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Sistema ósseo

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©
 
 
O esqueleto humano é uma estrutura formada por vários ossos e cartilagens, que permitem, entre 
várias outras funções, a movimentação do nosso corpo. O esqueleto humano é um tipo de 
endoesqueleto, uma vez que se encontra no interior do nosso corpo, sendo formado por 206 ossos em 
adultos, uma quantidade menor do que nas crianças, pois na juventude muitos ossos estão separados, 
fundindo-se durante o desenvolvimento. Os ossos do corpo humano se dividem em: esqueleto axial e 
esqueleto apendicular. 
 
O esqueleto axial é a parte do esqueleto que 
está localizado no plano mediano do corpo, 
sendo constituído por 80 ossos, formado pelo 
crânio, as costelas o osso hioide, e a coluna 
vertebral. Podemos caracterizá-lo como 
aquele conjunto de ossos que se localizam no 
eixo ou parte central do corpo. A sua função é 
proteger o sistema nervoso central e alguns dos 
órgãos vitais localizados na região torácica. 
 
1) Crânio: o crânio é a parte esquelética da 
cabeça, sua função principal é abrigar e 
proteger o encéfalo. Entretanto cumpre 
também outras funções importantes: 
 Apresenta cavidades para órgãos da 
sensibilidade específica (visão, audição, 
equilíbrio, olfato e gustação); 
 
 Apresenta aberturas para passagem do ar 
e alimento; 
 Apresenta maxilas, mandíbula e dentes, 
que são necessários para a mastigação; 
Podemos dividir o crânio em: neurocrânio e 
viscerocrânio. O primeiro, superior e posterior, 
maior, abriga o encéfalo. O segundo, anterior e 
inferior, menor, está relacionado com órgãos 
dos sistemas digestório e respiratório. No 
nascimento, o neurocrânio é mais volumoso 
que o viscerocrânio. Essa desproporção 
permanece nos adultos, mas em menor escala. 
 
 
A caixa craniana é composta por 22 ossos, dos 
quais somente a mandíbula é móvel, estando 
conectada ao restante do crânio pela 
articulação sinovial chamada 
temporomandibular. Os restantes dos 21 ossos 
unem-se por articulações praticamente 
©
 
imóveis. A maioria delas por articulações 
fibrosas do tipo sutura. Os ossos do 
neurocrânio são formados por lâminas 
externas e internas, de substância compacta, e 
por uma camada média esponjosa chamada 
díploe. A combinação de lâminas de ossos 
compactos com osso esponjoso permite a 
maior resistência a impactos. 
 
 
 
Os ossos do neurocrânio são: o frontal anterior, 
dois parietais superiores direito e esquerdo, 
dois temporais direito e esquerdo localizados 
na região lateral do crânio, o esfenóide inferior 
e o occipital, posterior. A sutura localizada 
entre os ossos parietais e frontal é denominada 
sutura coronal. Entre os parietais e o occipital 
fica a sutura lambidóidea. Os parietais são 
unidos entre si pela sutura sagital. Os 
temporais são unidos aos parietais, occipitais e 
esfenóides pela sutura escamosa. 
 
 
A intersecção das suturas coronal e sagital é o 
bregma e das suturas sagital e lambdóidea é o 
lambda. A intersecção entre a sutura 
escamosa e a lambdóidea é o astério. A 
intersecção entre temporal, parietal e 
esfenóide chamamos ptério. Ao nascimento, os 
ossos do crânio estão mais separados entre si. 
Assim, ao nível do bregma forma-se um espaço 
losangular, o fontículo anterior, ao passo que no 
nível do lambda, um outro espaço menor e 
triangular recebe o nome de fontículo posterior. 
Vulgarmente esses espaços são chamados de 
moleiras. O osso frontal se articula com os 
ossos nasais e o ponto de intersecção desta 
junção no plano mediano é o násio. A área 
acima do násio, e entre os arcos supraciliares é 
a glabela. Os arcos são elevações arqueadas 
que se estendem de cada lado da glabela, em 
direção lateral. Até os seis anos de idade o 
frontal é dividido no plano mediano pela sutura 
frontal. Raras vezes esta divisão persiste no 
adulto e a linha de separação é conhecida como 
sutura metópica. A proeminência da face é 
formada pelo osso zigomático, situado na parte 
inferior e lateral da órbita, e repousa sobre a 
maxila (maçã do rosto). O processo frontal do 
osso zigomático se articula com o processo 
zigomático do osso frontal. 
 
