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______________________________ Nutrição e Dietética do Adulto e do Idoso Departamento de Nutrição e Saúde – UFV Amanda de Souza TURMA TEÓRICA 1 ______________________________ 1. INTRODUÇÃO MANUAL DE QUANTIFICAÇÃO ALIMENTAR Traz as medidas caseiras para quantificar o alimento consumido pelo paciente CÁLCULO DOS NUTRIENTES INGERIDOS E AVALIAÇÃO Após a quantificação da ingestão alimentar, fazemos o cálculo dos nutrientes ingeridos utilizando as tabelas de composição de alimentos: - TBCA - TACO - Tabela UNIFESP (utiliza base de dados americana) → Após o cálculo, avaliamos se a ingestão está adequada ou não, baseada nas recomendações EER: Estimativa de energia necessária EAR: Abaixo da EAR fazemos ajustes na ingestão DRIs e FAO IMC: 18,2 a 25kg/m2 Desvios padrões: EER +/- 2DP (são tabelados) - Quando está mais próximo do limite inferior, aproximamos a necessidade energética pra cima - Quando está mais próximo do limite superior, aproximamos a necessidade energética para baixo PROTEÍNAS: AMDR (faixa de distribuição aceitável) – DRIs FAO/OMS - Guia brasileiro: 10 a 15% no VET Recomendação g/kg/ peso corpóreo por dia - FAO proteínas para adultos: 0,83g/kg/dia - DRI para adultos: 0,66g/kg/dia (EAR) e 0,8g/kg/dia (RDA) → Importante colocar por kg de peso sempre LIPÍDIOS: FAO: 20 a 35% do VET - Ácido Linoléico deve ser de 2,5 a 9% da E - Ácido linolênico deve ser de 0,5 a 2% da E - Gordura saturada 10% da E - Gordura Pol insaturada 6 a 11% do E - Gorduras trans < 1% EER (baseado nos alimentos industrializados - Margarina, biscoitos, etc.) - A proporção entre ácido Linoléico e ácido alfa-linolênico deve estar entre 5:1 e 10:1 CARBOIDRATOS: - AMDR (faixa de distribuição aceitável) - DRIs (2002): 45 a 65% • Açúcar: Até 25% do VET - FAO/OMS - Guia brasileiro: 65 a 75% • Açúcar: Até 10% do VET Obs.: Se possível, até 5% do VER FIBRAS: FAO/OMS: Consumo acima de 25g a partir da ingestão > 400g de frutas e vegetais diárias DRI: Homens (19 a 50 anos) - 38g/dia e mulheres (19 a 50 anos) - 25g de fibras diárias. Micronutrientes: EAR, RDA, AI, UL EAR: Utilizar para avaliar RDA: Utilizar para prescrever Avaliação quantitativa por porções ingeridas Grupo 1: Cereais, pães, raízes e tubérculos Grupo 2: Hortaliças Grupo 3: Frutas e sucos de frutas Grupo 4: Leites e derivados Grupo 5: Carnes e ovos Grupo 6: Leguminosas Grupo 7: Óleos e gorduras Grupo 8: Açúcares, balas, chocolates e salgadinhos Perfil antropométrico, consumo alimentar, bioquímico, físico → Diagnóstico nutricional → Plano alimentar Consumo alimentar de micronutrientes: Abaixo da EAR: Aumentar a ingestão Entre EAR e RDA: Aumentar a ingestão Acima da RDA: ingestão adequada (abaixo da UL) AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA: - Peso, altura, perímetros, dobras cutâneas, bioimpedância IMC, risco cardiovascular, composição corporal - Essenciais na composição do diagnóstico AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA: - Hemograma, lipídios, glicose, vitaminas, minerais... - Essenciais na composição do diagnóstico Consumo alterado → Alteração dos parâmetros bioquímicos? Avaliação física: Aspecto do Cabelo, pele, unhas... Plano alimentar + orientações nutricionais (medidas caseiras) Como fazer o ajuste de consumo? - Aumento ou redução de alimentos fonte e redução de fatores que interferem na biodisponibilidade de cada micronutriente. Exige estudo/conhecimento e consonância com avaliação antropométrica, bioquímica e clínica. Para adultos e idosos, promoção da saúde e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. 2. DIETAS NÃO CONVENCIONAIS ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA: Definição: Aquele que exclui de sua alimentação os tipos de carne, aves e peixes e seus derivados, podendo ou não utilizar laticínios ou ovos. O vegetarianismo inclui o veganismo, que é a prática de não utilizar produtos oriundos do reino animal para nenhum fim (alimentar, higiênico, de vestuário etc.). Principais motivos: Ética, saúde, religião, meio ambiente, questões socioeconômicas TIPOS DE VEGETARIANISMO: Semivegetariano: Ingestão ocasional de carne, 1 ou 2 vezes por semana, excluindo carnes ou peixes 5 ou 6 vezes por semana Lactovegetariano ou here krishnas: Ingestão de vegetais, laticínio e mel, excluindo carnes e ovos Ovovegetariano: Ingestão de vegetais e ovos, excluindo carnes