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Antibióticos - Introdução Farmacologia Clínica

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Humberto Azzi
Medicina - 5P
FCMS/JF
Antibióticoterapia 
A OMS estima que cerca de 50% das prescrições de antibióticos são feitas de maneira errada. 
Os antibióticos tem um índice de prescrição muito grande, correspondendo a cerca de 80% de 
todos os medicamentos que são prescritos. Ou seja, é o grupo de medicamentos que mais se 
prescreve e cerca de metade dessas prescrições são feitas de maneira errônea.
Terminologia
• Antimicrobianos Naturais: Antibióticos
• Antimicrobianos Sintéticos: Quimioterápicos
Ação
• Bacteriostático: Estabiliza o crescimento e quem elimina a bactéria é o sistema imune
• Bactericida: O antibiótico elimina as bactérias
Se aparecer um gráfico precisamos olhar o que significam os eixos (x- tempo e y- número de 
bactérias viáveis). Neste gráfico, a concentração de bactérias foi aumentando sem uso de 
nenhum fármaco e tende a se estabilizar naquele meio de cultura, onde está se propagando. 
Quando se usa um antibiótico, este pode estabilizar o crescimento do número de bactérias 
enquanto outros matam essas bactérias. Nesse primeiro caso, usamos o tipo do antibiótico como 
bacteriostático (estabiliza o crescimento). Quem vai eliminar essas bactérias que pararam de se 
proliferar são os leucócitos, portanto é o sistema imunológico que elimina essa infecção que foi 
estabilizada pelos bacteriostáticos. No caso dos antibióticos bactericidas, o próprio antibiótico 
destrói a bactéria e com isso a população dele cai. 
Humberto Azzi
Medicina - 5P
FCMS/JF
Espectro
• Largo: atua preferencialmente para Gram (+) OU Gram (-).
• Reduzido: atua em ambos
Existem bactérias Gram (-) e Gram (+). Quando escolhemos um antibiótico ele pode ter um 
espectro largo (amplo) ou reduzido. Um antibiótico de espectro reduzido atua preferencialmente 
ou para gram (+) ou gram (-). Enquanto, um antibiótico de amplo espectro vai atuar em ambos, 
eliminado ou estabilizando (depende se é bacteriostático ou bactericida) tanto de gram (+) e gram 
(-). 
Humberto Azzi
Medicina - 5P
FCMS/JF
Processo bioquímico
O antibiótico atua na bactéria. Então, diferentemente daquilo que a gente já viu para os 
medicamentos que são administrados e que atuam no nosso organismo, eles não criam funções 
no nosso organismo. Eles não criam funções no nosso organismo, eles aproveitam/estimulam/
inibem um receptor em nós. Já o antibiótico, vai atuar na bactéria. Logo, alguns antibióticos são 
feitos para destruir a parede celular da bactéria ou impedir sua proliferação. Há também 
antibióticos que vão atuar no DNA da bactéria. A importância mais significativa é entender que o 
antibiótico atuam nas bactérias e não nas nossas células (receptores do nosso organismo). 
O uso racional dos antimicrobianos 
• O antibiótico só deve ser usado quando há infecção
• A infecção não dever ser viral
• Identificação da bactéria, para saber qual o antibiótico mais específico
• Fatores farmacocinéticos ou de biodisponibilidade
• Associação de antimicrobianos
• Profilaxia
Fatores que determinam a sensibilidade e a resistência dos 
microorganismos a agentes antimicrobianos 
• Características Farmacocinéticas:
Penetração dos antimicrobianos nos compartimentos anatômicos infectados: Lipossolubilidade e 
bombas de efluxo (glp) —> BHE, olhos, pericárdio, biopelículas em próteses
Humberto Azzi
Medicina - 5P
FCMS/JF
A concentração sérica nem sempre é igual a concentração do fármaco no local da infecção 
• Variabilidade nas respostas aos fármacos (inter e intra pacientes). Diversidade genética, peso, 
altura, idade e comorbidades, como disfunção renal e hepática e obesidade, interações 
medicamentosas
Ex: concentração subterapêuticas x altas/tóxicas
Indústria Farmaceutica
Econ: População bacteriana de controle sem tratamento
CI50 (também conhecida como CE50), ou concentração inibitória que alcança eficácia de 50% - 
uma medida da potencia do antimicrobiano
Emáx: uma medida do efeito máximo
Humberto Azzi
Medicina - 5P
FCMS/JF
Testes de sensibilidade ou resistencia (TSA) dos antimicrobianos —> laboratório de microbiologia
• CIM (MIC) (2 a 3 semanas)
• PCR
O CIM (MIC) é a concentração do antimicrobiano necessária para impedir esse crescimento 
microbiano. Quanto menor essa concentração inibitória, mais potente é esse antimicrobiano. 
Quanto mais potente é esse antimicrobiano, menor resistência do antibiótico a esta bactéria.
