundial, 1940: Penicilina 
 Auxiliou no processo infeccioso de muitas 
pessoas 
 Tiro  rompe barreira inespecífica  
entrada de microrganismos no corpo  
início a um processo infeccioso  sepse 
Paciente 1: está bem, dormindo 5 horas por dia, alimentando-
se bem e de forma saudável, não há excesso de café, realiza 
exercício físico.. vive a vida sem nenhum tipo de estresse 
 Infectou-se com Staphylococcus aureus (bactéria 
gram positiva), devido a algo presente em algum 
alimento ingerido  desbalanceou a microbiota e 
paciente está apresentando uma gastroenterite 
Paciente 2: prova de MAD, prova de OMF, monitoria para 
preparar, vários trabalhos para entregar, está sem dormir há 
2 semanas... vive estressado 
 Sempre apresentou casos recorrentes de amidalite, 
os quais eram tratados com antibióticos 
 Desenvolveu uma infecção por Streptococcus 
(bactéria gram positiva) 
 
 Medicamento que se toma para Streptococcus vai 
destruir as bactérias gram positivas, se tomado com 
certa frequência e sabendo que se tem esse tipo de 
bactéria na microbiota normal, garante que a 
Staphylococcus aureus se torne resistente ao 
antibiótico 
 Quando o paciente desenvolver uma infecção por 
Staphylococcus aureus, e se tomar o mesmo 
medicamento para bactérias gram positivas, não vai 
funcionar 
Paciente 2 é muito mais resistente aos medicamentos 
antimicrobianos gram positivo que o paciente 1 
 Anamnese e história clínica são de suma importância 
 Para cada paciente, é preciso ser feito antibiograma: 
sabe-se que os pacientes possuem uma infecção por 
Staphylococcus aureus, logo, deve-se plaquear o 
Staphylococcus de cada paciente e vai colocar discos 
de antibióticos com variações de dosagem  é 
preciso avaliar se em uma concentração menor vai se 
conseguir controlar a infecção 
 Pode ser que para o paciente 2 o medicamento 
indicado seja a Penicilina de 200mg e, para o paciente 
1, Tetraciclina de 1g 
 
 Sepse: “tempestade” de mediadores 
químicos secretados pelo organismo, 
tentando controlar um processo infeccioso; 
leva o paciente a morte por não conseguir 
controlar a infecção 
 Penicilina fazia com que os soldados 
melhorassem muito rápido  em excesso 
causou resistência 
 
MÉTODOS MICROBIOLÓGICOS PARA DOSAGEM DE 
ANTIBIÓTICOS 
 ANTIBIOGRAMA: 
 É um teste de sensibilidade in vitro capaz 
de medir a susceptibilidade ou resistência 
de uma bactéria aos antibióticos por meio 
do espectro de sensibilidade observados 
na placa de cultura 
 ENSAIO MICROBIOLÓGICO DE ANTIBIÓTICOS: 
 A potência (atividade) de um agente 
antimicrobiano é determinada 
comparando-se a dose que inibe o 
crescimento do microrganismo sensível 
com a dose da preparação padrão do 
agente que produz inibição similar 
 Crescimento de um halo = não teve 
crescimento de bactéria 
 Escolhe sempre a menor dose para 
garantir que não vai haver resistência 
bacteriana 
 Tamanho do halo não significa que é o 
melhor antibiótico 
 
 DIFUSÃO EM ÁGAR: disco de papel 
 Discos de papel com 13mm de diâmetro 
 60μL 
 Solução P e A com pipeta ou imersão por 
tempo pré-definido 
 Os discos podem ser colocados 
manualmente com auxílio de pinça estéril 
sobre a superfície do meio ou através de 
equipamento apropriado sobre o meio 
inoculado 
 Ensaio: as placas devem ser incubadas a 
35ºC ± 2ºC e após 18-20 horas medem-se 
os diâmetros dos halos de inibição com 
auxílio de um paquímetro 
 
 
INTERPRETAÇÃO DO ANTIBIOGRAMA: 
 Sem halo: resistente 
 Antibiótico não funciona 
 Com halo: sensível 
 Halo pequeno: intermediário 
 
 
 
