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Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO APARELHO REPRODUTOR MASCULINO INTRODUÇÃO ▪ Os órgãos do sistema genital masculino são: ▪ Os testículos ▪ Um sistema de ductos (epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra) ▪ As glândulas sexuais acessórias (próstata, glândula bulbouretral e vesículas seminais) ▪ Estruturas de suporte como o pênis. Os testículos produzem espermatozoides e secretam hormônios (testosterona). Enquanto o sêmen contém os espermatozoides mais as secreções das glândulas sexuais acessórias. Corte sagital dos testículos ▪ Os testículos possuem localização extracorpórea, dentro do saco escrotal. ▪ No interior da bolsa eles ficam suspensos pelo funículo ou cordão espermático. Ele contém os ductos deferentes, artéria testicular, etc. ▪ O epidídimo vai dar origem ao ducto deferente, entra no cordão espermático através do canal inguinal alcança a cavidade pélvica passa pela bexiga e ureter e desce onde experimenta uma dilatação chamada de ampola do ducto deferente ▪ Na porção mais distal do ducto há o ducto ejaculatório que vai receber as secreções da vesícula seminal TESTÍCULOS ▪ Cada testículo encontra-se envolvido por cápsula de tecido conjuntivo denso (cor azul) e recebe o nome de túnica albugínea ▪ A parte mais interna da túnica é formada por tecido frouxo com vasos sanguíneos (túnica vascular) ▪ A partir da túnica surgem septos que dividem os testículos em pequenos compartimentos chamados lobos testiculares ▪ Na porção posterior a túnica forma o mediastino testicular onde tem a rede testicular ▪ Cada lobo é formado por túbulos seminíferos que se enovelam para ocupar esses lobos ▪ Cada túbulo se conecta a um túbulo reto que liga o túbulo a rede testicular ▪ Essa rede são canais anastomosados que conectam os túbulos aos ductos deferentes Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Fotomicrografia do testículo • Túnica albugínea formada por tecido conjuntivo denso • Abaixo camada de tecido conjuntivo frouxo a túnica vascular com vasos sanguíneos • Septos de tecido conjuntivo que vão dividir o parênquima em lóbulos testiculares ▪ Túbulos seminíferos com lúmen e entre eles tecido conjuntivo frouxo com vasos e células de leydig. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS TÚBULOS SEMINÍFEROS ▪ Onde ocorre a espermatogênese ▪ Forma alça aberta na rede testicular ▪ Consistem em um epitélio seminífero circundado por uma túnica própria HISTOLOGIA DOS TÚBULOS SEMINÍFEROS ▪ Epitélio com duas células: sertoli (somáticas) e células da linhagem espermatogenica ▪ Por baixo a túnica própria formada por ter a 5 camadas de células mioides (parecidas com fibras musculares lisas pois possuem lâmina basal e microfilamentos de actina) ▪ Essas células ajudam a mover os espermatozoides e o liquido testicular através dos túbulos seminíferos até os ductos excretores. ▪ Entre os túbulos há um tecido intersticial de tecido conjuntivo frouxo e contém as células de leydig. CÉLULAS DE SERTOLI Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO ▪ Célula predominante antes da puberdade. Depois da puberdade é apenas 10% da população ▪ Em homens idosos ela volta a ser predominante ▪ Células cilíndricas que vão da lâmina basal até o lúmen do túbulo ▪ Membrana plasmática apical e lateral de contorno irregular já q eu formo recessos para abrigar células espermatogenicas em desenvolvimento ▪ Após a puberdade elas não se dividem mais FUNÇÕES ▪ Suporte e proteção aos espermatozoides ▪ Facilitam a liberação dos espermatozoides para o lúmen (espermiação) ▪ Secretam inibina e proteína ligante de andrógenos ▪ Produção do hormônio anti-mulleriano no período fetal (inibe a diferenciação dos ductos de muller que posteriormente darão origem aos órgãos femininos) ▪ Formação da barreira hematotesticular BARREIRA HEMOTESTICULAR ▪ são junções de oclusão entre uma célula de sertoli e outra. ▪ Essa barreira impede que proteínas e anticorpos atrapalhem o desenvolvimento das células espermatogenicas ▪ Assim como impedem que essas células caiam no sangue e desencadeiem uma resposta imunológica EPITÉLIO SEMINÍFERO ▪ Em salmão as células de sertoli ▪ Em azul as células espermáticas ESPERMATOGÊNESE ▪ Início na puberdade ▪ Citocinese incompleta ▪ Sincronia do ciclo celular FASES DA ESPERMATOGÊNESE Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO CICLO ESPERMATOGÊNICO ▪ As células tipo A escuras se dividem para formar células tronco de reserva nos testículos ou podem formar células tipo A pálidas ▪ Elas se proliferam e dividem e diferenciam em espermatogonias tipo B que se diferenciam em espermatócitos primários que vão sofrer meiose tipo I (ainda ligados por pontes citoplasmáticas) ▪ Ao final da meiose há produção do espermatocito secundário e cada um sofre meiose II e produz 2 espermatides (célula haploide) imatura ▪ Espermiogense levam eles a espermatozoides maduros FASES DA ESPERMIOGENESE ▪ Podemos ver a espermiogenese ▪ Embaixo a membrana basal CONDIÇÕES QUE AFETAM A ESPERMATOGÊNESE CÉLULAS DE LEYDIG Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO ▪ Células de leydig entre os túbulos seminíferos ▪ São bem eosinofilias ▪ Presença de vasos sanguíneos TÚBULOS RETOS E REDE TESTICULAR ▪ Rede testicular revestida por epitélio cuboide a pavimentoso simples DÚCTOLOS EFERENTES EPIDÍDIMO Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO FUNÇÃO DUCTO DEFERENTE Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO GLÂNDULAS ACESSÓRIAS ▪ Essas glândulas ajudam na formação do sêmen ▪ O sêmen contém