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Ultrassonografia e cardiotocografia

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1 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
Ultrassonografia e cardiotocografia 
- Sãos exames necessários para avaliar e dar o diagnóstico da vitalidade do bebê → avaliar se o bebê está em 
sofrimento agudo ou crônico. 
 
Ultrassonografia 1º trimestre 
- O primeiro USG com 5/6 semanas é importante para determinar se é uma gestação tópica (excluir gestação 
ectópica) e se o bebê é viável (coração batendo). 
 
USG morfológico do 1° trimestre: 
- 11-13s6d 
- Transvaginal 
- Mostra possíveis más formações que o bebê possa ter. 
- Determina risco de ter pré-eclâmpsia na gravidez, CUR (crescimento uterino restrito) → o bom pré-natal atua 
antes da complicação, identificando a paciente com potencial risco e intervindo antes que ela desenvolva. 
 
>> Saco gestacional: 
- Coleção de líquido, anecóica, anel ecogênico → onde o bebê fica. 
- Surge com 5 semanas. 
 
 
>> Vesícula vitelina: 
- 5,5/6 semanas. 
- No interior do saco gestacional. 
 
 
>> Embrião: 
- 6-7 semanas 
- Saco gestacional > 16mm → já para visualizar o embrião. Se o saco 
gestacional estiver com esse tamanho ou maior e não visualizar embrião, 
provavelmente é uma gestação anembrionada (se tiver alguma dúvida é só 
repetir o beta com 48 horas, se estiver caindo, confirma que é uma gravidez 
que não vingou/embrião não se desenvolveu). 
- Imagem hiperecoica (parece um caroço de arroz) → embrião. 
 
 
2 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
>> BCF: 
- 7 semanas 
- CCN (comprimento cabeça-nádega) > 5mm → já é para ter BCF. 
- Se visualizar um embrião com CCN maior que esse valor (já é compatível com 
idade gestacional mais avançada) e não visualiza batimento, confirma o 
diagnostico de óbito embrionário e abortamento retido (bebê intraútero sem 
vida e a paciente não apresentou sangramento e nem sintomas). 
 
 
>> Placenta: 
- Espessamento do SG → que dará origem a placenta. 
- 12 semanas → começa a visualizar. 
 
 
 
- Comprimento cabeça-nádega (CCN) é o melhor parâmetro para determinar idade gestacional no USG do 1° 
trimestre. 
- Margem de erro: + 5 dias → é o que possui maior fidelidade a idade gestacional. 
- A USG do final da gravidez não é adequada para determinar a idade gestacional, pois as medidas do bebê 
sofreram influências positivas e negativas ao longo da gravidez. Por isso que as medidas feitas no inicio da gravidez 
são mais fidedignas, pois ainda não deu tempo o meio externo interferir nas medidas do bebê. 
- Quando difere da idade calculada pela DUM mais de uma 1 semana, essa data, provavelmente, está errada → 
confia na USG do 1° trimestre. 
Na ausência de embrião: medida do saco gestacional para determinar a idade gestacional. 
- A USG do 1° trimestre também é muito importante na gravidez gemelar, pois determina a corionicidade e 
amnionicidade: 
• Dicoriônica e diamniótica: duas placentas e duas bolsas; 
• Monocoriônica e diamniótica: uma placenta e duas bolsas; 
• Monocoriônica e monoamniótica: uma placenta e uma bolsa. 
- Que é muito além de determinar se são dois bebês iguais ou não. 
- Quando tem uma gestação gemelar monocoriônica e monoamniótica, o risco de ter impacto no crescimento desses 
bebês é muito grande, pois isso os protocolos recomendam interromper essa gestação entre 32/34 semanas. 
- Monocorionica e diamniótica: tem risco de um bebê roubar sangue do outro, então tem indicação de fazer uma 
pesquisa de doppler mais específico, programar interrupção da gestação com 37 semanas. 
- Isso vai ser determinante para todo o acompanhamento do pré-natal. 
 
3 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
- Imagem à esquerda: sinal do lambda – 
tem uma entradinha, mas ela está 
preenchida por placenta → indicando que 
são duas placentas. 
- Imagem à direita: sinal do T – tem uma 
entradinha, mas não tem tecido, apenas 
uma membraninha → é uma placenta e a 
membrana que se dividiu (1 placenta e 2 
bolsas). 
 
