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Direito de Ação: Conceito e Teorias

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Ação 
O direito de ação é o direito de fazer agir o Estado-juiz, isto é, é direito de 
provocar o Estado a exercer a função jurisdicional. Alexandre Flexa define como "o direito público 
subjetivo, abstrato, autônomo de exigir do Estado a prestação jurisdicional .” É um direito 1
público, pois é um direito exercido em face do Estado, demonstrando que, independentemente 
de quem seja o réu, é o Estado que deve prestar esta jurisdição. É um direito subjetivo, pois o 
sujeito pode exigir do Estado a prestação jurisdicional. É um direito autônomo, já que o direito de 
ação é diferente do direito material deduzido em juízo. É um direito abstrato, pois o direito de 
ação existe independentemente da existência do direito que por meio dele se defende. 
É uma garantia constitucional de acesso amplo e irrestrito à jurisdição. 
Enquanto para o Direito alemão, o direito de ação é um direito de dar início a uma demanda 
judicial, exaurindo-se no momento da propositura da petição inicial, para o direito brasileiro, por 
influência do direito italiano, o direito de ação é o direito de atuar ao longo de todo o processo, e 
não só o direito de dar início ao processo. Em outras palavras, toda e qualquer atuação positiva 
de qualquer das partes ao longo do processo é exercício do direito de ação. 
Segundo Alexandre Câmara, é "o direito de provocar a atividade jurisdicional e 
de ocupar, ao longo do processo, posições ativas, buscando obter resultado favorável”. Tanto o 
autor quanto o réu exercem o direito de ação no decorrer do processo. Para o doutrinador 
alemão Friederich Lent, contestar é igual a propor uma ação declaratório negativa, pois o que se 
busca com a contestação é declaração judicial da inexistência do direito pretendido pelo autor. O 
ordenamento jurídico brasileiro resguarda tanto direito de ação do autor quanto do réu, haja vista 
a impossibilidade de o autor desistir da ação depois de apresentada contestação, sem a 
anuência do réu. Essa característica chama-se bifrontalidade do direito de ação.
Teorias sobre a ação: 1ª) Teoria Civilista (Imanentista) - ação não era um 
direito autônomo. As pessoas não tinham direito de ir ao judiciário para ter proteção de alguma 
coisa, pois a ação era apenas uma característica do direito material. A ação era consectário da 
lesão ou ameaça de lesão ao direito material. 2ª) Teoria Concreta da Ação - ação é um direito 
público, subjetivo de exigir do Estado prestação da tutela jurisdicional, mas é dependente do 
direito material. Para essa teoria, o direito de ação é o direito ao provimento jurisdicional 
favorável, isto é, apenas quando o pedido fosse julgado procedente, haveria o direito de ação. 3ª) 
Teoria abstrata da ação - ação é um direito público, subjetivo, autônomo, independente do 
direito material, de exigir do Estado a prestação da tutela jurisdicional. Ou seja, o direito de ação 
é autônomo e independente do direito material. Assim, a ação é o direito ao provimento 
jurisdicional, independentemente de ser favorável ou não. 4ª) Teoria eclética (adotada pelo 
Brasil) - ação é o direito público, subjetivo, abstrato, independente do direito material, voluntário 
e condicionado de exigir do Estado a prestação da tutela jurisdicional. Segundo essa teoria, o 
direito de ação é tudo isso que a teoria abstrata diz, mas você não pode exercer quando e como 
bem entender. Para você poder exercer o direito de ação é preciso que cumpra com alguns 
requisitos, algumas condições. 
Prestação jurisdicional é diferente de tutela jurisdicional. Tutela jurisdicional é a resposta dada 1
pelo judiciário a quem tem razão. A prestação jurisdicional é apenas a resposta dada pelo 
judiciário, podendo ser positiva ou negativa. A tutela é a proteção dada a quem tem razão.
Condições da ação : são requisitos do legítimo exercício do direito de ação. 2
Quando falta algum desses requisitos, o processo deverá ser extinto sem resolução do mérito. 
Para Chiovenda, o direito de ação é o direito de ver reconhecido o direito material. Assim seriam 
condições da ação: 1) legitimidade das partes; 2) interesse de agir; e 3) existência do direito 
material. Liebman, por sua vez, retira as condições da ação do mérito da causa, reconhecendo o 
direito de ação ainda quando esta seja julgada improcedente. Assim, seriam condições da ação: 
1) legitimidade das partes; 2) interesse de agir; e 3) possibilidade jurídica do pedido. Portanto, as 
condições da ação são requisitos para provimento final do mérito, seja positivo ou negativo. No 
entanto, Liebman defendia que as condições da ação eram requisitos da existência do direito de 
ação e, quando falta alguma, haverá carência de ação. 
