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CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E FÍSICA DISCIPLINA: EXPERIMENTOS DE MECÂNICA PROF. DR. EDIOMAR SERRA KARINY ALANDA TEIXEIRA COSTA RELATÓRIO DE EXPERIMENTOS DE MECÂNICA CAXIAS – MA 2021 SUMÁRIO RELÓGIO ATÔMICO .................................................................................................. 3 PAQUÍMETRO E MICRÔMETRO ............................................................................. 12 MOVIMENTO: POSIÇÃO, DESLOCAMENTO, VELOCIDADE MÉDIA, VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA ............................................................................ 21 ACELERAÇÃO ......................................................................................................... 26 RELÓGIO ATÔMICO RESUMO Esta apresentação, que aconteceu no dia 25/05/21, mostrou a evolução das formas de medição do tempo ao longo da história até chegar ao modelo de relógio mais preciso dos dias atuais: o relógio atômico. Teve como principal objetivo explanar o funcionamento do relógio atômico, bem como suas principais aplicações no campo científico e industrial atualmente. Palavras-chave: Relógios; Césio 133; relógio atômico. 1 INTRODUÇÃO A necessidade de dividir o dia em intervalos de tempo é bastante antiga. O "Relógio de Sol", que foi inventado pelos babilônios e egípcios, tinha um funcionamento simples: uma haste vertical se projetava do centro de uma superfície circular, projetando uma sombra do Sol para indicar a hora. Tempos depois, os árabes inventaram o relógio de sol mais moderno, com ponteiro e em ângulos. Os relógios solares também precisavam ser ajustados para latitudes diferentes. No século XIV, relógios mecânicos começaram a substituir os relógios de sol. Figura 1 - Relógio de Sol Fonte: Britannica Escola, 2021. Os primeiros relógios criados pelos babilônios foram as clepsidras, que eram relógios à base do escoamento de água, e que também foram usadas na Grécia, no Império Romano e na civilização chinesa. Um dos problemas da clepsidra era o congelamento da água no inverno na Europa. Para solucionar esse problema, introduziu-se o relógio de areia, no século XIV. Entretanto, por causa do peso da areia, eles eram limitados à medida de curtos intervalos de tempo. Figura 2 - Clepsidra Fonte: Amino, 2018. Só a partir de 1581, baseado nos estudos de Galileu, os relógios vieram a ter maior precisão. Em 1656 o cientista Christian Huygens construiu o primeiro relógio pendular. Esse relógio tinha a precisão de 10 segundos por dia. Huygens, em 1675, construiu o primeiro relógio controlado por molas. Esses relógios alcançaram a precisão de uma parte por 10⁵ no final do século XVI, por meio de melhorias implementadas por John Harrison. Figura 3 - Relógio pendular Fonte: Felipe Soares, 2014. Como o começo do desenvolvimento de técnicas de radar e telecomunicações, pelo cientista americano Dr. Warren Marrisson, foi dado um grande passo no aumento da precisão dos relógios: a introdução do relógio de cristal de quartzo, em 1929. Esse tipo de relógio é baseado na vibração de um cristal de quartzo, submetido a um campo elétrico que podem atingir uma precisão de 1 parte em 10⁸. O ponto negativo dos relógios de quarto é a grande dependência ao tamanho e da forma do cristal. Produzir dois cristais exatamente idênticos é tecnicamente muito difícil, prejudicando a boa reprodutibilidade e alta precisão de um padrão de tempo e frequência com relógio de quartzo. Figura 4 - Relógio de quartzo Fonte: Wikipédia, 2012. Assim, para resolver esses problemas técnicos dos osciladores de quartzo, foram criados os relógios atômicos que utilizam as ressonâncias atômicas para medir tempo e frequência de forma precisa. Do mesmo modo que um pêndulo é usado para a medição do tempo por meio da contagem das suas oscilações, o átomo possui os estados energéticos que oscilam em uma frequência bem definida, quando excitados por agentes externos (ondas eletromagnéticas), e assim podem ser utilizados como padrão para os relógios. Além da precisão de uma parte em 10¹², outra enorme vantagem do relógio atômico é a sua grande reprodutibilidade, já que todos os átomos de um mesmo elemento são perfeitamente idênticos em qualquer ponto do universo. Figura 5 - Relógio atômico Fonte: A ciência explica, 2018. 2 OBJETIVOS 2.1 Geral Compreender o funcionamento e a utilização dos relógios atômicos 2.2 Específicos Analisar a evolução dos relógios ao longo do tempo; Apresentar os principais conceitos relacionados ao relógio atômico; Entender a precisão e funcionamento deste tipo de relógio; Verificar as etapas que garantem a precisão do relógio atômico. 