Buscar

Terapêutica Medicamentosa em Odontologia: Formas farmacêuticas e Vias de administração - Dayanne Alves UPE/FOP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

T e r a p ê u t i c a M e d i c a m e n t o s a e m O d o n t o l o g i a - D a y a n n e 
A l v e s | 1 
 
CAP. 2 – FORMAS FARMACÊUTICAS E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
A FARMACOTÉCNICA é o ramo das ciências farmacêuticas que trata da transformação de 
substâncias (matérias-primas) em medicamentos, por meio de procedimentos técnicos e 
científicos que levam à forma farmacêutica pretendida. 
A FORMA FARMACÊUTICA, por sua vez, é o estado final de apresentação da fórmula 
farmacêutica, com a finalidade de facilitar sua administração e obter o maior efeito 
terapêutico possível e o mínimo de efeitos indesejáveis. 
 
TIPOS DE FÓRMULAS FARMACÊUTICAS 
 A fórmula farmacêutica nada mais é do que o conjunto de substâncias que entram na 
constituição de um medicamento. Pode ser classificada em três tipos: 
1- Oficinal 
2- Magistral 
3- Especialidade farmacêutica. 
OFICINAL 
Fórmulas fixas, com denominações imutáveis e consagradas, que constam em compêndios, 
formulários ou farmacopeias oficiais, reconhecidos pelo Ministério da Saúde. Exemplos: água 
oxigenada, solução de álcool iodado, etc. 
 
MAGISTRAL (Farmácias de manipulação?) 
Formulação preparada na farmácia atendendo a uma prescrição de autoria do médico, 
cirurgião-dentista ou médico- -veterinário, que estabelece sua composição, forma 
farmacêutica, posologia e modo de usar. Exemplo: solução de fluoreto de sódio; solução de 
digluconato de clorexidina. 
 
ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA 
Produto oriundo da indústria farmacêutica com registro na ANVISA e disponível no mercado. 
 
CONSTITUINTES DE UMA FÓRMULA FARMACÊUTICA 
FÓRMULA FARMACÊUTICA = Princípio ativo + estabilizantes químicos + estabilizantes físicos + 
conservantes + corretivos + coadjuvantes terapêuticos + coadjuvante farmacotécnicos! 
• Uma fórmula farmacêutica deve conter a base medicamentosa ou PRINCÍPIO ATIVO, 
que é o componente responsável pela ação terapêutica. 
• Uma só fórmula pode conter um ou mais princípios ativos, criando as associações. 
• Quando a formulação não apresenta nenhum princípio ativo, é denominada de 
PLACEBO. 
• Além do princípio ativo, uma fórmula farmacêutica geralmente contém: 
T e r a p ê u t i c a M e d i c a m e n t o s a e m O d o n t o l o g i a - D a y a n n e 
A l v e s | 2 
 
1- Um COADJUVANTE TERAPÊUTICO 
- “Auxilia” a ação do princípio ativo, por diferentes mecanismos. 
- A epinefrina, por exemplo, quando incluída na solução anestésica local, retarda a 
absorção do anestésico para a corrente sanguínea, diminuindo sua toxicidade e 
aumentando a duração da anestesia; 
2- UM COADJUVANTE FARMACOTÉCNICO 
• Facilita a dissolução do princípio ativo no veículo ou excipiente, ou, ainda, funcionar 
como agente suspensor ou emulsificante; 
3- ESTABILIZANTES OU CONSERVANTES 
• Evitam alterações de ordem física, química ou biológica e aumentar a estabilidade do 
produto. 
• ESTAB. FÍSICOS: objetivam de manter a viscosidade, a cor, o odor ou o sabor do 
medicamento. 
• ESTAB. QUÍMICOS: Além de impedir o desenvolvimento de reações químicas como a 
oxidação, a redução ou a hidrólise. 
* Ex. o metabissulfito de sódio, de grande interesse para a odontologia, pois se trata de uma substância 
antioxidante que é incorporada às soluções anestésicas locais que contêm epinefrina (ou outros vasoconstritores do 
grupo das aminas simpatomiméticas), que se deterioram quando expostas à luz, ao ar e às variações da 
temperatura ambiente. Este efeito é minimizado com a presença do estabilizante na formulação. Por outro lado, o 
metabissulfito de sódio foi relacionado a reações alérgicas como urticária, angioedema e exacerbação da asma. 
• CONSERVANTES: agentes conservantes impedem as alterações produzidas por 
microrganismos, por sua atividade antimicrobiana. 
*O metilparabeno, em especial, está incluído na formulação de vários medicamentos, bem como em alimentos e 
cosméticos. Para exemplificar, as soluções anestésicas multiuso (frasco-ampolas de uso hospitalar) contêm o 
metilparabeno, que por sua atividade bacteriostática aumenta o prazo de validade da solução. 
**Ao contrário, o volume excedente de um tubete anestésico nunca deve ser reutilizado; portanto, não há 
justificativa para se incluir o metilparabeno na composição das soluções anestésicas empregadas em odontologia. 
*** Por estar relacionado a reações alérgicas, desde 1984 o metilparabeno foi excluído de todas as ampolas de 
anestésico local fabricadas nos Estados Unidos. 
• CORRETIVO: visa corrigir o produto final no tocante a suas propriedades 
organolépticas (cor, odor, sabor), a fim de torná-lo mais aceitável por parte do 
consumidor. 
O VEÍCULO (líquido) e o EXCIPIENTE (sólido) são inertes e servem para dissolver-se de forma 
homogênea ao princípio ativo e aos demais componentes da fórmula farmacêutica (ou seja, 
não fazem parte da fórmula). 
 