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e 
legitimidade.
Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação
jurídica;
II - da autenticidade ou da falsidade de documento.
Súmula 181-STJ: É admissível ação declaratória, visando a obter 
certeza quanto à exata interpretação de cláusula contratual
Segundo o artigo 17 do CPC/15, são condições da ação: legitimidade das 
partes e interesse de agir. Esses seriam os requisitos de validade para o regular andamento do 
processo e o provimento final de mérito. Legitimidade das partes e a aptidão para ser 
demandante ou demandado em um certo caso concreto. Ou seja, legitimidade das partes (ad 
causam) é a possibilidade de estar em juízo, SEMPRE EM NOME PRÓPRIO, defendendo direito 
próprio ou direito alheio. São legitimados ordinários os sujeitos da relação jurídica afirmada na 
demanda (teoria da asserção). A legitimidade extraordinária é a legitimidade atribuída pelo 
ordenamento jurídico a quem não é sujeito da relação jurídica afirmada no processo. Diz-se 
atribuída pelo ordenamento jurídico, pois além da lei, é possível que um negócio jurídico 
processual atribua legitimidade extraordinária a determinada pessoa. O interesse de agir ou 
TEORIAS 
DA 
AÇÃO
Teoria imanentista / civilista / clássica (Savigny): não há ação sem direito; não 
há direito sem ação; a ação segue a natureza do direito.
Teoria Publicista: O direito de ação possui natureza pública, sendo um direito de 
agir, exercível contra o Estado e contra o devedor.
Teoria Concreta da Ação (Chiovenda): A ação é um direito independente do 
Direito material, mas, o direito de ação só existiria quando a sentença fosse 
favorável ao autor.
Teoria Abstrata da Ação: O direito a ação é preexistente ao processo, não 
dependendo da decisão favorável ou negativa sobre a pretensão do autor.
Teoria Eclética da Ação (Liebman): O direito de ação é autônomo, mas para o 
exercício do direito de ação é necessário que estejam presentes as condições da 
ação. (Adotada pelo CPC15).
Jose Carlos Barbosa Moreira critica essa expressão, pois não seriam propriamente "condições 2
da ação”, mas sim condições para o regular exercício do direito de ação. Ou seja, o 
condicionamento estaria relacionado com o seu exercício, e não a própria existência do direito.
interesse processual é a utilidade da tutela jurisdicional postulada. Ele se desdobra em 
necessidade e adequação. O processo deve se mostrar necessário para atingir o resultado 
pretendido pelo autor e a via utilizada deve ser adequada para tutela pretendida. Por exemplo, 
uma ação para se reconhecer o direito de se divorciar é desnecessária, enquanto a impetração 
de mandado de segurança para se tutelar direito que precisa ser provado se apresenta como via 
inadequada a tutela pretendida. Porque a possibilidade jurídica do pedido desapareceu? A 
doutrina começou a perceber que a possibilidade jurídica do pedido não era uma condição da 
ação autônoma, era apenas um desdobramento de uma das duas condições da ação 
preexistente (o interesse de agir). Ademais, segundo o CPC/15, não havendo objeto possível, a 
ação deverá ser julgada improcedente, portanto, com resolução de mérito. 
Legitimidade extraordinária autônoma x subordinada x 
subsidiária. i) A legitimidadeextraordinária autônoma é aquela que 
prescinde da vontade do titular do direito invocado para a 
propositura da ação (ex: art. 5, LACP). A legitimidade extraordinária 
autônoma pode ser exclusiva ou concorrente. Será exclusiva quando 
o legitimado extraordinário é o único legitimado a propor a ação (o 
legitimado ordinário não tem legitimidade para tanto). Ao revés, será 
concorrente quando o legitimado ordinário também tem legitimidade 
para propor a ação. Para a doutrina majoritária, a legitimidade 
extraordinária autônoma exclusiva seria inconstitucional, pois 
ofenderia o acesso à justiça; ii) A legitimidade extraordinária 
subordinada é aquela em que o legitimado extraordinário está 
subordinado à vontade do titular do direito para exercer o direito de 
ação (ex: assistência); iii) A legitimidade extraordinária subsidiária é 
aquela em que a legitimidade extraordinária somente surge em 
virtude da inércia do legitimado ordinário (ex: art. 9º da LAP: quando 
haja abandono da causa na ação popular, o MP terá legitimidade 
para assumir a ação). 