3 MATERIAIS E MÉTODOS Para a demonstração do funcionamento do relógio atômico, foi utilizado imagens nos slides mostrando cada etapa dos mecanismos que garantem o funcionamento do relógio. O princípio essencial do relógio de césio é que todos os átomos de césio- 133 são idênticos e produzem radiação exatamente com a mesma frequência, absorvendo ou liberando energia, o que torna os relógios atômicos extremamente precisos. O processo de temporização começa introduzindo gás césio em uma câmara de vácuo e direcionando lasers infravermelhos para compactar e resfriar (desacelerar) os átomos de césio a uma temperatura próxima ao zero absoluto. Em seguida, lasers verticais empurram os átomos cerca de um metro através de uma cavidade cheia de micro-ondas. A frequência de micro-ondas é ajustada para tornar máxima a fluorescência, que ocorre na frequência de ressonância natural (9.192.631.770 Hz) do átomo de césio. Como o processo de ida e volta pela cavidade de micro-ondas leva aproximadamente um segundo, o controle da frequência de micro-ondas resulta em maior precisão de cronometragem. A previsão é que os melhores relógios atômicos com fonte de césio apresentarão falhas de menos de um segundo em mais de 50 milhões de anos. Figura 6 - Relógio atômico de césio Fonte: Encyclopædia Britannica, 2008. Em síntese, o funcionamento do relógio atômico de césio ocorre da seguinte forma: 1) Átomos de Césio 113 são aquecidos e lançados em forma de raio 2) Imãs separam os átomos capazes de receber energia 3) Cada átomo absorve energia em forma de ondas 4) Um oscilador de quartzo ajusta o mecanismo que envia ondas para ele lançar frequências próximas as que o Césio pode absorver. 5) Se as ondas estiverem a exatos 9192631770 Hertz, alguns átomos de Césio receberão energia. 6) Os átomos que receberem energia são separados por imãs e identificados por um detector que avisa ao oscilador que ele atingiu a frequência correta. A frequência exata é dividida por 9192631770 (O valor em hertz). O resultado é um pulso por segundo que é marcado pelo relógio com precisão de bilionésimos. Para manter a exatidão, o processo é repetido o tempo todo. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO O princípio de funcionamento de um relógio atômico é baseado em física atômica, utilizando o sinal de micro-ondas que os elétrons emitem quando se deslocam entre os níveis de energia. Os relógios atômicos mais modernos resfriam os átomos para uma temperatura absoluta perto de zero, deixando-os lentos com o uso de lasers e colocando-os em fontes atômicas, numa cavidade cheia de micro- ondas. A precisão de um relógio atômico depende da temperatura da amostra de átomos frios, e da frequência da transição eletrônica. Altas frequências e linhas estreitas aumentam a precisão do dispositivo. A ideia de usar as transições atômicas para medir o tempo foi sugerida pela primeira vez por William Thomson, o Lord Kelvin, em 1879, e a ressonância magnética, desenvolvida na década de 1930 por Isidor Rabi, tornou-se o método mais prático para fazerisso. Em 1945, Rabi sugeriu que a ressonância magnética do feixe nuclear poderia ser usada como uma base para um relógio. O primeiro relógio atômico preciso, baseado numa determinada transição do átomo de césio, foi construído por Louis Essen em 1955. Essa criação tornou, internacionalmente, o segundo internacional baseado no tempo atômico. Desde o início de seu desenvolvimento, na década de 1950, os relógios atômicos têm por base as transições hiperfinas em hidrogênio, o césio, e rubídio. 5 CONCLUSÃO O relógio atômico é um relógio que usa a frequência de transição eletrônica na micro-onda, na região óptica ou ultravioleta do espectro eletromagnético, como um padrão de frequência, que é usado como seu mecanismo para medição do tempo. Embora definir o tempo apresente dificuldades, medi-lo não; é a quantidade física medida com mais precisão. Os relógios atômicos são os dispositivos de medição de tempo mais precisos criados pela humanidade, sendo os responsáveis por manter o Tempo Atômico Internacional (TAI), que é utilizado para determinar o Tempo Universal Coordenado (UTC), que é o fuso horário de referência a partir do qual se calculam todas as outras zonas horárias do mundo. Os relógios atômicos também são usados como padrões primários para os serviços internacionais de pesquisa de tempo. A precisão na especificação do tempo é necessária para fins civis, industriais e científicos. Sendo assim, a precisão dos relógios atômicos é