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RESUMO: FÁRMACOS NO PACIENTE CIRÚRGICO E PRESCRIÇÃO PÓS-OPERATÓRIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL 
ALAN R F PAZ JÚNIOR 
PASSO FUNDO 2021 
 
 
FÁRMACOS NO PACIENTE CIRÚRGICO E PRESCRIÇÃO 
PÓS-OPERATÓRIA 
 
 
PRESCRIÇÃO PÓS-OPERATÓRIA – PRESCRIÇÃO: Conjunto de registros 
efetuados no prontuário do paciente que irão determinar as medidas 
farmacológicas e não farmacológicas (ordens médicas) que serão utilizadas no 
cuidado pós-operatório do paciente. A evolução é um prólogo do que será 
a prescrição, ditando o porquê de tais medidas serem posteriormente tomadas. 
É da responsabilidade do cirurgião, o qual poderá delegar esta tarefa a auxiliares, 
anestesista, clínico ou outro profissional médico, mas mantém a sua 
responsabilidade. É o elo formal entre o médico e os demais profissionais que 
atendem o paciente. 
Se necessário: O médico abdicou o seu dever, transferindo a outra pessoa a 
decisão da necessidade do medicamento. Deve ser definida a dose, o intervalo 
mínimo entre as doses e o critério para uso. Exemplo: 
 
Novalgina 1g IV de 6/6h se temperatura superior a 37,5°C. 
 
1. DIETA 
JEJUM PÓS-OPERATÓRIO: Deve permanecer até o paciente acordar, 
enquanto permanecer em íleo adinâmico ou de acordo com o risco de fístulas 
em anastomoses. O tempo mínimo normalmente é enquanto o paciente estiver 
desacordado (risco de aspiração). No caso do íleo adinâmico, costuma 
manifestar-se por cerca de 6 horas (delgado), 24 horas (estômago) ou 48 a 72 
horas (grosso), contudo, devemos avaliar bem quanto à volta da dieta, por vezes 
o íleo adinâmico do grosso pode permanecer por tempo demais, muito tempo 
para se ficar sem a dieta. Sonda nasogástrica: adotada em pacientes com 
previsão de demora para saída do íleo adinâmico. 
Outros controles: Diurese, escala de dor, hemoglicoteste, drenagens (volume 
e aspecto), balanço hídrico (administração de líquido por vias EV, VO, IO, sonda 
e dialítica) e fotos em lesões específicas. Perdas de líquidos podem ocorrer de 
maneira mensurável (urina, sangramentos externos, drenos, colostomias, perdas 
que podem ser medidas) ou imensurável, sendo levadas em conta para o cálculo 
do balanço hídrico. 
2. ANALGESIA OPIÓIDES MAIORES 
Morfina: Avaliar seu uso de acordo com a gravidade da cirurgia e da dor. Em 
cirurgias complexas deve ser utilizada sem medo, evitando de qualquer modo o 
aparecimento da dor no paciente. Administração via IV, VO ou SC (indução 
necrose subcutânea). Utilizada normalmente de 4 em 4 horas, contudo antes de 
dormir se dobra a dose e permite um sono completo e contínuo. Não sintética, 
derivada do ópio, indução de sono. 
• Ampola com 10mg/1ml 
• Ampola com 1mg/1ml 
 