 
 
O osso etmoide é basicamente um osso do 
viscerocrânio e forma parte da cavidade nasal. 
É formado pelas lâminas orbital que forma a 
parede medial da orbita ocular e a parede 
©
 
lateral do labirinto etmoidal, a lâmina 
cribriforme, em forma de peneira que forma o 
teto da cavidade nasal e seus vários forames 
permitem a passagem dos nervos olfatórios e a 
lâmina perpendicular que forma parte do septo 
nasal. Dois processos do etmoide projetam da 
região lateral para o interior da cavidade nasal. 
Os processos que são chamados conchas 
nasais média e superior se localizam na parte 
superior da cavidade nasal. Entre as conchas 
nasais e a lâmina orbital encontramos os 
labirintos etmoidais. 
 
 
A parte óssea do nariz é formada pelos ossos 
nasais e pelas maxilas. O maxilar é composto 
por duas maxilas. Seus principais acidentes são 
o corpo da maxila que contém uma cavidade, 
o seio maxilar, o processo zigomático e o 
processo frontal, o processo alveolar e o 
processo palatino. 
 
 
 
A mandíbula é formada por corpo, ramo e 
ângulo da mandíbula. 
 
Na base do crânio (face inferior) podemos 
identificar o palato duro que constitui o teto da 
boca e os assoalhos das cavidades nasais. 
Podemos identificar o osso vômer formando a 
parte posterior do septo nasal e o osso 
esfenoide, encaixado entre o frontal, o 
temporal e o occipital, se articulando com a 
parte basilar do osso occipital pela sincondrose 
esfenoccipital. O esfenoide, um osso ímpar 
irregular formado por um corpo e três pares de 
processos: asas maiores, asas menores e 
processos pterigoides. Posteriormente à parte 
basilar do osso occipital, abre-se um grande 
forame, o forame magno do osso occipital. 
 
 
O osso hioide é um osso em forma de U, 
localizado na porção ântero-superior do 
pescoço, entre a mandíbula e a laringe. Ele não 
se articula com nenhum osso, mas está 
suspenso pelos ligamentos estilo-hióideos, que 
se fixam nos processos estilóides do crânio. 
 
©
 
Ao longo do processo de evolução humana 
podemos observar um aumento do volume da 
caixa craniana e do cérebro, e também um 
processo de gracilização do aparato 
mastigatório quando comparamos espécies 
mais modernas e mais ancestrais dentro do 
gênero Homo. Essa modificação é um indicativo 
da maneira de locomoção do indivíduo. A 
localização posterior do forame magno ocorre 
em animais quadrúpedes e a localização 
anteriorizada em animais bípedes. 
 
2) Coluna vertebral: a coluna vertebral forma o 
eixo ósseo do corpo e está constituída de modo 
a oferecer a resistência de um pilar de 
sustentação, mas também a flexibilidade 
necessária para a movimentação do tronco. 
Assim, ela protege a medula espinhal que está 
alojada em seu interior, serve de pivô para 
suporte e mobilidade da cabeça, permite 
movimentos entre as diversas partes do tronco 
e dá fixação a numerosos músculos. 
 
 
A coluna é formada por 33 vértebras colocadas 
umas sobre as outras (canal medular) no 
sentido longitudinal, de modo a formar um 
conjunto que se estende da nuca à pelve. 
Podemos distinguir 7 vértebras cervicais (da 
região do pescoço), 12 vértebras torácicas, 5 
lombares, 5 sacrais e quatro coccígeas. As 
vértebras sacrais são fundidas em peça única 
chamada sacro, o alicerce da pelve que se 
articula com os ossos do quadril. As vértebras 
coccígeas são rudimentares. As vértebras mais 
superiores são menores comparadas às 
vértebras inferiores, uma vez que suportam um 
peso maior. A coluna vertebral apresenta 
curvaturas no sentido ântero-posterior, 
indispensáveis para a manutenção do 
equilíbrio e postura ereta. Deste modo no 
adulto, duas curvaturas, a torácica e a sacral, 
mantêm a direção da curvatura primária do 
feto enquanto as curvaturascervical e lombar 
apresentam sentido inverso e são ditas 
secundárias. 
 
