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IMUNOLOGIA – 26/04/2021 Uma vez que se identifica uma infecção bacteriana, deve ser administrado um antibiótico de amplo espectro Antibiótico de amplo espectro: antibiótico que inclui a maioria das espécies bacterianas Usa essa estratégia até se ter uma resposta inicial Se ficar tomando antibiótico inespecífico, quando for realmente preciso, uma coisa específica não vai funcionar Resposta inicial: já se sabe se é uma bactéria gram positiva ou gram negativa, ou ainda do tipo bacilo álcool-ácido resistentes Essa informação permite que haja a troca do antibiótico: deixa de administrar um de amplo espectro e se administre um específico para bactérias gram positivas, por exemplo através de um teste laboratorial se consegue saber qual o tipo de bactéria O tipo específico de bactéria vai ser identificado através de uma cultura bacteriana importante para caracterizar e isolar a bactéria Depois da cultura, avalia-se qual o melhor antibiótico ANTIBIÓTICOS Antibióticos são substâncias químicas produzidas por diferentes espécies de microrganismos que suprimem o crescimento de outros microrganismos e podem eventualmente destruí-los Uso frequente de antibiótico pode gerar resistência Mecanismo de ação: Podem agir na membrana celular, parede celular, síntese das purinas e síntese do ácido fólico, síntese proteica, função e estrutura do DNA Antibiótico pode agir em qualquer parte da bactéria Pergunta: qual medicamento deve ser usado e qual a dose? HISTÓRICO Alexander Fleming, 1929: Penicillium notatum Segunda guerra mundial, 1940: Penicilina Auxiliou no processo infeccioso de muitas pessoas Tiro rompe barreira inespecífica entrada de microrganismos no corpo início a um processo infeccioso sepse Paciente 1: está bem, dormindo 5 horas por dia, alimentando- se bem e de forma saudável, não há excesso de café, realiza exercício físico.. vive a vida sem nenhum tipo de estresse Infectou-se com Staphylococcus aureus (bactéria gram positiva), devido a algo presente em algum alimento ingerido desbalanceou a microbiota e paciente está apresentando uma gastroenterite Paciente 2: prova de MAD, prova de OMF, monitoria para preparar, vários trabalhos para entregar, está sem dormir há 2 semanas... vive estressado Sempre apresentou casos recorrentes de amidalite, os quais eram tratados com antibióticos Desenvolveu uma infecção por Streptococcus (bactéria gram positiva) Medicamento que se toma para Streptococcus vai destruir as bactérias gram positivas, se tomado com certa frequência e sabendo que se tem esse tipo de bactéria na microbiota normal, garante que a Staphylococcus aureus se torne resistente ao antibiótico Quando o paciente desenvolver uma infecção por Staphylococcus aureus, e se tomar o mesmo medicamento para bactérias gram positivas, não vai funcionar Paciente 2 é muito mais resistente aos medicamentos antimicrobianos gram positivo que o paciente 1 Anamnese e história clínica são de suma importância Para cada paciente, é preciso ser feito antibiograma: sabe-se que os pacientes possuem uma infecção por Staphylococcus aureus, logo, deve-se plaquear o Staphylococcus de cada paciente e vai colocar discos de antibióticos com variações de dosagem é preciso avaliar se em uma concentração menor vai se conseguir controlar a infecção Pode ser que para o paciente 2 o medicamento indicado seja a Penicilina de 200mg e, para o paciente 1, Tetraciclina de 1g Sepse: “tempestade” de mediadores químicos secretados pelo organismo, tentando controlar um processo infeccioso; leva o paciente a morte por não conseguir controlar a infecção Penicilina fazia com que os soldados melhorassem muito rápido em excesso causou resistência MÉTODOS MICROBIOLÓGICOS PARA DOSAGEM DE ANTIBIÓTICOS ANTIBIOGRAMA: É um teste de sensibilidade in vitro capaz de medir a susceptibilidade ou resistência de uma bactéria aos antibióticos por meio do espectro de sensibilidade observados na placa de cultura ENSAIO MICROBIOLÓGICO DE ANTIBIÓTICOS: A potência (atividade) de um agente antimicrobiano é determinada comparando-se a dose que inibe o crescimento do microrganismo sensível com a dose da preparação padrão do agente que produz inibição similar Crescimento de um halo = não teve crescimento de bactéria