 
Morfológico do 1º trimestre: 
 
1) Medida da translucência nucal → acumulo de líquiod em região cervical. 
- Plano sagital 
- TN > 3,5 mm → maior risco de ter trissomias. 
Ex: o risco de uma paciente ter um bebê com Down envolve alguns fatores 
→ mulher com 45 anos, bebê com TN de 4mm e osso nasal ausente = eleva 
o risco de ter uma bebê com síndrome de Down (quando soma vários fatores 
de risco, a chance é bem maior). 
- É uma forma de fazer rastreio. 
- No Brasil não tem indicação de fazer interrupção, a menos que seja verificado uma possível mal formação que 
seja incompatível com a vida extrauterina e mesmo assim, se for confirmado, precisa ter mais de uma USG, a 
paciente precisa entrar na justiça e com a autorização consegue interromper a gravidez. 
Ex: agenesia renal. 
- Quando tem algumas alterações na USG do 1º trimestre, é importante indicar o estudo genético do feto através 
do líquido amniótico (amniocentese) ou sangue do cordão umbilical (cordocentese). 
 
2) Osso nasal 
- Ausência => trissomia do 21. 
- Bem característico. 
- Um dos fatores de risco. 
 
 
3) Sexo fetal: 
- Masculino: ângulo > 30º 
- É uma ideia, não quer dizer que é o certo. 
 
4 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Imagem à esquerda: linha azul nas costas do bebê e a setinha branca está apontando para o tubérculo genital, 
que é o órgão que dará origem no sexo masculino ao pênis e ao feto feminino à vulva e aos grandes lábios. 
- Imagem à esquerda: no feto masculino o ângulo (linha azul pequena paralela ao ângulo do tubérculo) é bem elevado 
→ angulação maior que 30° sugere feto masculino. 
- Imagem à direita: feto feminino → o tubérculo genital está evidenciado pela seta branca e está paralelo a linha 
da coluna (pequena angulação). 
 
 
Ultrassonografia 2° trimestre 
 
Biometria fetal: 
- Medidas importantes para determinar a idade gestacional do feto no 2º trimestre. 
• Diâmetro biparietal (nível do tálamo) 
• Comprimento do fêmur (após 14 semanas) 
• Circunferência abdominal 
• Circunferência cefálica 
• Margem de erro: + 10 dias → margem de erro maior, que vai aumentando com o passar da idade gestacional. 
 
 
 
 
 
5 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
Morfológica do 2º trimestre: 
- 20-24 semanas 
- Já tem o bebê todo formado, mas ele ainda é pequeno e livre, então fica mais fácil de avaliar todos os detalhes. 
- Já tem área cardíaca formada, então já é possível fazer uma avaliação cardíaca. 
- Nessa USG precisa avaliar toda a morfologia do bebê, realizar a medida do colo do útero (realizada endovaginal. 
Já é bem estabelecido que se o colo do útero está ficando mais curto – menor que 2,5cm - já a partir de 20 
semanas, essa paciente tem maior risco de ter um trabalho de parto prematuro). 
- Colo curto: repouso relativo, recomendação formal de prescrever progesterona via vaginal, de preferência 
(profilaxia de TPP). 
- Localização da placenta 
- Comprimento do colo uterino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Sempre pesquisar a história das pacientes com insuficiência de colo uterino e analisar qual a melhor 
terapêutica para ela. 
 
1) Avaliação das 4 câmaras cardíacas e grandes vasos (aorta e pulmonar). 
- Avaliar morfologia, principalmente se foi identificado alguma alteração e pedir o eco fetal (máquina melhor com 
profissional especializado). 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
2) Morfologia dos órgãos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Pontinhos brancos no centro das orbitas oculares são os cristalinos → avaliar possíveis comprometimentos de 
cristalinos e possíveis cegueiras congênitas. 
 
3) Sexo fetal: 
- Mais fácil para definir com exatidão. 
 
- Feto masculino: visualiza a bolsa escrotal e o 
pênis. 
 
 
 
 
- Feto feminino: parece um “biscoitinho” entre 
as duas pernas. 
 
