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ARTIGO ARTE

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A ARTE: SUA IMPORTÂNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
RESUMO
As crianças passam por diversos momentos na infância. A arte faz parte da vida de um ser humano desde a infância, pois através dela ao alunos escutam melhor, possuem uma melhor concentração para resolver problemas matemáticos, desenvolvem melhor a sociabilidade com as pessoas, respeitando-as em seus limites e potencialidades, fazendo com que as pessoas expressem seus sentimentos de forma sincera e dinâmica, proporcionando ao seu interior paz e satisfação. Porém o educador encontra dificuldades em desenvolvê-la, por falta de destaque da disciplina nos cursos de graduação, o que faz com que o profissional de educação precise pesquisar e encontrar formas variadas de trabalhar com esse elemento que é tão rico no desenvolvimento da criança. Nesse sentido o referido trabalho buscará enfatizar a sua importância, apontando as lacunas ainda existentes na escola, procurando encontrar soluções relevantes e alcançáveis ao professor, para que ele possa introduzir em sua prática o exercício artístico. O trabalho foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica e observações nas práticas do dia a dia.
Palavras-chaves: Artes; Educação; Criança.
1. INTRODUÇÃO
Em uma perspectiva educacional, a arte não é apenas um enfeite, algo lindo a ser mostrado, mas sim uma aprendizagem, um trabalho didático que trabalha diretamente com a emoção de quem a aprecia e a pratica.
Trabalhar através da arte é proporcionar ao educando uma forma prazerosa de aprender, adquirindo a autonomia, tendo liberdade de se expressar naturalmente, desenvolvendo capacidades naturais como: a comunicação, o trabalho em grupo e o respeito a si próprio e ao próximo. Além disso, trabalhar com arte proporciona um envolvimento total do educando com sua prática, tornando-se, assim, protagonista do seu aprender.
A arte não se define apenas pela produção que se encontra em museus ou galerias de artes, ela se encontra presente no nosso dia-a-dia, ou seja, ao nosso redor vemos artes em toda parte, basta apenas termos um olhar crítico e observados para encontrá-la em pequenas coisas do nosso cotidiano que muitas vezes passam despercebidos aos nossos olhos.
Em seu processo criador, a arte desenvolve no indivíduo o controle emocional, organização do raciocínio lógico, imaginação, observação, linguagem e controle gestual, os quais são fatores que influenciam em uma aprendizagem mais dinâmica e prazerosa, dando a criança alegria em aprender.
A partir do tema: A arte: Sua importância para o desenvolvimento da criança; torna-se relevante conhecer e encantar-se com os benefícios desenvolvidos nos seres humanos.
Segundo o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil:
As Artes Visuais estão presentes no cotidiano da vida infantil. Ao rabiscar e desenhar no chão, na areia e nos muros, ao utilizar materiais encontrados ao acaso (gravetos, pedras, carvão), ao pintar os objetos e até mesmo seu próprio corpo, a criança pode utilizar-se das Artes Visuais para expressar experiências sensíveis. Tal como a música, as Artes Visuais são linguagem e, portanto, uma das formas importantes de expressão e comunicação humanas, o que, por si só, justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral, e na educação infantil, particularmente (1998, p. 85).
O tema apresentado foi escolhido através do reconhecimento da importância da arte, seja, artes plásticas, música, cênicas ou dança; e todas as demais formas de se expressar artisticamente. Reconhecendo que na educação infantil a arte é expressa pelas crianças de uma forma espontânea na sua fala, expressão corporal e facial, nas cantigas e principalmente na brincadeira, no faz-de-conta. 
O presente trabalho foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica e experiências vivenciadas no cotidiano escolar, as quais deram argumentação às reflexões, agregando a isso a legislação educacional brasileira como na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9394/96, N 11.769, de 18 de agosto de 2008, que estabelece a inclusão da música nas escolas, o referencial Nacional para Educação Infantil, RCNEI (1998), o Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, que intitula a inclusão do aluno com necessidades especiais na escola regulamentar e também dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs).
Na sequência, o trabalho apresentará os objetivos da educação infantil e como o professor deve trabalhar com a arte, a partir de recursos que lhe são disponíveis, também nos colocará benefícios atribuídos ao ensino das artes para o aprender das crianças e, assim, terá um destaque especial a música, por ser um elemento disciplinar obrigatório a ser trabalhado no currículo escolar, entendendo que está na lei e sendo trabalhada nas escolas. 