 
 
Assim, toda vértebra possui um anel ósseo que 
circunda um forame, o forame vertebral, que 
pode ser considerado um segmento do canal 
vertebral. A parte anterior do anel é o corpo 
vertebral, cilindróide com superfícies superior e 
inferior planas. A parte posterior do anel 
chamado arco vertebral consiste em um par de 
pedículos e num par de lâminas. Os pedículos 
projetam-se posteriormente da parte superior 
do contorno posterior do corpo vertebral e se 
unem com as lâminas que se fundem no plano 
mediano. No ponto de fusão das lâminas no 
plano mediano projeta-se posteriormente o 
processo espinhoso. No ponto de fusão dos 
pedículos com as lâminas projetam-se três 
processos adicionais com direções diferentes: o 
processo transverso, lateralmente; o processo 
articular superior, cranialmente e o processo 
articular inferior, caudalmente. Esses dois 
últimos processos apresentam uma face 
articular. As quatro faces articulares de cada 
©
 
vértebra, junto com o disco intervertebral 
constituem o mecanismo de articulação de 
vertebras adjacentes. 
 
 
 Cervicais: Das vértebras cervicais, a 
primeira e a segunda são consideradas 
atípicas e são chamadas de atlas e áxis. O 
atlas tem esse nome porque suporta a 
cabeça, como a figura mitológica 
carregava o globo terrestre. Ele não 
apresenta um corpo vertebral e assim, é 
um anel losângico que circunda um grande 
forame vértebra. 
 
 
Nos ângulos laterais do losango o osso 
apresenta massas laterais, interligadas pelos 
arcos anterior e posterior. Sobre cada massa 
lateral apresenta a face articular superior, que 
recebe o côndilo occipital do crânio. O processo 
transverso projeta-se lateralmente e apresenta 
um forame transversário para a passagem da 
artéria vertebral em seu trajeto para o crânio. 
O arco anterior fecha o anel no plano mediano 
e apresenta, neste local, na sua face posterior 
uma faceta articular para o dente do áxis, a 
fóvea do dente e na face anterior o tubérculo 
anterior. O arco posterior apresenta no plano 
mediano o tubérculo posterior, vestígio do 
processo espinhoso. Finalmente na face inferior 
de cada massa lateral há uma face articular 
inferior para articulação com o áxis. 
 
 
O áxis tem este nome por servir de eixo para a 
rotação do atlas com o crânio. A superfície 
superior do corpo vertebral projeta-se no dente 
do áxis com o qual se articula a face posterior 
do arco anterior do atlas. Ao contrário do atlas, 
o áxis apresenta processo espinhoso bifurcado 
como ocorre nas vértebras cervicais típicas. 
Todas as vértebras cervicais apresentam o 
forame transverso no processo transverso. 
 
 
 
 Torácicas: as vértebras torácicas articulam 
com as costelas com o corpo e com o 
processo transverso. Os processos 
espinhosos das vértebras torácicas são 
muito inclinados para baixo e os corpos 
vertebrais apresentam um volume 
intermediário. 
©
 
 
 
 Lombares: as vértebras lombares são as 
mais volumosas da coluna vertebral, os 
processos espinhosos são curtos e 
quadriláteros situando-se no mesmo plano 
do corpo vertebral e não apresentam 
fóveas costais e forames transversários. 
 
 
 
 
 Sacro e cóccix: no adulto o sacro é formado 
pela fusão de cinco vértebras sacrais que 
diminuem de tamanho no sentido 
craniocaudal. Desse modo é um osso 
triangular recurvo, com concavidade 
anterior. Apresenta faces pélvica e dorsal. 
A face pélvica apresenta uma área óssea 
mediana, uma série de forames de cada 
lado, os forames intervertebrais e sacrais 
anteriores e duas massas laterais. A face 
dorsal é acidentada e côncava. O cóccix 
deriva da fusão de três ou quatro peças 
coccígeas, constituindo um osso irregular, 
afilado, que representa o vestígio da cauda 
no extremo inferior da coluna vertebral. 
 