e laticínios Ovolactovegetariano: Ingestão de vegetais, laticínios, ovo e mel, excluindo carnes Macrobiótico: Alimentos integrais e peixes, pincipalmente arroz integral e grãos integrais com legumes e sopa de algas, feijão, nozes, sementes e algumas frutas e alimentos orientas, excluindo carnes, ovos e leite. Vítarianismo: Ingestão de vegetais orgânicos, crus e frescos, excluindo todos os alimentos de origem animal, além de café e chás. Liquidarianismo: Ingestão de vegetais na forma de sucos, excluindo todos os alimentos de origem animal e todos os alimentos sólidos. Frutarianismo: Frutas cruas e maduras, excluindo todos os alimentos de origem animal e hortaliças Crudivorismo ou alimentação viva: Ingestão de sementes germinadas e brotos, hortaliças e frutas, excluindo todos os alimentos de origem animal e nada pode ser frito, cozido ou assado. Vegetarianismo estrito ou veganismo: Ingestão apenas de vegetais, excluindo todos os alimentos de origem animal e mel em alguns casos. Vegana crua: Vegetais estritamente frescos e crus, excluindo todos os alimentos de origem animal, com exceção de mel em alguns casos. Plant based Diet: Prioriza o consumo de vegetais na sua forma integral, com pouco ou nenhum alimento de origem animal, desencorajando o consumo de alimentos processados. → Segundo estudos, no geral, a população vegetariana consome mais alimentos naturais e menos alimentos processados. Além disso, a prevalência de excesso de peso e obesidade nos veganos é menor que para o restante da população. Programas: Segunda feira sem carne: Alimentação escolar vegetariana Restaurantes populares do programa bom prato Onde tem opção vegana? no google maps: Marca os restaurantes que oferecem opção vegana no maps Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB): Adoção de um selo para produtos que não tenham nenhuma matéria prima de origem animal Estudos internacionais epidemiológicos: • Adventist Health Study (AHS) - 1: Envolveu 34.192 adventistas do estado da California nos EUA, no período de 1974 a 1988 e foi desenvolvido pela Loma Linda University School Of Public Health • European Prospective Investigation Into Cancer In Nutrition- Oxcford (EPIC-Oxford): Iniciou-se em 1993, e avalia a relação entre nutrição e câncer • Adventist Heath Study (AHS)-2: Envolveu 96.194 adventistas dos EUA e Canadá, no período de 2002 a 2007 e foi desenvolvido também pela Loma Linda University School Of Public Health Manuais para alimentação, publicados pela SVB - Guia alimentar de dietas vegetarianas para adultos - Alimentação vegetariana para crianças e adolescentes - Alimentação para bebes e crianças vegetarianas: crianças de até 2 anos de idade. 3. ATENDIMENTO NUTRICIONAL AO VEGETARIANO Foco: Nutrientes na alimentação vegetariana PROTEÍNAS: Indivíduo vegetariano: Exclusão e carne, ovos e laticínios, o que pode levar a uma baixa ingestão proteica. Recomendação de proteína: DRI: 10 a 35% do VET 0,8g/kg/dia FAO: 10 a 15% do VET 0,83g/kg/dia Porcentagem de calorias de proteína em alimentos de origem vegetal Sementes: 12 a 27% Oleaginosas: 5 - 15% Leguminosas: 20 - 30% Cereais: 7 - 17% Avaliando a ingestão de proteína: % do VET está OK? g/kg/dia está OK? - Quais alimentos contribuíram para a ingestãoproteica?? A combinação e a quantidade estão adequadas? (em relação aos aminoácidos que cada proteína vegetal é carente) Leguminosa: Carentes em Metionina e Triptofano Cereais: Carentes em isoleucina e lisina Leguminosas + cereais se complementam para garantir a ingestão correta. → Ficar atento ao conteúdo de lisina, porque as proteínas vegetais tem um conteúdo baixo desse aminoácido e a sua recomendação é alta. - Focando na adequação de lisina, teremos por consequência a adequação dos demais aminoácidos. • A exclusão de alimentos de origem vegetal não necessariamente leva a uma baixa ingestão proteica, basta ficar de olho na combinação de alimentos. Todos os vegetarianos precisam de suplemento? Não Suplementos presentes no mercado: - Cereais - Leguminosas - Blends de cereais e leguminosas - Whey protein ** ovolactovegetariano ÔMEGA 3: → Proveniente principalmente por meio de alimentos de origem animal, levando os vegetarianos a ter uma maior ingestão de ômega 6 e menor de ômega 3 - Ômega 6 em excesso pode levar a processos infamatórios na corrente sanguínea, por isso deve haver equilíbrio, evitando assim doenças cardiovasculares