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RESUMO: período pós-operatório

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1 | P á g i n a 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL 
ALAN R F PAZ JÚNIOR 
PASSO FUNDO 2021 
 
 
PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO 
 
 
DEFINIÇÃO: Pode corresponder ao período iniciado desde a realização do 
curativo cirúrgico (último ponto) até o momento da recuperação física, 
funcional e psíquica do paciente. 
Síndrome Metabólica Pós-Trauma: Lesão, adrenérgico-corticóide (pós-
operatório imediato), transição, cessação da atividade corticoide, anabolismo 
protéico-muscular, fase de ganho. No POI, hormônios como a 
epinefrina/norepinefrina e corticoesteroides estarão elevados. No PO tardio, o 
paciente está fazendo anabolismo e síntese proteica. 
Clínica: Pós-operatório imediato, pós-operatório mediato, pós-operatório 
tardio ou seguimento. Para alguns, até o horário da 00:00 categoriza-se como 
POI (pós-operatório imediato), enquanto após esse horário classifica-se como 
PO1 (primeiro pós- operatório). 
• PO Imediato: Inicia no final da cirurgia e dura 24h, período crítico 
devido às rápidas alterações nas condições clínicas. 
• PO Mediato: Das 24h iniciais até o 7º dia, ou por ocasião da alta. 
• PO Tardio ou Seguimento: Após 7 dias ou após a alta hospitalar. 
• Em infecções de prótese cirúrgica, considera-se como pós-
operatórias até aquelas ocorridas um ano após o 
procedimento. 
PRONTUÁRIO DO PACIENTE: Definido pelo CFM como o “documento único 
constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, 
geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do 
paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, 
que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a 
continuidade da assistência prestada ao indivíduo” e considerado de 
elaboração obrigatória pelo Código de Ética Médica. O sigilo das informações 
do prontuário é um dever do médico, definido pelo Código de Ética Médica, 
Código Penal, Código Civil e Resolução do CFM. O prontuário é do paciente, 
mas o Hospital é o depositário da informação, podendo executar o 
rito necessário para o compartilhamento dos dados aos pacientes e 
familiares. 
2 | P á g i n a 
 
 
 
DESCRIÇÃO DA CIRURGIA, EVOLUÇÃO E 
PRESCRIÇÃO 
Devem constar informações quanto à posição, anestesia, antissepsia, incisão, 
achados patológicos, tática operatória, fios, drenos e clipes, complicações, 
fechamento, anatomopatológico, foto/filme/alguma documentação, cirurgião 
e equipe (avaliação). 
SUBJETIVO: Queixas do pacientes, sintomas associados, aquilo que foi 
expresso pela pessoa. OBJETIVO: Sinal, aquilo que é aferido pelo médico ou 
equipe de enfermagem, informação concreta e conferida. IMPRESSÃO: 
Opinião/ o que o médico acha a respeito das informações subjetivas e 
objetivas. CONDUTA OU PLANO: Plano a ser tomado. 
 
PRESCRIÇÃO: Dieta, sinais vitais, balanço hídrico, drenos, sondas e 
cateteres, curativos, cuidados especiais, medicações (analgésicos, 
antieméticos, profilaxia trombose, antibióticos). 
1. FEBRE PÓS OPERATÓRIA 
No PO imediato geralmente não advém de causa infecciosa. Nas primeiras 48 
horas, a etiologia mais comum é a atelectasia, enquanto após as 48h passa 
a ser ITU. Do 4º ao 10º PO passa a ser infecções da ferida operatória. 
Abscessos em cirurgia da cavidade abdominal: picos febris ao final da 
primeira semana. Peritonites generalizadas: febre e piora do estado geral. 
2. ATELECTASIA 
Mais frequente das complicações pulmonares PO, 
podendo infectar e se transformar em uma 
pneumonia. Causa mais comum de febre nas 
primeiras 48h após cirurgias realizadas sob 
anestesia geral. A hipoventilação decorrente 
da cirurgia leva ao acúmulo de secreções nos 
brônquios, sua obstrução e colapso. 
Diagnóstico: através de achados clínicos, o 
primeiro sinal é a taquicardia, depois surge 
febre, sem sinais pulmonares evidentes. Se 
não for feita a higiene respiratória adequada, evolui 
para broncopneumonia. O melhor tratamento é 
a profilaxia, manobras voluntárias de inspiração 
máxima e indução de 
tosse diminuem a incidência. Suspender o fumo no mínimo 10 dias antes da 
cirurgia. Tratar a dor, empregar o mínimo de drogas depressoras, estimular a 
tosse e os movimentos respiratórios amplos, deambulação precoce. 
3 | P á g i n a 
 