Resistencia Bacteriana 
• Acesso reduzido do antibiótico ao patógeno. Ex: porinas nas G-
• Aumento da eliminação do antibiótico por bombas de efluxo. Ex: S. pneumoniae e M. 
tuberculosis
• Produção de enzimas microbianas que alteram ou destroem o antibiótico. Ex: b-lactamase e 
aminoglicosidases
• Alterações das proteínas-alvo. Ex: mutação do alvo natural (fluoroquinolonas), à modificação do 
alvo (macrolídeos e às tetraciclinas por proteção ribossômico) ou à aquisição de uma forma 
resistente do alto natural sensível (MERS via produção de uma proteína de ligação à penicilina 
com baixa afinidade)
• Desenvolvimento de vias metabólicas alternativas às que foram suprimidas pelo antibiótico
• Seleção natural: evolução e práticas clínicas/ambientais
Surgimento da Resistência 
Mutações:
• A proteína-alvo, alterando sua estrutura de forma que não possa mais se ligar ao 
antimicrobiano
• Uma proteína envolvida no transporte do fármaco
• Uma proteína importante para a ativação ou inativação do fármaco
• Um gene regulador ou promotor que afeta expressão da proteína-alvo, da proteína 
transportadora ou de uma enzima instigadora
Humberto Azzi
Medicina - 5P
FCMS/JF
Transmissão da Resistência 
• Vertical: mutação para as células-filhas
• Horizontal: transdução, transformação, conjugação
Uso Racional de Antimicrobianos 
• OMS: Resistencia antimicrobiana: “capacidade de um microorganismo impedir a atuação de 
um antimicrobiano"
• Uso inadequado: aumento de bactérias multirresistentes —> redução da disponibilidade de 
novos antimicrobianos no mercado —> rápido surgimento de cepas resistentes às novas 
drogas, o que mais possivelmente desestimula mais investimentos
Estratégias para diminuir a resistência aos antibióticos:
• Evitar tratamento de colonização
• Descalonamento
• Duração adequada do tratamento
• Uso de marcadores biológicos
Estratégia 1 - Evitar tratamento de colonização 
Em relação a evitar tratamento de colonização, precisamos saber o que é colonização e o que é 
infecção. A colonização é a presença permanente ou transitória de um microorganismo aderido a 
pele ou alguma mucosa dissociada a sintomas e sinais de infecção, podemos ter uma cultura 
positiva em um paciente mas sem que este indivíduo desenvolva necessariamente uma doença. 
Estratégia 2 - Descalonamento 
Terapia empírica de amplo espectro:
• Vantagem: Maior cobertura antimicrobiana, potencializando a terapêutica, e reduzindo a 
mortalidade e a resistência bacteriana
• Desvantagem: Alto consumo de antibióticos, maior risco de toxicidade, interações 
medicamentosa, maior incidência por diarréia por Clostridium difficile
Tratamento empírico —> Terapia de amplo espectro —> Cultura —> Descalonamento
O descalonamento seria iniciar uma terapia combinada de amplo espectro e, despendendo do 
resultado dessa cultura, iremos direcionar o tratamento. Ou irmos reduzir a quantidade de 
antibióticos ou iremos manter, caso o tratamento inicial o antibiótico tenha se mostrado sensível à 
aquela bactéria ou se precisaremos trocar o antibiótico caso o antibiograma tenha se mostrado 
resistente.
Associação de antibióticos 
• Aumento da atividade antimicrobiana para tratamento de infecções específicas
• Tratamento de infecções polimicrobianas
• Prevenção do desenvolvimento de resistencia bacteriana
• Infecções graves de causa desconhecida
• Epidemiologia local, quadro clínico e os fatores de risco dos pacientes
Humberto Azzi
Medicina - 5P
FCMS/JF
Exemplo de exame de cultura:
Este é um exemplo para nortearmos a uma infecção.
Humberto Azzi
Medicina- 5P
FCMS/JF
Exemplo de um paciente mais grave e internato na UTI
O Klebsiella pneumoniae é um Gram (-) produtora de carbapenemase, que é uma toxina que 
inativa os carbapenemicos. Os carbapenemicos retratados na imagem acima são o Meropenem, 
Imipenem, que estão resistentes a esta bactéria. Essa bactéria encontra-se multirresistente. 
Desse modo, iremos nortear o tratamento nos antibióticos em que ela está com sensibilidade. 
Portanto, o descalonamento é importante para nortearmos a terapia e reduzir os antibióticos, 
prescrevendo um antibiótico sensível para essa bactéria. 
Humberto Azzi
Medicina - 5P
FCMS/JF
Estratégia 3 -Tempo de tratamento 
Terapias curtas x Terapias mais prolongadas
• Curtas: recaídas
• Prolongadas: Toxicidade, eventos adversos, candidemia, diarréia por Clostridium difficile
Características do microrganismo, do paciente, da infecção e das drogas disponíveis para o 
tratamento
Estratégia 4 - Uso de biomarcadores, como a procalcitonina 
• Procalcitonina
• Precursor peptídeo da calcitonina produzidos em resposta às toxinas bacterianas e, 
principalmente, aos mediadores pró-inflamatórios (IL1b, FNT, IL6)
• Seus níveis se elevam dentro de 6 a 12 horas do início da infecção e sua queda é esperada 
após controle do quadro infeccioso
A procalcitonina baixa indica infecção viral, enquanto a procalcitonina elevada indica infecção 
bacteriana (supostamente).
Profilaxia antimicrobiana 
• Proteger indivíduos sadios contra a aquisição ou invasão de microorganismos específicos aos 
quais são expostos
• Pacientes imunodeprimidas
• Profilaxia da endocardite
• Profilaxia em cirurgia
• Estar presente na ferida na hora da síntese
• Largo espectro
• Desnecessário por mais de 24h
Humberto Azzi
Medicina - 5P
FCMS/JF
Causas de insucesso 
• Tratamento de infecções não responsavas
• Tratamento de febre de origem indeterminada
• Posologia inadequada
• Confiabilidade inadequada na quimioterapia
• Falta de informação bacteriológica adequada

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