Limitação da avaliação: - Dados nas tabelas de composição química escassos - Exame bioquímico não identifica bem Estratégias para adequar: - Incluir 1 a duas colheres de sopa de sementes de chia ou linhaça na alimentação diária. - Grãos ou farinha de chia e linhaça - Uma colher de chá de óleo de linhaça ou chia - Óleos vegetais com menor quantidade de ômega-6 FERRO: A ingestão de ferro heme (que é melhor absorvido pelo organismo) diminui com a diminuição de ingestão de carne. Fatores antinutricionais: - Ácido oxálico: Está presente em grande quantidade em alguns alimentos e temos que diminuir a ingestão na alimentação vegetariana para melhorar a absorção de ferro - Desencorajar a ingestão desses alimentos juntamente com fontes de ferro não heme. Alimentos que estimulam a absorção: - Vitamina C - Vitamina A - Ácidos orgânicos - Aminoácidos sulfurados - Baixo estoque de ferro Orientações nutricionais para ferro Estimular o consumo de alimentos fonte de ferro juntamente com alimentos ricos em vitamina C Excluir ou evitar a ingestão de alimentos ricos em fitato e ácido oxálico, principalmente junto com alimentos fonte de ferro e cálcio Teor de ferro nos vegetais é alto nas leguminosas Feijão: Remolho ajuda a retirar o ácido oxálico, que atrapalha na absorção de ferro. Uso de folhas: O uso de folhas na forma refogada ajuda a garantir um consumo maior, ajudando na absorção de ferro → A recomendação de ferro para vegetarianos é maior do que para indivíduos onívoros - A baixa ingestão nem sempre reflete em uma deficiência de ferro, porque o organismo se adapta e melhora a absorção, então devemos realizar exames bioquímicos caso haja a suspeita. Exames bioquímicos: Hemograma e ferritina. Se a ferritina estiver baixa, devemos corrigir para que não chegue a uma deficiência no hemograma. Protocolo? - Identificar as causas de deficiência não anêmica - Se a deficiência for anêmica, devemos encaminhar para um médico, porque só médicos podem fazer suplementação de ferro em uma quantidade maior. - Identificação das causas da deficiência, como por exemplo, o uso de antiácidos de forma contínua Casos que encaminhamos para médicos: Hemoglobina baixa = anemia Ferritina alta = pode ser indicativo de processo inflamatório Demais casos (monitoramento de 6 meses) = Hemoglobina normal e ferritina baixa, fazemos a suplementação Suplementação: sais ferrosos, ferro aminoquelado, ferro polimaltosado limitações: Sais ferrosos podem te efeitos colaterais muito incômodos e interagir com outros componentes alimentares, o que diminui sua absorção Vantagem: É barato e a absorção ativa e passiva é muito efetiva VITAMINA B12 → A alimentação vegetariana pode levar a uma diminuição da ingestão de vitamina B12, já que essa vitamina está mais presente em alimentos de origem animal do que nos demais. Quanto mais restritiva a dieta, maior a deficiência de B12. - Devemos avaliar o consumo de alimentos fonte e avaliar o uso de suplementos. o vegetariano estrito não terá consumo de fontes de B12. MITO: Alimentos fermentados como missô, tempeh, algas nori, Spirulina, chlorella, e levedura de cerveja ou leveduras nutricionais NÃO fortificadas com vitamina B12 e NÃO SÃO FONTES SEGURAS de vitamina B12 - Os níveis no sangue NÃO refletem os níveis dentro das células. A deficiência de B12 pode ser dividida em 4 estágios. Estágio 1 e 2: Baixa B12 no plasma e intracelular Estágio 3: Elevação de homocisteína e ácido metilmalônico Alterações neurológicas: Concentração, memória, atenção e formigamento Estágio 4: sintomas e alterações no hemograma e anemia. Atenção: Alterações neurológicas causadas pela deficiência dessa vitamina precedem as hematológicas, portanto, é primordial que a deficiência de B12 seja diagnosticada e tratada nos estágios iniciais de seu desenvolvimento. suplementação: ▪ Via Oral: TGI em bom estado. ▪ Via sublingual: Gastrite, doença de Crohn, não reposta a suplementação via oral, alguns pacientes pós cirurgia bariátrica. ▪ Via injetável (cianocobalamina): Anemia perniciosa, deficiência grave sintomática que requeira correção imediata. (Prescrição Médica) CÁLCIO E VITAMINA D Cálcio: Vegetarianos estritos: Não consomem nenhum alimento de origem animal Pontos a observar: - Ingestão de cálcio - Componentes inibidores da absorção (fatores antinutricionais) A recomendação de cálcio é de 100mg/dia, sendo que não há diferenças na