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1 Aline David – ATM 2025/B DIAGNÓSTICO POR IMAGEM – AULA 12 TOMOGRAFIA OU RESSONÂNICA TOMOGRAFIA: ❖ Osso com densidade muito elevada (branco); ❖ Líquor com densidade muito baixa (cinza escuro); ❖ Substância branca e cinzenta apresentam diferente densidade (substância cinzenta é um pouco mais densa, e, portanto, mais “branca” na imagem), porém a diferença é sutil. - Como na substância branca a gente tem quase só axônios com bainha de mielina (gordura) ela é representada um pouco mais escura. ❖ Sangramento agudo recente, usualmente vai se manifestar como uma área hiper densa (densidade mais alta inclusive que a substância branca). ❖ “Janelamento” é extremamente importante para observar lesões sutis, como esta hemorragia. ❖ A dificuldade em observar estas lesões ocorre pela deficiência do olho humano em diferenciar sutilezas entre os tons de cinza. ❖ 4 janelas básicas do crânio: - Cérebro: boa para visualizar o parênquima cerebral. - AVC: Aumenta o contraste entre as subs branca e cinzenta. Não é utilizada o tempo inteiro porque a gente 2 Aline David – ATM 2025/B perde a diferenciação da calota craniana e da substância adjascente. - Subdural: aumenta a sensibilidade para sangramento. - Osso: aumenta a sensibilidade para fraturas. RESSONÂNCIA ❖ A cor das estruturas cerebrais vai aparecer diferente de acordo com a sequência utilizada. ❖ T1: - Osso: intermediário; - Líquor: escuro; - S. branca: branca; - S. cinzenta: cinzenta; - Maior parte das lesões → escuras; ❖ T2: - Osso → escuro (cortical); - Líquor → muito branco; - S. branca → cinzenta; - S. cinzenta → mais branca - Maior parte das lesões → brancas; ❖ FLAIR: é um T2 que foi apagado o sinal do líquor. - Osso → escuro (cortical); - Líquor → escuro; - S. branca → cinzenta; - S. cinzenta → mais branca; - Maior parte das lesões → brancas; PLANOS DE IMAGEM 3 Aline David – ATM 2025/B Flair T1 - Topo do giro central é a área da mão. - Giro pré-central → área motora (mais acometida por AVC). Por isso movimentos de AVC começam a perder áreas da mão e áreas da face. - Lobo temporal e Lobo frontal formam tipo um escudo no lobo insular. - Herniação das tonsilas cerebelares → quando aumenta muito a pressão intracraniana, o cérebro vai empurrando para baixo, e as tonsilas vão descendo em relação a medula, podendo ocasionar uma parada cardiorrespiratória no paciente. T1 - A adeno-hipófise vai ter hormônios que não vão brilhar tanto em T1. A neuro-hipófise brilha. - Algumas doenças podem degenerar a ponte e deixar elas bem magrinhas. 4 Aline David – ATM 2025/B O QUE PODE DAR ERRADO? ❖ Tumores → 1° ou metastático. ❖ AVC → isquêmico ou hemorrágico. ❖ Trauma ❖ Hidrocefalia COMPARTIMENTO INTRACRANIANO ❖ Massa encefálica ❖ Líquor (dentro dos ventrículos e no espaço subaracnoide). ❖ Sangue - Quando algum deles aumentar por algum motivo vai aumentar a pressão intracraniana. ENVOLTÓRIO ÓSSEO ❖ Rígido e invariável ❖ Variação no conteúdo intracraniano vão levar a variações da pressão. - NA morte cerebral, não vai mais sangue para o encéfalo. - Ventrículo lateral esquerdo reduziu de tamanho. TUMORES ❖ Tumores metastáticos: - De 25%-50% dos tumores intracranianos; - 80% são de: • Câncer de pulmão • Câncer renal • Câncer de mama • Adenocarcinoma do TGI • melanoma - Sintomas: • Cefaleia, náusea, convulsões. • Cerca de 60% assintomáticos. - TC: • Nódulos (densidade variada) geralmente múltiplos. • Edema (substância branca fica mais “escura”). • Realce variável pelo contraste geralmente nodular ou anelar. - RM: 5 Aline David – ATM 2025/B • Nódulos múltiplos; • Edema vasogênico (substância branca fica mais “clara” no T2) → edema respeita a substância cinzenta. • Realce variável pelo contraste, geralmente nodular ou anelar. ❖ Tumores primários: - São raros; - Criança com frequencia apresentam prognóstico melhor; - Meningiomas geralmente tem bom prognóstico, bem como adenomas de hipófise. - Mais comuns em mulheres. - São extra-axiais → surgem das meninges. - Intenso realce pelo meio de contraste. - Glioblastomas são mais comuns > 50 anos e tem prognóstico reservado. - Padrão em borboleta, bem irregular e grande ao diagnóstico. AVC ❖ Isquêmico (80%): - Causas: • Embolia → alguma partícula sólida que migra de um lugar para o outro e vai trancar em um vaso de menor calibre, o sangue não consegue passar adiante. • Trombose → quando tiver alguma lesão do endotélio, principalmente por aterosclerose, ele apresenta uma placa, essa placa pode ser composta de gordura ou calcificação em concentrações variáveis. Certo dia essa placa rompe o endotélio e forma uma lesão. O corpo manda fatores de coagulçao porque pensa que estamos sangrando, mas na verdade não estamos. Forma um tromboq eu vai impedir o fluxo sanguíneo. Muito comum nas carótidas, relacionado com hipertensão, diabetes e hipercolesterolemia. 