Escolhe sempre a menor dose para garantir que não vai haver resistência bacteriana Tamanho do halo não significa que é o melhor antibiótico DIFUSÃO EM ÁGAR: disco de papel Discos de papel com 13mm de diâmetro 60μL Solução P e A com pipeta ou imersão por tempo pré-definido Os discos podem ser colocados manualmente com auxílio de pinça estéril sobre a superfície do meio ou através de equipamento apropriado sobre o meio inoculado Ensaio: as placas devem ser incubadas a 35ºC ± 2ºC e após 18-20 horas medem-se os diâmetros dos halos de inibição com auxílio de um paquímetro INTERPRETAÇÃO DO ANTIBIOGRAMA: Sem halo: resistente Antibiótico não funciona Com halo: sensível Halo pequeno: intermediário ELEIÇÃO DO ANTIBACTERIANO: ponto de vista medicamentoso 1. Farmacocinética 2. Absorção 3. Biodisponibilidade 4. Bioequivalência 5. Distribuição: ligação à proteínas plasmáticas 6. Reservatórios: compartimentos corporais 7. Biotransformação: conjugação no fígado 8. Excreção: renal, leite ou fezes São características que todos os medicamentos possuem Espectro de ação: CIM: concentração inibitória mínima para cada M.O em provas de diluição seriada “in vitro” Eleição do antimicrobiano depende de outros fatores, tais como: a. Toxicidade seletiva: a bactéria é um Streptococcus pyogenes, por exemplo, causando uma grande quantidade de amidalite e corre o risco de ativar a resposta imunológica para desenvolver uma resposta de anticorpos o Anticorpos atacam o SELF o Paciente pode desenvolver febre reumática ou artrite reumatoide b. Características da bactéria: se a bactéria tem parede celular e é gram negativa, se for administrado um medicamento para ácido tecóico, por exemplo, não vai funcionar o Ácido tecóico está presenta na membrana de bactérias gram negativas o Bactéria gram negativa: pensa-se em LPS o Ácido tecóico e LPS são PAMPs c. Cápsula: polissacarídeos sendo que alguns possuem atividade antifagocítica d. Parede celular: confere forma rígida à bactéria ocorrendo difusão de substâncias e. Periplasma: possuem proteínas e enzimas que auxiliam no transporte f. Flagelos: locomoção o Bactérias têm flagelos e, se for administrado um medicamento que não inclui detecção por fímbrias, se dá um medicamento com absorção no intestino vai passar batido, pois não tem nada alojado g. Filamento axial: locomoção h. Pili (fímbrias): dá a capacidade de aderência, fertilidade i. Ribossomos 70s j. Divisão binária k. Ausência de mitocôndrias COMO ESCOLHER O ATM CERTO? Três perguntas-chave devem ser feitas: 1. Qual o sítio da infecção? Diagnóstico clínico 2. Quais os prováveis patógenos? 3. Qual a gravidade da infecção? Primeiro se pede para o paciente fazer o exame e, depois, tomar o medicamento Dessa forma, garante-se que a forma de agir foi correta: tratou a bactéria certa Klebesiella é clássica de trato urinário e, com apenas 2 dias de antibiótico, não é mais vista na cultura Se tomar o antibiótico e for fazer o exame depois, não vai ser visto nada na cultura Antibiótico foi em vão, mas paciente continua sentindo alguma coisa RESISTÊNCIA BACTERIANA Fenômeno genético relacionado à existência de genes contidos no microrganismo, que codificam diferentes mecanismos bioquímicos que impedem a ação das drogas Impede a ação das drogas: 1. Pode tersido randomicamente 2. Pelo excesso Bactéria apresenta 4 mecanismos principais de resistência: Estudos realizados por Mc Gowan (2001) indicam explicações para a disseminação da resistência microbiana: 30-40%: infecções por microrganismos resistentes 20-25%: pressão de seleção do uso de ATM 20-25%: introdução de novos microrganismos 20%: outras causas TIPOS DE RESISTÊNCIA: Resistência natural ou intrínseca: Caracteriza uma determinada espécie bacteriana e compõe a herança genética cromossômica do microrganismo É um caráter hereditário, transmitido verticalmente as células filhas Ex.: ausência do receptor para a ação do antibiótico Resistência adquirida: Surgimento do fenômeno de resistência a um ou vários antibióticos numa população bacteriana originalmente sensível Mutação ou transferência (cromossoma, plasmídeo, bacteriófago ou transposons) Pode ser por: mudança de pH, alteração intrínseca, espécies reativas de oxigênio, dificuldade de oxigenação... Aumenta ou diminui a resistência da bactéria