utilizada nas telecomunicações, já que com a taxa de transmissão de informação da ordem de 1 MB/s, é necessário um sincronismo temporal melhor que 10-¹⁰, entre o transmissor e o receptor, para evitar falhas na comunicação. Este sincronismo só pode ser alcançado com a utilização de relógios atômicos. Os sistemas de navegação, como o GPS, utilizam dessa precisão para medir intervalos de tempo entre os sinais e assim poder determinar a posição de uma aeronave, de uma embarcação ou de uma pessoa. Na indústria, a calibração de geradores de frequência, contadores e outros instrumentos são feitas com o uso desses relógios. Eles também são usados como equipamentos para pesquisa básica. Dispositivos com essa precisão tem possibilitado um grande avanço na física atômica, física quântica, relatividade, eletrônica, entre outras áreas. REFERÊNCIAS BETTS, Jonathan D. Relógio atômico de césio. Enciclopédia Britânica, 14 de novembro de 2017, Disponível em: < https://www.britannica.com/technology/atomic- clock >. Acesso em: 19 de junho de 2021. O RELÓGIO ATÔMICO. Aula do Prof. Daniel Varela. São Carlos - SP: CePOF e INCT - Óptica Básica e Aplicada, 2020. (72 min.), P&B. SILVA, Flávio Teles Carvalho. Construção e avaliação de um relógio atômico de Césio. 1998. 68 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Física Aplicada, Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1998. https://www.britannica.com/technology/atomic-clock https://www.britannica.com/technology/atomic-clock PAQUÍMETRO E MICRÔMETRO RESUMO A apresentação sobre paquímetro e micrômetro, realizada no dia 28/05/21, teve como objetivo explicar os principais conceitos relacionados a estes instrumentos de medição e buscou demonstrar a forma de realizar medidas precisas com tais equipamentos. Ao longo do tempo, a busca por maior precisão das medidas levou ao maior aperfeiçoamento destes instrumentos de medição. Palavras-chave: Paquímetro; micrômetro; medição. 1 INTRODUÇÃO O paquímetro e o micrômetro são instrumentos que efetuam medidas precisas de dimensões lineares, como comprimentos, espessuras e diâmetros. O paquímetro é um instrumento que permite a medição de distâncias entre dois pontos opostos. Este instrumento é um dos mais populares por possibilitar a determinação da distância entre dois pontos, fornecendo leituras com décimos de milímetro. Sua origem remota períodos distantes da civilização Grega, do Império Romano ou mesmo da China. No entanto, a atual concepção do paquímetro é atribuída a Joseph Brown (1851). Nestes instrumentos, dois bicos são acrescentados à escala, sendo um bico fixo no começo da escala, e o outro um bico móvel ao longo dessa escala. Consegue-se a medida fixando o bico móvel pelo parafuso do cursor. A parte corrediça é graduada para se realizar medidas internas e externas. Paquímetros de profundidade: consiste em uma adaptação de um nônio a uma escala para medir a profundidade de furos, recessos, etc. Possuem uma base corrediça perpendicular à régua e com um sistema de trava da parte corrediça que fixa a leitura. Figura 7- Paquímetro de profundidade Paquímetros Digitais de Profundidade: proporcionam medições precisas e fáceis para obter medidas da profundidade de furos, rasgos e recessos. Figura 8- Paquímetro Digital O micrômetro é um instrumento que possibilita a realização de medidas de até milésimos de milímetros. Os primeiros registros dessa categoria de equipamento são do século XVII, desenvolvendo-se para um instrumento usado manualmente por volta de 1848, atribuído aos esforços de Jean Palmer. O micrômetro possui várias formas, sendo cada uma adequada para um tipo específico de aplicação. O micrômetro manual mais comum é constituído basicamente por um parafuso de transporte, com passo de 0.5 mm por volta. Ou seja, a cada volta, o parafuso faz a ponta móvel avançar ou recuar 0.5 mm de distância. Os micrômetros mais usados permitem a leitura de até 0.01 mm, isto é, eles têm uma resolução de 0.01 mm. Assim, uma casa decimal é acrescentada às leituras tipicamente obtidas com um paquímetro. Em outras palavras, um micrômetro alia o contato de duas pontas de um paquímetro com o ajuste de um fuso micrométrico, cuja leitura possui alta precisão. Micrômetro de profundidade: é utilizado para medir a profundidade de furos, recessos, ranhuras, canais de chaveta, etc. Podem ser de leitura normal e digital. Micrômetro digital: apresentam a vantagem de fazer a leitura direta em milímetros e em polegadas. Possuem um mostrador para leituras rápidas e fáceis, não necessita de interpretações e estão menos sujeitos a erros. Apresentam ainda porta de saída de dados possibilitando transmissão de dados. 