espermatozoides mais as secreções das glândulas VESÍCULA SEMINAL ▪ Um ducto excretor curto de cada vesícula seminal combina-se com a ampola do ducto deferente, formando o ducto ejaculatório; ▪ A secreção é viscosa, amarelada, rica em frutose, prostaglandinas, ácido ascórbico, e proteínas de coagulação. Constitui 60 - 70 % do volume do sêmen. É acumulada e liberada na ejaculação. A secreção é alcalina; ▪ A função secretora e a morfologia das glândulas seminais estão sob o controle da testosterona. VISTA POSTERIOR DA BEXIGA ▪ O ducto deferente sofre uma dilatação e vira a ampola do ducto deferente Histologia ▪ Possui 3 camadas ▪ Mucosa: muito pregueada (pregas primárias, secundárias e terciárias), formada por um epitélio, que varia de cúbico simples a pseudoestratificado cilíndrico (com células cilíndricas altas não ciliadas, e células basais) apoiado sobre uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo; ▪ Muscular: fibras musculares lisas organizadas em uma circular interna, e uma longitudinal externa; ▪ Adventícia: formada por tecido conjuntivo frouxo, considerada por muitos, uma cápsula. ▪ É possível observar as pregas da mucosa em direção ao lúmen ▪ Na foto é possível identificar as 3 camadas (adventícia) mais externamente Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Em maior aumento vemos parte da prega da mucosa com centro revestido por um epitélio cúbico simples descansando sobre uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo. PRÓSTATA ▪ Produz lipídios, proteases e fosfatase ácida (30%do sêmen); ▪ A di-hidrotestosterona, estimula o crescimento do epitélio prostático normal, bem como a proliferação e o crescimento do HPB, e do câncer de próstata dependente de andrógeno. DIVISÃO ANATÔMICA ▪ A zona central, circunda os ductos ejaculatórios quando penetram na próstata. Resistente tanto ao carcinoma como à inflamação. Contém em torno de 25% do tecido glandular; ▪ A zona periférica, compreende 70% do tecido glandular. Circunda a zona central e ocupa as porções posterior e lateral da glândula. A maioria dos carcinomas da próstata origina-se da zona periférica; ▪ A zona de transição circunda a parte prostática da uretra. Compreende cerca de 5% do tecido glandular prostático e contém as glândulas mucosas. Acometida pela hiperplasia prostática benigna (HPB); ▪ A zona periuretral, contém glândulas mucosas e submucosas ▪ A área anterior é a única que não tem glândula, é composta basicamente por tecidos Do ponto de vista histológico a próstata é constituída por 30 a 50 glândulas tubuloalveolares que desembocam na uretra prostática. Dispostas em três camadas concêntricas: uma mucosa interna, uma submucosa intermediária, e uma camada periférica contendo as glândulas prostáticas principais. A próstata é uma glândula túbulo-alveolar composta. As glândulas prostáticas estão distribuídas em três regiões: (1) as glândulas periuretrais da mucosa, (2) as glândulas periuretrais da submucosa e (3) as glândulas periféricas ramificadas, denominadas glândulas principais. As glândulas apresentam porções secretoras denominadas alvéolos, que são revestidos por um epitélio simples cúbico ou pseudoestratificado cilíndrico. URETRA MASCULINA E FEMININA ▪ A uretra masculina tem um comprimento de 20 cm e apresenta três segmentos: (1) a uretra prostática, cujo lúmen recebe líquido transportado pelos ductos ejaculatórios e secreções das glândulas prostáticas, (2) a uretra membranosa e (3) a uretra peniana, a qual recebe um líquido lubrificante das glândulas bulbouretrais. ▪ O epitélio da uretra prostática é o epitélio de transição (urotélio); os demais segmentos apresentam variações regionais, entre áreas de Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Histologia – Fernanda Daumas SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO epitélio pseudoestratificado e epitélio estratificado cilíndrico. Esfíncteres de músculo liso e de músculo estriado esquelético estão presentes na uretra membranosa. ▪ A uretra feminina é mais curta (4 cm de comprimento) e é revestida por um epitélio de transição, também com variações regionais. A mucosa contém glândulas secretoras de muco. Camadas de músculo liso (interna) e de músculo estriado esquelético (externa) são observadas. PÊNIS ▪ O pênis é constituído por três estruturas cilíndricas de tecido erétil: um par de corpos cavernosos e um corpo esponjoso único. As três estruturas cilíndricas convergem para formar o corpo do pênis. ▪ A extremidade distal do corpo esponjoso forma a glande do pênis. O tecido erétil contém espaços vasculares, denominados espaços cavernosos, supridos por sangue arterial e drenados por veias. Durante a ereção, o sangue arterial preenche os espaços cavernosos, os quais comprimem os vasos venosos adjacentes para evitar a drenagem. ▪ O óxido nítrico, produzido por ramos do nervo dorsal, se espalha através de junções comunicantes entre células musculares lisas que circundam os espaços cavernosos. Nas células musculares lisas, o óxido nítrico ativo a guanilil-ciclase para produzir o monofosfato cíclico de guanosina (GMPc) a partir do trifosfato de guanosina (GTP). O GMPc relaxa o músculo liso através do sequestro de cálcio em sítios de armazenamento intracelular, e o sangue arterial se acumula nos espaços cavernosos distendidos, fazendo o pênis entrar em ereção. A enzima fosfodiesterase degrada o GMPc, terminando assim a ereção. O sildenafil, um inibidor da fosfodiesterase, é usado para impedir a rápida degradação do GMPc em casos de disfunção erétil.
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