2. A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
A história da educação infantil no Brasil tem acompanhado os avanços que ocorrem em outras partes do mundo. Até meados do século XIX, praticamente não existiam, em nosso país, instituições como creches ou parques infantis. No meio rural, onde viviam a maioria da população, a educação das crianças era assumida pelas próprias famílias. (VIGNON, 2015, P. 11).
Ainda segundo a autora, no século XVIII, a escola era frequentada apenas por poucos meninos. O tempo de estudo se restringia a até cinco anos. As meninas eram excluídas: casavam cedo e tinham que assumir a casa.
A educação infantil teve sua história marcada por vários pressupostos. Em um determinado período, a educação das crianças era de responsabilidade da família. Fato que foi se modificando devido às novas exigências da sociedade. Oliveira (2011) relata que
 O recorte em favor da família como a matriz educativa aparece também nas denominações das instituições de guarda e educação da primeira infância. O termo francês creche equivale a manjedoura, presépio. O termo italiano asilo nido indica um ninho que abriga. “Escola materna” foi outra designação usada para referir-se ao atendimento de guarda e educação fora da família a crianças pequenas. (OLIVEIRA, 2011, p.70).
No período precedente à proclamação da república, observavam-se iniciativas isoladas de proteção à infância, muitas voltadas ao combate de mortalidade infantil na época como a criação de entidades de amparo. No entanto, essas soluções representam apenas uma maneira de “varrer o problema para baixo do tapete”, como a criação de creches, asilos e internatos, vistos na época como instituições assemelhadas e destinadas a cuidar de crianças pobres. (OLIVEIRA, 2002, p.92).
3. A IMPORTÂNCIA DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A arte é uma maneira particular que uma pessoa desenvolve para expressar suas emoções e seus sentimentos. Por isso, uma mesma emoção pode ser manifestada de várias maneiras, por pessoas diferentes. Além disso, cada uma delas pode ter um talento específico e distinto para se expressar.
A educação infantil, primeira etapa da educação básica é o começo de toda essa transformação. Cabendo a escola e a família proporcionar ao seu educando oportunidades para seu desenvolvimento, integrando a esse aprender em diversos aspectos, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96.
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, contemplando a ação da família e da comunidade (LDB nº 9.394/96, título V, capitulo II, seção II, art. 29).
Quando fala-se em educação infantil, a primeira coisa que vem à mente são crianças brincando ou aprendendo a ler e escrever. Porém, a educação infantil tem conteúdos próprios a serem desenvolvidos e exige do professor dedicação, responsabilidade e constante aprimoramento e atualização. 
Os objetivos da educação infantil estão atrelados em três aspectos, o de cuidar, o de educar e o de brincar. O primeiro significa oportunizar o desenvolvimento de suas capacidades, pois esse cuidar é um ato em relação ao outro e a si próprio que possui uma dimensão expressivade cuidados biológicos, emocionais e intelectuais de cada criança, lembrando que cada uma é única possuindo suas próprias características. (BRASIL, 2010).
Segundo o RCNEI (Referencial Curricular para a Educação Infantil):
Para atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento das capacidades humanas, as atitudes e os procedimentos devem se basear nos conhecimentos específicos sobre o desenvolvimento biológico, emocional e intelectual das crianças, levando em consideração as diferentes realidades socioculturais (RCNEI, 1998, p.45, v01)
Vale dizer ainda que o ato de cuidar vai muito além da simples proteção e cuidado, ele está ligado ao amor sincero daquele que esta grande parte do tempo com a criança, criando junto a ela laços profundos de afetividade e amor.
Em seguida, vem o educar que mostra que a educação é uma competência compartilhada entre pais e educadores, um trabalho de estreita colaboração de ambos, cada um com sua função e dimensão nesse processo, articulando-se em ações conjuntas e coordenadas, proporcionando um desenvolvimento pleno e significativo nas crianças em seus aspectos biológico e intelectual.
E por último, o brincar que tem extrema importância, pois as crianças criam e recriam o tempo todo, sejam em acontecimentos cotidianos, revivendo situações que lhe causam excitação, medo, alegria, tristeza, raiva, amor, amizade e ansiedade. É por meio das brincadeiras que o professor pode observar o desenvolvimento das crianças individualmente ou em conjunto, registrando suas capacidades linguísticas, sociais, recursos afetivos e emocionais que elas expressam através desse brincar. (BRASIL, 2010).