FORMAS FARMACÊUTICAS 
• F.F. Sólidas - podem ser empregadas por via oral ou aplicação local; 
• F.F. Líquidas – além de por via oral ou aplicação local, tb através de injeções. 
 
FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS 
T e r a p ê u t i c a M e d i c a m e n t o s a e m O d o n t o l o g i a - D a y a n n e 
A l v e s | 3 
 
• As formas farmacêuticas sólidas empregadas por via oral são à base de pós. 
• Os pós são definidos pela Farmacopeia Brasileira como preparações oriundas de 
substâncias vegetais ou animais, ou ainda químicas, que são submetidas a um grau de 
divisão eficiente para garantir a homogeneidade e facilitar a administração. 
• Conforme o GRAU DE AGLOMERAÇÃO dos pós, eles podem assumir diferentes formas 
farmacêuticas. As mais importantes são as seguintes: 
 
1- COMPRIMIDOS 
- Apresentam tamanhos e formatos variados; 
- Cilíndricos ou lenticulares 
- Obtidos pela compressão de pós de substâncias medicamentosas secas, com ou 
sem excipiente inerte. 
- Podem ser formulados para se dissolver em água, antes de serem deglutidos, na 
própria cavidade bucal (uso por via sublingual), no estômago ou intestinos. 
- A indústria farmacêutica também produz: 
 *COMPRIMIDOS REVESTIDOS, recobertos por uma ou mais camadas de resinas, 
ceras, substâncias plastificantes, etc.; 
*COMPRIMIDOS EFERVESCENTES, que são desintegrados em água antes da 
administração; e 
*COMPRIMIDOS MASTIGÁVEIS, que contêm adoçantes que proporcionam sabor 
agradável. 
 
2- DRÁGEAS 
- São comprimidos que recebem um ou mais revestimentos externos, seguidos de 
polimento, 
- Com o objetivo de mascarar o sabor e o odor desagradável de certos princípios 
ativos ou minimizar os efeitos agressivos à mucosa gástrica. 
- Não podem ser fracionados, seja por partição (divisão em partes iguais) ou 
trituração. 
 
3- CÁPSULAS 
- São receptáculos de forma e dimensão variadas, 
- Contém em seu interior substâncias medicinais sólidas, líquidas ou mesmo 
pastosas. 
 
- Podem ser de dois tipos: 
- GELATINOSAS (MOLES) 
 - GASTRORRESISTENTES (DURAS): de consistência dura, destinadas a resistir ao 
ataque do suco gástrico, de modo que a libertação da substância ativa ocorra 
rapidamente no intestino delgado. 
 
- Assim como as drágeas, as cápsulas não podem ser fracionadas. 
 