 
 
3. ÍLEO ADINÂMICO 
Resultado da hiperatividade do sistema simpático 
causada pela resposta ao trauma cirúrgico. Há 
inibição da peristalse e distensão das alças 
(acúmulo de gases e líquidos). Quadro clínico de 
anorexia, náuseas, vômitos, dor e distensão 
abdominal, ausência de ruídos. As principais 
causas são pancreatite, infecções ou inflamações 
intra-abdominais, anormalidades eletrolíticas, 
medicamentos, pneumonia, traumatismo 
abdominal. No RX, visualizam-se alças 
intestinais difusamente dilatadas com ar no 
cólon e reto. Hipocalemia é o principal distúrbio 
hidroeletrolítico associado ao surgimento de íleo 
adinâmico, ainda mais se associada a 
hipomagnesemia. 
O Tratamento deve ser dirigido à causa básica e às repercussões que o íleo 
produz. 
Sonda nasogástrica é a primeira e mais importante medida, evitando o 
acúmulo de ar deglutido e permitindo a eliminação de líquido das porções altas 
do tubo digestivo, aliviando a distensão abdominal e o desconforto do paciente. 
Hidratação e correção do equilíbrio eletrolítico, estimulação da deambulação e 
Neostigmine (efeito controverso). 
Hipocalemia -> Repor 
precocemente 
Hipomagnesemia -> Repor 
até o 3PO 
Dor -> Analgesia sistêmica ou bloqueio (evitar uso 
excessivo de opioide) Peritonite -> Diagnosticar e tratar 
Imobilidade -> Deambulação, SNC, hidratação 
4. TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL 
Não piora o estado geral, tende a ser autolimitada, 
geralmente em pacientes com varizes de MMII. A veia 
afetada encontra-se dolorosa e endurecida à 
palpação e com sinais flogísticos ao redor. O 
Tratamento se baseia no uso de medidas locais para 
atenuar o processo inflamatório. Calor local, elevação dos 
membros e analgésicos. Estimular deambulação, 
antibióticos não tem indicação. 
4 | P á g i n a 
 
 
5. TROMBOEMBOLISMO 
Predisposição pela presença de Estase (maior contato do endotélio, plaquetas 
e fatores de coagulação), Lesão Endotelial (trauma, cirurgia, lesões à 
distância) e Hipercoagulabilidade (neoplasia, esplenectomia prévia com 
excesso de plaquetas, tabagismo, hematócrito alto, uso de anticoncepcional, 
obesidade, policitemia). 
6. TROMBOFLEBITE PROFUNDA 
Fatores de risco de história prévia, idade avançada, permanência prolongada 
no leito, veias varicosas, malignidade, estrogênioterapia, CIVD, ciclo gravídico-
puerperal, obesidade, ICC, distúrbios hematológicos. Quadro clínico associado 
a dor, endurecimento do local afetado, impotência funcional do 
membro. Investigar todos os pacientes no PO é obrigação do cirurgião. 
Medidas mais eficazes para a profilaxia: evitar posições que favoreçam a 
estase venosa e a mobilização no leito, deambulação precoce. Não 
realizar cirurgias eletivas na presença de processos sépticos. Empregar 
heparina profilática em cirurgias de grande porte e em pacientes de alto 
risco. 
7. RETENÇÃO URINÁRIA 
Complicação comum e reversível, resultado da falta de coordenação da micção 
devido à diminuição dos estímulos nervosos pela anestesia, à dor e ao 
desconforto pós- operatório. Dor abdominal suprapúbica, distensão 
vesical, cateterização de rotina se o paciente não urinar nas 
primeiras 6 a 7 horas após a cirurgia. 
Retenção: Hiperidratação, morfina, limitação ao leito. Infecção: Critérios 
para sondagem, sondagem na mesa, técnica cuidadosa, curta permanência, 
sintomas cultura. 
 