2 OBJETIVOS 2.1 Geral Conhecer estes importantes instrumentos de medição e suas aplicações 2.2 Específicos Apresentar os conceitos fundamentais relacionados ao uso do paquímetro e micrômero; Conhecer os principais tipos de paquímetro e micrômero; Reconhecer a resolução, explicar o funcionamento e realizar medidas com estes instrumentos. 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Medição com paquímetro Materiais 1 tampa de garrafa pet; 1 paquímetro. Métodos A demonstração realizada com o paquímetro mostrou de forma simplificada como fazer medidas precisas com este instrumento, utilizando uma tampa. Figura 9- Medição com paquímetro Fonte - Imagem da apresentação, 2021. Um paquímetro tem dois botões recartilhados na parte corrediça, o que facilita abrir ou fechar os bicos, e uma porca de fixação recartilhada com rosca à esquerda, para fixar a parte corrediça em qualquer ponto. O botão para a mesma mão que segura o instrumento é um dispositivo muito prático, pois pode ser usado para ambos os ajustes. A parte corrediça possui uma parada positiva que impede que ela saia fora completamente. Os bicos móveis são usados para medir dimensões externas. As orelhas são usadas para medidas de dimensões internas e a haste mede a profundidade das peças. Para efetuar uma medida com paquímetro, é necessário: 1) posicionar o objeto a ser medido conforme o tipo de medida a ser feita; 2) fazer a leitura até a casa dos milímetros, usando a escala milimetrada e tomando como indicador o zero de nônio; 3) para conseguir a fração de milímetro é preciso procurar o primeiro traço da escala donônio que coincida com um traço da escala milimetrada. A numeração referente a este traço será a fração procurada; A precisão é especificada no corpo do instrumento e se refere a menor subdivisão na leitura que o nônio possibilita, sendo geralmente 0,05 mm. A resolução de um paquímetro é a distância compreendida entre a primeira divisão do nônio e a divisão seguinte na escala fixa. Medição externa: a peça a ser medida deve ser posicionada o mais próximo possível da escala, depois se deve fazer com que as superfícies de medição dos bicos sejam ajustadas perfeitamente à peça a ser medida (Figura A). Medição interna: os bicos de medição devem ser posicionados o mais profundo possível no interior da peça e é preciso fazer com que as superfícies de medição dos bicos se ajustem perfeitamente à peça a ser medida (Figura B). Medição de profundidade: a vareta para medição de profundidade deve ser colocada perpendicularmente ao fundo da peça a ser medida (Figura C). Superfície de traçagem: a superfície de referência para traçagem deve ser apoiada sobre a superfície de referência da peça a ser medida, depois o cursor precisa ser deslocado para a medida desejada e a traçagem é realizada (Figura D). 3.2 Medição com micrômetro Para realizar uma medida com micrômetro segue-se os seguintes passos: 1) colocar o objeto a ser medido entre as faces da bigorna e da ponta móvel do instrumento 2) gira-se o tambor até as partes encostarem no objeto suavemente 3) identifica-se o traço da escala visível antes da borda do tambor que identifica os primeiros algarismos da medida, em divisões de 0.5 mm 4) identifica-se no tambor a fração da medida, que é a subdivisão de 0.5 mm, sendo que o número inteiro obtido deve ser dividido por 100. A referência que deve ser usada para esse procedimento é a própria linha principal da escala retilínea. É importante destacar que, antes de realizar uma medida, deve-se sempre se certificar que a trava do instrumento se encontre liberada. Ademais, o micrômetro deve ser mantido limpo e lubrificado, e deve-se verificar que ele zera ao ser fechado, e que tal leitura nula seja reprodutível. E além disso é fundamental evitar choques ou quedas do aparelho. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Na demonstração do uso de um paquímetro, na qual foi realizada a medição de uma tampa de garrafa pet, foi possível perceber a facilidade em manusear este equipamento e sua precisão. Estes instrumentos são fabricados com altos padrões de qualidade para se obter as melhores características possíveis. Nos paquímetros pode-se identificar: Faixa de Medição: é a faixa de utilização do instrumento, o erro do instrumento de medição deve ser mantido dentro dos limites especificados. Os paquímetros geralmente são fabricados com faixa de operação de 150 mm a 2000 mm ou no sistema inglês de 6” a 80”. Valor de divisão: é a menor diferença entre as indicações de um dispositivo