 
 
 
 
3) Caixa toráxica: a caixa torácica é formada 
pelo esterno na região anterior mediana do 
tórax, pelas vértebras torácicas na região 
posterior mediana e pelas costelas e 
cartilagens costais situadas nos contornos 
posterior, lateral e anterior do tórax. 
 
 
O esterno é uma longa e estreita placa óssea 
mediana na parede anterior do tórax. Permite 
inserção anterior às costelas através das 
cartilagens costais. Possui três partes: 
manúbrio, corpo e processo xifóide. O 
manúbrio forma a parte superior do esterno e 
se une ao corpo na região chamada ângulo do 
esterno, que é uma crista transversa que 
marca o ponto de junção do esterno com a 
segunda costela. Os principais acidentes são: 
incisura jugular, incisura clavicular e a incisura 
da primeira costela. O processo xifóide, 
rudimentar, é a parte mais inferior do esterno. 
©
 
 
 
As costelas são fitas ósseas arqueadas 
estendendo-se de suas junções com a coluna 
vertebral à porção anterior da parede do tórax. 
As sete superiores são ditas costelas 
verdadeiras, por se articulares com o esterno. 
A oitava, nona e décima são denominadas 
costelas falsas por se fixarem ao esterno 
indiretamente, unindo-se suas cartilagens 
umas às outras formando a margem costal que 
é o limite inferior da caixa torácica. A décima 
primeira e décima segunda costelas são 
denominadas flutuantes, são curtas, 
rudimentares e não possuem cartilagens. 
 
 
As cabeças das costelas são globosas, 
posteriores, articulam-se com a coluna 
vertebral (nas fóveas costais do corpo da 
vértebra), o colo segue a cabeça, inclinando-se 
póstero-lateralmente rumo ao processo 
transverso de sua vertebra, com a qual se 
articula através do tubérculo costal. Ao 
tubérculo segue-se lateralmente, o corpo da 
costela. No ângulo da costela o osso muda de 
direção bruscamente, inclinando-se 
inferiormente enquanto se curva lateralmente 
e depois anteriormente, acompanhando a 
superfície da parede torácica. 
 
 
 
O esqueleto apendicular compreende os ossos 
dos membros superiores e inferiores, e é preso 
ao esqueleto axial, em sua forma adulta 
comporta 126 ossos isolados. Ele é responsável 
pela movimentação e sustentação do corpo. 
 
 
 
Os ossos dos membros superiores podem ser 
divididos em quatro grupos principais: 
©
 
(1) mão e punho; 
(2) antebraço; 
(3) braço (úmero); 
(4) cintura escapular. 
 
 Os ossos dos membros inferiores também 
podem ser divididos em quatro grupos 
principais: 
(1) pé e tornozelo; 
(2) perna; 
(3) Coxa (fêmur); 
(4) cintura pélvica. 
 
 
A clavícula une o membro superior ao tronco. 
O corpo da clavícula faz uma curva dupla e a 
extremidade esternal se articula com o 
manúbrio do esterno. A extremidade acromial 
é plana no local de articulação com o acrômio 
da escápula. A clavícula atua como suporte 
rígido e móvel, semelhante a um guindaste, que 
suspende a escápula e o membro livre, 
mantendo-os afastados do tronco, de modo 
que o membro tenha máxima liberdade de 
movimento. 
 
O suporte é móvel e permite que a escápula se 
mova sobre a parede torácica, o que aumenta 
a amplitude de movimento do membro. 
Transmite choques (impactos traumáticos) do 
membro superior para o esqueleto axial. 
Embora tenha o desenho de um osso longo, a 
clavícula não tem cavidade medular. Consiste 
em osso esponjoso (trabecular) com um 
revestimento de osso compacto. A face 
superior da clavícula, é lisa. A face inferior da 
clavícula é áspera porque é unida à 1a costela, 
perto de sua extremidade esternal, por 
ligamentos fortes, que suspendem a escápula 
por sua extremidade acromial. 
 
©
 
A escápula é um osso plano triangular situado 
na face posterolateral do tórax, superposta às 
2a 7a costelas. As faces ósseas largas de três 
fossas servem como local de fixação de 
músculos. O corpo da escápula é triangular, 
fino e translúcido acima e abaixo da espinha da 
escápula. 
 