ELEIÇÃO DO ANTIBACTERIANO: ponto de vista 
medicamentoso 
1. Farmacocinética 
2. Absorção 
3. Biodisponibilidade 
4. Bioequivalência 
5. Distribuição: ligação à proteínas plasmáticas 
6. Reservatórios: compartimentos corporais 
7. Biotransformação: conjugação no fígado 
8. Excreção: renal, leite ou fezes 
 
 São características que todos os medicamentos 
possuem 
 Espectro de ação: 
 CIM: concentração inibitória mínima para 
cada M.O em provas de diluição seriada “in 
vitro” 
 Eleição do antimicrobiano depende de outros 
fatores, tais como: 
a. Toxicidade seletiva: a bactéria é um 
Streptococcus pyogenes, por exemplo, 
causando uma grande quantidade de 
amidalite e corre o risco de ativar a 
resposta imunológica para desenvolver 
uma resposta de anticorpos 
o Anticorpos atacam o SELF 
o Paciente pode desenvolver febre 
reumática ou artrite reumatoide 
b. Características da bactéria: se a bactéria 
tem parede celular e é gram negativa, se 
for administrado um medicamento para 
ácido tecóico, por exemplo, não vai 
funcionar 
o Ácido tecóico está presenta na 
membrana de bactérias gram 
negativas 
o Bactéria gram negativa: pensa-se 
em LPS 
o Ácido tecóico e LPS são PAMPs 
c. Cápsula: polissacarídeos sendo que 
alguns possuem atividade antifagocítica 
d. Parede celular: confere forma rígida à 
bactéria ocorrendo difusão de substâncias 
 
e. Periplasma: possuem proteínas e enzimas 
que auxiliam no transporte 
f. Flagelos: locomoção 
o Bactérias têm flagelos e, se for 
administrado um medicamento 
que não inclui detecção por 
fímbrias, se dá um medicamento 
com absorção no intestino  vai 
passar batido, pois não tem nada 
alojado 
g. Filamento axial: locomoção 
h. Pili (fímbrias): dá a capacidade de 
aderência, fertilidade 
i. Ribossomos 70s 
j. Divisão binária 
k. Ausência de mitocôndrias 
 
COMO ESCOLHER O ATM CERTO? 
 Três perguntas-chave devem ser feitas: 
1. Qual o sítio da infecção? 
 Diagnóstico clínico 
2. Quais os prováveis patógenos? 
3. Qual a gravidade da infecção? 
 
 
 
 Primeiro se pede para o paciente fazer o exame e, 
depois, tomar o medicamento 
 Dessa forma, garante-se que a forma de 
agir foi correta: tratou a bactéria certa 
 Klebesiella é clássica de trato urinário e, com 
apenas 2 dias de antibiótico, não é mais vista na 
cultura 
 Se tomar o antibiótico e for fazer o exame 
depois, não vai ser visto nada na cultura 
 Antibiótico foi em vão, mas paciente 
continua sentindo alguma coisa 
 
 
RESISTÊNCIA BACTERIANA 
 Fenômeno genético relacionado à existência de 
genes contidos no microrganismo, que codificam 
diferentes mecanismos bioquímicos que impedem a 
ação das drogas 
 Impede a ação das drogas: 
1. Pode tersido randomicamente 
2. Pelo excesso 
 Bactéria apresenta 4 mecanismos principais de 
resistência: 
 
 
 Estudos realizados por Mc Gowan (2001) indicam 
explicações para a disseminação da resistência 
microbiana: 
 30-40%: infecções por microrganismos 
resistentes 
 20-25%: pressão de seleção do uso de 
ATM 
 20-25%: introdução de novos 
microrganismos 
 20%: outras causas 
 
TIPOS DE RESISTÊNCIA: 
 Resistência natural ou intrínseca: 
 Caracteriza uma determinada espécie 
bacteriana e compõe a herança genética 
cromossômica do microrganismo 
 É um caráter hereditário, transmitido 
verticalmente as células filhas 
 Ex.: ausência do receptor para a ação do 
antibiótico 
 Resistência adquirida: 
 Surgimento do fenômeno de resistência a 
um ou vários antibióticos numa população 
bacteriana originalmente sensível 
 Mutação ou transferência (cromossoma, 
plasmídeo, bacteriófago ou transposons) 
 Pode ser por: mudança de pH, alteração 
intrínseca, espécies reativas de oxigênio, 
dificuldade de oxigenação... 
 Aumenta ou diminui a resistência da 
bactéria 
 Resistência induzida: 
 Desrepressão de genes responsáveis por 
uma determinada característica 
Sabe-se que Streptococcus é clássico das vias 
respiratórias superiores, logo, não é surpresa administrar 
um medicamento que vá agir sobre bactérias que 
estejam no trato respiratório superior 
 