mostrador que pode ser percebida de forma significativa, ou seja, a menor leitura do instrumento. O valor de divisão da escala do paquímetro é obtida por: O micrômetro oferece uma exatidão superior à do paquímetro, ou seja, quando se necessita medir de maneira mais exata do que aquelas que o paquímetro pode oferecer, usa-se o micrômetro. No micrômetro, pode-se identificar: Faixa de Medição: é a faixa de utilização do instrumento, dentro deste se admite que o erro do instrumento de medição se mantenha dentro dos limites especificados. Faixa Nominal: consiste na faixa de indicação que se pode obter em uma posição específica de um instrumento de medição. Valor de divisão: é a menor diferença entre indicações de um dispositivo mostrador que pode ser percebida significativamente. Para ler o micrômetro, é preciso obter a leitura de 0,01mm e, então, ver qual traço do nônio coincide com o traço do tambor. O nônio consiste de 10 divisões cada uma, igual a 1/10 da divisão do tambor, portanto 1/10 de 0,01mm, que equivale a 0,001mm. Se o traço marcado for “1”, adicione 0,001mm, se o traço marcado for “2”, adicione 0,002mm, etc. Resumidamente, o funcionamento de um micrômetro é baseado no princípio de um fuso micrometricamente usinado com passo de 0,5mm que avança 0,5mm (0,025) a cada volta completada. Os fios da rosca do fuso micrométrico giram dentro de uma porca fixada e coberta por um cilindro graduado. Em um micrômetro com capacidade de 25mm, o cilindro é graduado longitudinalmente com 50 traços correspondentes ao número de fios do fuso micrométrico (ou 40 traços no micrômetro em polegadas). 5 CONCLUSÃO Com base no que foi exposto, podemos constatar que cada vez mais se busca por maior precisão das medidas, o que leva ao maior aperfeiçoamento destes instrumentos de medição. O paquímetro apresenta larga aplicação na execução de medidas em geral, devido a sua grande versatilidade e precisão. Em geral, são instrumentos muito simples e precisos; fabricados com escalas em milímetros e polegadas, possibilitando fazer medições variadas como diâmetros, medidas internas, medidas externas, profundidades, raios, entre outros. O micrômetro é capaz de aferir as dimensões lineares de um objeto (como a espessura, altura, largura, profundidade, diâmetro) com precisão da ordem de micrometros, isto é, a milionésima parte do metro. Têm vasta aplicação na indústria mecânica e em diversos contextos de medição, medindo todo tipo de objeto. O micrômetro funciona de forma muito mais precisa que o paquímetro, que funciona por deslizamento de uma haste sobre uma peça dentada e permite a leitura da espessura por meio de um nônio. No Brasil, o termo “paquímetro” é usado por ser um instrumento composto de duas partes deslizantes, e "micrômetro" por ser o instrumento dotado de parafuso micrométrico, mais preciso. REFERÊNCIAS KASCHNY, J. R.. Paquímetros e micrômetros. Aspectos elementares: uso em laboratório de Física Básica. 2008. 6 f. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. STARRETT (org.). Instrumentos e Regras para Medições de Precisão. São Paulo, 2011. 84 p. MOVIMENTO: POSIÇÃO, DESLOCAMENTO, VELOCIDADE MÉDIA, VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA RESUMO O relatório desta apresentação tem como objetivo apresentar os conceitos fundamentais que envolvem posição, deslocamento, velocidade média, escalar e instantânea de objetos. A apresentação ocorreu no dia 11/06/21, e com a demonstração realizada foi possível analisar a velocidade média e velocidade escalar média de corpos em movimento retilíneo uniforme. Palavras-chave: Movimento; posição; descolamento; velocidade. INTRODUÇÃO O estudo do movimento e dos conceitos relacionados a força e massa é chamado de mecânica. O ramo da mecânica que lida com as características do movimento, sua classificação e comparação, sem se preocupar com a causa, é a cinemática; já a dinâmica, é o ramo que relaciona movimento à suas causas. Para descrever o movimento de um objeto, é necessário descrever a sua posição e a variação dessa posição enquanto o corpo se move. Para localizar um corpo no espaço, utiliza-se um referencial, que é um ponto do espaço em relação a qual se escreve a posição de um objeto. Geralmente esse ponto é a origem de um sistema de coordenadas. A posição é uma grandeza física que determina o lugar ocupado por um corpo no espaço. A determinação da posição é realizada por meio de um vetor, chamado vetor posição. Esse vetor é escrito por meio de um sistema de coordenadas a partir de um referencial. A variação da posição de um objeto é chamada de deslocamento, e é