A espinhacontinua lateralmente como o 
acrômio plano e expandido, que forma o ponto 
subcutâneo do ombro e articula-se com a 
extremidade acromial da clavícula. A espinha e 
o acrômio atuam como alavancas para os 
músculos neles fixados, sobretudo o trapézio. 
Na região superolateral, a face lateral da 
escápula tem uma cavidade glenoidal, que 
recebe e articula-se com a cabeça do úmero na 
articulação do ombro. 
 
 
O úmero, o maior osso do membro superior, 
articula-se com a escápula na articulação do 
ombro e com o rádio e a ulna na articulação do 
cotovelo. A extremidade proximal do úmero 
tem cabeça, colos cirúrgico e anatômico, e 
tubérculos maior e menor. A cabeça do úmero 
é esférica e articula-se com a cavidade 
glenoidal da escápula. A junção da cabeça e do 
colo com o corpo do úmero é indicada pelos 
tubérculos maior e menor, que são o local de 
fixação e alavanca para alguns músculos 
escapuloumerais. O sulco intertubercular 
separa os tubérculos e protege a passagem do 
tendão delgado da cabeça longa do músculo 
bíceps braquial. 
 
 
A extremidade distal do úmero — que inclui a 
tróclea; o capítulo; e as fossas do olécrano, 
coronóidea e radial — forma o côndilo do 
úmero. O côndilo tem duas faces articulares: 
um capítulo lateral, para articulação com a 
cabeça do rádio, e uma tróclea medial, para 
articulação com a extremidade proximal 
(incisura troclear) da ulna. 
 
O antebraço é formado por dois ossos 
paralelos, um dos quais (o rádio) consegue 
girar em torno do outro (a ulna). Isso torna 
possível girar a mão quando o cotovelo está 
fletido. A ulna estabiliza o antebraço e é o osso 
medial e mais longo dentre os dois ossos do 
antebraço. Sua extremidade proximal maior é 
especializada para articulação com o úmero 
na parte proximal e com a cabeça do rádio 
lateralmente. A articulação entre a ulna e o 
©
 
úmero permite basicamente apenas a flexão e 
a extensão da articulação do cotovelo. A 
incisura radial, recebe a parte periférica larga 
da cabeça do rádio. A ulna não chega até a 
articulação radiocarpal e, portanto, não 
participa dela. 
 
 
O rádio, localizado lateralmente, é o mais curto 
dos dois ossos do antebraço. A extremidade 
proximal inclui a cabeça curta, o colo e a 
tuberosidade voltada medialmente. Na região 
proximal, a face superior lisa da cabeça do 
rádio permite a extensão da articulação do 
cotovelo. A cabeça também se articula 
perifericamente com a incisura radial da ulna; 
assim, a cabeça é coberta por cartilagem 
articular. A tuberosidade do rádio oval situa-se 
distalmente à parte medial do colo e separa a 
extremidade proximal (cabeça e colo) do 
corpo. 
 
Sua face medial forma uma concavidade, a 
incisura ulnar, que acomoda a cabeça da ulna. 
 
 
O punho, ou carpo, é formado por oito ossos 
carpais dispostos em duas fileiras, proximal e 
distal, de quatro ossos. Esses pequenos ossos 
conferem flexibilidade ao punho. Ampliando o 
movimento na articulação do punho, as duas 
fileiras de ossos carpais deslizam uma sobre a 
outra. Da região lateral para a medial, os 
quatro ossos carpais da fileira proximal são: 
escafoide, semilunar, piramidal, pisiforme. Da 
região lateral para a medial, os quatro ossos 
carpais da fileira distal são: trapézio, 
trapezoide, capitato, hamato. As faces 
proximais da fileira distal dos ossos carpais 
articulam-se com a fileira proximal de ossos 
carpais, e suas faces distais articulam-se com 
os metacarpais. 
 
O metacarpo forma o esqueleto da palma da 
mão entre o carpo e as falanges. É formado por 
©
 
cinco ossos metacarpais. Cada metacarpal 
tem base, corpo e cabeça. As cabeças dos 
metacarpais, distais, articulam-se com as 
falanges proximais e formam as articulações 
metacarpofalângicas da mão. Cada dedo tem 
três falanges, exceto o polegar, que tem apenas 
duas. Entretanto, as falanges do primeiro dedo 
são mais fortes do que as dos outros dedos. 
Cada falange tem uma base proximal, um 
corpo e uma cabeça distal. 
 