 
4- GRANULADOS 
- São fórmulas constituídas de um aglomerado, contendo um ou mais princípios 
ativos, associados com excipiente sob a forma de grãos ou fragmentos cilíndricos. 
T e r a p ê u t i c a M e d i c a m e n t o s a e m O d o n t o l o g i a - D a y a n n e 
A l v e s | 4 
 
 
Por fim, ainda como formas farmacêuticas sólidas para uso por via oral, têm-se as PÍLULAS e 
as PASTILHAS, porém é de pouco interesse para a odontologia. 
 
 
 
T e r a p ê u t i c a M e d i c a m e n t o s a e m O d o n t o l o g i a - D a y a n n e 
A l v e s | 5 
 
 
Além da via oral, as formas farmacêuticas sólidas ou semissólidas podem ser empregadas por 
meio de aplicação local (portanto, de uso externo), sendo representadas pelos CREMES, 
LINIMENTOS,UNGUENTOS, PASTAS E POMADAS, as duas últimas de maior uso em 
odontologia. 
 
PASTAS 
 Têm uma consistência macia, mas firme, por sua grande proporção de pó (acima de 20%), 
como é o caso das pastas à base de hidróxido de cálcio. 
POMADAS 
São mais gordurosas, como a de acetonido de triamcinolona, sendo empregadas no 
tratamento de úlceras aftosas recorrentes ou úlceras traumáticas. 
 
SUPOSITÓRIOS 
São formas farmacêuticas sólidas, de formato cônico ou ogival, destinadas à aplicação por via 
retal. Podem se constituir numa forma de administração de analgésicos ou anti-inflamatórios 
para pacientes incapazes de fazer uso da medicação por via oral (particularmente as 
crianças). 
 
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS 
As formas farmacêuticas líquidas são representadas pelas emulsões, suspensões e soluções, 
podendo ser administradas por via oral ou parenteral (soluções injetáveis). 
 
T e r a p ê u t i c a M e d i c a m e n t o s a e m O d o n t o l o g i a - D a y a n n e 
A l v e s | 6 
 
EMULSÕES 
Sistema químico heterogêneo constituído por dois líquidos imiscíveis (água e óleo, em geral), 
um dos quais está disperso no seio do outro sob a forma de gotículas esféricas. (p. ex., 
emulsão de óleo de fígado de bacalhau). Não têm indicação em odontologia. 
 
SUSPENSÕES 
Formas farmacêuticas líquidas, viscosas, constituindo-se em uma dispersão grosseira, em que 
a fase externa (maior) é um líquido e a fase interna (menor), um sólido INSOLÚVEL, que se 
constitui no princípio ativo do medicamento. Por ficar suspenso, exige uma agitação enérgica 
do frasco, justificando a conhecida recomendação de “agite antes de usar”. 
 
AEROSSÓIS 
Podem ser considerados como formas complementares das suspensões, por serem um 
sistema coloidal constituído por partículas sólidas ou líquidas muito divididas, dispersas num 
gás. São empregados por meio de aparelhos chamados nebulizadores, vaporizadores ou 
aerossol dosificador, acompanhado de bocal e aerocâmara. 
 
SOLUÇÕES 
Misturas de duas ou mais substâncias HOMOGÊNEAS, do ponto de vista químico e físico. As 
soluções farmacêuticas são sempre líquidas e obtidas a partir da dissolução de um sólido ou 
líquido em outro líquido. São formadas por um solvente mais um soluto, o qual deve ser 
miscível no solvente. Os solventes mais utilizados nas soluções são água, álcool etílico, 
glicerina, propilenoglicol, álcool isopropílico, éter dietílico e benzina. 
As soluções podem ser de três tipos: 
1. administradas por via oral (portanto, deglutidas) 
2. aplicadas localmente em cavidades ou 
3. injetadas (vias parenterais). 
 
SOLUÇÕES ADMINISTRADAS POR VIA ORAL 
1. SOLUÇÃO “GOTAS” OU SOLUÇÃO “ORAL” 
 São encontradas no mercado farmacêutico sob esta denominação, apesar de não 
serem definidas pela Farmacopeia Brasileira (“gotas” não é forma farmacêutica). 
Além do princípio ativo, estas soluções podem conter corretivos, estabilizantes, 
conservantes e veículos. 
 