 Desrepressão: tem dentro da bactéria um 
plasmídeo que, naturalmente, codifica 
proteínas de resistência 
o Mexe no plasmídeo e se coloca 
uma proteína S, por exemplo, 
tornando a bactéria sensível a 
antibiótico, funcionando melhor 
 
 A taxa de descoberta de novos antimicrobianos vem 
diminuindo e, as taxas de resistência, vem 
aumentando 
 
Resistência em S. aureus: 
 Década de 40: resistência a penicilina 
 Bactéria passou a produzir uma proteína capaz de 
clivar ampicilina 
 Proteína: β-lactamase 
 Resistência induzida 
 Proteína é resistente a: penicilinas naturais 
e penicilinas de amplo espectro 
 Sensível a: oxacilina, cafalosporinas e 
carbapenêmicos 
 Década de 60: resistência a meticilina 
 Produção de proteína ligadora de penicilina (PBP) 
alterada 
 PBP2a, gene mec A 
 Resistente a: oxacilina (MRSA/ORSA) e 
todos os β-lactâmicos 
 
SURGIMENTO DA RESISTÊNCIA: 
 O uso de ATM promove a adaptação ou a morte dos 
microrganismos, em um fenômeno conhecido como 
pressão de seleção 
 Os microrganismos que sobrevivem 
possuem genes de resistência, que podem 
ser transmitidos a outros microrganismos 
da mesma espécie ou até mesmo, de 
outras espécies 
 Bactérias podem trocar ou transferir genes de 
resistência entre elas por diferentes vias, sendo que 
estas podem ocorrer independentemente da 
replicação bacteriana 
 Resistência é algo negativo na clínica, mas pode ser 
algo positivo em aspectos científicos 
 
EMERGÊNCIA DE RESISTÊNCIA MICROBIANA: 
 
 
SELEÇÃO DE CEPAS RESISTENTES: 
 
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA: 
 
 Alteração de permeabilidade: alteração na 
superfície 
 As bactérias utilizam esta estratégia na 
aquisição de resistência 
 Alteração específica da membrana celular 
externa de P. aeruginosa, pela qual o 
imipenem geralmente se difunde 
 
 Mecanismo enzimático: secreção de algo, de 
forma enzimática, para destruir o antibiótico 
 O mecanismo de resistência bacteriano 
mais importante e frequente é a 
degradação do antimicrobiano por enzimas 
 Como ocorre? Hidrólise do anel beta-
lactâmico, destruindo o local de ligação às 
PBPs bacterianas impedindo o efeito 
antibacteriano 
 As enzimas destroem ou modificam o 
antibiótico 
 
 
 
 Bomba de efluxo: colocar para fora 
 O bombeamento ativo de antimicrobianos 
do meio intracelular para o extracelular, isto 
é, o seu efluxo ativo, produz resistência 
bacteriana a determinados antimicrobianos 
 A resistência às tetraciclinas codificada por 
plasmídeos em Escherichia coli resulta 
deste efluxo ativo 
 Bombas no interior da bactéria fazem com 
que, assim que o antibiótico entra na célula, 
ele seja lançado para o meio externo 
 
 
 Alteração do sítio de ação: impede que o 
antibiótico se conecte 
 Antibióticos geralmente entram nas 
bactérias através de canais protéicos 
(porinas) da parede celular de BGN  
alteração de acesso ao sítio alvo, 
diminuição da permeabilidade 
 Staphylococcus aureus resistente a 
meticilina (MRSA) e Staphylococcus 
coagulase negativos (SCN) adquiriram 
gene cromossômico mecA e produzem 
uma proteína de ligação da penicilina (PBP 
ou PLP) resistente aos β-lactâmicos, 
denominada 2a ou 2‘ 
 Para funcionar, o canal precisa ser redondo 
 passa a ser quadrado 
o Com a mudança estrutural do 
alvo, o antibiótico perde a 
capacidade de se ligar ao sítio 
 