 
 
 
7 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
Ultrassonografia do 3° trimestre: 
- Maior margem de erro (até 3 semanas) → o objetivo dessa USG do 3º trimestre não é determinar a idade 
gestacional.- O principal objetivo dessa USG é avaliar a vitalidade do bebê. 
- Apresentação fetal 
- Estimativa do peso 
Perfil biofísico fetal → forma de avaliar a vitalidade do bebê. 
• Vol. Líquido amniótico 
• Mov. Fetais 
• Mov. Respiratórios 
• Tônus fetal: bebês saudáveis possuem tônus. Então, eles ficam contraídos intraútero. É possível 
identificar, através do USG, se um membro do bebê está mais largado. A ausência do tônus está atrelado 
a um grau de hipóxia do feto. 
 
Doppler: 
- Muito importante no USG de 3º trimestre e para avaliar 
sofrimento fetal. 
- Imagem da circulação fetal → 
- Doppler avalia o fluxo sanguíneo através dos vasos. 
- Tudo começa na artéria uterina, que está levando 
sangue para o útero. As arteríolas uterinas vão levar 
sangue para a transição entre o endométrio e a placenta. 
Quando entra na placenta, vai para o cordão e depois para 
o bebê. 
- No bebê é a veia umbilical que leva o sangue rico em 
oxigênio e as artérias trazem o sangue risco em CO2. 
- São duas artérias e uma veia. 
- A veia umbilical, que está levando o sangue rico em oxigênio, vai passar pelo fígado. Onde o ducto venoso leva o 
sangue direto da veia umbilical para o coração através da veia cava inferior. 
 
 
Ultrassonografia – Doppler: 
- Avaliação do índice de resistência dos vasos sanguíneos. 
- O fluxo sanguíneo passando pelos vasos vai criar um traçado. 
- Esse traçado vai ter um pico → medida A. 
- Parte mais baixa do traçado → medida B. 
 
8 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
- Com a medida do A ou do B pode calcular o índice de resistência ou o índice de pulsatilidade de cada vaso avaliado. 
 
Índices avaliados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1) Doppler artérias uterinas – Morfológica 2ºT: 
 
- Na fisiopatologia do desenvolvimento da pré-eclâmpsia ocorre a ausência da 2ª onda de migração trofoblástica 
→ quando esse tecido da placenta vai penetrando para grudar, ele precisa destruir a camada muscular das 
arteríolas (pois são elas que favorecem o fluxo sanguíneo do útero para a placenta). 
- O tônus da artéria é maior do que o da veia, devido a presença da camada muscular → a resistência de uma 
artéria é maior do que de uma veia. 
- No momento que o embrião destrói essa camada muscular durante a 2ª onda de migração trofoblástica, o tônus 
das arteríolas diminui → quanto mais relaxada/menor o tônus, menor a resistência da arteríola, consequentemente 
mais sangue vai passar pela arteríola para o feto. 
- É fisiológico que durante a gravidez ocorra diminuição da resistência das artérias uterinas → mais sangue vai 
para o útero. 
- Essa queda não ocorre em algumas gestantes. Se a resistência das artérias uterinas estiver aumentada, vai ser 
mais difícil o sangue ir para o útero, consequentemente pode haver dificuldade de fornecimento de fluxo sanguíneo 
para o bebê. 
- Por isso que quando há resistência da artéria uterina aumentada, aumenta o risco de ter crescimento uterino 
restrito (CIUR) → o bebê não ganha peso adequadamente, fica com líquido diminuído. 
- Quando não ocorre diminuição da resistência da artéria uterina, ocorre um aumento da pressão materna com 
objetivo de tentar vencer essa resistência. 
- Por isso que quando identifica na USG do 2º trimestre resistência elevada das artérias uterinas, sabe que é uma 
paciente com risco de desenvolver pré-eclâmpsia ao longo da gravidez (risco de desenvolver alguma síndrome 
hipertensiva) → tem indicação de começar AAS como forma de profilaxia da pré-eclâmpsia (mesmo que não consiga 
evitar, deve-se postergar ao máximo para melhorar o prognostico fetal). 
*O ASS “afina” o sangue, então pode ser que ele passa mais fácil pelos vasos de alta resistência 
 
9 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
*Metildopa é para pacientes que já são hipertensas. 
 
