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APOL Objetiva 1 (Regular) - HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DO BRASIL IMPÉRIO

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Questão 1/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Observe a tabela abaixo:
Crescimento populacional das cidades latino-americanas (1880-1930)
	Cidade do México
	1.900 – 390 mil
	1.930 – Mais de 1 milhão
	Buenos Aires
	1.895 – 677 mil
	1.930 – 2 milhões
	Valparaíso (Chile)
	1.880 – 100 mil
	1.930 – 200 mil
	Veracruz (México)
	1.900 – 24 mil
	1.930 – 70 mil
	Manaus
	1.865 – 5 mil
	1.910 – 50 mil
	São Paulo
	1.890 – 70 mil
	1.930 – 1 milhão
	Rio de Janeiro
	1.900 – 550 mil
	1.920 – Mais de 1 milhão
Após esta avaliação, caso queira observar a tabela, ela está disponível em: FELDMAN, Ariel. Brasil Império: história, historiografia e ensino de História. Curitiba: Intersaberes, 2018. p. 212. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre urbanização na virada do século XIX para o XX, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O crescimento dos grandes centros urbanos da América Latina na virada do século XIX para o XX esteve associado à exportação de matérias primas e à importação de bens industrializados.
Você acertou!
No livro-base, consta como ocorreu um vertiginoso processo de crescimento de grandes centros urbanos no Brasil no final do século XIX e início do XX, o qual esteve diretamente vinculado à construção de ferrovias e a inovações tecnológicas que modificaram a estética das cidades. O autor do livro-base explica que se trata de um processo observado em toda a América Latina, com destaque para cidades portuárias ou conectadas ao mercado mundial através de ferrovias. Nesse contexto, ainda conforme explicita o livro-base, na dinâmica do mercado mundial, a América Latina fornecia matéria-prima e consumia produtos industrializados. O autor do livro-base elucida, também, que o crescimento desses grandes centros urbanos esteve diretamente relacionado ao processo migratório global de milhões de europeus e de asiáticos rumo às Américas (livro-base, p. 211-216). Ademais, houve um sentimento difuso na sociedade brasileira nas últimas décadas do império, isto é, o sentimento do advento da modernidade. Esse sentimento esteve vinculado a inovações tecnológicas e à diminuição do tempo de locomoção por conta da navegação a vapor e das ferrovias, que contribuíram para uma sensação, também difusa, de aceleramento do tempo histórico, o qual contribuiu para o enfraquecimento da monarquia. As cidades brasileiras, em seus projetos urbanísticos, valorizavam o modelo europeu, com destaque para Paris, que foi drasticamente reurbanizada na segunda metade do século XIX (livro-base, p. 214-221).
	
	B
	O aumento populacional de diversas cidades brasileiras a partir de 1880 foi um fenômeno nacional, desconectado de movimentos migratórios globais.
	
	C
	Há uma relação direta entre o crescimento das cidades e o fortalecimento da monarquia brasileira nos anos finais do século XIX.
	
	D
	As cidades brasileiras cresciam, a partir de 1880, negando o modelo de urbanização das urbes europeias, em um movimento de valorização da cultura nacional.
	
	E
	A criação de linhas de navegação a vapor e a construção de ferrovias no Brasil foram interrompidas na segunda metade do século XIX por conta de uma crise financeira.
Questão 2/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Observe o seguinte gráfico:
Jornais (por título) publicados no Rio de Janeiro entre1821 e1848, portanto, à época regencial:
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FELDMAN, Ariel. Brasil Império: história, historiografia e ensino de História. Curitiba: Intersaberes, 2018. p. 129. 
Considerando o gráfico acima e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre espaços públicos de discussão política no período regencial, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O gráfico demonstra como no início do período regencial ocorreu um arrefecimento do debate público no Rio de Janeiro com diminuição do número de jornais.
	
	B
	É possível perceber que, logo após o fechamento da Assembleia Constituinte, há um aumento do número de jornais na corte, indicando inexistência na relação entre debate parlamentar e jornalístico.
	