Zanluchi (2005, p. 89) reafirma que “Quando brinca, a criança prepara-se a vida, pois é através de sua atividade lúdica que ela vai tendo contato com o mundo físico e social, bem como vai compreendendo como são e como funcionam as coisas.” Assim, destacamos que quando a criança brinca, parece mais madura, pois entra, mesmo que de forma simbólica, no mundo adulto que cada vez se abre para que ela lide com as diversas situações.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27, v.01):
O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos. 
Portanto, através das brincadeiras, as crianças ultrapassam a realidade, transformando-a através da imaginação, expressando, assim, o que teriam dificuldades em realizar com o uso da palavra, bem como o brincar possui um significado e uma ferramenta de extrema importância para desenvolvimento do trabalho do professor, para que ele possa proporcionar ao seu educando uma aprendizagem cada vez melhor.
Vinculado a esses três aspectos norteadores para o desenvolvimento do trabalho na educação infantil, o professor precisa criar a todo o momento, e ao fazer com que o aluno aprecie arte, o professor precisa disponibilizar todas as ferramentas e possibilidades a partir da realidade encontrada. 
Recursos disponíveis não faltam a esse profissional, apesar de o curso de Pedagogia não possibilitar muita ênfase em artes para se desenvolver atividades artísticas em suas várias dimensões, há recursos valiosíssimos como a internet que é um mapa aberto de ideias na qual pode-se basear e recriar novos procedimentos para introduzir o aprendizado de arte nas crianças.
Além disso, os recursos orientadores para que se possa efetivar um trabalho Pedagogo artístico de qualidade, são os PCNs, que possuem o intuito de guiar o professor em sua pratica escolar, de acordo com a nova LDBEN, eles foram elaborados, especificado para cada etapa do ensino, educação infantil ensino fundamental e ensino médio.
Porém para a educação infantil, ele se define como Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RECNEI), que aborda como se deve trabalhar em cada área do conhecimento no currículo escolar, dando subsídio ao trabalho docente podendo ser flexível, conforme a realidade de cada escola. Ele se divide em volumes e consiste em dois grupos de idades de 0 a 3 anos e de 4 a 6 anos. Esse nos diz que a prática com as artes seja feita de maneira criativa e reflexiva, de forma que a criança possa criar e não só representar. Segundo Ferraz & Fusari (1994, p.21),
[...] para desenvolver bem suas aulas, o professor que está trabalhando com arte precisa conhecer as noções dos fazeres artísticos e estéticos dos estudantes e verificar em que medida pode auxiliar na diversificação sensível e cognitiva dos mesmos. Nessa concepção, sequenciar atividades pedagógicas que ajudem ao aluno a aprender a ver, olhar, ouvir, pegar, sentir e comparar os elementos da natureza e as diferentes obras artísticas e estéticas do mundo cultural, deve contribuir para o aperfeiçoamento do aluno. 
Assim, entendemos que o ensino da arte e toda sua dimensão deve ser trabalhado com as crianças desde as séries iniciais, e, ao educador cabe buscar novas formas de ensinar, criando e recriando sua mediação, através da pesquisa, cursos, pois um bom educador é um pesquisador eterno.
2.1 O AMBIENTE ESCOLAR 
Não importa qual seja o local em casa, no trabalho ou na escola, quando se passa muito tempo em um mesmo lugar, é fundamental que a infraestrutura, os espaços físicos e as relações interpessoais sejam as melhores possíveis.
Portanto quando fala-se no ambiente escolar, esse assunto é ainda mais importante, principalmente pelo impacto que o clima da instituição de ensino pode gerar no processo de aprendizagem dos alunos. Por isso, é essencial que a escola esteja preparada para tornar o local mais saudável e, consequentemente, mais produtivo para todos.
Sobre como deve ser o ambiente escolar, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, estabelece alguns objetivos para crianças de 0 a 3 anos:
· Experimentar e utilizar os recursos de que dispões para satisfação de suas necessidades essenciais, expressando seus desejos, sentimentos e vontades;
· Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo, conhecendo progressivamente seus limites;
· Brincar;
· Relacionar-se progressivamente com mais crianças, com seus educadores e com demais profissionais da instituição.
