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_DIREITO AMBIENTAL

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DI����O �M��E�T��
1. O século XVII marca a origem da chamada Revolução Científica na Europa, muito
embora esta "revolução" no pensar e agir humanos já viesse ocorrendo desde o
Renascimento, culminando com as essenciais descobertas de Galileu Galilei. Com uma
Revolução Científica, derradeiramente uma postura do Homem perante a natureza
adquire um contorno diferenciado, pois uma nova visão de mundo foi instituída:
materialista, racionalista, mecanicista, instrumentalista e antropocêntrica. Partindo desta
visão, fale sobre o processo de evolução nas discussões ambientais desde a Reunião do
Clube de Roma, passando pela Conferência das Nações Unidas para Meio Ambiente e
Desenvolvimento, até a Rio 92.
R= É possível notar que as discussões ambientais evoluíram muito, uma vez que até o início da
década de 70, acreditava-se que os recursos naturais seriam infinitos e que qualquer ação de
utilização desses recursos, e de aproveitamento do meio ambiente poderia ser realizada
infinitamente, sem que esses esgotassem. Com isso, mesmo que em menor escala, o meio
ambiente passou a responder de forma negativa à tais estímulos imoderados, com secas, chuva
ácida, entre outros fenômenos. Esses acontecimentos foram capazes de trazer à tona
questionamentos acerca da finitude desses recursos, dando vez à processos de evolução das
discussões ambientais. Com isso, resta claro a evolução do pensamento mundial, o aumento das
discussões acerca da importância da preservação do Meio Ambiente, com consciência de que os
recursos são finitos e que se não forem bem utilizados se esgotarão, colapsando o planeta. Tais
questões, iniciaram-se, principalmente, nos eventos como:
A Reunião do Clube de Roma, iniciada em 1968, hoje uma ONG, que tinha o viés de
sensibilizar as pessoas que possuíam cargos mais importantes, como os líderes mundiais
e os responsáveis por tomarem decisões acerca do meio ambiente. Dessa forma, buscava
se alertar a respeito da finitude dos recursos naturais, e de como a sua utilização
indiscriminada seria prejudicial para o todo e para o planeta, que também é finito, bem
como orientando sobre a importância do controle demográfico, tendo em vista que o
crescimento acelerado da população só traria ainda mais problemas para o meio
ambiente.
Assim, em 1972 também aconteceu a Conferência das Nações Unidas, realizada em
Estocolmo, que tratou de temas relevantes para a preservação ambiental, gestão de
recursos naturais, prevenção da poluição, entre outros tópicos. Embora, esta conferência
tenha sido conflitante para aqueles que ainda visavam apenas o crescimento dos países
mais desenvolvidos; foi de extrema importância para as questões ambientais discutidas
hoje, uma vez que ela foi responsável pelo surgimento do direito ambiental internacional
e outros marcos importantes para o Meio Ambiente.
Mais tarde, em 1992 teria início, no Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, tratada como Rio-92, onde buscou-se
discutir a necessidade da conciliação entre o desenvolvimento socioeconômico com a
utilização dos recursos naturais, de forma que fosse possível garantir tanto o crescimento
mundial, quanto a qualidade de vida das gerações atuais e futuras, entre outras questões.
2. É crescente em todo o Planeta Terra o número de pessoas que são forçadas a emigrar
das zonas que habitam em razão de alterações do ambiente, dentro do seu país ou mesmo
para outros, sendo chamados de refugiados ambientais ou climáticos. As secas, a escassez
de alimentos, a desertificação, a elevação do nível de mares e rios, a alteração de eventos
climáticos e o desmatamento são apenas alguns fatores ambientais que vêm gerando a
migração territorial de povos em todo o mundo em busca de melhores condições de vida
ou mesmo para sobreviver. Sobre essas questões, que merecem toda a atenção como
prioridade política das nações e das entidades internacionais, neste sentido o Brasil é
considerado um país bastante evoluído no tocante a legislação. A partir deste relato fale
sobre a importância da legislação ambiental brasileira, apontando quando couber, a
fundamentação que deveria ser aplicada para coibir várias ações danosas ao meio
ambiente recentemente.
R= Ao pensarmos as questões dos “refugiados climáticos”, que são obrigados a deslocarem-se
de suas zonas de habitação por conta de mudanças climáticas, alterações do ambiente e diversos
fatores, nos fazem chegar à conclusão da necessidade de uma Política Ambiental eficiente, uma
legislação ambiental séria, coibindo ações de degradação do Meio Ambiente, prevenindo ainda
situações como essas citadas.
Nesse sentido, é válido ressaltar que a Legislação Ambiental Brasileira é uma das mais
avançadas do mundo, uma vez que possui Leis específicas referentes ao meio ambiente,
sanções etc, e preocupa-se com o desenvolvimento das empresas, atrelado à questões de
preservação ambiental. Com base nisso é que se visa punir qualquer forma de degradação
ambiental, provocada não só pela população, mas, principalmente, pelas próprias empresas; que
de certa forma, causam grande impacto no meio ambiente.
Assim, existe na legislação brasileira, a lei de Crimes Ambientais, n° 9.605 de 1998, que passou
a aplicar sanções administrativas, como o caso do rompimento da barragem de Brumadinho,
considerado o segundo maior desastre industrial do século, e um dos maiores desastres
ambientais da mineração no país, como o rompimento da barragem de Mariana, que foi ainda
maior. Tais crimes ambientais incorridos nas sanções previstas na Lei de Crimes Ambientais.
Não só esses, mas os incêndios ocorridos recentemente no Pantanal, fazem-nos perceber a
importância de pensar o todo e de punir qualquer ação provocada, que rompa o ciclo natural.
No caso específico doo Pantanal, o clima seco, aliado a incêndios criminosos, entrariam nesse
rol de crimes ambientais que devem ser abrangidos pela legislação Ambiental Brasileira. Com
base nisso, tais sanções teriam como base alguns artigos previstos na mencionada Lei de
Crimes Ambientais, n° 9605, como por exemplo:
Art. 41. Provocar incêndio em Mata ou floresta. [...] que visa punir incêndios
provocados em mata ou floresta.
Bem como,
Art. 54. Que também busca aplicar sanções, mas àquele que cause poluição, seja ela
qual for, de tamanha escala que resulte em danos à saúde humana, que provoque a
morte de animais, ou que destrua significativamente a flora.
Entre outros que visam punir tais crimes...
É por causa de casos como esse que percebemos a necessidade de se ter uma boa legislação,
que busque punir tais desastres, que causam a degradação do meio ambiente, prejudicando
tanto a vida humana, como, principalmente a fauna e a flora. É necessário que se tenha
consciência de como a preservação ambiental é importante, não só para a nossa geração, mas
principalmente
para as gerações futuras, que sofrerão ainda mais impactos, caso não haja uma linha eficaz de
preservação. Assim, tendo a consciência de que os recursos são finitos, e se utilizados sem
moderação, trarão impactos gigantescos para o planeta.

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