Resistência induzida: Desrepressão de genes responsáveis por uma determinada característica Sabe-se que Streptococcus é clássico das vias respiratórias superiores, logo, não é surpresa administrar um medicamento que vá agir sobre bactérias que estejam no trato respiratório superior Desrepressão: tem dentro da bactéria um plasmídeo que, naturalmente, codifica proteínas de resistência o Mexe no plasmídeo e se coloca uma proteína S, por exemplo, tornando a bactéria sensível a antibiótico, funcionando melhor A taxa de descoberta de novos antimicrobianos vem diminuindo e, as taxas de resistência, vem aumentando Resistência em S. aureus: Década de 40: resistência a penicilina Bactéria passou a produzir uma proteína capaz de clivar ampicilina Proteína: β-lactamase Resistência induzida Proteína é resistente a: penicilinas naturais e penicilinas de amplo espectro Sensível a: oxacilina, cafalosporinas e carbapenêmicos Década de 60: resistência a meticilina Produção de proteína ligadora de penicilina (PBP) alterada PBP2a, gene mec A Resistente a: oxacilina (MRSA/ORSA) e todos os β-lactâmicos SURGIMENTO DA RESISTÊNCIA: O uso de ATM promove a adaptação ou a morte dos microrganismos, em um fenômeno conhecido como pressão de seleção Os microrganismos que sobrevivem possuem genes de resistência, que podem ser transmitidos a outros microrganismos da mesma espécie ou até mesmo, de outras espécies Bactérias podem trocar ou transferir genes de resistência entre elas por diferentes vias, sendo que estas podem ocorrer independentemente da replicação bacteriana Resistência é algo negativo na clínica, mas pode ser algo positivo em aspectos científicos EMERGÊNCIA DE RESISTÊNCIA MICROBIANA: SELEÇÃO DE CEPAS RESISTENTES: MECANISMOS DE RESISTÊNCIA: Alteração de permeabilidade: alteração na superfície As bactérias utilizam esta estratégia na aquisição de resistência Alteração específica da membrana celular externa de P. aeruginosa, pela qual o imipenem geralmente se difunde Mecanismo enzimático: secreção de algo, de forma enzimática, para destruir o antibiótico O mecanismo de resistência bacteriano mais importante e frequente é a degradação do antimicrobiano por enzimas Como ocorre? Hidrólise do anel beta- lactâmico, destruindo o local de ligação às PBPs bacterianas impedindo o efeito antibacteriano As enzimas destroem ou modificam o antibiótico Bomba de efluxo: colocar para fora O bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular para o extracelular, isto é, o seu efluxo ativo, produz resistência bacteriana a determinados antimicrobianos A resistência às tetraciclinas codificada por plasmídeos em Escherichia coli resulta deste efluxo ativo Bombas no interior da bactéria fazem com que, assim que o antibiótico entra na célula, ele seja lançado para o meio externo Alteração do sítio de ação: impede que o antibiótico se conecte Antibióticos geralmente entram nas bactérias através de canais protéicos (porinas) da parede celular de BGN alteração de acesso ao sítio alvo, diminuição da permeabilidade Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) e Staphylococcus coagulase negativos (SCN) adquiriram gene cromossômico mecA e produzem uma proteína de ligação da penicilina (PBP ou PLP) resistente aos β-lactâmicos, denominada 2a ou 2‘ Para funcionar, o canal precisa ser redondo passa a ser quadrado o Com a mudança estrutural do alvo, o antibiótico perde a capacidade de se ligar ao sítio FATORES ENVOLVIDOS NA DISSEMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA MICROBIANA: I. Microrganismo Mecanismo de resistência natural Facilidade de transferência do gene de resistência Capacidade de sobrevivência Virulência e inóculo II. Fatores relacionados ao paciente Presença de corpos estranhos Defesas/sistemas imune Vacinação Flora normal, comensal Colonização III. Uso de antimicrobiano Dose Número de drogas Duração do tratamento Espectro de atividade Concentrações teciduais IV. Fatores relacionados ao ambiente Transmissão cruzada (adesão à higiene das mãos e às precauções de contato) Superlotação Relação nº de enfermeiros/nº de pacientes Limpeza do ambiente, equipamentos Detecção laboratorial precoce V. Isolamento da bactéria resistente ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO: Informação é a chave!! Microrganismo susceptível: aquele que responde positivamente ao antibiótico USO RACIONAL DE ATM: Fatores de resistência microbiana: Uso inadequado de antimicrobianos Falta de adesão dos profissionais de saúde às medidas recomendadas para prevenção da transmissão de microrganismos Consequências da resistência microbiana em serviços de saúde: Aumento da morbidade Aumento da mortalidade Prolongamento do tempo de internação hospitalar Elevação dos custos do tratamento Por que insistir no uso racional? 