2. XAROPES 
São formas farmacêuticas aquosas, contendo ~ 2/3 de seu peso em sacarose ou 
outros açúcares. Os xaropes apresentam duas vantagens: correção de sabor 
T e r a p ê u t i c a M e d i c a m e n t o s a e m O d o n t o l o g i a - D a y a n n e 
A l v e s | 7 
 
desagradável do fármaco e conservação do mesmo na forma farmacêutica de 
administração. 
 
3. Elixires 
São formas farmacêuticas líquidas, hidroalcoólicas, aromáticas e edulcoradas com 
sacarose ou sacarina sódica. 
 
SOLUÇÕES CAVITÁRIAS 
1. COLUTÓRIOS 
Destinados à aplicação local sobre as estruturas da cavidade bucal, na forma de 
bochechos ou irrigações, sem que haja a deglutição. 
 
2. VERNIZES 
O fármaco encontra-se misturado ao veículo, que “toma presa” ao entrar em contato 
com água ou saliva, sendo aplicado diretamente nos dentes. 
 
SOLUÇÕES INJETÁVEIS 
São soluções ou suspensões esterilizadas, livres de pirogênios, em geral isotônicas, 
acondicionadas em ampolas ou frasco-ampolas, de forma a manter essas características, 
indicadas para a administração parenteral. 
VANTAGENS DO USO 
 • Absorção mais rápida e segura. 
 • Determinação exata da dose do medicamento. 
• Permitem o uso de grandes volumes (p. ex., soro glicosado, soro fisiológico). 
• Não sofrem a ação do suco gástrico. 
• Não agridem a mucosa gástrica (com exceção de alguns anti-inflamatórios). 
DESVANTAGENS 
• Necessidade de assepsia rigorosa. 
• Dor decorrente da aplicação. 
• Dificuldade de autoadministração. 
• Custo geralmente maior. 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
Um fármaco pode exercer sua ação farmacológica no próprio local em que foi aplicado ou ser 
absorvido e distribuído pelo organismo, para ter acesso ao SÍTIO DE AÇÃO. 
As vias de administração dos fármacos são denominadas ENTERAIS quando eles entram em 
contato com qualquer um dos segmentos do trato gastrintestinal (do grego enteron = 
T e r a p ê u t i c a M e d i c a m e n t o s a e m O d o n t o l o g i a - D a y a n n e 
A l v e s | 8 
 
intestino – boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso (ânus)), como 
é o caso das vias sublingual, oral, bucal e retal. 
As demais vias, que não interagem com o trato gastrintestinal, são denominadas 
PARENTERAIS (do grego para = ao lado, isto é, “que não está dentro”, e enteron = intestino). 
• Podem ser acessadas por meio de injeções (intradérmica, subcutânea, intramuscular, 
intravenosa, etc.) ou por outras formas (percutânea, respiratória, etc.). 
O meio mais simples de administrar um fármaco é pela aplicação direta no local onde ele deve 
agir. É o que se denomina de APLICAÇÃO LOCAL ou TÓPICA (do grego topos = lugar). 
• Permite o emprego de pequenas quantidades e baixas concentrações do 
medicamento, para que atue exclusivamente naquele local. 
• Dessa forma, evita-se um maior grau de absorção sistêmica, que pode acarretar 
efeitos colaterais indesejáveis ou efeitos tóxicos. 
*Quando se usa um fármaco com finalidade terapêutica, uma das principais preocupações 
é conseguir uma concentração adequada no local onde ele deve agir, no menor tempo 
possível, mantendo-se essa concentração de forma contínua. Isso é praticamente 
impossível, a menos que o fármaco seja administrado de forma ininterrupta, como é o 
caso das infusões por via intravenosa (gotejamento contínuo), executadas em ambiente 
hospitalar. 
**Sendo assim, qualquer outra maneira de administração de fármacos que envolva doses 
fracionadas resulta em flutuações de sua concentração. 
 
