ATIVIDADE 3

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UNIRV – Universidade de Direito		Faculdade de Direito		9º Período
Professor: Edirênio M. M. Júnior		Disciplina: Direito Tributário II
Data: 23.06.2021				Valor: 4,0 pontos
3ª avaliação 					Data entrega: 23.06.2021, até 22:30h
Entrega: via e-mail (edireniojunior@unirv.edu.br) ou plataforma classroom
Aluno(a): Laura Emanuelle Martins Maffissoni		Nota:______			
OBSERVAÇÕES
- Fundamente com a Lei, jurisprudência (decisão de tribunais) e doutrina;
- Plágio não será tolerado, sendo atribuída nota ZERO ao aluno. Cópia de colegas, importará em nota ZERO a ambos;
- Citações devem ser mencionadas da forma correta, sendo que sua ausência importará em ser considerada plágio a resposta;
- As questões estão com suas respectivas pontuações máximas no corpo da pergunta.
QUESTÕES 
1 - Tião Magrão sobre execução fiscal por parte do município de Jataí/GO. Antes disso, já estava participando de um processo administrativo fiscal junto ao fisco jataiense, que trata da mesma dívida, embora lá não tenha pago ou composto nada ainda. Citado na execução, promove o depósito integral do valor via ação de depósito judicial (que ocorreu após o transcorrer do prazo para apresentar embargos à execução). O município pede a transferência do valor para garantir a execução, e suspensão de penhoras requeridas na execução. O Sr. Tião, por sua vez, requer a extinção da ação, por falta de interesse processual, sem ônus para sua pessoa, pois não se opôs ao valor cobrado e depositou o montante integralmente devido. Quem está correto, nesse caso? Fundamente segundo jurisprudência dominante das cortes superiores, e eventuais disposições processuais e tributárias (2,5 pontos)
Resposta:
Primeiramente, seguindo as disposições do Código de Processo Civil, o prazo para o pagamento de depósito judicial é de 15 dias úteis transcorridos o prazo, a parte deve pagar uma multa de 10% do valor da condenação. 
Art. 915. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme o caso, na forma do art. 231
O pedido de extinção da ação não poderá ser aceito, o executado poderá pedir ação anulatória quando se tratar de execução injusta ou ainda, pode pedir ação de pré-executividade.
Ocorre que o executado por não ter apresentado embargos à execução e ainda ter pagado o valor integralmente devido, pode solicitar que seja exclusa a execução da penhora, conforme ementa abaixo: 
Processo de execução de quantia certa, representada por título extrajudicial - Citado o devedor, não ofereceu embargos à execução - Feita a penhora, avaliados os bens e marcada data para o leilão, a executada efetuou o pagamento do principal, corrigido e acrescido dos juros de mora, além das custas e verba honorária fixada, mediante cálculo do contador - Conclusos os autos, julgou-se extinta a execução. Recurso interposto pela parte credora, por não ter sido aplicada a correção monetária até a data do pagamento, pede a reforma da sentença para o prosseguimento da execução no tocante à correção monetária remanescente. Provido, na forma requerida; vez que requerida a remição da execução, feito o cálculo as partes teriam de ser ouvidas para efeito de impugnação.
(TJ-SC - AC: 391931 SC 1988.039193-1, Relator: Rubem Odilon Antunes Córdova, Data de Julgamento: 12/06/1990, Segunda Câmara de Direito Civil, Data de Publicação: DJ: 8.042DATA: 28/06/90PAG:10)
Insta salientar, que o município ainda cobra uma transferência que já foi depositada em juízo, ficando sobre Poder Judiciário até o final do tramite do processo. Processo este em que o município de Jataí ainda exige a execução e a transferência dos valores. Por consequência, a requerente está equivocada já que recebeu o valor integralmente devido e não deveria continuar com a ação. 
2 Assinale V ou F (valor: 0,3 cada questão – total 1,5)
(  V  ) O art. 38 da Lei de Execução Fiscal se trata de rol exemplificativo.
(  V   ) Móveis Planalto, notificados para pagar o ISSQN que devem ao fisco rio-verdense, via processo administrativo tributário, comparece no mesmo e parcela o débito, sem fazer oposição formal a cobrança. Após isso, e não havendo outros débitos municipais de qualquer natureza, exige emissão de CND municipal para participar de licitação junto a UniRV, a qual foi negada pelo fisco municipal, alegando que o parcelamento não lhe dá direito a dita certidão. O município está errado, pois o parcelamento suspende o crédito tributário, e dita certidão tem que lhe ser conferida.
De acordo com as disposições do meu local de trabalho: ‘’Secretaria de saúde’’, pode sim ser emitida a certidão após o parcelamento da dívida, sendo que a mesma sai com o seguinte título: ‘’ Certidão Positiva com efeito Negativo’’.
(  V   ) Arício, devedor de IPTU junto ao fisco de Rio Verde desde 2018, parcela os mesmos (divide em 18 vezes) e regularmente efetua seus pagamentos, inclusive o ano 2021. Todavia, o município de Rio Verde promove ação de execução fiscal do valor dos IPTU vencidos. Nos embargos, Arício requer a improcedência do pedido, visto ser o título exequendo (CDA) ilíquido, pois parte da dívida foi paga no parcelamento.
De acordo com pesquisas, o IPTU pode ser paga em uma única parcela ou até 60 vezes, dependendo das disposições dos municípios, conforme leitura abaixo: 
O IPTU pode ser pago à vista, no início do ano, ou parcelado ao longo do ano. A opção depende do planejamento financeiro de cada um.
Assim como, na seguinte: 
Para débitos até R$ 161.795,90 o valor pode ser dividido em até 36 vezes desde que o valor mínimo da parcelas seja maior que R$145,76. Para débitos com valor superior, o parcelamento pode ser feito em até 60 vezes, desde que o valor mínimo da parcela seja maior que R$ 4372,86
(  V  ) Um contribuinte, ajuizando ação judicial para discutir determinado débito tributário que lhe foi imposto, necessariamente não renuncia a seu direito de poder recorrer na esfera administrativa, muito menos desiste de eventual recurso já interposto na esfera administrativa.
(  F  ) O estado-membro de Goiás lavrou auto de infração para a cobrança de crédito advindo de ICMS devido pela empresa Brastipinho, tendo por base dita cobrança em exame  que, considerados essenciais pela autoridade administrativa atuante, verificaram livros, registros contábeis e financeiros, documentos, depósitos, aplicações financeiras, etc., tudo da empresa autuada, isso após regular abertura de processo administrativo, embora não houvesse autorização, em momento algum, do Judiciário, para o exame dos documentos, livros, registros e dados da empresa fiscalizada, estando equivocada a empresa pois, não há previsão legal para isso, e o Judiciário teria que autorizar dita averiguação.