recomendação para vegetarianos pelo instituto de medicina - A ingestão de espinafre, acelga e cacau junto com alimentos fonte de cálcio atrapalha na sua absorção Importância: Germinação e remolho torna o cálcio nos alimentos mais absorvível Estimular o uso de folhas refogadas para melhor ingestão de cálcio, pois assim é possível consumir uma quantidade maior Após as refeições evitar: - Chás - Café - Chocolate Às pequenas refeições: Evitar o consumo de achocolatados Para os vegetarianos estritos, é importante estimular o consumo de leite vegetal enriquecido com cálcio. Os caseiros não contribuem de forma adequada Suplementação de cálcio: - Devemos avaliar outros parâmetros, como por exemplo, histórico familiar de osteoporose. - O consumo total de cálcio não deve ultrapassar 2500 mg/dia, não havendo risco de doença cardiovascular dentro desse limite. Bioquímica do cálcio: A dosagem de cálcio total não fornece a informação fidedigna quanto à calcemia funcional - O cálcio urinário pode ser interessante para avaliar a perda óssea de cálcio (limite máximo nas 24h varia de 250mg a 300mg) - Marcadores bioquímicos do metabolismo: Não solicitamos dosagem, encaminhamos ao endocrinologista. Vitamina D: Importante no metabolismo de cálcio - Exposição ao sol diariamente - Ingestão de alimentos fontes - Exame: Dosagem da Vit. D sanguínea Zinco: - Níveis de zinco séricos e teciduais em vegetarianos são menores devido à menor disponibilidade em vegetais por conta do fitato e das fibras. → Carnes em alimentações convencionais contribuem com 40 a 45% da ingestão total de zinco e os laticínios com 20%, por isso os vegetarianos estritos tem uma ingestão mito baixa. • É aconselhável orientação alimentar apropriada para aumentar o teor de zinco e a biodisponibilidade de dietas vegetarianas ao longo do ciclo de vida Fontes vegetais: Leguminosas eoleaginosas Melhorar a biodisponibilidade: - Ácido cítrico, málico, tartárico cisteína e metionina - Redução de fitatos com remolho (desprezando a água de remolho), germinação e fermentação. DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NA ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA - Reduz Obesidade, dislipidemia, hipertensão arterial, doença isquêmica do coração e diabetes, além da incidência de câncer - Não reduz: Risco de mortalidade por câncer colorretal, risco ou mortalidade por câncer de mama, risco ou mortalidade por câncer de próstata, mortalidade por câncer de pulmão, doença cerebrovascular e o risco de doenças crônicas no geral. - A alimentação vegetariana tem uma relação negativa com a densidade mineral óssea. - Alimentação vegetariana pode ser indicada para o controle de peso, pois a ingestão calórica é menor e a ingestão de fibra é maior Diabetes: Fatores de proteção: - Menor peso corporal, menor ingestão de açúcares, não ingestão de proteínas e gorduras de origem animal e maior consumo de fibras e carboidratos complexos e menor consumo de produtos finais de glicação avançada (AGE) - Maior ingestão de AGPI e menos ingestão de AGS, o que permite o aumento da fluidez de membrana, que contribui para a melhoria da sinalização de insulina - AGE: Aumento da gordura vegetal, glicose plasmática e insulina plasmática. Alteração na estrutura das ilhotas pancreáticas por apoptose das células b. Doenças cardiovasculares Prevenção e tratamento Fatores de proteção: - Menor prevalência de sobrepeso e obesidade e menor IMC, melhoria da composição corporal, menor ingestão de AGS, menor ingestão de sódio, maior ingestão de fibras, maior ingestão de frutas e vegetais (antioxidantes, fotoquímicos), maior ingestão de AGPI, grãos integrais e sementes Osteoporose: Vegetarianos estritos tem uma diminuição da densidade mineral óssea devido à ausência do grupo de laticínios, o alto consumo de oxalato e fitato e ausência ou baixa ingestão de vitamina B12 - Homocisteína aumentada provoca a síntese de colágeno que diminui a mineralização do osso. Com ausência da Vit. B12 também há uma menor ressíntese do tecido ósseo, - O IMC reduzido é um fator de risco para a osteoporose. Câncer: - Maior consumo de frutas e hortaliças tem efeito na proteção contra o câncer devido ao aumento das fibras, antioxidantes e fotoquímicos - Aumento da diluição do conteúdo fecal, diminuído o contato dos agentes carcinogênicos com a mucosa intestinal.
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