VIAS ENTERAIS 
SUBLINGUAL (MUCOSA ORAL) 
• É capaz de servir como local de absorção de fármacos, especialmente quando a 
mucosa é pouco espessa e há grande suprimento sanguíneo, como o assoalho da 
língua, por onde são administradas soluções ou comprimidos sublinguais, 
dissolvidos pela saliva e não deglutidos. 
ORAL 
• A mais utilizada das vias enterais, pela facilidade de aplicação. 
• O considerável suprimento sanguíneo do estômago e do duodeno, aliado à grande 
superfície epitelial desses órgãos, propicia a absorção de diferentes tipos de 
medicamentos. 
• As formas farmacêuticas administradas por via oral incluem os comprimidos, as 
drágeas, as cápsulas, as soluções, as suspensões e os elixires. 
• Por esta via ocorre o aumento gradual das concentrações plasmáticas do 
medicamento, diminuindo a intensidade de seus possíveis efeitos tóxicos. 
• A administração de fármacos por via oral pode ser limitada nos casos em que há 
dificuldade de deglutição, pelo odor ou sabor desagradável do medicamento. Está 
CONTRAINDICADA quando o paciente está inconsciente ou apresenta náuseas ou 
vômitos. 
T e r a p ê u t i c a M e d i c a m e n t o s a e m O d o n t o l o g i a - D a y a n n e 
A l v e s | 9 
 
BUCAL 
• Para fármacos de ação local, como cremes, pomadas, soluções e colutórios. 
• A manutenção de sua concentração quando estão em contato com a mucosa é muito 
difícil, em função da ação da saliva.RETAL 
• Segmento terminal do intestino grosso (reto) 
• INDICADO para pacientes inconscientes, que têm vômitos ou que não conseguem 
deglutir (crianças pequenas, por exemplo). 
• Também protege os fármacos das reações de biotransformação hepática, pois a 
drenagem de sangue passa pela veia cava e não a veia porta. 
• Porém, que a absorção por esta via pode ser irregular e incompleta. 
 
VIAS PARENTERAIS 
PERCUTÂNEA 
• A absorção de fármacos através da pele ÍNTEGRA é proporcional à sua 
lipossolubilidade (quanto mais lipossolúvel, maior o grau de absorção). Por isso, o 
fármaco é suspenso em veículo oleoso. 
• Raramente empregada em odontologia. 
RESPIRATÓRIA OU INALATÓRIA 
• Estende-se desde a mucosa nasal até os alvéolos pulmonares, sendo empregada para 
se obterem efeitos locais e sistêmicos. 
• Técnica de sedação mínima, por meio da inalação de uma mistura de óxido nitroso 
com oxigênio. 
ENDODÔNTICA (VIA INTRACANAL) 
• Uso exclusivamente odontológico 
• Aplicação de fármacos no sistema de canais radiculares dos dentes. 
• Classificada como parenteral, pelo fato de que, por esta via, o fármaco está sendo 
aplicado na área pulpar, não mais considerada como pertencente ao trato digestório. 
SUBMUCOSA E SUBPERIÓSTICA 
• São as vias de administração de fármacos mais empregadas em odontologia, por 
ocasião da infiltração de soluções anestésicas locais. 
• Podem ser usadas também para a aplicação local de corticosteroides. 
INTRA-ARTICULAR 
• Empregada para a injeção de fármacos no interior da cápsula articular. Ex.: ATM. 
INTRAMUSCULAR 
T e r a p ê u t i c a M e d i c a m e n t o s a e m O d o n t o l o g i a - D a y a n n e 
A l v e s | 10 
 
• A absorção depende do fluxo sanguíneo do local de aplicação e do tipo de preparação 
injetada. 
• As injeções podem acarretar dor no local de aplicação, equimoses, hematomas, 
abscessos e reações de hipersensibilidade. 
INTRAVENOSA 
• Os fármacos administrados por esta via independem da absorção, o que significa dizer 
que o efeito é praticamente imediato. 
• Pode provocar também reações locais como infecção, flebite e trombose. 
SUBCUTÂNEA 
• Por esta via podem ser administradas formas farmacêuticas sólidas ou líquidas 
(pequenos volumes) 
• De ação imediata ou que formam depósitos e garantem uma liberação lenta e 
contínua (p. ex., insulina em diabéticos). 
• Não possui indicação na clínica odontológica. 
INTRADÉRMICA 
• Permite que o medicamento entre em contato com a derme, por meio de 
escarificação (raspagem da pele) ou injeção. 
• Não é empregada na prática odontológica, estando reservada para testes diagnósticos 
de alergia e aplicação de algumas vacinas, por especialistas. 
 
Outras vias parenterais injetáveis são empregadas exclusivamente na área médica, como é o 
caso das vias intra-arterial, peridural, intratecal e intracardíaca.

Outros materiais