Legitimidade Ordinária Extraordinária
Obs: distinção entre substituição processual, sucessão processual e 
representação processual: a substituição processual ocorre na legitimidade extraordinária. A 
sucessão processual pode ocorrer por ato causa mortis ou inter vivos. Na causa mortis, os 
herdeiros sucedem o de cujus na relação processual. Pode ocorrer sucessão por ato inter vivos 
na alienação de coisa litigiosa, sendo que o adquirente assumiria o polo processual do alienante 
(art. 108 do CPC). O §1º do artigo 108 do CPC dispõe que a parte contrária deverá consentir com 
a sucessão processual. Ainda quanto a sucessão processual, cabe destacar que esta só será 
possível quando o direito deduzido em juízo for transmissível (caso contrario acarretará a 
extinção do processo sem exame de mérito). Nesse ponto, destaca-se a impossibilidade de 
ocorrência da sucessão processual na ação de mandado de segurança, visto tratar-se de direito 
personalíssimo (exceto quando a demanda se encontrar em fase de cumprimento de sentença e 
versar sobre direitos patrimoniais, passíveis de prosseguimento pelos sucessores). Por fim, a 
representação processual é a complementação de vontades dos sujeitos incapazes segundo as 
regras do Código Civil. Os absoluta ou relativamente incapazes necessitam de representação ou 
assistência para ingressar em juízo (art. 71 do CPC).
obs2: "Será o fim das condições da ação?”. Em artigo, Fredie Didier Jr. 
sustenta que o novo CPC teria acabado com a categoria das “condições da ação”. Segundo ele, 
diferentemente do CPC/73 (art. 267, VI), o artigo 485, inciso VI, que trata da extinção do processo 
sem resolução de mérito por ausência de legitimidade e de interesse processual, não apresenta 
expressamente esses institutos como "condições da ação”. Ademais, não haveria mais nenhuma 
menção no novo CPC acerca dos termos "condições da ação” ou “carência de ação”. Além 
disso, Didier sustenta que o órgão jurisdicional somente manifesta duas espécies de juízo sobre a 
demanda: o juízo de admissibilidade (que seria referente aos pressupostos processais) e o juízo 
de mérito. Assim, para esse doutrinador, a legitimidade e o interesse processual teriam sido 
incorporados aos pressupostos processuais, não mais subsistindo as "condições da ação" como 
1) Ordinária
- Originária
- Superveniente
2) Extraordinária
- subsidiária/residual
- Concorrente
- Exclusiva (não é admitida no 
ordenamento brasileiro)
- Ação proposta por Caio em face 
do Tício (caio está defendendo 
direito próprio em nome próprio), 
caio tem legitimidade ativa 
ordinária originária. 
- No meio do processo caio 
morreu, no lugar do caio veio 
Caiane (herdeira), nome próprio, 
direito próprio, adquiriu com a 
morte do pai, tem legitimidade 
ordinária superveniente. 
- Defender direito alheio em 
nome próprio (direito de 
alguém).
- Extraordinária subsidiária é a 
possibilidade de ir a juízo 
defender direito alheio quando 
o dono desse direito alheio não 
vai. Lei da sociedade por 
ações L. 6.404/76.
- - Extraordinário concorrente – 
tanto o legitimado ordinário 
quanto extraordinário podem 
propor a ação. 
- Ex.: Ação de alimentos pelo 
MP em proteção ao menor. 
- - Extraordinário exclusiva 
(definição) – Somente o 
legitimado extraordinário pode 
ingressar em juízo para 
defender direito alheio e o 
legitimado ordinário não pode 
fazer isso. 
- -> Não tem exemplo se tivesse 
seria inconstitucional, viola o 
princípio da inafastabilidade da 
jurisdição (princípio do acesso 
à justiça) 
categoria autônoma. Já para Alexandre Câmara (doutrina majoritária), o novo CPC não extinguiu 
a categoria das "condições da ação”, pois condições da ação e os pressupostos processuais são 
requisitos de institutos distintos (aquelas da ação e estes do processo). Segundo Câmara, ambos 
podem ser considerados como espécies do gênero “requisitos para o pronunciamento do 
mérito”, mas que, nem por isso, deixam de se tratar de institutos diferentes. 
Teoria da asserção (prospecção): É uma técnica para aferição das condições 
da ação. Segundo essa técnica, As condições da ação devem ser examinadas in status 
assertionis, isto é, com base naquilo que está afirmado na petição inicial. Para se verificar a 
existência ou não das condições da ação não se examinará as provas produzidas, mas apenas 
as afirmações apresentadas (entende-se que as provas que instruirem a inicial também podem 
ser analisadas). O exame probatório acarretará exame de mérito. 
Há casos em que pode se verificar a perda ou o surgimento da 
condição da ação após a propositura da demanda. Por exemplo, no 
caso de perda superveniente do objeto, no momento da propositura 
da ação as condições da ação estariam presentes, mas no decorrer 
do processo não haveria mais interesse de agir. Ou no caso de o 
autor propor ação de cobrança de dívida ainda não vencida, mas que 
ela acaba vencendo no decorrer do processo. No começo não havia 
interesse de agir, mas depois passou a existir essa condição da ação. 