	C
	O gráfico traz indícios importantes que associam a intensificação das manifestações de rua ao aumento do debate jornalístico, pois o início das regências presenciou inúmeros motins urbanos na corte bem como o aumento do número de jornais.
Você acertou!
O gráfico mostra que o início do período regencial, iniciado após a abdicação do imperador em 1831, foi o que mais presenciou títulos de jornais na corte nas duas primeiras décadas após a independência. Dessa forma, é possível realizar uma relação entre o aumento do número de periódicos e a intensificação de manifestações de rua, tendo em vista que nos primeiros anos da década de 1830 observam-se, como consta no livro-base (p. 127-130), inúmeros motins urbanos no Rio de Janeiro. O gráfico indica, também, um decréscimo nos títulos de jornais que circularam na corte nos dois anos subsequentes ao fechamento da Assembleia Constituinte, em novembro de 1823. O fato de o gráfico iniciar sua série histórica em 1821 não é fortuito, tendo em vista que o número de jornais em circulação no Rio de Janeiro só pôde chegar a mais de uma dezena por causa da liberdade de imprensa decretada pela revolução liberal luso-brasileira, iniciada em 1820.  Por fim, o historiador precisa ter cautela para não generalizar a todo território brasileiro as análises realizadas em torno desse gráfico, pois ele indica apenas dados relativos ao Rio de Janeiro.
	
	D
	Percebe-se que a liberdade de imprensa decretada durante a revolução liberal luso-brasileira iniciada em 1820 pouco interferiu no debate jornalístico do Rio de Janeiro.
	
	E
	A observação atenta desse gráfico confere ao historiador a possibilidade de realizar análises aplicadas a todo território brasileiro.
Questão 3/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte fragmento de texto, escrito pelo historiador João José Reis, o qual teceu reflexões sobre a trajetória de Manoel Joaquim Ricardo, um africano hauçá que desembarcou na Bahia escravizado e faleceu, em 1865, livre e rico: 
“Para dar conta de uma percepção mais dinâmica [...], sugiro o termo ladinização, que deriva de um conhecido vocábulo ‘nativo’ e historicamente situado: ladino, o contraponto do negro novo ou boçal. [...] [Manoel Joaquim Ricardo] era ladino, africano que aprendera a entender e manipular muitos dos símbolos culturais, protocolos sociais e circuitos mercantis do Brasil escravista, que se tornou perito nos costumes e valores do homem branco, sem abandonar muitos dos costumes e valores africanos, embora sobre estes os arquivos só nos ofereçam pistas quase apagadas. Ao mesmo tempo, sua ladinização percorreu, em larga escala, a trilha da pan-africanização, por assim dizer. Foi dentro da comunidade africana mais ampla – e não apenas do seu grupo étnico, insisto – que suas proezas puderam ser mais bem apreciadas e traduzidas em poder social e provavelmente político”.   
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, J. J. De escravo a rico liberto: a trajetória do africano Manoel Joaquim Ricardo na Bahia oitocentista. Revista de História, São Paulo, n. 174, p. 15-68, jan./jun. 2016. p. 61,62. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre cultura afro-brasileira no século XIX segundo João José Reis, assinale a alternativa correta:
 
Nota: 10.0
	
	A
	Reis vincula-se a uma corrente historiográfica que valoriza a manutenção de traços culturais étnicos africanos no Brasil oitocentista.
	
	B
	Segundo Reis, Manoel Joaquim Ricardo manteve intactos os costumes e tradições hauçás no Brasil.
	
	C
	Reis sugere o uso do termo ladino para definir a trajetória de um africano que, no Brasil, se apropriou de códigos culturais dos brancos e de outros grupos étnicos africanos.Você acertou!
“Alguns estudiosos da diáspora africana na América enfatizam a noção de que a identidade e a cultura desses escravos eram transformadas, ressignificadas e adaptadas. Esse primeiro grupo de estudiosos destaca, dessa forma, a transformação cultural dos povos africanos – retirados, de forma traumática, de sua terra natal (Graham [...]). Outros pesquisadores, no entanto, procuram destacar que, ao chegarem do outro lado do oceano, os africanos buscavam viver dentro de sua etnia, mantendo laços culturais com sua terra de origem. Esse segundo grupo de estudiosos enfatiza, assim, a manutenção de traços culturais étnicos oriundos da África. Segundo esses historiadores, o fato de os navios negreiros trazerem, para os mesmos portos na América, muitas pessoas de uma mesma etnia contribuíram para essa manutenção cultural (Graham [...])” (livro-base, p. 153,154). Percebe-se, nitidamente, que João José Reis vincula-se ao primeiro grupo de estudiosos, o que prefere enxergar transformação cultural ao invés da manutenção dos traços étnicos africanos nas Américas, sugerindo o uso do termo ladino para definir culturalmente esses africanos que se reinventavam do outro lado do Atlântico (livro-base, p. 157-160).  
	