• Ampola com 2mg/2ml 
• Comprimido com 10 ou 30mg – VO exige doses maiores 
• Cápsula com 30, 60 ou 100mg (liberação lenta) 
• Dose inicial de 0,05 – 0,1 mg/kg 
• Manutenção usualmente metade da dose inicial de ataque 
• Intervalo entre as doses: 3 a 4 horas 
Atentar quanto ao uso em pacientes idosos com diminuição da massa muscular, 
nos quais pode causar depressão respiratória. Indica-se o uso de doses mais 
baixas ou então, se já houver desconfiança, iniciasse a administração EV para 
aferir o efeito respiratório mais precocemente e assim instituir a terapia 
adequada. Não apresenta dose teto, podendo ser utilizada até a completa 
remissão da dor ou até iniciar com os sintomas de depressão respiratória. 
Se a dose de manutenção não estiver dando conta de suprimir a dor do paciente, 
podemos deixar uma dose SN para uso no caso de dor intensa. A administração 
de uma dose de ataque com uma posterior infusão contínua da droga 
também pode ser uma alternativa para o controle tardio da dor (bomba de 
infusão/PCA paciente control analgesian). 
Cloridrato de Petidina: Formulação comercial de Meperidina, Dolosal, 
Demerol ou Dolantina, composto sintético. Potência inferior à morfina e, 
portanto, utilizado em doses maiores. 
• Ampola com 100mg/2ml 
• Dose inicial de 0,5 - 1mg/kg/dose 
• Manutenção metade da dose 
• Intervalo de dose IV a cada 3 horas 
Normeperidina pode ocasionar convulsões, sendo um metabólito derivado 
da Meperidina e devendo ser usada com mais cautela. Pode causar efeitos 
adversos de euforia no paciente. 
Citrato de Fentanila: Potência 100 vezes superior à da morfina. Rápido início 
de ação e curta duração. Pode causar rigidez de músculos torácicos (doses 
elevadas, 100 - 200mcg). Bradicardia (responsiva à atropina) e hipotensão. 
Atravessa a membrana placentária. Uso cotidiano em endoscopias digestivas 
altas, para analgesia do paciente. Pode ser utilizado como indução anestésica 
ou como analgesia cirúrgica, assim como para analgesia clínica no pós-
operatório. Diferenças entre indução anestésica e analgesia. 
• Fentanil 50mcg = 0,005 mg = 1ml 
• Ampola com 2ml, 5ml ou 10ml 
• Analgesia em recuperação 50 a 100mcg IM ou IV, de 1/1h 
• Dose de 0,5-1mcg/kg/dose 
 
 
Analgesia em anestesia (pré-medicação, indução e manutenção). Analgesia 
pós- operatória, infusão contínua em CTI. Para uso como componente analgésico 
da anestesia geral. Suplemento da anestesia regional. Para administração 
conjunta com neuroléptico, como o droperidol. Para administração espinhal no 
controle da dor pós- operatória. Uso associado com diazepínicos em 
procedimentos endoscópicos. 
Derivados da Fentanila: Alfentanil, Sufentanil e Samifentanil. Rápido início 
de ação, vida média curtíssima, usados em infusão contínua em anestesia geral 
ou sedação em ventilação mecânica. 
 
 
 
 
 
 
Antagonista Opioide, Cloridrato de Naloxane: Narcan 0,4mg/1ml, uso EV ou IM. Em casos 
de intoxicação por opióide, doses de 0,4 a 2mg administradas IV. Reversão da anestesia 
dilui-se a ampola até 10ml e aplica-se 2 ml, repetido num intervalo de 2 a 3 minutos se 
necessário. Pode reverter, passar o efeito e o paciente voltar a deprimir. Evitar depressão 
rápida pelo risco de hipertensão e arritmias cardíacas. A vida média da morfina é superior 
à do Narcan, então por vezes o efeito do Narcan acaba e o paciente segue com os efeitos 
da morfina e, consequentemente, com a depressão respiratória. 
3. ANALGESIA OPIOIDES MENORES 
Cloridrato de Tramadol (Tramal): Apresenta dose teto de cerca de 
300mg/dia. Doses acima disso usualmente não aumentam a analgesia. Seu 
principal efeito colateral é a náusea, precisando ser infundido lentamente. 
• Cápsula com 50 ou 100mg 
• Supositório de 100mg 
• Solução oral gotas 100mg/ml – 40 gotas 
• Ampola com 50 ou 100mg (1 ou 2 ml) 
Codeína (Codeín ou Tylex): 200mg VO equivalem a 120mg IM que equivalem 
a 10mg de morfina IM. Apresenta vias de administração VO, IM e SC, mas evita-
se a EV devido à facilidade de hipotensão. 
• Codeín comprimidos com 60mg, solução oral 3mg/ml em frascos com 
120ml. Ampola com 30mg/ml com 2 ml a cada ampola. 
• Tylex comprimidos codeína 30mg e paracetamol 500mg 
Dentre seus efeitos colaterais, destaca-se a constipação, mas pode ser utilizada 
para controle de dor e tosse no PO. 
 