FATORES ENVOLVIDOS NA DISSEMINAÇÃO DA 
RESISTÊNCIA MICROBIANA: 
I. Microrganismo 
 Mecanismo de resistência natural 
 Facilidade de transferência do gene de 
resistência 
 Capacidade de sobrevivência 
 Virulência e inóculo 
II. Fatores relacionados ao paciente 
 Presença de corpos estranhos 
 Defesas/sistemas imune 
 Vacinação 
 Flora normal, comensal 
 Colonização 
III. Uso de antimicrobiano 
 Dose 
 Número de drogas 
 Duração do tratamento 
 Espectro de atividade 
 Concentrações teciduais 
IV. Fatores relacionados ao ambiente 
 Transmissão cruzada (adesão à higiene 
das mãos e às precauções de contato) 
 Superlotação 
 Relação nº de enfermeiros/nº de pacientes 
 Limpeza do ambiente, equipamentos 
 Detecção laboratorial precoce 
V. Isolamento da bactéria resistente 
 
ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO: 
 Informação é a chave!! 
 
 Microrganismo susceptível: aquele que responde 
positivamente ao antibiótico 
 
 
USO RACIONAL DE ATM: 
 Fatores de resistência microbiana: 
 Uso inadequado de antimicrobianos 
 Falta de adesão dos profissionais de saúde 
às medidas recomendadas para prevenção 
da transmissão de microrganismos 
 Consequências da resistência microbiana em 
serviços de saúde: 
 Aumento da morbidade 
 Aumento da mortalidade 
 Prolongamento do tempo de internação 
hospitalar 
 Elevação dos custos do tratamento 
 Por que insistir no uso racional? 
 50-75% das prescrições é inadequada 
 Uso excessivo ligado à emergência de 
cepas multi-resistentes 
 Efeitos adversos 
 Custos 
 Por que ocorre a prescrição incorreta? 
 Diagnóstico incorreto de infecção 
 Interpretação errônea do exame 
microbiológico 
 Falta de conhecimento sobre patógenos 
 Falta de conhecimento sobre a droga 
 
 Antimicrobianos são divididos em “fracos”, 
“médios” e “fortes”, o que se confunde com 
o conceito de gravidade clínica 
 Insegurança para fazer downstepping 
 Prescrição segundo exemplo de superiores 
(eu “gosto” da droga X) 
 Propagando da indústria farmacêutica 
 
 “Droga de escolha” 
 Mais eficaz, menos tóxica, de menor 
espectro e melhor custo-benefício 
 Indicação apropriada 
 Não esquecer de suspender 
PROPOSTA DE DIRETRIZES NACIONAIS PARA 
POLÍTICA DE ANTIMICROBIANOS 
 Resistência bacteriana: 
 Fenômeno biológico natural ou problema 
significante de saúde pública? 
o A resistência bacteriana (RB) 
poderá devolver o mundo para a 
era pré-antibiótica 
o O uso inadequado de antibióticos 
poderosos  drogas cada vez 
menos efetivas 
o Nós podemos estar perdendo 
para sempre nossa oportunidade 
de controlar e eventualmente 
eliminar as doenças infecciosas 
mais perigosas  a porta está se 
fechando 
o A estratégia mais efetiva contra 
RB é fazer certo da primeira vez, 
destruir inequivocadamente os 
micróbios, derrotando a 
resistência antes que ela aflore 
 Expansão e desenvolvimento: 
o Profissionais de saúde: atenção 
no emprego de novas drogas sem 
enfatizar o diagnóstico correto, a 
prescrição adequada e meios 
para garantir a aderência do 
paciente ao tratamento 
o Medicamentos livremente 
disponíveis para os pacientesde 
maior poder aquisitivo. Maioria 
recorre a produtos de qualidade 
duvidosa ou a tratamentos 
truncados  seleção  
resistência (países 
subdesenvolvidos) 
o Prescrição desnecessária por 
atitude defensiva, atuação sob 
pressão (países desenvolvidos e 
subdesenvolvidos) 
o Carência de recursos 
diagnósticos  atuação a partir 
de hipóteses diagnósticas não 
confirmadas  prescrição 
inadequada (países 
subdesenvolvidos) 
 Considerações gerais: 
o Resistência bacteriana-um dos 
maiores desafios ao Controle de 
Infecções em Serviços de Saúde 
o Plano de combate à resistência 
microbiana(EUA,1999) 
o “...a emergência daresistência 
microbiana é o sinal mais evidente 
que nós não temos levado a sério 
a ameaça das doenças 
infecciosas”(OMS, relatório de 
2000) 
Identificou que a bactéria foi S. aureus. No antibiograma vai 
aparecer: sensível, resistente ou intermediário para a bactéria 
em questão, além de aparecer algumas “sugestões” de 
medicamentos, com a dosagem 
 Na falta do medicamento indicado na categoria 
“sensível”, o intermediário é o mais indicado 
RECOMENDAÇÕES OMS- SELEÇÃO DE UM ATM 
 Microrganismos: colher culturas 
 Topografia 
 Gravidade 
 Toxicidade: passado de reações alérgicas 
 Farmacocinética/farmacodinâmica 
 Custo 
 Colonização x infecção 
 Perfil de sensibilidade do hospital 
 
