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FÍSICO-QUÍMICA FUNDAMENTOS DE CINÉTICA QUÍMICA Professor: Alexandre Vargas Grillo 1 Sumário 1) Definição 2) Fatores que influenciam a velocidade de uma reação química 3) Classificação dos sistemas reacionais 4) Estudo da cinética das reações químicas – Taxa de reação 5) Estudo da equação de taxa de reação – lei de Guldberg – Waage (Lei da ação das massa) 6) Ordem de reação 7) Estudo do mecanismo de reação 8) Estudo da relação da concentração x tempo – cinética de ordem zero 9) Estudo da relação da concentração x tempo – cinética de primeira ordem 10) Estudo da relação da concentração x tempo – cinética de segunda ordem 11) Estudo do tempo de meia – vida 12) Estudo da dependência da velocidade específica (k) com a temperatura (T) – Equação de Arrhenius 13) Teoria das Colisões 14) Teoria do Complexo Ativado 15) Exercício Resolvido 16) Referência Bibliográfica 17) Currículo Vitae – Professor Alexandre Vargas Grillo 2 1. Definição 3 2. Fatores que influenciam a velocidade de uma reação química Concentração da quantidade de matéria dos reagentes; Temperatura; Catalisadores; Estado físico da matéria (Vsólido < Vlíquido < Vgasoso); Superfície de contato; Luminosidade; Pressão. 4 3. Classificação dos sistemas reacionais 5 3.1 Reações Químicas Homogêneas Reações químicas homogêneas são aquelas em que todos os participantes estão na mesma fase. Em se tratando da cinética química, para que uma reação química seja caracterizada como homogênea, além dos reagentes e produtos os catalisadores também deverão estar na mesma fase. Exemplos de reações químicas homogêneas: Reação homogênea em ase aquosa: HCl(aq) + NaOH(aq) → NaCl(aq) + H2O. Reação homogênea em fase gasosa: CO(g) + H2O(g) → CO2(g) + H2(g) 3.2 Reações Químicas Heterogêneas Reações químicas heterogêneas são reações bem específicas e mais complexas, em comparação as reações homogêneas. Ocorrem na interface, em que pelo menos um dos reagentes ou um dos produtos encontra-se em fase distinta dos demais. Isso também deve ser levado em consideração para os catalisadores. Caso o catalisador esteja em uma fase distinta dos demais (reagentes ou produtos), a reação é caracterizada como heterogênea. Exemplos: Reação heterogênea sólido-líquido: Lixiviações e tratamentos de superfícies; Reação heterogênea sólido-gás: 2 ZnS(s) + 3 O2 g → 2 ZnO g + 2 SO2(g); Reação heterogênea sólido-gás: N2(g) + 3 H2(g) → W(s) 2 NH3(g) 4. Estudo da cinética das reações químicas – Taxa de reação 6 5. Estudo da equação de taxa de reação – Lei de Guldberg-Waage (Lei da ação das massas) Lei da ação das massas: “A velocidade (v) ou taxa (r) de uma reação química é diretamente proporcional ao produto das concentrações das quantidades de matéria dos reagentes, quando estes estão elevados a determinados expoentes (potências), que são os seus respectivos coeficientes estequiométricos ou parâmetros determinados de forma experimental, sendo estes parâmetros definidos como ordem de reação”. 7 6. Ordem de reação 8 6. Ordem de reação 9 7. Estudo do mecanismo de reação 10 8. Estudo da relação concentração x tempo – cinética de ordem zero 11 8. Estudo da relação concentração x tempo – cinética de ordem zero 12 Figura – Gráfico que relaciona a concentração da quantidade de matéria do reagente A com o tempo para uma reação com cinética de ordem zero. 9. Estudo da relação concentração x tempo – cinética de primeira ordem 13 9. Estudo da relação concentração x tempo – cinética de primeira ordem 14 Figura – Gráfico que relaciona o logaritmo neperiano da concentração da quantidade de matéria do reagente A com o tempo para uma reação com cinética de primeira ordem. 10. Estudo da relação concentração x tempo – cinética de segunda ordem 15 10. Estudo da relação concentração x tempo – cinética de segunda ordem 16 Figura – Gráfico que relaciona o inverso da concentração da quantidade de matéria do reagente A com o tempo para uma reação com cinética de segunda ordem. 