4. ANALGESIA NÃO OPIOIDE 
Dipirona: Apresentação da Novalgina como comprimido de 500mg e 1000 
mg, solução oral gotas (cada 1ml = 20 gotas = 500mg), solução oral infantil 
(50mg/ml, frasco com 100ml) e injetável (500mg/ml, ampola com 2ml). Intervalo 
de 4 a 8 horas entre as doses, dose máxima de 4000mg/dia. 
 
 
AAS: Seu uso regular deve ser evitado devido à incidência elevada de efeitos 
colaterais gastrointestinais. Efeito tópico da acidez na mucosa (liberação 
entérica). Efeito sistêmico por inibir as prostaglandinas que fazem a proteção 
gástrica. 
Acetaminofeno (Paracetamol): É um dos mais utilizados no mundo, com 
poucos efeitos adversos ou interações medicamentosas. Primeira opção para 
dores de leve a moderadas. Uso crônico dose máxima de 4000mg. 
Cetoprofeno (Profenid): EV, IM, cápsula, gotas, xarope, comprimidos 
entéricos, supositório, inúmeras administrações. 
SINERGISMO -> ANALGESIA OPIOIDE + NÃO OPIOIDE 
 
5. HIPNÓTICOS E SEDATIVOS 
Midazolam: Benzodiazepínico hipnoindutore amnésico. Efeitos colaterais 
de depressão respiratória e amnésia. Utilizado na sequência rápida de 
intubação (15mg), assim como em procedimentos ambulatoriais. Amnésia 
anterógrada, do período de administração para frente, e não retrógada. 
• Ampolas de 3mL com 15mg (5mg/ml). Cada ampola de 5ml contém 5mg 
(1mg/ml) e cada ampola de 10ml contém 50mg (5mg/ml, parada respiratória) 
• Dose deve ser titulado conforme a necessidade, cautela em idosos 
• Produz efeito entre 1-2 minutos, nova dose após 4 a 5 minutos 
 
 
 
Precedex (Dexmedetomidina): Utilizado para sedação em pacientes na 
CTI que precisam ser retirados do ventilador, não causa qualquer depressão 
respiratória. Sedativo agonista alfa-2 adrenérgico com propriedades analgésicas. 
Propofol/Tionembutal: Hipnoindutor, início de ação rápido 
(braço/cérebro), sem presença de amnésia. Fármaco de ultracurta duração 
das classes dos anestésicos parenterais. Não é um analgésico, MV de 1 a 3 
minutos, infundido lentamente para evitar que arda. Age como antagonista 
de receptores GABA, não produz analgesia e apresenta efeitos colaterais de 
hipotensão, apneia transitória do sono e dor local na região da injeção. 1,5 a 
2,5mg por kg para indução de hipnose. Pode causar depressão respiratória. 
Quetamina (Ketalar): Hipnótico, analgésico, dissociativo (o paciente não 
percebe a realidade como ela realmente está ocorrendo), não barbitúrico. 
Concentração de 1ml/50mg, apresentação de frasco ampola de 10ml. Pouco 
utilizado em crianças pelo 
 
 
trauma dissociativo. Associação com diazepam diminui a incidência de delírios na 
recuperação. Infusão em menos de 60” pode ocasionar HAS e depressão 
respiratória, contudo é a única droga que não causa depressão 
cardiocirculatória. Tem duração de cerca de 10 minutos. 
Antagonista Diazepínico – Lanexat, Flumazenil: Antagonista específico dos 
benzodiazepínicos. Uso nos casos de intoxicações por BZDs ou para reversão de 
efeitos pós-anestésicos. Efeito rápido em cerca de 1 a 2 minutos, solução injetável 
de 0,1mg/ml. A dose inicial recomendada é a de 0,2mg administrada por via IV em 
15 segundos. 
Etomidato: Indução de sedação e intubação, faz bloqueio do eixo 
hipotálamo-hipófise, podendo causar redução da resposta metabólica 
pós-trauma. Em excesso, pode ser prejudicial para as glândulas. 
 
