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ANEURISMAS DA AORTA ABDOMINAL

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ANEURISMAS DA AORTA ABDOMINAL
Os aneurismas da aorta abdominal ocorrem mais frequentemente em homens que
em mulheres, e sua incidência aumenta com a idade. Os aneurismas da aorta
abdominal com mais de 4 cm podem acometer 1 a 2% dos homens com mais de 50
anos. Pelo menos 90% dos aneurismas abdominais > 4 cm estão relacionados com
doença aterosclerótica, e a maioria se situa abaixo do nível da artéria renal. O
prognóstico relaciona-se tanto com o tamanho do aneurisma quanto com a
gravidade da doença arterial coronariana (DAC) e da doença cerebrovascular. O
risco de ruptura aumenta conforme o tamanho do aneurisma: para os aneurismas <
5 cm de diâmetro, o risco em cinco anos é de 1 a 2%, enquanto para os aneurismas
> 5 cm é de 20 a 40%. A formação de trombos murais dentro dos aneurismas pode
predispor à embolização periférica.
Um aneurisma da aorta abdominal é comumente assintomático, sendo em geral
detectado nos exames rotineiros como massa palpável, pulsátil, expansível e não
dolorosa à palpação, ou constitui um achado casual observado em um exame de
imagem abdominal realizado por outras razões. Entretanto, como o aneurisma
aórtico abdominal se expande, pode tornar-se doloroso. Alguns pacientes se
queixam de pulsações abdominais fortes, outros relatam dor no peito, na região
lombar ou na bolsa escrotal. A dor aneurismática é, em geral, precursora de ruptura
e representa uma emergência médica. Mais frequentemente, a ruptura aguda ocorre
sem qualquer aviso prévio e essa complicação sempre ameaça a vida. Raramente,
ocorre uma pequena perda sanguínea do aneurisma com dor intensa e
hipersensibilidade. A dor aguda e a hipotensão ocorrem com a ruptura do
aneurisma, a qual requer cirurgia de emergência.
A radiografia abdominal pode mostrar o contorno calcificado do aneurisma;
entretanto, cerca de 25% dos aneurismas não são calcificados e não podem ser
visualizados pelo raio X. A ultrassonografia abdominal pode determinar as
dimensões transversal e longitudinal de um aneurisma da aorta abdominal e
detectar trombos murais, também sendo útil na documentação seriada do tamanho
do aneurisma, podendo ser utilizada no rastreamento dos pacientes sob risco de
desenvolvimento de aneurisma aórtico. Em um estudo maior, o rastreamento
ultrassonográfico dos homens de 65 a 74 anos esteve associado à redução de 42%
do risco de morte relacionada com aneurisma.
Por essa razão, o rastreamento pela ultrassonografia é recomendado para homens
de 65 a 75 anos que já fumaram.
Tratamento:
O tratamento cirúrgico com sutura de prótese inorgânica ou correção endovascular
com implante de endoprótese está indicado aos aneurismas da aorta abdominal de
qualquer tamanho que estejam se expandindo rapidamente ou sejam sintomáticos.
Para os aneurismas assintomáticos, o reparo do aneurisma aórtico abdominal está
indicado para aqueles com o diâmetro > 5,5 cm.
A decisão de executar uma operação cirúrgica aberta ou o reparo endovascular é
baseada em parte na anatomia vascular e nas condições de comorbidade. O reparo
endovascular dos aneurismas aórticos abdominais possui uma taxa de morbidade
mais baixa em curto prazo, porém taxa de uma mortalidade comparável em longo
prazo, com a reconstrução cirúrgica aberta. A verificação em longo prazo com TC
ou aortografia por RM é indicada após o reparo endovascular para detectar perda
sanguínea e possível expansão do aneurisma. Nos candidatos à cirurgia, são
essenciais as avaliações cardiológica e clínica préoperatórias (seguidas de
tratamento apropriado para as possíveis complicações). Doença arterial coronariana
preexistente, insuficiência cardíaca congestiva, diabetes melito e idade avançada
aumentam o risco da cirurgia. Os bloquedores β-adrenérgicos reduzem as
morbidade e mortalidade cardiovasculares perioperatórias. Com avaliação cardíaca
pré-operatória cuidadosa e assistência pós-operatória, a taxa de mortalidade se
aproxima de 1 a 2%. Após ruptura aguda, a taxa de mortalidade para uma cirurgia
de emergência é de 45 a 50%. O reparo endovascular com implante de endoprótese
é uma abordagem alternativa para tratar de aneurismas rotos e pode estar
associada a uma taxa mais baixa de mortalidade.

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