50-75% das prescrições é inadequada Uso excessivo ligado à emergência de cepas multi-resistentes Efeitos adversos Custos Por que ocorre a prescrição incorreta? Diagnóstico incorreto de infecção Interpretação errônea do exame microbiológico Falta de conhecimento sobre patógenos Falta de conhecimento sobre a droga Antimicrobianos são divididos em “fracos”, “médios” e “fortes”, o que se confunde com o conceito de gravidade clínica Insegurança para fazer downstepping Prescrição segundo exemplo de superiores (eu “gosto” da droga X) Propagando da indústria farmacêutica “Droga de escolha” Mais eficaz, menos tóxica, de menor espectro e melhor custo-benefício Indicação apropriada Não esquecer de suspender PROPOSTA DE DIRETRIZES NACIONAIS PARA POLÍTICA DE ANTIMICROBIANOS Resistência bacteriana: Fenômeno biológico natural ou problema significante de saúde pública? o A resistência bacteriana (RB) poderá devolver o mundo para a era pré-antibiótica o O uso inadequado de antibióticos poderosos drogas cada vez menos efetivas o Nós podemos estar perdendo para sempre nossa oportunidade de controlar e eventualmente eliminar as doenças infecciosas mais perigosas a porta está se fechando o A estratégia mais efetiva contra RB é fazer certo da primeira vez, destruir inequivocadamente os micróbios, derrotando a resistência antes que ela aflore Expansão e desenvolvimento: o Profissionais de saúde: atenção no emprego de novas drogas sem enfatizar o diagnóstico correto, a prescrição adequada e meios para garantir a aderência do paciente ao tratamento o Medicamentos livremente disponíveis para os pacientesde maior poder aquisitivo. Maioria recorre a produtos de qualidade duvidosa ou a tratamentos truncados seleção resistência (países subdesenvolvidos) o Prescrição desnecessária por atitude defensiva, atuação sob pressão (países desenvolvidos e subdesenvolvidos) o Carência de recursos diagnósticos atuação a partir de hipóteses diagnósticas não confirmadas prescrição inadequada (países subdesenvolvidos) Considerações gerais: o Resistência bacteriana-um dos maiores desafios ao Controle de Infecções em Serviços de Saúde o Plano de combate à resistência microbiana(EUA,1999) o “...a emergência daresistência microbiana é o sinal mais evidente que nós não temos levado a sério a ameaça das doenças infecciosas”(OMS, relatório de 2000) Identificou que a bactéria foi S. aureus. No antibiograma vai aparecer: sensível, resistente ou intermediário para a bactéria em questão, além de aparecer algumas “sugestões” de medicamentos, com a dosagem Na falta do medicamento indicado na categoria “sensível”, o intermediário é o mais indicado RECOMENDAÇÕES OMS- SELEÇÃO DE UM ATM Microrganismos: colher culturas Topografia Gravidade Toxicidade: passado de reações alérgicas Farmacocinética/farmacodinâmica Custo Colonização x infecção Perfil de sensibilidade do hospital o Resistência às drogas-como este problema está minando a possibilidade de se tratar muitas doenças infecciosas (OMS, Relatório de 2000) o Utilização criteriosa dos antimicrobianos-nosso desafio e nossa meta (OMS, 2000) COMO O SISTEMA IMUNE INFLUENCIA A INFECÇÃO BACTERIANA? É feito uma coleta, nas unhas, de S. aureus e E.coli para que seja feita uma plaqueação S. aureus cresce e E. coli não, logo, confirma-se que nas unhas tem-se a presença de S. aureus Presença de S. aureus significa que: a barreira inespecífica foi atravessada e pode estar gerando um processo infeccioso Sistema imune inata, resposta inespecífica, vai agir para tentar controlar essa infecção bacteriana Rompimento da barreira inespecífica neutrófilos Neutrófilos vão agir contra: 1. Cocos 2. Diplococos 3. Esporos bacterianos 4. Estreptococos 5. Estafilococos 6. Bactéria flagelada 7. Espirilos 8. Bacilos 9. Vibriões