	D
	Para Reis, Manuel Joaquim Ricardo conseguiu sua ascensão social e econômica por contar com a ajuda de seu grupo étnico de origem.
	
	E
	Pan-africanização é, segundo Reis, a convivência de africanos escravizados no Brasil dentro de seu grupo étnico.
Questão 4/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte trecho de um jornal publicado em Minas Gerais, em maio de 1888, alguns dias depois da assinatura da Lei Áurea:
“A democracia conquistou todos os espíritos, e à libertação dos negros seguiu-se fatalmente a libertação dos brancos. As datas se aproximam. A independência do Brasil não está ainda feita. Ipiranga é hoje uma mentira histórica. [...] A nação exige a sua independência política pela república federativa como impôs a libertação imediata dos escravizados. Essas duas redenções deveriam ter a mesma data, se em nosso país a vontade da Nação tivesse mais força e não se eclipsasse no choque de interesses pessoais”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VISCARDI, C. M. R. Federalismo e cidadania na imprensa republicana (1870-1889). Tempo, Rio de Janeiro, v. 18, n. 32, p. 137-161, 2012. p. 153. 
Considerando esse excerto de documento histórico e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre o movimento republicano, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O trecho de jornal demonstra a incompatibilidade entre a defesa da abolição da escravatura e o movimento republicano.
	
	B
	O extrato de documento histórico comprova que o movimento republicano esteve, desde 1870, diretamente vinculado à defesa da abolição do trabalho escravo.
	
	C
	O Partido Republicano Paulista foi fundado por abolicionistas, conforme comprova o trecho do documento acima mencionado.
	
	D
	O excerto do texto histórico acima citado demonstra que, apesar de o movimento republicano ser, em grande medida, desvinculado do movimento abolicionista, existiram republicanos abolicionistas.
Você acertou!
O movimento republicano se fortaleceu no Brasil a partir da década de 1870. O republicanismo brasileiro da época, no início, manteve-se afastado do movimento abolicionista, pois suas principais lideranças eram cafeicultores paulistas que ainda dependiam, em alguma medida, do trabalho escravo, os quais fundaram o Partido Republicano Paulista. Contudo, que existiram importantes políticos republicanos e, ao mesmo tempo, abolicionistas, como José do Patrocínio. O trecho do jornal citado no enunciado da questão é um exemplo, tal qual a atuação de José do Patrocínio, de que, apesar de não ser a regra geral, existiram pessoas que formularam um republicanismo abolicionista, associando, dessa forma, o movimento republicano à defesa do fim do trabalho escravo (livro-base, p. 221-226).
	
	E
	A atuação de José do Patrocínio, um republicano abolicionista, foi antagônica às ideias defendidas por esse jornal mineiro.
Questão 5/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte trecho da carta que o historiador Varnhagen escreveu a D. Pedro II em 1857:
“[É necessário] ir assim enfeixando-as /as províncias/ todas e fazendo bater os corações dos de umas províncias em favor dos de outras, infiltrando a todos nobres sentimentos de patriotismo de nação, único sentimento que é capaz de desterrar o provincialismo excessivo, do modo que desterra o egoísmo, levando-nos a morrer pela pátria ou pelo soberano que personifica seus interesses, sua honra e sua glória”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GUIMARÃES, Manoel. L. L. Salgado. Nação e civilização nos trópicos: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, n. 1, p. 5-27, 1988. p. 18.
Considerando esse extrato de documento histórico e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre identidade nacional brasileira, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Varnhagen defende o amor às províncias acima do amor ao Brasil.
	