escrito como: Em termos gerais, a velocidade média (Vmédx) de uma partícula é definida como a razão entre o deslocamento Δx e o intervalo de tempo Δt: Assim como o deslocamento, a velocidade média pode ser positiva ou negativa. Um valor positivo indica queo deslocamento tem a orientação +x. Um valor negativo indica que o deslocamento tem a orientação −x. A unidade SI de velocidade é o metro por segundo (m/s), podendo ser também quilômetros por hora (km/h), pés por segundo (ft/s) e milhas por hora (mi/h). A velocidade escalar média (sméd) é definida em termos da distância total percorrida (por exemplo: o número de metros percorridos), independentemente da direção. Assim: À medida que se considera intervalos de tempo cada vez menores, a velocidade média para o intervalo se aproxima da inclinação da tangente em P. A inclinação desta tangente é definida como a velocidade instantânea, Vx(t). Esta tangente é o limite da razão Δx/Δt quando Δt tende a zero: Este limite é chamado de derivada de x em relação a t e é escrito como: 2 OBJETIVOS 2.1 Geral Entender o movimento retilíneo uniforme e movimento retilíneo uniformemente variado 2.2 Específicos Conhecer os conceitos fundamentais que envolvem posição e deslocamento de objetos; Analisar a velocidade média e velocidade escalar média de corpos em MRU e MRUV. 3 MATERIAIS E MÉTODOS Materiais 1 trena; 1 tampa de garrafa pet (ou 1 bolinha); 1 cronômetro; 1 tábua (para apoio). Métodos Trata-se de uma experiência simples para mostrar a velocidade média de um objeto ao longo de seu deslocamento. Inicialmente, foram marcados 60 cm na trena; a tampinha foi solta a partir do 0 cm e então o cronômetro foi acionado. À medida que a tampa se desloca ao longo da trena, o cronômetro marca o tempo em que ela percorre esse deslocamento. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Figura 10 - Demonstração da Velocidade média Fonte - Imagens da apresentação, 2021. Nesse experimento, notou-se que quando a tampa atingiu os 60 cm da trena, o cronômetro marcou 3 segundos. Então: Deslocamento: 60 cm Variação do tempo: 3 segundos A partir disso, realizando os cálculos de velocidade média, foi possível concluir que a velocidade média desta tampa ao se deslocar 60 cm, é 20 cm/s. Ou seja, a tampa percorre 20 cm a cada 1 segundo. Embora seja uma simples demonstração, é muito eficiente para visualizar e analisar a velocidade de um objeto em movimento retilíneo uniforme. 5 CONCLUSÃO De acordo com o que foi apresentado, podemos compreender os conceitos iniciais e fundamentais relacionados a essas grandezas que são tão importantes para o estudo da mecânica como um todo. Analisando cada uma dessas definições expostas, é possível entendê-las de fato e perceber essas grandezas nas situações mais corriqueiras do nosso cotidiano. Com o simples experimento de determinação da velocidade média que foi apresentado, foi possível observar a facilidade de se concluir uma demonstração de velocidade de um corpo em movimento retilíneo uniforme e encontrar resultados satisfatórios para verificar os valores correspondentes. A partir das diversas situações diárias, podem-se aplicar vários conceitos presentes no estudo da mecânica. REFERÊNCIAS TIPLER, Paul Allen; MOSCA, Gene. Física para cientistas e engenheiros. 6. ed. Rio de Janeiro - RJ: LTC, 2014. 1 v. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: mecânica. 10. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2016. 1 v. ACELERAÇÃO RESUMO O presente relatório visa analisar a apresentação sobre aceleração, que aconteceu no dia 11/06/21, explorando os conceitos fundamentais relacionados ao movimento retilíneo uniformemente variado. Abrangendo aceleração na horizontal e na vertical: aceleração média, aceleração instantânea e aceleração em queda livre. Os experimentos realizados objetivaram demonstrar e analisar a aceleração média de um corpo em movimento acelerado e o movimento de corpos em queda livre, com base nos pensamentos de Aristóteles e Galileu. Palavras-chave: Movimento; aceleração média; aceleração instantânea; queda livre. 