Alguns doutrinadores afirmam que nessas situações haveria uma 
mitigação da teoria da asserção. 
São elementos de identificação da ação: partes, causa de pedir e pedido. Para 
que uma ação seja idêntica a outra é necessária a tríplice identidade (art. 337, §2º ). São partes o 3
autor e o réu. A causa de pedir trata-se do motivo que levou o autor a pleitear seu direito em 
juízo. Pela teoria da individuação ou individualização a causa de pedir é formada pelo direito 
alegado (ex: na ação reivindicatória a causa de pedir seria o direito de propriedade). Já pela teoria 
da substanciação (majoritária) a causa de pedir é formada pelos fatos e pela relação jurídica que 
dá ensejo ao pedido (vide art. 319, inciso III). A doutrina divide a causa de pedir em próxima e 
remota. A causa de pedir próxima seria o fundamento jurídico do pedido, enquanto a causa de 
pedir remota são os fatos que levaram o autor a juízo. Não se deve confundir "fundamento 
jurídico" com "fundamento legal”. Este é o dispositivo da lei que fundamenta o pedido. Ele não 
precisa ser expresso e o juiz pode decidir com base em dispositivo diverso, pois o juiz conhece o 
direito (iuri novit curia). Basta a apresentação dos fatos que o juiz irá realizar a subsunção com o 
ordenamento jurídico ("dá-me os fatos e te darei o direito" - da mihi factum dabo tibi ius). Embora 
isso seja possível, o juiz deverá oportunizar as partes a se manifestarem sobre o dispositivo 
jurídico que será aplicado, com base no artigo 10 do CPC, que veda as decisões surpresas. Da 
mesma forma, não se confunde fundamento jurídico com "qualificação jurídica". Esta é o nomen 
iuris que se atribui a um instituo. Contudo, o fato de se atribuir nome jurídico a um determinado 
instituto não altera suas qualidades essenciais, e. g., o fato de autor chamar determinado fato de 
dolo, mas que, pelas características apresentadas, configura uma lesão, o institutojurídico do 
caso será lesão, e não dolo. Por fim, o ultimo elemento da ação é o pedido, que é a providencia 
jurisdicional buscada pelo autor em juízo. O pedido pode ser imediato ou mediado. Pedido 
Art 337 § 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de 3
pedir e o mesmo pedido.
imediato é a procedência do pedido (seja uma declaração, seja uma condenação, seja uma 
execução). Já o pedido mediato é o bem da vida almejado pelo autor. 
Outra teoria que propõe a identidade de ações seria a "Teoria da 
identidade de relação jurídica”. Segundo essa teoria, as ações seriam 
idênticas quando versarem sobre a mesma relação jurídica, ou 
melhor, quando buscarem resolver a mesma relação jurídica. Apesar 
de o CPC/15 adotar a teoria da tríplice identidade, há algumas 
exceções, como por exemplo, nas ações coletivas. 
Cumulação de ações - ocorre quando é possível se decompor uma ação em 
outras ações autônomas ou vice-versa. Pode haver cumulação objetiva ou subjetiva. Na 
cumulação subjetiva ocorre uma cumulação de partes (ex: litisconsórcio). Na cumulação objetiva 
ocorre uma cumulação de causas de pedir ou de pedidos (ex: ação de condenação em dano 
moral e material). O fenômeno da cumulação de ações é importante para se verificar hipóteses de 
preclusões ou coisa julgada, bem como para a sucumbência. 
Concurso de ações - é a possibilidade do uso de mais de uma ação para a 
tutela do mesmo direito. Pode ser subjetivo ou objetivo. No concurso subjetivo ocorre a 
legitimidade concorrente, pois mais de um autor poderá pleitear o mesmo direito (ex: ação 
anulatória de deliberação de assembleia). No concurso objetivo ocorre a possibilidade de manejo 
de mais de uma pretensão para a defesa do mesmo direito (ex: no caso de vício do produto, o 
consumidor pode pedir a substituição do produto, o abatimento do preço ou a devolução do 
valor). Diferentemente da cumulação de ações, no caso de concurso de ações não haverá 
influencia da preclusão, coisa julgada ou sucumbência sobre uma ou outra ação. Mas no caso a 
ação anulatória de assembléia, por exemplo, não ocorreria a influencia de uma coisa julgada 
sobre a outra ação? A coisa julgada não pode prejudicar terceiros. Assim sendo, caso a primeira 
ação anulatória seja julgada procedente, ocorreria a perda do interesse de agir na segunda ação 
anulatória; mas se a primeira ação anulatória fosse julgada improcedente, a segunda ação 
poderia continuar tramitando regularmente. Ao

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