Pacientes com potencial risco de desenvolver pré-eclâmpsia: 
1. Gemelar 
2. Obesas 
3. Passado de pré-eclâmpsia em gestação anterior 
4. Hipertensa crônica 
 
- Essas pacientes já tem indicação de começar AAS com 12 semanas na consulta de pré-natal, mesmo que estejam 
assintomáticas, com pressão e doppler normais → começa devido a presença de fatores de risco prévios. 
- Em mulheres que estão grávidas pela 1ª vez, deve fazer um rastreio já que não tem antecedentes (sem HAS, 
sem obesidade) → 1° rastreio: doppler de artérias uterinas na USG morfológica de 1º trimestre com 13 semanas, 
pois se identificar uma resistência aumentada já pode começar o AAS. Se fizer apenas no 2º trimestre e for 
identificada resistência, pode começar o AAS também. 
- Deve iniciar o AAS mesmo em pacientes assintomáticas → o objetivo é prevenir. 
- Não adianta começar AAS quando a paciente já é hipertensa → não tem mais indicação. 
- O doppler pode estar alterado antes da pressão alterar, pois o doppler alterado faz com que com o tempo o 
corpo precise aumentar a pressão da mãe. 
- Se ficar se baseando apenas na pressão da mãe, o diagnóstico será dado apenas quando mãe já tiver hipertensa. 
- Quando a paciente está hipertensa, pois ocorreu o aumento da pressão para vencer a resistência da artéria 
uterina que está aumentada. Se baixar demais a pressão, vai tirar o mecanismo de adaptação que o corpo criou 
para manter o fluxo sanguíneo, diminuindo mais ainda o fluxo sanguíneo para o bebê, que vai evoluir com líquido 
diminuída, baixo ganho de peso. Quando prescreve metildopa para a paciente, é para evitar que ela faça picos 
hipertensivos. A meta é manter a paciente estável (13x9/14x9). 
- Não pode prescrever metildopa e não realizar acompanhamento. 
- Quando tem diagnóstico de pré-eclâmpsia sem critérios de gravidade ou hipertensão gestacional sem critérios 
de gravidade, pode manter a gravidez até 37 semanas. 
- Critérios de gravidade → sinais de HELLP. 
- Se for uma HELLP síndrome, tem indicação de interromper no mesmo dia, independente da idade gestacional. 
- Para ter conduta expectante em qualquer síndrome hipertensiva → se garantir que tem uma pressão, exames 
laboratoriais da mãe normais e ausência de sofrimento fetal. 
- A cura da hipertensão gestacional é o parto. Mas não interrompe sempre, pois precisa pensar no bebê também. 
No entanto, só deve manter o bebê no útero se ele estiver sendo suficiente para suprimir as necessidades do 
bebê. 
- A morte de fetos de mãe que tem pré-eclâmpsia é uma morte anunciada → associado a falha na assistência do 
pré-natal. 
- Sinais de sofrimento: diminuição do percentil ponderal → mudança do potencial de crescimento. Era para o 
percentil ficar entre 50 e 60 e de uma hora para outra o peso caiu para percentil 15 → precisa imaginar que está 
tendo um fluxo sanguíneo inadequado para o bebê. 
 
10 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
OBS: O tratamento com AAS é ambulatorial, pois a paciente não está hipertensa. O objetivo é evitar complicações 
na gravidez 
 
• Presença incisura bilateral 
• Relação A/B > 2,6 
• IR > 0,58 (média das duas artérias) 
• IP > 1,45 (IP> 2,5 - 1ºT) 
 
- O índice de resistência da artéria uterina no 1º trimestre, como ainda não aconteceu a destruição da camada 
muscular, é maior. A resistência da artéria uterina vai diminuindo do 1º para o 2º trimestre, que é quando vai 
acontecer a 2ª onda de migração trofoblástica. 
 
Voltando para a imagem da circulação fetal: 
- Pode ter alteração no doppler da artéria uterina resistente, que é justamente quem recebe o sangue para levar 
pra placenta. 
- O bebê que tem uma artéria uterina normal, vai ter todo o fluxo sanguíneo normal (veia umbilical normal, ducto 
venoso normal). 
 