o Resistência às drogas-como este 
problema está minando a 
possibilidade de se tratar muitas 
doenças infecciosas (OMS, 
Relatório de 2000) 
o Utilização criteriosa dos 
antimicrobianos-nosso desafio e 
nossa meta (OMS, 2000) 
 
COMO O SISTEMA IMUNE INFLUENCIA A INFECÇÃO 
BACTERIANA? 
 É feito uma coleta, nas unhas, de S. aureus e E.coli 
para que seja feita uma plaqueação 
 S. aureus cresce e E. coli não, logo, confirma-se que 
nas unhas tem-se a presença de S. aureus 
 Presença de S. aureus significa que: a barreira 
inespecífica foi atravessada e pode estar gerando 
um processo infeccioso 
 Sistema imune inata, resposta inespecífica, 
vai agir para tentar controlar essa infecção 
bacteriana 
 Rompimento da barreira inespecífica  
neutrófilos 
 
 Neutrófilos vão agir contra: 
1. Cocos 
2. Diplococos 
3. Esporos bacterianos 
4. Estreptococos 
5. Estafilococos 
6. Bactéria flagelada 
7. Espirilos 
8. Bacilos 
9. Vibriões 
 Alguns neutrófilos sobrevivem e sinalizam para as 
células dendríticas e, outros morrem, também 
sinalizando para as células dendríticas  
AUMENTO DO NÚMERO DE LEUCÓCITOS NO 
HEMOGRAMA 
 
NEUTROFILIA: 
 Quantidade aumentada de bastões/bastonetes e um 
aumento nos segmentados  altera a quantidade 
dos leucócitos totais 
 Característica de uma infecção bacteriana 
 Neutrofilia do tipo bacteriana 
 
 
RECRUTAMENTOS DOS LEUCÓCITOS PARA OS 
TECIDOS: 
 Se vai haver recrutamento dos leucócitos, tem que 
saber como recrutar 
 Utilizam-se proteínas que vão modular a resposta 
imunológica 
 Proteínas são: integrina, selectina e 
quimiocinas 
 Uma vez que se tem um processo de infecção 
bacteriana, vai haver secreção de quimiocinas no 
meio 
 Quimiocinas pedem ajuda ao sistema 
imune 
 IL-6 é a quimiocina mais conhecida 
 Liberação de IL-6 faz com que se tenha a 
liberação de proteoglicanos na superfície 
da célula 
 Mas tem também a liberação de outras 
proteínas: IL-1, IL-12 e IL-16 
 A secreção de quimiocinas aumenta a expressão de 
selectina na superfície 
 Mais selectina = maior possibilidade dos 
ligantes dos ligantes de selectina (toda 
célula do sistema imune tem) se ligar 
 Quando a célula se prende à selectina, 
observa-se um aumento da afinidade, por 
mudança conformacional, do receptor de 
integrina  tem também a ligação do 
receptor de integrina na superfície 
 Quando se tem as duas ligações (selectina e 
integrina) haverá um favorecimento da diapedese 
 Diapedese: garante que a célula que 
estava na corrente sanguínea entre nos 
tecidos 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTREPTOCOCOS 
 Resposta imune é importante, mas depende de um 
fator super importante: o tipo de bactéria 
 Tipo da bactéria é importante para saber 
qual o tipo de antibiótico será usado e qual 
tipo de resposta imunológica 
 Grupos sorológicos: 20 grupos 
 Grupos de Lancefield: carboidrato C 
(variações na composição)  parede 
celular 
 Grupo A: Streptococus pyogenes 
 Grupo B: Streptococus agalactiae 
 Grupo C: S. equi, S. dysgalactine 
 Grupo D: S. bovis, S. equinus 
 Grupo viridans: S. mitis, S. mutans, S. salivarius 
 Grupo milleri: S. anginosus, S. intermedius 
 