E para a fase de 4 a 6 anos, os objetivos estabelecidos são mais aprofundados e ampliados, garantindo-se, ainda, oportunidades para que a criança sejam capazes de:
· Ter uma imagem positiva de si, ampliando a autoconfiança, identificando cada vez mais suas limitações;
· Identificar e enfrentar situações de conflitos, utilizando seus recursos pessoais, respeitando as outras crianças;
· Valorizar ações de cooperação e solidariedade;
· Brincar;
· Adotar hábitos de autocuidado;
· Identificar e compreender sua pertinência aos diversos grupos.
Em todos esses objetivos acima relacionados a arte pode trazer grandes benefícios para seu desenvolvimento e conclusão dessa faze tão importante da vida de um ser humano.
2.2 O APRENDER DA CRIANÇA ATRIBUÍDO AS ARTES
Como em todo o currículo de ensino de educação básica, a arte está presente como um conteúdo a ser trabalhado. Ao observarmos, vemos que a arte é vista de maneira diferente entre as crianças e os adultos.
 Para o adulto ele se associa ao belo, à parte estética e apreciação. Já para a criança, ela se designa a uma forma espontânea de expressão com sentimentos “a natureza da criança é lidar com o mundo de modo lúdico, fazer o que lhe dá prazer e satisfação. Por isso, gosta tanto de brincar e desenhar” (SANS, 1995, p. 21). A criança faz o que lhe dá prazer e alegria, brincar e desenhar envolvendo se por completo em todos os seus desejos e vontades.
	Por meio desse querer aprender que a criança possui, ao professor está o papel de proporcionar um ensinar que disponibilize todo esse campo magnífico que a arte tem. Por assim dizer, esse ensinar arte, precisa ser demaneira prazerosa e espontânea, precisa-se desenvolver nas crianças essa capacidade de sentir o que é arte.
	Sendo assim, o educador deve proporcionar aos alunos essa vontade de fazê-la, mostrando a eles todas as formas existentes de arte, inserindo-o neste mundo artístico, ou seja, trazer para à sala de aula diferentes manifestações artísticas seja ela pintada, cantada, tocado, dançado ou expressada corporalmente. A Proposta para o Ensino de Educação Artística do estado de São Paulo nos descreve como se constitui esse conhecimento:
A criança é um ser sincrético, ou seja, sua percepção de mundo é multidimensional e simultânea. Aberta a todos os canais, a criança pequena vive intensamente cada descoberta, colocando-se por inteiro em cada situação. Quando brinca, e brinca com toda a serenidade, pinta, desenha, a criança explora sons, inventa músicas (1997 p. 75-81).
Dessa forma, a criança já possui em seu interior o fazer artístico, porém suas manifestações precisam ser estimuladas para que se desenvolvam, e ao educador designa-se o papel de oferecer esses estímulos, enriquecendo sua aula com possibilidades visuais e táteis, afim de que o aluno entenda o que se está expressando, tendo essas possibilidades o aluno expressará suas percepções, no primeiro momento através de imitações e logo após criará e improvisará suas manifestações de forma autêntica e espontânea.
É na escola que a criança desenvolve e descobre suas capacidades e habilidades, pois cada um possui uma forma de aprender, a partir da colocação da arte no espaço escolar, pois o educando pode expressar suas vontades e emoções. 
2.3 A ARTE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A inclusão surge para romper as barreiras existentes no ensino de pessoas com necessidades especiais na escola regular para incluir essas pessoas não só nas escolas, mas na sociedade. Nos dias de hoje está cada vez maior a inserção desses indivíduos com deficiência na escola comum.
No artigo 24 do Decreto Nº 6.949, de 25 de agosto de 2009 que diz respeito à educação das pessoas com necessidades especiais, declara que: 
· As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino primário gratuito e compulsório ou do ensino secundário, sob alegação de deficiência; 
· As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino primário inclusivo, de qualidade e gratuito, e ao ensino secundário, em igualdade de condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem; 
· Adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais sejam providenciadas; 
· As pessoas com deficiência recebam o apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; 
· Medidas de apoio individualizadas e efetivas sejam adotadas em ambientes 9 que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena.
Sabe-se que a arte está presente na história dos povos desde o início da humanidade, e que ainda hoje, são encontrados registros de nossos ancestrais através das manifestações gráficas representadas nas paredes e tetos das cavernas, onde o homem aprendeu de algum modo, a sua técnica e sua função, e através dela soube expressar seus sentimentos e ações cotidianas.