 
2) Doppler Artéria umbilical e cerebral média: 
OBS: Utilizamos os parâmetros de resistência das artérias umbilicais, pois são mais fáceis de serem avaliados 
pelo doppler. Apesar de ser a veia umbilical que leva o sangue rico em oxigênio. 
- Avaliação de sofrimento fetal crônico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
- O vaso que deveser de menor resistência no corpo do bebê é a artéria umbilical → resistência bem baixa. 
- Quando isso ocorre o fluxo fica bem cheio e longe da linha de base. 
- Quando tem dificuldade de entrada de sangue no bebê, pode ter um aumento de resistência da artéria umbilical 
→ a curva fica mais próxima da linha. 
- A quantidade de sangue na diástole já diminuiu. 
- Pode ter diástole resistente → quando ainda está acima da linha, mas é menor do que era. 
- Quando tem a resistência da artéria umbilical aumentada além do normal → valor do IP (índice de pulsatilidade 
– medida A e B) alterado. 
- Se a resistência do vaso que leva sangue para o bebê está aumentada, ocorre diminuição do fluxo sanguíneo para 
o bebê. O corpo do bebê vai tentar priorizar estruturas e órgãos mais importantes (coração, rins..) e não manda 
sangue para as extremidades (dedos dos pés). 
- Quando existe um aumento de resistência da artéria umbilical, precisa realizar o doppler da artéria cerebral 
média, pois pode ter como compensação o processo de centralização → corpo começa a priorizar fluxo sanguíneo 
para os órgãos nobres. 
- Ocorre uma queda da resistência da artéria cerebral em situações de sofrimento fetal. O sangue que estava 
indo para o bebê vai para o cérebro para diminuir o risco de hipóxia e manter o bebê vivo. 
- É um mecanismo do bebê para tolerar aquele ambiente que está com pouco fluxo sanguíneo. 
- Se fizer o doppler da artéria umbilical e ele for normal (diástole bem cheia), não precisa fazer o doppler da 
artéria cerebral média. 
- Se o doppler da artéria umbilical indicar resistência, diástole zero (toca na linha → tá tão resistente que quase 
não está entrando sangue) ou até mesmo diástole reversa (a resistência está tão grande que ao invés do sangue 
entrar, ele volta), o fluxo sanguíneo está comprometido → doppler da artéria cerebral média e do ducto venoso 
para analisar se a circulação total fetal está comprometida. 
 
3) Ducto venoso: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Forma indireta de avaliar o fluxo sanguíneo que está indo para o coração. 
- Se a artéria umbilical está ruim, mas a artéria cerebral média e o ducto venoso estão bons → o bebê está 
recebendo pouco fluxo, mas ele está mandado para os órgãos mais importantes. 
 
12 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
- Se o ducto venoso quase não tiver fluxo (diástole zero) → indica que vai parar de ir fluxo para o coração. 
- Dependendo de onde está alterado o fluxo sanguíneo, vai determinar que tem um grau de gravidade, que 
dependendo da idade gestacional, não compense mais manter o bebê dentro do útero. 
Se for 35 semanas → retira o bebê. 
Se for 26 semanas → precisa monitorar. Dependendo da alteração do doppler, tem indicação de realizar todos os 
dias. 
 
 
Cardiotocografia 
- Outro exame de avaliação da vitalidade fetal → parâmetro objetivo de vitalidade fetal. 
- Registro contínuo da frequência cardíaca fetal, da intensidade da contratilidade uterina e da movimentação 
fetal. 
- Método biofísico de avaliação da vitalidade fetal. 
- Tem 3 transdutores: 
1. Fundo do útero: ele tem um sensor. Quando a mulher tem contração, o fundo do útero bate no sensor e gera um 
traçado que registra toda a contração, o máximo da contração e quando não tem mais contração. 
2. Foco cardíaco do bebê: registro dos batimentos cardíacos. 
3. A mãe aperta um botão toda vez que sentir o bebê mexer, gerando um traçado do movimento fetal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação 
- Consegue fazer a cardiotocografia antes e durante o trabalho de parto: 
• Anteparto 
Basal 
Estimulada 
• Intraparto 
 
 
13 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
Época para realização 
- A partir de 26-28 semanas de gestação → não tem indicação de fazer antes de 26 semanas. O ideal é a partir 
de 28 semanas. Quando o bebê é muito prematuro, ele ainda é muito imaturo neurologicamente para ter 
determinadas respostas que o exame de cardiotocografia exige. 
- Intervalos: a depender das patologias maternas e/ou fetais → se é uma gestação de risco ou não. 
 