Alguns neutrófilos sobrevivem e sinalizam para as células dendríticas e, outros morrem, também sinalizando para as células dendríticas AUMENTO DO NÚMERO DE LEUCÓCITOS NO HEMOGRAMA NEUTROFILIA: Quantidade aumentada de bastões/bastonetes e um aumento nos segmentados altera a quantidade dos leucócitos totais Característica de uma infecção bacteriana Neutrofilia do tipo bacteriana RECRUTAMENTOS DOS LEUCÓCITOS PARA OS TECIDOS: Se vai haver recrutamento dos leucócitos, tem que saber como recrutar Utilizam-se proteínas que vão modular a resposta imunológica Proteínas são: integrina, selectina e quimiocinas Uma vez que se tem um processo de infecção bacteriana, vai haver secreção de quimiocinas no meio Quimiocinas pedem ajuda ao sistema imune IL-6 é a quimiocina mais conhecida Liberação de IL-6 faz com que se tenha a liberação de proteoglicanos na superfície da célula Mas tem também a liberação de outras proteínas: IL-1, IL-12 e IL-16 A secreção de quimiocinas aumenta a expressão de selectina na superfície Mais selectina = maior possibilidade dos ligantes dos ligantes de selectina (toda célula do sistema imune tem) se ligar Quando a célula se prende à selectina, observa-se um aumento da afinidade, por mudança conformacional, do receptor de integrina tem também a ligação do receptor de integrina na superfície Quando se tem as duas ligações (selectina e integrina) haverá um favorecimento da diapedese Diapedese: garante que a célula que estava na corrente sanguínea entre nos tecidos CLASSIFICAÇÃO DOS ESTREPTOCOCOS Resposta imune é importante, mas depende de um fator super importante: o tipo de bactéria Tipo da bactéria é importante para saber qual o tipo de antibiótico será usado e qual tipo de resposta imunológica Grupos sorológicos: 20 grupos Grupos de Lancefield: carboidrato C (variações na composição) parede celular Grupo A: Streptococus pyogenes Grupo B: Streptococus agalactiae Grupo C: S. equi, S. dysgalactine Grupo D: S. bovis, S. equinus Grupo viridans: S. mitis, S. mutans, S. salivarius Grupo milleri: S. anginosus, S. intermedius RECONHECIMENTO DE MICRORGANISMOS PAMPs e DAMPs do SISTEMA IMUNE INATO Principal característica do sistema imune: reconhecimento de microrganismos Padrões moleculares: PAMPs presente nos antígenos Tem-se diferente antígenos para reconhecer Antígenos podem ser ácidos nucleicos, proteínas, lipídios de paredes ou carboidratos É importante que a infecção bacteriana seja tratada, a nível de proteínas, pelo sistema complemento e por anticorpos (principalmente) Esse reconhecimento do sistema imune inato, ao se falar de bactérias, apresenta receptores do tipo: 1. Toll (TLRs): estão, normalmente, nas membranas (plasmática, de endossomos..) Várias moléculas microbianas, incluindo LPS bacteriano e peptideoglicanos, ácidos nucleicos virais São 9 tipos e que, cada um, está agindo em um grupo diferente TLR1 e TLR2 são, basicamente, para bactérias Principal característica: apresentam um domínio de membrana, transmembranar, de glicoproteína; apresentam um domínio repetitivo de leucina e resíduos de cisteína todo antígeno fosforila a cisteína e, então, inibe a ativação do TOOL 2. NOD (NLRs): estão no citosol Peptideoglicanos da parede celular bacteriana Cristais intracelulares (urato e sílica) Mudanças nas concentrações citosólicas de ATP e íon Dano lisossomal 3. Sensores de DNA citosólico (CDSs): estão no citosol e identificam DNA viral/bacteriano Streptococus pyogenes apresentam várias características, dentre elas: são muito patogênicos Infecção precisa ser controlada imediatamente Quando se tem o desenvolvimento de uma resposta Th2 tem-se, preferencialmente, uma resposta Th1 resposta com aumento de células Quando há evolução para formar anticorpos e uma memória humoral, os anticorpos reconhecem a proteína M proteína do Streptococus que também está presente no músculo cardíaco, ossos e articulações Resposta de anticorpos gera uma preocupação: produz anticorpos que vão agir anti-SELF se apresentar uma resposta anti-SELF, no músculo cardíaco, por exemplo, o paciente pode apresentar arritmias e/ou uma parada cardíaca. Além disso, pode desenvolver artrite resposta autoimune É uma das bactérias que, uma vez que aparece no organismo, vai ser tratada imediatamente com antibiótico Bactéria