8. COMPLICAÇÕES DA PAREDE 
Hematomas (hemostasia inadequada, 
distúrbios de coagulação, epigástrica inferior, 
dor e tensão, não colocar dreno, compressão 
ou intervenção) e Seromas (diminuir 
dissecções, diminuir uso de cautério, dreno de 
sucção fechado, compressão, punção 
evacuatória, drenagem fechada). Pelo 
menos5% das cirurgias limpas 
evoluirão com algum tipo de 
complicação de FO. Infecção é a mais 
frequente das complicações e o S. 
aureus é o agente 
5 | P á g i n a 
 
 
mais comum. Incidência varia de acordo com o tipo de cirurgia, limpas (<4%), 
limpo- contaminadas (4 a 7%), potencialmente contaminadas (7 a 16%), 
contaminadas (>16%). 
Seroma: Acúmulo de líquidos na FO, atua como fator determinante de 
retardo no processo de cicatrização, além de constituir um excelente 
meio de cultura para bactérias. Efetuar drenagem por meio de agulha de 
punção ou mediante retirada dos pontos e colocação de dreno. 
9. INFECÇÃO DA FERIDA OPERATÓRIA 
Fatores de risco de obesidade, desnutrição, DM não controlado, uso de 
corticoides, imunossupressores ou quimioterápicos. Sinais e sintomas 
surgem em torno do 3PO, com manifestações gerais de febre, 
taquicardia, dor e sinais flogísticos. O tratamento consiste na abertura 
da incisão, remoção dos pontos, drenagem do conteúdo purulento e 
lavagem abundante. Antibioticoterapia sistêmica se sinais de 
septicemia. 
 
INFECÇÃO INCISIONAL SUPERFICIAL: Ocorre dentro de 30 dias após a 
cirurgia, compromete a pele e o subcutâneo incisado, drenagem purulenta 
com ou sem laboratórios o cultura positiva de material com técnica asséptica 
ou dor, edema, calor e cirurgião abre a incisão ou diagnóstico de infecção pelo 
cirurgião ou clínico. 
INFECÇÃO INCISIONAL PROFUNDA: Dentro de 30 dias após a cirurgia, 1 
ano se implante. Drenagem de tecido profundo, exceto órgão, ou deiscência 
ou abertura de região profunda na presença de febre ou dor, exceto se cultura 
negativa, ou abscesso região profunda em intervenção ou imagem, ou 
diagnóstico de infecção profunda por cirurgião ou clínico. 
INFECÇÃO DE ÓRGÃOS OU CAVIDADES: Dentro de 30 dias após a 
cirurgia, 1 ano se implante, pus em dreno colocado em órgão/cavidade, ou 
cultura positiva de cavidade/órgão que era asséptico ou diagnóstico de 
abscesso ou infecção em re- operação ou diagnóstico de infecção profunda 
por cirurgião ou clínico. 
Pele e Subcutâneo -> Infecções 
superficiais 
Fáscias e Músculos -> Infecções 
profundas 
Infecções de órgãos e cavidades 
6 | P á g i n a 
 
 
Infecção de FO representa 15% das infecções hospitalares, 
representa 38% das infecções cirúrgicas, aumenta em 7 dias a 
hospitalização e os custos hospitalares. 
Cuidados Pós-operatórios: Cuidado com a FO, planejamento da alta 
hospitalar. Sutura primária fechada 24-48h, abertura de curativos (diários), 
lavar mãos antes e após, técnica asséptica para curativos. Planejamento de 
alta após 48h da ferida aberta, ensinar cuidados em casa, contato se sinais de 
infecção. 
10. HEMORRAGIA 
Frequente, mas evitável por uma técnica adequada de hemostasia. Pacientes 
hipotensos no transoperatório podem mascarar uma hemostasia inadequada. 
Tratamento local com pressão sobre a ferida ou ligadura do vaso 
sangrante. Pode ser feito o uso de simpaticomiméticos no 
transoperatório para elevar a PA e analisar se o paciente está sangrando. 
11. DEISCÊNCIA DA FERIDA 
É a falência total do fechamento da FO, é a 
complicação de maior gravidade, podendo 
evoluir para evisceração (acometimento de 
todos os planos da parede). As principais 
causas estão relacionadas a hemorragia, 
infecção, sutura inadequada, falhas 
técnicas, incisões verticais (medianas) 
estão mais sujeitas, surgindo por volta do 
5PO, secreção serossanguinolenta. 
Reintervenção cirúrgica obrigatória. 
 
	PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO
	1. FEBRE PÓS OPERATÓRIA
	2. ATELECTASIA
	3. ÍLEO ADINÂMICO
	4. TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL
	5. TROMBOEMBOLISMO
	6. TROMBOFLEBITE PROFUNDA
	7. RETENÇÃO URINÁRIA
	8. COMPLICAÇÕES DA PAREDE
	9. INFECÇÃO DA FERIDA OPERATÓRIA
	10. HEMORRAGIA
	11. DEISCÊNCIA DA FERIDA

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