A importância da Arte não está apenas no desenvolvimento da criatividade que ela proporciona, ou no aprimoramento das formas de percepção por parte das Pessoas Portadoras de Necessidades Educativas Especiais, pois a Arte é relevante enquanto objeto de conhecimento que amplia a compreensão do homem a respeito de si mesmo e de sua interação com o mundo no qual vive. (WEBER, 2017).
É através da arte, que o professor tem a oportunidade de proporcionar experiências que irão contribuir para a evolução da personalidade desse aluno especial e seu ajustamento social, uma vez que a atitude do educando é produto do que ele aprende, pensa e de suas possibilidades.
Segundo Ferraz & Fuzari (1993, p. 16).
[…] a importância da Arte na formação de crianças, jovens e adultos, na educação geral e escolar, está ligada à: “função indispensável que a arte ocupa na vida das pessoas e na sociedade desde os primórdios da civilização, o que o torna um dos fatores essenciais de humanização”.
O educador tem um papel fundamental na educação de uma criança com necessidades especiais, ele precisa estar bem estruturado e munido de material do interesse da criança. A arte é um material muito importante nesse processo, pois dará oportunidade para desenvolver suas potencialidades através da criatividade, sensibilidade, reflexão e conhecimento individual e social.
A arte também é utilizada para fins terapêuticos, pois a arte-terapia procura trabalhar o ser humano sem limitá-lo. Nos tratamentos como psicóloga, fonoaudióloga, psicopedagoga, terapia ocupacional a arte é um instrumento de grande valia para avaliar e ajudar no desenvolvimento dessa crianças. Segundo Brasil (1998, p.17): 
Além disso, os alunos tornam-se capazes de perceber sua realidade cotidiana mais vivamente, reconhecendo e decodificando formas, sons, gestos, movimentos que estão à sua volta. O exercício de uma percepção crítica das transformações que ocorrem na natureza e na cultura pode criar condições para que os alunos percebam o seu comprometimento na manutenção de uma qualidade de vida melhor. 
Dessa forma, o ensino de arte na educação inclusiva é uma forma de promover a percepção, a criatividade e a cultura desses alunos, pois por conta de suas limitações muitos possuem poucas oportunidades de expressarem o que sentem e possuem poucas fontes de prazer, a arte torna-se uma “porta para o mundo exterior” de cada aluno.
2.4 A MÚSICA TORNA-SE COMPONENTE CURRICULAR OBRIGATÓRIO
A música é uma linguagem que comunica e expressa sensações, sentidos e está presente nas mais diversas situações de nossa vida, pois desde muito pequenos convivemos com a música, muitas vezes desde a barriga, durante a gestação houve-se música para acalmar o bebê. Por seu poder criador e libertador, a música torna-se um poderoso recurso educativo tanto para pré-escola como para as séries iniciais. 
A lei Federal nº 11.769, de 18 de agosto de 2008, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, torna o ensino de música obrigatório no processo de aprendizagem nas escolas, ao qual engloba a educação infantil e o ensino fundamental, porém dentro da lei não se especifica os conteúdos que devem ser ensinados, dessa forma cada escola terá autonomia de decidir a partir de sua realidade o que será trabalhado com seus alunos, em cada etapa de ensino.
Apesar da lei ser obrigatório, muita coisa ainda precisa ser feita, muitas escolas brasileiras não possui o ensino da música em seu currículo, pois muitas são as dificuldades encontradas. Segundo Loureiro (2003), a contemplação da música ainda é tida por pequena parte dos alunos, mesmo com a legislação, a qual deve ser implantada no currículo escolar, são muitas as dificuldades encontradas nas escolas brasileiras, as instituições sofrem com falta de professores especializados, materiais didáticos e principalmente o entendimento da própria lei, que muitas vezes acaba ficando no papel.
Programas do governo como, por exemplo, o “Mais Educação”, criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007, onde se estabelece seu papel principal na educação integral, tentam aplicar nas escolas atividades que contemplem a música, como oficinas de canto coral e orquestra, porém essas atividades são ministradas por voluntários sem capacitação e planejamento nenhum para música. 