6. CURARES OU BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES 
Bloqueiam os receptores da Ach, produzindo paralização muscular, paralisia 
flácida. Pancurônio, Atracúrio, Cisatrucúrio, Rocurônio, Vecurônio e 
Succinilcolina (mecanismo diferente). Anticolinesterásicos – aumento da 
Ach na fenda – Neostigmina, Feostigmina, retira a acetilcolinesterase e aumenta 
a atividade da Ach. 
• Brometo de Pancurônio (Curare): bloqueador neuromuscular não 
despolarizante, compete com os receptores de Ach, diminuindo a atividade vagal 
(taquicardia) e apresentando MV de 1,5 a 2,5 horas. Eliminação principalmente 
renal e menos biliar. Revertido pelos anticolinesterásicos (Neostigmina). 
Pavulon. 
• Besilto de Atracúrio (Curare, Tracur): Bloqueador neuromuscular não 
despolarizante, produz efeito completo em 1 a 2 minutos, durando por 15 a 35. 
• Metilsulfato de Neostigmine (Prostigmine): Inibe a anticolinesterase 
temporariamente, durando de 0,5 a 2 horas, efeito parassimpáticomimético, 
originando bradicardia. Usa-se associado a atropina, evitando assim a 
bradicardia. Pode ser usado também em atonia clônica. 
Succinilcolina (Succinil Colin): Frasco ampola com 100 e 500mg. Duas 
moléculas de Ach ligadas pelo grupo acetil. Bloqueador neuromuscular 
despolarizante, produz efeito completo em 1 min e perda do efeito rápido. 
Bloqueio persiste por 2 a 4 minutos e desaparece em 4 a 6 minutos, útil em 
intubação de sequência rápida, tendo seu efeito revertido rapidamente caso 
não seja possível. Contraindicado em hiperpotassemia, pode causar anafilaxia e 
hipertermia coisa maligna. 
 
7. ANTICOAGULANTES 
Hemofol (Heparina): Profilaxia contra tromboembolismo, interage com a 
antitrombina e inativa vários fatores de coagulação (II, IX, X) e em maior 
proporção a trombina. Pode- se reverter sua ação por meio do uso da 
Protamina. Efeitos adversos de hemorragias internas e externas, 
plaquetopenia, osteoporose (uso crônico) e reações alérgicas. 
Clexane (Enoxaparina): Baixo peso molecular, posologia variável, a 
depender do tipo de tratamento: profilático (dose menor) ou terapêutico (doses 
maiores). Apresentação de 20, 40 e 60mg, aplicados por via SC. 
 
 
8. ANTIEMÉTICOS 
Vonau (Ondasetrona): Apresentação de solução injetável de 4 e 8 mg. 
Dramin: Sono, útil no pós-operatório. Metoclopramida: Age inibindo a 
dopamina, neurotransmissor que inibe a liberação de Ach nas terminações 
nervosas, reações extrapiramidais. Domperidona, sem efeitos piramidais: 
Antagonista da dopamina com propriedades antiemética, poucos efeitos 
adversos. Posologia: 1cp após café, almoço e janta. Bromoprida: Motilidade do 
TGI, passa a barreira hematoencefálica, problema extrapiramidal também, como 
a metoclopramida. 
9. HEMOCOMPONENTES E ELETRÓLITOS 
Concentrado de hemácias (cada UI aumenta 3 pontos de hematócrito), 
plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas (pool de doadores), 
plasmaferese permite a doação de apenas plaquetas, crioprecipitado (pool 
de doadores). 
• Água: 35ml/kg de peso/dia 
• Energia: 35 Kcal/kg de peso/dia (solução de glicose 5%: 1g = 4kcal) 
• Sódio: 1-2mEq/Kg de peso/dia (NaCl 20%: 1ml = 3,4mEq) 
• Potássio: 0,5-1mEq/kg de peso/dia (KCl 10%: 1ml = 1,34m 
 
	FÁRMACOS NO PACIENTE CIRÚRGICO E PRESCRIÇÃO PÓS-OPERATÓRIA

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