	B
	O documento histórico em questão é uma defesa das revoltas separatistas que aconteceram durante o período regencial.
	
	C
	Varnhagen chama a atenção para o perigo do sentimento nacional (nacionalismo), sentimento que é capaz de gerar guerras e conflitos.
	
	D
	O extrato de documento critica o excesso  de amor às províncias, tendo em vista que o amor à pátria deveria ser superior.
Você acertou!
Esse extrato de documento histórico mostra que Varnhagen entende que o amor à Patria e à Nação (Brasil) deve estar acima do amor às províncias. Varnhagen critica, dessa forma, o “provincialismo excessivo”, que entende ser egoísta, e mostra a importância do sentimento nacional, o nacionalismo (livro-base, p. 109). Como consta no livro-base, trata-se de uma defesa da unidade nacional, relativamente ameaçada pelas revoltas e rebeliões ocorridas durante o período regencial (livro-base, p. 108-110).
	
	E
	Varnhagem estimula a rivalidade entre as províncias.
Questão 6/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Atente para a seguinte citação: 
“Foi [...] a partir de fins dos anos 1960 que intelectuais nacionalistas e de esquerda do Rio da Prata promoveram Solano López a líder anti-imperialista. Esse revisionismo [...] apresenta o Paraguai pré-guerra como um país progressista, onde o Estado teria proporcionado [...] o bem-estar de sua população, fugindo [...] à subordinação à Inglaterra. [...] Essa teoria conspiratória vai contra a realidade dos fatos e não tem provas documentais”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DORATIOTO, Francisco. F. M. Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 19,20. 
Considerando esse excerto de texto informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre a historiografia brasileira sobre a Guerra do Paraguai, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A citação acima é uma crítica a uma vertente historiográfica que aponta os interesses ingleses como o principal fator causador da Guerra do Paraguai.
Você acertou!
No livro-base, há uma síntese do debate historiográfico que buscou investigar as causas da Guerra do Paraguai (livro-base, p. 191-195). Segundo consta no livro-base (p. 196), três vertentes historiográficas explicaram a guerra da seguinte forma: “Para a vertente tradicional militar patriótica (1864-1930), a principal causa da guerra foi a atitude autoritária do líder paraguaio, sendo que o conflito foi interpretado como um choque entre civilização (Brasil) e barbárie (Paraguai). Para o revisionismo de esquerda [de 1960 a 1980], por sua vez, a razão do conflito estava no imperialismobritânico e no processo de expansão do capitalismo industrial inglês. Por fim, para o neorrevisionismo (ou historiografia moderna [década de 1990 aos dias atuais]), a guerra foi essencialmente um conflito interno da América do Sul” (livro-base, p. 196). O extrato de texto citado no enunciado da questão é uma crítica aguda ao revisionismo de esquerda, que interpretou Solano Lopez como líder anti-imperialista, que vislumbrou o Paraguai pré-guerra como um país progressista e que definiu os interesses imperialistas ingleses como o principal fator causador do conflito. 
	
	B
	O extrato de texto acima citado é um elogio aos intelectuais de esquerda que interpretaram, a partir de fins dos anos 1960, o Paraguai pré-guerra como nação progressista.
	
	C
	O trecho de texto mencionado é uma comprovação de que a historiografia sobre a Guerra do Paraguai pouco modificou suas intepretações a partir da década de 1960.
	
	D
	A citação em análise sobrepõe os interesses ingleses às rivalidades regionais entre nações da América do Sul como fator causador da Guerra do Paraguai.
	
	E
	Para o autor da citação acima mencionada, Solano Lopez foi um importante líder anti-imperialista.
Questão 7/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte trecho do jornal O Carapuceiro, de 1833: 
“O Sapateiro, o Ferreiro, o Barbeiro etc., seja ele branco, pardo, preto, roxo, verde, azul, ou encarnado, logo que é livre, é cidadão, e deve gozar das Liberdades Nacionais, ou por outra dos direitos civis: mas dos Políticos não é assim: estes consistem na regalia de votar e ser votado; para o que faz preciso gozar de certa renda, e ter alguma ilustração mental: pelo que raro será o Sapateiro, o Ferreiro [...] que esteja nestas circunstâncias; porque muitos nem ler sabem”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GAMA, M. S. L. O Carapuceiro, Recife, n. 60, 6 jul. 1833. s.p. 
Considerando esse extrato de documento histórico e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre eleições e cidadania durante o século XIX, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O jornal O Carapuceiro defende um critério racial para a concessão de cidadania.
	