Ensinar utilizando-se da música, ajuda a criança a valorizar uma peça musical, uma apresentação de teatro, ou até mesmo um concerto, pois ensinando vários gêneros musicais, a criança terá a oportunidade de construir sua autonomia, sua criatividade, e criará opinião própria e crítica, como afirma Gainza (1998, p. 95).
Em todo processo educativo confunde-se dois aspectos necessários e complementares: por um lado à noção de desenvolvimento e crescimento (oconceito atual de educação está intimamente ligado à ideia de desenvolvimento); por outro, a noção de alegria, de prazer, num sentido amplo. [...] Educar-se na música é crescer plenamente e com alegria. Desenvolver sem dar alegria não é suficiente. Dar alegria sem desenvolver, tampouco é educar.
Segundo o Plano de Desenvolvimento da Educação, as atividades podem ser desenvolvidas por estudantes universitários em processo de formação na área específica, em que haja reconhecimento da comunidade, e também por estudantes do ensino médio ou EJA da própria instituição que possuem algum conhecimento na área, ou seja, essas iniciativas governamentais acabam por vetar algo que é obrigatório e que se “esconde”, dentro de algo sem sentido, dentro do campo musical. 
Outro problema enfrentado é a necessidade capacitação de professores, visto que muitos profissionais formados em música são bacharéis, não possui a didática precisa, sendo assim a contratação e a formação de professores ainda é um problema
Alguns critérios que poderiam ser usados para a resolução desse problema, seriam se as faculdades de pedagogia contemplassem uma disciplina onde o ensino da música fosse estabelecido, dando, pelo menos, um norte para que esse profissional desenvolvesse um ensino de qualidade, contemplando esse elemento que é de tão grande valia para o desenvolvimento dos nossos alunos, por exemplo, na educação infantil, em que tal disciplina é um dos conteúdos principais, muitas vezes se entende que ensinar música é apenas cantarolar canções infantis e inseri-la no plano de aula. 
Com todos esses desafios, lacunas e interrogações, educadores precisam se movimentar em direção de melhoras no campo educacional, onde os problemas estão em todas as partes, assim o educador musical deve partir do pressuposto de que a música é uma linguagem e que há uma maneira organizada de ser trabalhada, e, para isso, os livros, a internet e os demais recursos dão suporte para que haja um trabalho significativo para todos os envolvidos. 
No entanto, o professor precisa ser pesquisador e buscar novas formas de ensinar, buscar capacitação, ler, trocar ideias, se atualizar com cursos que hoje muitos são oferecido pela internet de forma gratuita, pois se esperarmos por novas leis o ensino inovador das escolas caminhará por direções contrárias àquelas que acreditamos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto neste trabalho, pode-se entender como a arte contribui para o desenvolvimento pleno do ser humano, associando-se a uma aprendizagem significativa e prazerosa. Ao acompanhar todo o processo vinculado à arte, percebe-se à sua complexidade, a qual ela estabelece na vida afetiva cognitiva e social das pessoas, representando formas de expressão, comunicação, atitudes e reflexões. Percebe-se também o seu desenvolvimento durante as práticas escolares, que aos poucos foi se desestabilizando e agregando-se a novas formas de ensino. 
 Apesar de todos os benefícios que ela estabelece na vida do ser humano, o seu ensino nas escolas ainda é feito de maneira desmotivada, atribuído a falta de leis consistentes e da falta de um currículo pedagógico que contemple mais a diversidade educacional em que as artes nos remetem. 
 Portanto deve-se buscar novas formas de se trabalhar com as artes, sejam elas: a musical, as plásticas, as cênicas ou a dança, pesquisando e desenvolvendo novas práticas de ensino, para que ela ganhe seu significado dentro do campo educacional, fazendo com que os educandos reconheçam sua importância dentro do seu aprendizado, e aos educadores cabe propiciar esse ganho com estímulo.
Conclui-se portanto que, o educador precisa pesquisar e procurar formas criativas e concisas de apresentar as artes aos seus educandos para um aprendizado significativo, duradouro e prazeroso.
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BRASIL. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a convenção internacional sobre os direitos das pessoas com deficiência e seu protocolo facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007. Brasília, 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6949.htm. Acesso em: 22 mai. 2021.
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ZANLUCHI, Fernando Barroco. O brincar e o criar: as relações entre atividade lúdica, desenvolvimento da criatividade e Educação. Londrina: O autor, 2005.

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