Recomendações 
- Evitar jejum prolongado → mãe com fome e bebê com fome, então ele não vai ter a movimentação normal. 
- Paciente deitada em poltrona confortável ou em DLE → o ideal é que a paciente fique sentada, mas se estiver 
deitada não pode ser em decúbito dorsal e sim lateral. O decúbito dorsal pode baixar a pressão da mãe e quando 
isso acontece ocorre diminuição de fluxo sanguíneo para o bebê, gerando uma falsa impressão de sofrimento fetal. 
- Duração mínima 20 minutos 
- Uso de medicações: exemplo – mãe utilizou aerolin → mãe taquicárdica e feto taquicárdico associado ao uso de 
uma medicação. 
 
Indicações: 
 
Antes do parto: 
- Quando a mãe tem alguma 
comorbidade que possa 
interferir no crescimento do 
bebê. Então, o ideal é que 
faca o exame para avaliar a 
vitalidade fetal. 
 
 
 
Intraparto: 
- Não é para fazer 
cardiotocografia em todas as 
gestantes em trabalho de 
parto, apenas nas que são de 
alto risco. 
- Não para fazer de rotina para 
todas as gestantes em TP. 
 
OBS: Mulheres saudáveis não tem indicação de cardiotocografia nem no pré-natal nem no TP. 
 
14 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
Mulheres saudáveis 
- Anteparto: Mobilograma → prestar atenção se o bebê está mexendo, principalmente após as refeições. 
- Intraparto: ausculta intermitente → paciente de baixo risco na fase de dilatação (fase ativa do TP) → ausculta 
de 30 em 30 min. 
 
OBS: A cardiotocografia dá mais segurança quando é normal, pois dá certeza que o bebê está bem. 
Quando tem alguns parâmetros alterado → pode ser porque a paciente estava em jejum, o bebê estava dormindo. 
Então, dependendo da alteração, não pode confirmar que tem um sofrimento. Por isso que tem muito mais valor 
quando dá normal. 
Se fizer cardiotocografia em todas as gestantes, vai identificar alterações que não confirmar sofrimento e vão 
gerar dúvida e acaba gerando aumento dos índices de cesárias desnecessárias. 
 
 
Monitorização externa 
- Não mede variações de pressão no momento da contração. 
- Coloca o sensor no fundo do útero para medir a contração uterina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monitorização interna 
- Coloca um cateter. 
- A paciente precisa estar com bolsa rota, ter dilatação. 
- Aumenta o risco de infecção. 
- Não é muito utilizado. 
- Intraparto 
• Bolsa rota, 1 cm de dilatação 
• Risco de infecção, perfuração uterina. 
 
15 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
Parâmetros 
- Contrações uterinas (frequência, duração, coordenação). 
- Movimentos fetais. 
- Batimentos cardíacos fetais. 
 
Exemplo de cardiotocografia: 
 
1ª linha: traçado do BCF 
2ª linha: traçado das contrações uterinas. 
 
 
 
 
1) Frequência cardíaca fetal: 
Linha de base → 1ª coisa que devemos olhar na cardiotocografia. 
- O batimento está variando, mas existe uma linha de base. 
- A taquicardia também pode indicar sofrimento. 
- Tanto a taquicardia quanto a bradicardia precisam ser persistentes → durar de 15 a 20 segundos. 
- Se o bebê tiver com taquicardia, mas estiver mexendo muito, é normal. 
- Se a mãe tiver usado aerolin e o bebê tiver com taquicardia, é resultado da medicação → importante saber as 
medicações. 
 
 
 
 
 
 
Variabilidade 
- É normal ter esse traçado variando para cima e para baixo. 
- Variabilidade diminuída fala a favor de hipóxia → maior risco de ser um sofrimento fetal crônico. 
- Variabilidade muito aumentada por estar associada a compressão de cordão, pois quando comprime o BCF cai 
muito e quando descomprime o BCF aumenta muito rápido. 
 
16 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Batimento sobe e desce. 
 
 
 
 
 
 
 
- Quase uma linha reta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Linha exagerada. 
 
