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Asma: Conceito, Fenótipos e Sintomas

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1 
Martina Frazão 
Pediatria 
Asma 
CONCEITO 
 Pode ser controlada, mas não curada. 
 Caracterizada pela presença de sibilos, dispneia, 
opressão torácica e tosse. 
 Variação do fluxo respiratório: broncoespasmo, edema 
de via aérea, muco. 
 Desencadeada ou piorada por infecções virais, 
alérgenos, cigarro, exercício ou estresse. 
PROGRESSÃO DA INFLAMAÇÃO 
 Inicialmente o paciente terá um quadro de inflamação 
aguda, que evolui invariavelmente para uma inflamação 
crônica, que pode ser ocasionalmente agudizada 
(exacerbada). A depender da quantidade de 
exacerbação, o paciente pode evoluir para um 
remodelamento das vias aéreas. 
 O que leva ao estreitamento/remodelamento da via 
aérea? 
o Contração do músculo liso 
o Edema 
o Remodelamento 
o Secreção 
FENÓTIPOS DA ASMA 
 São as diferentes possibilidades de manifestações 
clinicas da asma com relação com idade de início, fatores 
desencadeantes, resposta ao tratamento e que estão 
envolvidas com manifestação de endótipos (base 
fisiopatológica envolvida na manifestação de um 
fenótipo) diferentes. 
ASMA ALÉRGICA 
o Fenótipo mais facilmente reconhecido 
o Início geralmente na infância 
o Associada a história pessoal e/ou familiar de atopia 
o IL4, IL13, IL5 
o O exame do escarro induzido desses pacientes antes do 
tratamento geralmente revela inflamação eosinofílica da 
via área 
o Pacientes com este fenótipo de asma geralmente 
respondem bem ao tratamento com corticosteroide 
inalada (CI). 
ASMA NÃO ALÉRGICA 
o Alguns adultos têm asma que não está associada à 
alergia. 
o O perfil celular do escarro desses pacientes pode ser 
neutrofílico, eosinofílico ou conter apenas algumas 
células inflamatórias (paucigranulocíto). 
o IL8, IL23, IL17 
o Pacientes com asma não alérgica geralmente respondem 
menos ao CI. 
ASMA DE INÍCIO TARDIO 
o Alguns adultos, particularmente mulheres, apresentam 
asma pela primeira vez na vida adulta. 
o Os pacientes tendem a ser não alérgicos, e muitas vezes 
requerem doses mais altas de CI ou são relativamente 
refratários ao tratamento com corticoide. 
ASMA ASSOCIADA A LIMITAÇÃO FIXA DO FLUXO 
AÉREO 
o Alguns pacientes com asma de longa data desenvolvem 
limitação fixa de fluxo aéreo. 
o Provavelmente devido à remodelação da parede das vias 
aéreas. 
ASMA ASSOCIADA A OBESIDADE 
o Alguns pacientes obesos possuem sintomas respiratórios 
proeminentes e pouca inflamação eosinofíilica 
o Inflamação persistente devido a leptina, IL6, IL1, TNF, 
PCR. 
o Fatores mecânicos pela adiposidade. 
FATORES DESENCADEANTES DE CRISE 
 Infecções respiratórias: vírus respiratórios – rinovírus 
 Exposição a alérgenos: ácaros, animais domésticos, 
baratas, pólens. 
 Exercício e hiperventilação 
 Drogas e corantes: AIHN, AAS 
 Fatores ambientes: mudanças climáticas, exposição à 
fumaça de cigarro, exposição a poluentes atmosférico. 
 Falta de uso de medicações de controle. 
FATORES DE RISCO PARA ASMA POTENCIALMENTE 
FATAL 
 Crise anterior grave ou com rápida piora 
 Crise anterior com falência respiratória (IOT, UTI) ou com 
alteração de sistema nervoso central. 
 > 3x em pronto socorro ou > 2x internação/asma no 
último ano 
 Uso de > 1 frasco beta 2 agonista de curta ação por mês 
 Incapacidade em reconhecer a gravidade da crise 
 História de doença ou problemas psiquiátricos 
 Falta ou não adesão ao tratamento ambulatorial 
 Alergia alimentar associada à asma 
SINTOMAS 
É asma quando: 
 Mais de um sintoma: 
o Sibilância 
o Dispneia 
o Tosse 
o Opressão torácica 
 Sintomas pioram a noite ou pela manhã 
 Sintomas variam com o tempo e em intensidade 
 