	B
	O jornalista distingue duas categorias de cidadãos, os que podem votar e ser votados e os que não podem.
Você acertou!
Durante o século XIX, prevaleceu uma concepção de cidadania que distinguia o cidadão passivo, possuidor apenas de direitos civis, do cidadão ativo, o qual, além dos direitos civis tinha direitos políticos, que consiste em poder votar e ser votado (livro-base, p. 123-126). O trecho do jornal O Carapuceiro é um exemplo da defesa dessa distinção. Para o jornalista, essa distinção não se baseava em critérios raciais, pois ele faz questão de não diferenciar quem é “branco, pardo, preto, roxo, verde, azul, ou encarnado”. Por fim, destaca-se que esse extrato de documento histórico está inserido no contexto do advento do liberalismo, sistema político e ideário que suplantou o absolutismo monárquico.
	
	C
	A ideia defendida pelo jornal foi derrotada institucionalmente no século XIX, pois durante o Brasil imperial todos os cidadãos eram iguais.
	
	D
	O jornal expõe os princípios do absolutismo monárquico, mostrando a importância das eleições para esse sistema político.
	
	E
	Segundo o jornalista, os direitos civis consistem no direito de votar e ser votado.
Questão 8/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o trecho do discurso de um deputado, realizado em 1857, a respeito da imigração de chineses ao Brasil e, na sequência, relacione-o à análise que dois historiadores fizeram desse discurso: 
“Quando procurávamos escoimar a nossa civilização da barbárie africana, [vamos] colonizar o Império com o indolente asiático, escravo da rotina e da superstição”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCASTRO, L. F. de; RENAUX, M. L. Caras e modos dos migrantes e imigrantes. In: ALENCASTRO, L. F. de (org.). História da vida privada no Brasil. v. 2, p. 291-336. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 296. 
“Para os altos funcionários imperais, o fim do contrabando negreiro abria [...] a oportunidade tão esperada de ‘civilizar’ o universo rural e, mais ainda, o conjunto da sociedade, reequilibrando o povoamento do território em favor da população branca”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCASTRO, L. F. de; RENAUX, M. L. Caras e modos dos migrantes e imigrantes. In: ALENCASTRO, L. F. de (org.). História da vida privada no Brasil. v. 2, p. 291-336. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 295. 
Considerando esse documento histórico, a subsequente análise realizada por historiadores e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre imigração, analise as seguintes proposições:
I. O fim do tráfico transatlântico de africanos escravizados, em 1850, abriu espaço para um projeto de embranquecimento da sociedade brasileira.
PORQUE
II. A elite imperial acreditava que era importante valorizar o desenvolvimento de uma civilização branca, cristã e europeia. 
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da primeira.
Você acertou!
Conforme consta no livro-base, a imigração esteve associada a um projeto de embranquecimento da população e de valorização da civilização branca, cristã e europeia. Ademais, relaciona-se o fim do tráfico de escravos, em 1850, à preocupação das elites agrárias em viabilizar mão de obra por meio da imigração. O preconceito de cor sempre existiu no Brasil, mas foi reinventado no final do século XIX por meio do racismo científico, sobretudo pelos geneticistas. Esse projeto de embranquecimento da sociedade brasileira foi pautado, a partir de 1870, em teorias supostamente científicas de melhoramento racial (livro-base, p. 210,211).
	
	B
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da primeira.
	
	C
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	D
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	E
	As asserções I e II são proposições falsas.
Questão 9/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Leia o seguinte trecho do jornal O Dezenove de Dezembro, publicado em Curitiba em 1854: 
“É um gosto ler agora os jornais da corte! Sessões de Parlamento, iluminação a gás, estradas de ferro, companhia lírica italiana! Tudo o que é belo, útil e agradável ali acha o seu elemento! Como vai em progresso a nossa bela corte! É uma pena que também não estejamos assim tão adiantados”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PARANÁ. O Dezenove de Dezembro. Curitiba, n. 10, 3 jun. 1854. p. 2. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre urbanização e modernidade no Brasil no final do século XIX e início do XX, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Nas últimas décadas do século XIX, observam-se poucos avanços tecnológicos e reduzidas modificações na estrutura urbana das grandes cidades.
	