 
 
 
 
 
 
17 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
 
- Padrão sinusoidal: a linha é semelhante a uma 
ondinha. É chamado de ritmo monótono. 
- Fala a favorde sofrimento fetal grave, 
anemia fetal grave. 
- Cesária imediata. 
- Mesmo que a linha de base esteja 130 → por 
isso é tão importante a cardiotoco, 
dependendo da doença da paciente. 
 
 
 
Alterações da FCF – Acelerações: 
- É normal ter acelerações, que são aumentos de pelo menos 15 bpm por 15 segundos, principalmente quando há 
contração e movimento fetal. 
• Mov. Fetais e contrações 
• Amplitude 15bpm 
• Duração 15 segundos 
• Início: 20 semanas 
- Sinal de boa vitalidade → bebê que acelera quando mexe. 
 
 
- No exemplo ao lado, toda vez que tem uma 
contração, o batimento sobe. 
 
 
 
 
 
 
Alterações da FCF – Desacelerações: 
- O ideal é que não tenha desacelerações, que são as quedas do batimento abaixo de 110. 
• Periódicas: contrações 
DIP I, DIPII e DIP III (DIP – desacelerações intraparto) 
• Não periódicas 
Prolongadas 
 
18 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
➔ Desaceleração precoce, cefálica ou DIP I 
- Coincide com contração → a cada contração, diminui o fluxo sanguíneo para o bebê e ocorre queda do batimento 
cardíaco. O batimento deve voltar ao normal quando passa a contração. 
- O auge da contração coincide com o menor batimento cardíaco. 
Queda uniforme 
 
 
 
 
- Exemplo acima: no auge da contração ocorre o auge da queda do BCF. Assim que a contração vai embora, o bebê 
volta para sua linha de base normal. 
- Desaceleração normal, fisiológica e não indica sofrimento. 
 
 
➔ Desaceleração tardia ou DIP II: 
- Ocorre 20s ou mais após início da contração. 
- É um bebê que já estava sofrendo com o fluxo sanguíneo diminuído. Então, durante a contração, diminui ainda 
mais o fluxo sanguíneo, o bebê tem ainda mais hipoxia e dificuldade para retornar para sua linha de base. 
- Uniforme 
 
 
 
19 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
 
- Exemplo acima: o auge da contração não está mais coincidindo com o momento que o BCF está caindo. A contração 
está indo embora e o BCF ainda está baixo e demora mais para o bebê voltar para a sua linha de base. 
- Indica sofrimento fetal agudo. 
- Se a paciente estiver com 3cm e em trabalho de parto → indicação de cesária. 
 
 
➔ Desaceleração variável ou DIP III: 
- Início e formas variáveis 
- Queda abrupta 
- Está muito relacionada as compressões de cordão. 
 
 
 
- Cai independente de estar no 
auge da contração. Pode ser 
antes, pode ser depois. 
- Cai por compressão do cordão, 
que gera diminuição do fluxo, 
bradicardia e desaceleração. 
 
 
 
 
 
 
 
20 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
- O decúbito dorsal causa uma hipotensão 
materna. 
- O bebê tava normal. A paciente ficou em 
decúbito dorsal, fez hipotensão, ocorreu 
diminuição do fluxo sanguíneo para o bebê. 
- Quando a paciente ficou em DLE, o BCF 
voltou. 
- O posicionamento da paciente é 
importante porque vai influenciar no 
resultado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Categoria 1: normal 
- Categoria 2: variabilidade diminuída ou não teve aceleração com o movimento do bebê. Ou foi uma cardiotoco que 
gerou dúvida → pede para a paciente se alimentar e repetir o exame depois, pois pode ser algo temporário só 
porque ela estava em jejum prolongado. 
- Categoria 3: indiscutível → sofrimento fetal. 
 
 
 
 
 
 
21 Lara Maia – Obstetrícia – 2021.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Cardiotoco 1: normal → feto que, provavelmente, não está sofrendo. 
- Cardiotoco 3: bebê com alto risco de ter uma hipoxia. Dependendo do contexto seja melhor realizar uma cesária 
ou um fórceps/vácuo. 
- Cardiotoco 2: talvez seja uma hipóxia, não tem como confirmar. O ideal é ajustar posicionamento, jejum e avaliar 
esse bebê novamente.

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