1 INTRODUÇÃO Inicialmente, é relevante diferenciar dois tipos de movimento retilíneo: o movimento retilíneo uniforme e o movimento retilíneo uniformemente variado. No movimento retilíneo uniforme, um móvel percorre distâncias iguais em tempos iguais, a velocidade é constante e aceleração é nula. Esse tipo de movimento pode ser progressivo (velocidade positiva, o móvel se desloca no sentido da orientação) ou retrógrado (velocidade negativa, o corpo se desloca no sentido contrário ao da orientação). Já no movimento retilíneo uniformemente variado, a aceleração é constante e a velocidade varia de forma constante. Este movimento pode ser acelerado ou retardado. No movimento acelerado o valor da velocidade é positivo, a velocidade aumenta com o passar do tempo e o vetor aceleração possui mesma direção e sentido do vetor velocidade. No movimento retardado o valor da velocidade é negativo e a velocidade diminui com o passar do tempo. Quando um objeto qualquer em movimento apresenta uma variação de sua velocidade, ele está sendo acelerado. Aceleração é uma grandeza vetorial, consiste na taxa de variação da velocidade com relação ao tempo. A unidade no SI é o metro por segundo ao quadrado, m/s2. A aceleração média (améd x) para um determinado intervalo de tempo Δt, é definida como a variação da velocidade, Δv, dividida pelo intervalo de tempo: A aceleração instantânea é o limite da razão Δx/Δt quando Δt tende a zero. Em um gráfico de velocidade versus tempo, a aceleração instantânea no tempo t é a inclinação da reta tangente à curva naquele instante: Logo, a aceleração é a derivada da velocidade vx em relação ao tempo (dvx/dt). Escrevendo a aceleração como dvx/dt e substituindo vx por dx/dt: O estudo do movimento dos corpos em queda livre existe desde tempos remotos. Aristóteles defendia que o tempo de queda dos corpos diminuía conforme sua massa aumentava, ou seja, quanto mais pesado fosse o corpo, ele alcançaria o solo mais rapidamente. No entanto, Galileu comprovou por meio de experimento que isto não era verdade, e afirmou que corpos de massas diferentes tomavam o mesmo tempo para cair uma mesma distância. Conta-se a história que Galileu subiu na torre de Pisa e soltou vários corpos esféricos de massas diferentes, mostrando que os corpos levavam o mesmo tempo para cair, e contrariando a crença existente entre os cientistas da época. Ao arremessar um objeto para cima ou para baixo, eliminando o efeito do ar sobre o movimento, observa-se que esse objeto sofre uma aceleração constante para baixo, conhecida como aceleração em queda livre, cujo módulo é representado pela letra g. O valor dessa aceleração não depende das características do objeto, como massa, densidade e forma: é a mesma para todos os objetos. Ocorre uma ligeira variação no valor de g com a latitude e a altitude. Ao nível do mar e em latitudes médias, o valor é 9,8 m/s2. 2 OBJETIVOS 2.1 Geral Compreender o movimento de um corpo em aceleração constante 2.2 Específicos Observar a aceleração média e instantânea dos corpos; Demonstrar com cálculos a aceleração média de um corpo em uma situação simples; Analisar a aceleração dos corpos em queda livre; Perceber a influência do ar no movimento de queda livre dos corpos; Verificar a independência da massa dos corpos num movimento de queda livre. 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Experimento da aceleração média Materiais 1 barbante de 2,5 m; 1 chave (não muito pesada); 1 cronômetro. Métodos Para realizar este experimento, primeiramente é preciso posicionar o barbante de forma inclinada de uma certa altura até o chão. Depois a chave é posicionada na extremidade mais alta do barbante; então, ao soltar a chave, o cronômetro é acionado. Quando a chave chegar à ponta do barbante, no chão, o cronômetro marca o tempo que este objeto levou para percorrer essa distância de 2,5 m. A partir desta simples demonstração,podemos analisar a aceleração média. 3.1 Experimentos de queda livre 3.1.1 Experimento da garrafa Materiais 1 garrafa PET transparente, 1 pedra, 1 folha. Método Para realizar este experimento simples, basta colocar a pedra e a pena dentro da garrafa, de modo que elas fiquem lado a lado no seu fundo e fechar a tampa. Em seguida é só soltar o conjunto em queda livre de uma determinada altura. Observa- se que a pedra a pena chegam juntos ao chão. 3.1.2 Experimento usando o livro Materiais 1 corretivo (ou qualquer outro objeto pesado), 1 pena (ou qualquer corpo leve), 1 livro (ou caderno). Métodos Neste experimento, usa-se os 2 objetos sobre uma capa de livro. Soltando o conjunto de certa altura, nota-se que ambos atingem simultaneamente o solo. Explorando ainda mais este experimento, é possível fazer muitas comparações de corpos em queda livre: (1) usando uma folha de papel e o corretivo, solta-se os 2 objetos da mesma altura e verifica-se que o corretivo chega muito antes à mesa que a folha. Porém, com o papel amassado ocorre que os 2 corpos chegam juntos à mesa. (2) utilizando uma folha de papel e um livro, abandona-se os objetos de uma certa altura e observa-se que o livro chega à mesa antes da folha, entretanto de a folha de papel for colocada sobre o livro e abandonando o conjunto de uma determinada altura, ambos chegam juntos na mesa. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Com estes simples experimentos, podemos entender os conceitos relacionados à aceleração, que são tão importantes para o estudo da mecânica. Inicialmente, analisando a demonstração da aceleração média, observou-se que o tempo final (em que a chave chegou ao fim do barbante) foi 2,05 segundos. Em síntese, foram obtidos os seguintes resultados: Variação do tempo: 2,05 segundos Deslocamento: 2,5 metros Partindo desses resultados, pode-se notar que com esses dados não se pode calcular o valor da aceleração imediatamente. Em primeiro lugar, é preciso calcular a velocidade média desta chave, para então encontrar a aceleração. Figura 11- Cálculo da aceleração média da chave Fonte: imagem da apresentação, 2021. Portanto, a aceleração média da chave ao longo do barbante foi 0,56 m/s2. Isto significa que o corpo percorreu a distância de 2,5 m com uma velocidade de 0,56 m/s a cada 1 segundo. Os experimentos de queda livre mostrados, embora sejam absurdamente simples, são de grande importância e relevância na mecânica, uma vez que foram realizadas e repensadas diversas vezes por cientistas, como Galileu Galilei. Conta- se que Galileu, em torno do ano 1600, subiu na torre de Pisa, na Itália, e soltou objetos de massas diferentes, constatando que eles chegavam juntos ao solo. Isso provava que a velocidade de queda dos corpos não dependia de suas massas, contradizendo a crença de que os corpos caem mais rapidamente quanto mais pesados eles forem. No entanto, no nosso dia-a-dia podemos observar que objetos mais pesados caem mais rapidamente que os mais leves. Soltando uma pedra e uma pena de uma mesma altura, podemos verificar que a pedra chega ao chão mais rápido que a pena. Porém, é a resistência do ar que retarda a queda da pena. Se isso fosse feito no vácuo, não teria resistência do ar e os dois corpos cairiam juntos. Nestes experimentos de queda livre (onde a folha e o corretivo foram colocados dentro da garrafa, o papel colocado sobre a capa do livro e a pena e o corretivo colocados em cima da capa do livro), buscou-se eliminar o efeito direto do ar externo sobre a queda dos objetos. Assim sendo, podemos constatar que a queda dos corpos de fato é independente de suas propriedades, mais precisamente de suas massas. No caso do corretivo e a folha de papel, devido à diferença de formato entre eles, a força de resistência do ar é bem maior sobre o papel aberto do que sobre o corretivo. Agora, se a folha de papel for amassada adquirindo o formato esférico, ela chega junto com o corretivo ao solo. Os dois objetos sofrem a mesma força de resistência do ar. Se o experimento fosse realizado no vácuo, ao soltar, de uma mesma altura, uma pedra e uma folha de caderno aberta, ambos chegariam ao solo no mesmo instante. Em 1971, numa missão espacial à superfície da lua, o astronauta David Scott soltou simultaneamente uma pena e um martelo, e verificou que ambos chegaram juntos ao solo. Isso ocorreu porque a lua não tem atmosfera e, portanto, não há resistência do ar. 5 CONCLUSÃO Os conceitos que estão relacionados à aceleração vertical e horizontal dos corpos são de fundamental importância para o estudos dos movimentos dos corpos, o estudo da mecânica. Tais conceitos, que foram apresentados e demonstrados com experimentos, podem ser facilmente observados em diversas situações cotidianas, entretanto muitas vezes passam despercebidos pela maioria das pessoas. Por meio dos simplificados experimentos mostrados, foi possível observar a aceleração média de um corpo ao longo de um deslocamento, relacionando a aceleração com a velocidade (já que a aceleração só existe quando há variação da velocidade). Ademais, com os experimentos de aceleração em queda livre, tornou ainda mais clara a ideia defendida por Galileu, que afirmou que os tempos de queda dos corpos independem de suas massas (desprezando a resistência do ar), contrariando a ideia aristotélica de que quanto mais pesado fosse um corpo, mais rapidamente ele alcançaria o solo. REFERÊNCIAS PERUZZO, Jucimar. A física através de experimentos. Irani - SC: Edição do Autor, 2013. 1° ed, vol 1. 354 p. TIPLER, Paul Allen; MOSCA, Gene. Física para cientistas e engenheiros. 6. ed. Rio de Janeiro - RJ: LTC, 2014. 1 v. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: mecânica. 10. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2016. 1 v.
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