RECONHECIMENTO DE MICRORGANISMOS PAMPs e 
DAMPs do SISTEMA IMUNE INATO 
 Principal característica do sistema imune: 
reconhecimento de microrganismos 
 Padrões moleculares: PAMPs presente nos 
antígenos 
 Tem-se diferente antígenos para 
reconhecer 
 Antígenos podem ser ácidos nucleicos, 
proteínas, lipídios de paredes ou 
carboidratos 
 É importante que a infecção bacteriana seja tratada, 
a nível de proteínas, pelo sistema complemento e 
por anticorpos (principalmente) 
 Esse reconhecimento do sistema imune inato, ao se 
falar de bactérias, apresenta receptores do tipo: 
1. Toll (TLRs): estão, normalmente, nas 
membranas (plasmática, de endossomos..) 
 Várias moléculas microbianas, 
incluindo LPS bacteriano e 
peptideoglicanos, ácidos 
nucleicos virais 
 São 9 tipos e que, cada um, está 
agindo em um grupo diferente 
 TLR1 e TLR2 são, basicamente, 
para bactérias 
 
 Principal característica: 
apresentam um domínio de 
membrana, transmembranar, de 
glicoproteína; apresentam um 
domínio repetitivo de leucina e 
resíduos de cisteína  todo 
antígeno fosforila a cisteína e, 
então, inibe a ativação do TOOL 
 
2. NOD (NLRs): estão no citosol 
 Peptideoglicanos da parede 
celular bacteriana 
 Cristais intracelulares (urato e 
sílica) 
 Mudanças nas concentrações 
citosólicas de ATP e íon 
 Dano lisossomal 
3. Sensores de DNA citosólico (CDSs): 
estão no citosol e identificam DNA 
viral/bacteriano 
Streptococus pyogenes apresentam várias características, 
dentre elas: são muito patogênicos 
 Infecção precisa ser controlada imediatamente 
 Quando se tem o desenvolvimento de uma resposta 
Th2 tem-se, preferencialmente, uma resposta Th1 
 resposta com aumento de células 
 Quando há evolução para formar anticorpos e uma 
memória humoral, os anticorpos reconhecem a 
proteína M  proteína do Streptococus que também 
está presente no músculo cardíaco, ossos e 
articulações 
 Resposta de anticorpos gera uma preocupação: 
produz anticorpos que vão agir anti-SELF  se 
apresentar uma resposta anti-SELF, no músculo 
cardíaco, por exemplo, o paciente pode apresentar 
arritmias e/ou uma parada cardíaca. Além disso, 
pode desenvolver artrite  resposta autoimune 
 É uma das bactérias que, uma vez que aparece no 
organismo, vai ser tratada imediatamente com 
antibiótico 
 
 
 
 Bactéria não deve reconhecer o SELF 
 Células saudáveis não produzem ligantes 
para receptores imunes inatos  se não 
tem nenhuma infecção bacteriana, nenhum 
TOOL vai ser produzido; se não tem 
nenhuma infecção bacteriana, não vai 
haver reconhecimento de CPG 
 Os receptores capazes de ativar o sistema 
imune inato estão localizados em 
compartimentos celulares onde não 
encontram moléculas do hospedeiro que 
eles poderiam reconhecer 
 Proteínas expressas pelas células normais 
previnem a ativação de vários 
componentes da imunidade inata  uma 
das grandes estratégias de infecções por 
antígenos intracelulares é impedir a 
expressão de proteínas, como a manose-6-
fosfato (ao ser colocado para fora, sabe-se 
que o organismo vai responder contra) 
 TOOL só vai estar aumentado quando se tem a 
necessidade dele, a mesma coisa com NOD e CDS 
 Necessidade = célula está infectada 
 