	B
	Os grandes centros urbanos, no último quartel do século XIX, tiveram diminuição de população devido ao processo migratório em direção ao mundo rural.
	
	C
	As melhorias urbanas estiveram, nas últimas décadas do século XIX, diretamente vinculadas ao sentimento do advento da modernidade.
Você acertou!
No livro-base, consta como ocorreu um vertiginoso processo de crescimento de grandes centros urbanos no Brasil no final do século XIX e início do XX, o qual esteve diretamente vinculado à construção de ferrovias e inovações tecnológicas que modificaram a estética das cidades (livro-base, p. 211-216). Ademais, o autor do livro-base analisa um sentimento difuso na sociedade brasileiranas últimas décadas do império, isto é, o sentimento do advento da modernidade, mostrando que esse sentimento esteve vinculado a inovações tecnológicas e à diminuição do tempo de locomoção por conta da navegação a vapor e das ferrovias, que contribuíram para uma sensação, também difusa, de aceleramento do tempo histórico (livro-base, p. 216-221).
	
	D
	A partir de 1850, enquanto as grandes potências internacionais, como França e Inglaterra, construíam ferrovias, essa tecnologia pouco afetou a realidade brasileira.
	
	E
	O progresso, para quem viveu no final do século XIX, pode ser definido como um sentimento de estagnação, isto é, de que o tempo estaria parado e a sociedade pouco se modificava.
Questão 10/10 - História e Historiografia do Brasil Império
Observe o seguinte gráfico: 
Número de escravos africanos que entraram no Brasil depois da Lei de 1831 (apenas na década de 1830)
 
Após esta avaliação, caso queira observar o gráfico, ele está disponível em: FELDMAN, Ariel. Brasil Império: história, historiografia e ensino de História. Curitiba: Editora Intersaberes, 2018. p. 149. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Brasil Império: história, historiografia e ensino de História sobre a reabertura do tráfico transatlântico de escravos na década de 1830, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A lei de 1831, que aboliu o tráfico de escravos no Brasil, foi, desde sua promulgação, completamente ineficaz no combate ao comércio transatlântico de africanos.
	
	B
	O aumento do número de africanos escravizados que entraram no Brasil ilegalmente na década de 1830 é concomitante ao momento em que os saquaremas assumiram o poder.
Você acertou!
Não coincidentemente, 1837 é o ano em que, com a queda do regente Feijó, os saquaremas assumem o poder, bem como é o momento em que há um vertiginoso aumento no número de africanos ilegalmente traficados ao Brasil. Conforme o historiador Tâmis Parron, a lei de 1831 não foi desde o início uma “lei para inglês ver”, pois o tráfico transatlântico de escravos, inclusive, teve uma abrupta queda logo após a promulgação da lei, isto é, na primeira metade da década de 1830. A lei de 1831 foi elaborada pela Assembleia Geral, tendo sido, portanto, uma afirmação da soberania nacional brasileira perante a Inglaterra. Em suma, no início da década de 1830, o fim definitivo do tráfico transatlântico de escravos, uma prática internacionalmente reprovada, era um horizonte histórico possível e inclusive esperado por boa parte da sociedade brasileira. Contudo, um grupo político, apelidado de Saquaremas, liderou a reabertura do tráfico na segunda metade de década de 1830 (livro-base, p. 146-151).
	
	C
	A lei de 1831, a qual proibiu o tráfico transatlântico de escravos ao Brasil, foi elaborada e sancionada em congressos internacionais sob a pressão da Inglaterra.
	
	D
	A historiografia, atualmente, concorda com a expressão popular que afirma que a lei de 1831 foi uma “lei pra inglês ver”.
	
	E
	Durante o século XIX, o tráfico transatlântico de escravos foi uma prática internacionalmente aceita.

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