não deve reconhecer o SELF Células saudáveis não produzem ligantes para receptores imunes inatos se não tem nenhuma infecção bacteriana, nenhum TOOL vai ser produzido; se não tem nenhuma infecção bacteriana, não vai haver reconhecimento de CPG Os receptores capazes de ativar o sistema imune inato estão localizados em compartimentos celulares onde não encontram moléculas do hospedeiro que eles poderiam reconhecer Proteínas expressas pelas células normais previnem a ativação de vários componentes da imunidade inata uma das grandes estratégias de infecções por antígenos intracelulares é impedir a expressão de proteínas, como a manose-6- fosfato (ao ser colocado para fora, sabe-se que o organismo vai responder contra) TOOL só vai estar aumentado quando se tem a necessidade dele, a mesma coisa com NOD e CDS Necessidade = célula está infectada PIELONEFRITE AGUDA Inflamação observada em um infiltrado de células do sistema imune no néfron Causada por uma infecção bacteriana Sintomas: mal-estar,febre, dor lombar, calafrios, urgência miccional, aumento da frequência urinária e disúria, náusea, vômito e diarreia Aumento da frequência urinária e disúria estão presentes em 50% dos pacientes Causada por 6 tipos de bactérias Como acontece a infecção? 1. O E. coli enteroemorrágico ingressa no organismo após a ingestão de alimentos contaminados 2. As toxinas entram no sistema digestivo e, em seguida, no fluxo sanguíneo 3. As toxinas se depositam nos rins, destruindo glóbulos vermelhos e plaquetas, causando insuficiência renal E. coli é uma bactéria gram negativa e apresenta lipopolissacarídeo de membrana Na hora de administrar um medicamento de amplo espectro, já se sabe que vai atacar gram negativa Pielonefrite aguda: E. coli uropatogênica entra nas células de superfície Fímbrias, reconhecimento (via receptor de reconhecimento) e a bactéria passa desapercebida pelas outras células Quando uma célula identifica, há liberação de IL-6: recrutamento das células do sistema imune Infecção que acontece de forma silenciosa e, quando ela estoura, agudiza Tem duas maneiras de ter receptores ativados: fímbrias da bactéria e lipopolissacarídeo (LPS) bactéria não passa desapercebida pela resposta imune inata, tem duas formas de reconhecimento (via receptor TOOL 4 e via TOOL 2/TOOL6) Quando ativa os receptores, ativa também NFK-β: induz a produção de citocinas e quimiocinas induzindo essa produção, aumenta-se a liberação de interleucina 6 (causa febre no paciente e recruta células do sistema imune) Há também liberação de TNF-α, aumentando a permeabilidade vascular e circulação se quer que entre mais célula na região infectada Tem também a ativação de TGF-β e prostaglandinas na região Basicamente, a bactéria precisa liberar material genético dela para que ele possa entrar em contato com a sequência genica do paciente, destruindo a célula por apoptose Por que se destrói a célula por apoptose? Porque não se quer um processo inflamatório Célula estoura, macrófagos vão até lá e fagocitam os pedacinhos de células Neutrófilo, assim como o monócito e macrófago, secreta H2O2 e espécies reativas de oxigênio que são capazes de destruir as proteínas e a própria bactéria Não adianta ter fagossomo quando ele for ligado às lisozimas, o pH vai ser baixo e se tem uma destruição da bactéria que está ali dentro Espécies reativas de oxigênio são responsáveis por destruir patógenos por realizarem oxidação (inibe a função proteica, logo, inibe que as células fiquem vivas) Diagnóstico: conjunto dos sintomas, especialmente a ocorrência de febre alta, calafrios e dor lombar, assim como o exame clínico do doente Exames laboratoriais, como hemograma completo, urina tipo I e urocultura com antibiograma são úteis para confirmar a presença da infecção, identificar o agente infeccioso e orientar a conduta terapêutica MUTAÇÕES: A sequência de receptores TOOL reconhece a sequencia contínua de leucina que no final tem uma serina Essa serina é comumente fosforilada pelo microrganismo E.coli mutou a leucina e colocou uma prolina no lugar, logo, os receptores TOOL pararam de reconhecer a infecção mecanismo de resistência, mudou-se a capacidade de reconhecimento mutação do tipo sítio específica TRATAMENTO:
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