Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
| Farmacologia II 1 Victoria Durand Glicopeptídeos Glicopeptideos → Moléculas muito polares. O que dificulta ação em Gram-negativas. Mecanismo de ação • A inibição da síntese da parede celular se deve à ligação de alta afinidade à extremidade terminal D-alanil-D-alanina das subunidades precursoras da parede celular. - Se liga ao substrato que forma a parede celular. De forma que este fica inutilizável. Resistência bacteriana • A base da resistência é uma modificação da D- Ala-D-Ala da subunidade de formação do peptidoglicano. A D-alanina terminal é substituída por D-lactato ou D-serina, o que resulta em diminuição de afinidade com a vancomicina e consequente perda de atividade. • Especialmente em cepas de enterococos, por exemplo, Enterococcus faecium e E. faecalis. → O fármaco apenas se liga ao complexo Alanil- Alanina. Uma vez que muda a D-alanina, tem-se a perda de afinidade (resistência). Espectro de ação • Possui atividade contra um amplo espectro de Gram-positivas. Os estafilococos patogênicos, incluindo produtores de β-lactamase são sensíveis, mas geralmente mortos mais lentamente em comparação a penicilinas. Uso importante em S. aureus resistente à meticilina (oxacilina). • Em virtude do seu grande tamanho molecular, são incapazes de penetrar na membrana externa de bactérias gram-negativas. → Os fármacos impedem a formação da parede celular nas gram-positivas. Nas gram-negativas não exercem sua função uma vez que as grandes moléculas polares não conseguem atravessar a barreira da bi camada lipídica. → Uso importante em S. aureus resistente à meticilina (MRSA). →Gram-positivas: Estreptococos, Estafilococos, Enterococos e Clostridium (também é anaeróbio). Farmacocinética • Pouco absorvidos pela via oral, sendo geralmente utilizados pela via parenteral. • Distribui-se bem no corpo, mas só atravessa a barreira hematoencefálica se as meninges estiverem inflamadas (7 a 30% da concentração sérica no líq. cerebrospinal). → Força a barra: a inflamação causa o aumento da permeabilidade vascular. • Eliminação renal (o que requer cuidado com a função renal) e tempo de meia-vida de 6 horas. | Farmacologia II 2 Victoria Durand Usos clínicos • Infecções hospitalares por germes Gram- positivos. • Destaque para ação contra Clostridium difficile na colite pseudomembranosa. (OBS.: oral ou parenteral) → Agir no meio do caminho, através da via oral. • Em pacientes alérgicos à penicilina é uma boa alternativa, especialmente nos casos de endocardite (enterocócica). • Nessas situações pode ser associado a outro fármaco para ampliação de espectro (p. ex. gentamicina).
Compartilhar