11. Estudo do tempo de meia-vida 17 Define-se tempo de meia - vida o intervalo de tempo transcorrido para que a concentração da quantidade de matéria do reagente de interesse seja metade do valor inicial. De posse da função que relaciona a concentração com o tempo, é possível a determinação da equação para o cálculo do tempo de meia-vida. 12. Estudo da dependência da velocidade específica (k) com a temperatura (T) – Equação de Arrhenius 18 12. Estudo da dependência da velocidade específica (k) com a temperatura (T) – Equação de Arrhenius 19 Figura – Gráfico que relaciona o logaritmo neperiano da constante cinética versus 1/T. 13. Teoria das Colisões 20 Esta teoria foi inicialmente abordada em reações químicas em fase gasosa, tendo como suporte a Teoria Cinética dos Gases, de onde foram tiradas relevantes informações sobre o comportamento destas moléculas. A Teoria Cinética dos Gases considera os seguintes pontos: As moléculas gasosas apresentam movimentos aleatórios e contínuos. As moléculas gasosas são pontos infinitesimalmente pequenos e indeformáveis. As partículas se movem em linha reta até colidirem. Não há influencia entre as moléculas gasosas, exceto durante os choques/colisões. Logo, para que a colisão entre reagentes de uma determinada reação seja uma colisão definida como efetiva, é necessário que apresente três aspectos fundamentais e primordiais. São as seguintes: k sendo um parâmetro diretamente proporcional ao fator esférico (p); k sendo um parâmetro diretamente proporcional à frequência das colisões (Z); k sendo diretamente proporcional à energia mínima, ou seja, a energia de ativação (Eat). 14. Teoria do Complexo Ativado 21 A teoria do complexo ativado se sustenta pelo fato de haver um estado intermediário, também conhecido como estado de transição, entre a energia dos reagentes e a energia dos produtos de uma reação química característica. Esta teoria afirma que, à medida que as moléculas dos reagentes se aproximam uma das outras, uma série de transformações com as ligações químicas vão acontecendo. Complexo ativado é um estado ímpar em que as moléculas apresentam uma energia mínima necessária para a formação dos produtos. Também podemos definir como a energia intermediária entre reagentes e produtos. É possível acompanhar o desenvolvimento e a formação do complexo ativado. Durante a formação do complexo ativado, a energia potencial na parte instável da reação é bastante alta enquanto a energia cinética é muito diminuta. Com a presença ou ausência do catalisador, a formação do complexo ativado resulta na formação de uma energia de ativação muito alta, o que consequentemente vai gerar uma reação lenta (este processo explica o motivo pelo qual à etapa lenta é a etapa determinante de um mecanismo reacional na cinética química). Com isso, o rompimento do complexo ativado resulta na formação dos produtos, aumentando a energia cinética e diminuindo a energia potencial. 15. Exercício Resolvido 22 15. Exercício Resolvido 23 15. Exercício Resolvido 24 15. Exercício Resolvido 25 15. Exercício Resolvido 26 15. Exercício Resolvido 27 15. Exercício Resolvido 28 15. Exercício Resolvido 29 15. Exercício Resolvido 30 15. Exercício Resolvido 31 15. Exercício Resolvido 32 15. Exercício Resolvido 33 15. Exercício Resolvido 34 15. Exercício Resolvido 35 Exercício Resolvido XIV - (OLIMPÍADA PORTUGUESA DE QUÍMICA) Considere o seguinte mecanismo proposto para a decomposição do peróxido de hidrogênio: H2O2(aq) + I - (aq) → H2O(l) + IO - (aq) H2O2(aq) + IO - (aq) → H2O(l) + I - (aq) + O2(g) a) Escreva a reação global. b) Diga qual é o catalisador desta decomposição. Justifique. c) Quais são os intermediários desta reação? Justifique. Resolução: Item a) Determinação da reação global: H2O2(aq) + I - (aq) → H2O(l) + IO - (aq) H2O2(aq) + IO - (aq) → H2O(l) + I - (aq) + O2(g) + 2H2O2(aq)→ 2 H2O(l) + O2(g) (Reação global) Item b e c) O catalisador para este determinado mecanismo trata-se do I-(aq). A identificação do catalisador consiste em ser um reagente na primeira reação química e como produto na segunda reação química. Significa dizer que toda quantidade de iodeto inserido na primeira reação, será consumido na segunda reação química. O único intermediário presente neste mecanismo trata-se do IO-(aq). O intermediário “liga” uma etapa a outra, não aparecendo na reação global. O intermediário consiste em ser um produto da primeira reação química e reagente na segunda reação química. 15. Exercício Resolvido 36 15. Exercício Resolvido 37 15. Exercício Resolvido 38 15. Exercício Resolvido 39 15. Exercício Resolvido 40 15. Exercício Resolvido 41 15. Exercício Resolvido 42 15. Exercício Resolvido 43 15. Exercício Resolvido 44 15. Exercício Resolvido 45 15. Exercício Resolvido 46 15. Exercício Resolvido 47 15. Exercício Resolvido 48 15. Exercício Resolvido 49 15. Exercício Resolvido 50 15. Exercício Resolvido 51 15. Exercício Resolvido 52 15. Exercício Resolvido 53 15. Exercício Resolvido 54 16. Referência bibliográfica I. Físico-Química: Uma aplicação aos materiais. Rupen Adamian, Ericksson Rocha e Almendra. Rio de Janeiro: COPPE – UFRJ, 2002. II. Curso de Termodinâmica Aplicada às Máquinas. Abrahão Izecksohn; Imprensa Nacional Rio de Janeiro – 1943. III. Introduction to the Thermodynamics of Materials Fourth Edition. David R. Gaskell. Taylor & Francis, New York – London, 2003. IV. Curso de Física Básica 2 – Fluidos. H. Moysés Nussenzveig. São Paulo: Edgard Blucher, 1981. V. Principles of Physical Chemistry Four Edition. Samuel H. Maron; Carl F. Prutton. Editora Collier Macmillian Student Editions, New York, 1965. VI. Química Geral – Volume 2. Linus Pauling. AO LIVRO TÉCNICO SA – Indústria e Comércio. Rio de Janeiro, 1982. VII. Química Geral – Volume 2. Brady, J. E.; Humiston, G. E. tradução de Cristina Maria Pereira dos Santos e Roberto Barros Faria. Segunda edição. Rio de Janeiro. Livros técnicos e científicos Editora, 1986. VIII. Físico-Química – Volume 1, Levine, I. N. Tradução e revisão técnica Edilson Clemente da Silva, Oswaldo Esteves Barcia – Rio de Janeiro: LTC 2012. IX. Termodinâmica e Física da Estrutura da Matéria – Segunda Edição. Rui Manuel A. Dilão. Escolar Editora, 2014. X. Atkins, P, & Jones, L. Princípios de Química – Questionando a vida moderna e o meio ambiente – Quinta Edição. Editora bookman, 2012. XI. Atkins, P. W.; Paula de, J. Físico-Química”, 8ªedição, volume um. Livros Técnicos e Científicos - LTC, Rio de Janeiro, 2008. XII. Atkins, P. W.; Paula de, J. Físico-Química”, 10ªedição, volume um. Livros Técnicos e Científicos - LTC, Rio de Janeiro, 2018. XIII. Crockford, H. D. e Samuel B. Knight; tradução e revisão de Horácio Macedo, Livre docente da UFRJ – Instituto de Química. Fundamentos de Físico-Química. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1977. XIV. Moore, W. J. Físico-Química - tradução da quarta edição americana: Tibor Rabockai [e outros]. Supervisão Ivo Jordan. Editora da Universidade de São Paulo, 1976. 55 17. CV – Alexandre Vargas Grillo Alexandre Vargas Grillo é Doutor em Engenharia de Materiais e Processos Químicos e Metalúrgicos pela PUC-Rio, Mestrado na mesma área pela própria PUC-Rio e graduado em Engenharia Química também pela PUC-Rio. Atualmente atua como Professor do Instituto Federal do Rio de Janeiro – IFRJ – Campus Nilópolis, Na pesquisa atua em Engenharia de Processos Químicos e Metalúrgicos em Síntese de Nanopartículas, além de atuar na Química, mais especificamente na Físico-Química em Nanotecnologia. Atua como professor e coordenador das Olimpíadas de Química do Rio de Janeiro – OQRJ e também no próprio campus que leciona – IFRJ – Nilópolis. 56
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