2 
Martina Frazão 
Pediatria 
 Sintomas causados por infecções virais, exercício, 
alérgenos, mudanças no tempo, gargalhadas, irritantes 
como cigarro e cheiros fortes. 
Não é asma: 
 Tosse isolada sem outros sintomas 
 Escarro crônico 
 Dispneia associada a tonturas e parestesia 
 Dor torácica 
 Dispneia induzida por exercício com estridor inspiratório 
EXAME FÍSICO 
 Coloração da pele 
 Uso da musculatura acessória – presença de retrações 
intercostais e/ou de fúrcula 
 FC, FR, PA 
 FALA 
 Caracterização dos ruídos respiratórios: presença de 
murmúrio, sibilância, simetria 
 Nível de consciência 
SINAIS DE FALÊNCIA RESPIRATÓRIA IMINENTE 
 Alteração da consciência 
 Incapacidade para falar 
 Ausência de murmúrio vesicular 
 Cianose central 
 Diaforese 
 Intolerância para o decúbito 
 Pulso paradoxal 
LABORATORIAL 
1) Hemograma – eosinofilia 
2) Testes cutâneos in vivo: puntura, intradermicos 
3) Testes in vitro: determinação da IgE total, determinação 
da IgE específica 
RAIO X DE TÓRAX 
 Não é indicada de rotina 
 Quando pedir? 
o Crise grave 
o Doente intubado/ventilado 
o Suspeita de barotrauma 
o Suspeita de atelectasia 
o Suspeita de pneumonia 
o Febre > 39ºC 
o Suspeita de sibilância de outra etiologia: aspiração 
de corpo estranho, cardiopatia 
ESPIROMETRIA 
 Exame importante para diagnóstico e controle da asma. 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 Anel vascular 
 Fístula traqueoesofágica 
 Distúrbios de deglutição 
 Infecções 
 Bronquiectasias 
 Bronquiolite obliterante 
 Carcinoma brônquico 
 DPOC 
 DRGE 
 Aspiração de corpo estranho 
 Síndrome de Loeffler 
 Obstrução das vias aéreas altas 
 Disfunção de cordas vocais 
 Discenesia laríngea 
 Fibrose cística 
 Imunodeficiências 
TRATAMENTO 
Objetivo: favorecer o controle dos sintomas e a redução dos 
riscos. 
 
 A asma deve ser tratada seguindo o ciclo: 
1) Avaliar 
2) Ajustar tratamento (farmacológico e não 
farmacológico) 
3) Checar resposta 
 Ensinar e reforçar as habilidades essenciais 
o Técnica no uso da medicação 
o Aderência ao tratamento 
o Automedicação guiada: plano de ação para a asma, 
monitorização e reavaliação médica frequente. 
 
 
 
3 
Martina Frazão 
Pediatria 
QUESTIONÁRIO DE CONTROLE DE ASMA 
 
 
 Fatores que influenciam o controle da asma: 
o Falta de adesão: é a principal causa de falta de 
controle, decorrente de fatores voluntários (medos 
e mitos) e de fatores involuntários (falta de acesso 
ao tratamento ou dificuldade no uso do dispositivo). 
Apenas 32% dos asmáticos são aderentes ao 
tratamento. 
o Tabagismo: exposição passiva ou ativa, tanto em 
crianças como em adultos, aumenta o risco de 
exacerbações e dificulta o controle da asma. Além 
disso, aumenta a gravidade e piora o controle da 
doença, acelera a perda de função pulmonar e 
diminui a responsividade ao corticoide inalatório. 
o Exposição ambiental e ocupacional: poeiras, 
poluição, biomassa, ácaros, alérgenos de barata e 
pelo de animais, látex, material de limpeza. 
o Uso de outras drogas 
o Comorbidades 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 
 
BETA AGONISTA DE CURTA DURAÇÃO 
 
CORTICOSTEROIDES 
 
SULFATO DE MAGNÉDIO 
 Antagoniso de transporte de cálcio em membranas 
 
 
OXIGÊNIO 
 
MENORES DE 6 ANOS 
 
 
4 
Martina Frazão 
Pediatria 
6 A 11 ANOS 
 
AVALIAÇÃO DE GRAVIDADE 
 
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO 
 Evitar exposição à fumaça de cigarro 
 Atividade física 
 Asma ocupacional 
 Evitar medicações que possam agravar a asma 
 Eliminar a umidade e mofo nas casas 
MANEJO NA URGÊNCIA

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