PIELONEFRITE AGUDA 
 Inflamação observada em um infiltrado de células do 
sistema imune no néfron 
 Causada por uma infecção bacteriana 
 Sintomas: mal-estar,febre, dor lombar, calafrios, 
urgência miccional, aumento da frequência urinária 
e disúria, náusea, vômito e diarreia 
 Aumento da frequência urinária e disúria 
estão presentes em 50% dos pacientes 
 Causada por 6 tipos de bactérias 
 
 Como acontece a infecção? 
1. O E. coli enteroemorrágico ingressa no 
organismo após a ingestão de alimentos 
contaminados 
2. As toxinas entram no sistema digestivo e, 
em seguida, no fluxo sanguíneo 
3. As toxinas se depositam nos rins, 
destruindo glóbulos vermelhos e plaquetas, 
causando insuficiência renal 
 E. coli é uma bactéria gram negativa e apresenta 
lipopolissacarídeo de membrana 
 Na hora de administrar um medicamento 
de amplo espectro, já se sabe que vai 
atacar gram negativa 
 Pielonefrite aguda: E. coli uropatogênica entra nas 
células de superfície 
 Fímbrias, reconhecimento (via receptor de 
reconhecimento) e a bactéria passa 
desapercebida pelas outras células 
 Quando uma célula identifica, há liberação 
de IL-6: recrutamento das células do 
sistema imune 
 Infecção que acontece de forma silenciosa 
e, quando ela estoura, agudiza 
 Tem duas maneiras de ter receptores 
ativados: fímbrias da bactéria e 
lipopolissacarídeo (LPS)  bactéria não 
passa desapercebida pela resposta imune 
inata, tem duas formas de reconhecimento 
(via receptor TOOL 4 e via TOOL 2/TOOL6) 
 Quando ativa os receptores, ativa também 
NFK-β: induz a produção de citocinas e 
quimiocinas  induzindo essa produção, 
aumenta-se a liberação de interleucina 6 
(causa febre no paciente e recruta células 
do sistema imune) 
 Há também liberação de TNF-α, 
aumentando a permeabilidade vascular e 
circulação  se quer que entre mais célula 
na região infectada 
 Tem também a ativação de TGF-β e 
prostaglandinas na região 
 Basicamente, a bactéria precisa liberar material 
genético dela para que ele possa entrar em contato 
com a sequência genica do paciente, destruindo a 
célula por apoptose 
 Por que se destrói a célula por apoptose? 
Porque não se quer um processo 
inflamatório 
 Célula estoura, macrófagos vão até lá e 
fagocitam os pedacinhos de células 
 Neutrófilo, assim como o monócito e macrófago, 
secreta H2O2 e espécies reativas de oxigênio que 
são capazes de destruir as proteínas e a própria 
bactéria 
 Não adianta ter fagossomo  quando ele 
for ligado às lisozimas, o pH vai ser baixo e 
se tem uma destruição da bactéria que está 
ali dentro 
 
 Espécies reativas de oxigênio são 
responsáveis por destruir patógenos por 
realizarem oxidação (inibe a função 
proteica, logo, inibe que as células fiquem 
vivas) 
 Diagnóstico: conjunto dos sintomas, especialmente 
a ocorrência de febre alta, calafrios e dor lombar, 
assim como o exame clínico do doente 
 Exames laboratoriais, como hemograma 
completo, urina tipo I e urocultura com 
antibiograma são úteis para confirmar a 
presença da infecção, identificar o agente 
infeccioso e orientar a conduta terapêutica 
 
MUTAÇÕES: 
 A sequência de receptores TOOL reconhece a 
sequencia contínua de leucina que no final tem uma 
serina 
 Essa serina é comumente fosforilada pelo 
microrganismo 
 E.coli mutou a leucina e colocou uma 
prolina no lugar, logo, os receptores TOOL 
pararam de reconhecer a infecção  
mecanismo de resistência, mudou-se a 
capacidade de reconhecimento  
mutação do tipo sítio específica 
 
TRATAMENTO:

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