6 Aline David – ATM 2025/B • Dissecção → pacientes com aterosclerose e bastante hipertensos. Em vez do nosso sangue formar um coagulo, o sangue entra pela placa e vai descolar o endotélio, causando o que é chamado de falsa luz, obstruindo a luz verdadeira e impedindo o sangue de progredir. Como em pacientes mais jovens. - Em boa parte das vezes pode ser revertido, pelo menos parcialnmente. - O fator crucial → tempo! - Sintomas: Perda focal da função cerebral na área afetada. Com frequência atinge área motora primária. ❖ TC: - Geralmente é o primeiro exame por conta da rapidez; - Detecta até 60% das isquemias de forma precoce. - Principais utilidades: 1) Excluir hemorragia; 2) Procurar sinais precoces de isquemia; 3) Excluir outras doenças qye possam simular AVC, como tumores. - A sequela do AVC geralmente vai ser representada por uma área de morte cerebral, com perda do tecido normal e um “buraco” no local afetado. ❖ RM: - É mais demorado e menos disponível que a TC, mas é muito mais sensível e específica, especialmente em casos precoces. - Restrição à difusão da água → quando começa a faltar sangue, a nossa bomba de sódio e potássio não funciona direito. Na tomografia vai estar normal. Zonas ao redor da difusão da água ainda é possível salvar, apenas aparecendo se for feita ressonância. 7 Aline David – ATM 2025/B ❖ AVC hemorrágico (20%): - Causas principais: • Hipertensão arterial; • Vasculares (Aneurisma) • Transformação hemorrágica; - TC: • Geralmente vai ser o primeiro exame a ser realizado e faz o diagnóstico na maior parte dos casos. • O sangue fica hiperdenso (mais branco na tomografia). Hipertensiva: região dos núcleos da base odendo vasar para a regiãos dos ventrículos laterais. TRAUMA ❖ Se utiliza principalmente a TC: - Mais rápido e acessível; - Detecta muito bem a maior parte das alterações importantes; ❖ Fraturas: - Geralmente vai ser linear (nos traumas de moderada intensidade e com área ampla de impacto); - Fraturas deprimidas sugerem trauma de alta intensidade por objeto em ponto focal (agressão). ❖ HEMORRAGIA EPIDURAL: - Entre a calota craniana e a dura-máter; - 90% de origem arterial (principalmente artéria meníngea média) → região temporal. - Coleção extra axial hiperdensa (branca); - Não cruza as linhas de sutura ósseas; - Geralmente formato biconvexo (parece uma lente). - Tendência maior em pessoas jovens. 8 Aline David – ATM 2025/B ❖ HEMORRAGIA SUBDURAL: - Entre a dura-máter e a pia-mater, acima da aracnóide. - Mais comuns que as epidurais; - Geralmente são venosos; - Comuns em pacientes idosos (possuem as veias mais esticadas) ou anticoagulados (mesmo sem trauma); - Coleção hiperdensa extra-axial; - Cruzaas linhas de sutura; - Geralmente formato côncavo-convexo (parece uma foice); ❖ HEMORRAGIA SUBARACNÓIDE: - Localizada abaixo da arcnóide junto com a pia-máter. - É o tipo mais coimum de hemorragia intracraniana; - Ocorre pela ruptura de pequenas artérias ou veias corticais; - Causa mais comum é o trauma. - TC: • Hiper densidades periféricas delineando os sulcos cerebrais (pequenas cobrinhas). • Geralmente a tomografia detecta a maior parte das HSAs não sendo necessário realizar RM. • Com frequência se resolvem por conta própria. HIDROCEFALIA ❖ HIDROCEFALIA COMUNICANTE: - Todos os ventrículos estão dilatados; - Ocorre por excesso de produção ou falta de absorção do líquor; - Causas comuns são meningite e HSA. 9 Aline David – ATM 2025/B ❖ HIDROCEFALIA NÃO-COMUNICANTE: - Também conhecida como hidrocefalia obstrutiva. - Causas mais comuns são cistos, tumores e estenose de aqueduto. ❖ Ventrículos laterais → 3º ventrículo – Forame de Monro ❖ 3º ventrículo → 4º ventrículo – Aqueduto de sylvius ❖ 4º ventrículo para granulações subaracnoides → forames de luscka e magendie. ❖ Tanto a TC como a RM identificam a hidrocefalia, mas a RM é melhor para definir a causa (pode fazer cortes mais finos e detalhados do sistema ventricular).
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