 
O cíngulo do membro inferior é um anel ósseo, 
em forma de bacia, que une a coluna vertebral 
aos dois fêmures. As principais funções do 
cíngulo do membro inferior são: 
 Sustentar o peso da parte superior do corpo 
nas posições sentada e ortostática; 
 Transferir o peso do esqueleto axial para o 
esqueleto apendicular inferior para ficar de 
pé e caminhar; 
 Conter e proteger as vísceras pélvicas 
(partes inferiores do sistema urinário e dos 
órgãos genitais internos) e as vísceras 
abdominais inferiores (intestinos) e, ao 
mesmo tempo, permitir a passagem de 
suas partes terminais (e, em mulheres, de 
um feto a termo) via períneo; 
No indivíduo maduro, o cíngulo do membro 
inferior é formado por três ossos: 
 Ossos do quadril direito e esquerdo: ossos 
grandes, de formato irregular, cada um 
deles é formado pela fusão de três ossos, 
ílio, ísquio e púbis 
 Sacro: formado pela fusão de cinco 
vértebras sacrais. 
 
 
Os dois ossos do quadril são unidos 
anteriormente na sínfise púbica, uma 
articulação cartilagínea secundária. Os ossos 
do quadril articulam-se posteriormente com o 
sacro nas articulações sacroilíacas. O ílio é a 
parte superior, em forma de leque, do osso do 
quadril. Em sua face externa, o corpo do ílio 
participa da formação do acetábulo. 
 
 
 
Posteriormente, a face sacropélvica do ílio tem 
uma face auricular e uma tuberosidade ilíaca, 
para articulação sinovial e sindesmótica com o 
sacro, respectivamente. O ísquio tem um corpo 
e um ramo. O corpo do ísquio ajuda a formar o 
©
 
acetábulo e o ramo do ísquio forma parte do 
forame obturado. O púbis é um osso angulado 
que tem um ramo superior, o que ajuda a 
formar o acetábulo, e um ramo inferior, que 
ajuda a formar o forame obturado. O arco 
púbico é formado pelos ramos isquiopúbicos, 
esses ramos encontram-se na sínfise. 
 
 
A pelve maior (pelve falsa) é a parte da pelve: 
 Superior à abertura superior da pelve; 
 Limitada pelas asas do ílio 
posterolateralmente e a face 
anterossuperior da vértebra SI 
posteriormente; 
 Ocupada por vísceras abdominais (p. ex., o 
íleo e o colo sigmoide). 
 
A pelve menor (pelve verdadeira) é a parte da 
pelve: 
 Situada entre as aberturas superior e 
inferior da pelve; 
 Limitada pelas faces pélvicas dos ossos do 
quadril, sacro e cóccix; 
 Que inclui a cavidade pélvica verdadeira e 
as partes profundas do períneo 
(compartimento perineal). 
 
Os cíngulos dos membros inferiores de homens 
e mulheres diferem em vários aspectos. Essas 
diferenças sexuais estão relacionadas 
principalmente com a constituição mais 
pesada e aos músculos maiores da maioria dos 
homens e à adaptação da pelve (sobretudo a 
pelve menor) nas mulheres para o parto. 
Assim, temos a pelve menor masculina mais 
estreita e profunda (afunilada) enquanto a 
feminina mais larga e rasa (cilíndrica). 
Podemos observar ainda que o forame 
obturado masculino é redondo enquanto o 
feminino oval. 
 
 
 
O peso corporal é transferido da coluna 
vertebral para o cíngulo do membro inferior, 
através das articulações sacroilíacas, e do 
cíngulo do membro inferior para os fêmures 
através das articulações do quadril. Para 
sustentar melhor a postura bípede ereta, os 
fêmures são oblíquos (em direção 
inferomedial) nas coxas, de modo que, de pé, 
os joelhos ficam posicionados adjacentes e 
diretamente inferiores ao tronco, 
reposicionando o centro de gravidade nas 
linhas verticais das pernas e pés. 
 
 
Os fêmures das mulheres são um pouco mais 
oblíquos que os dos homens, em consequência 
©
 
da maior largura de suas pelves. Nos joelhos, a 
extremidade distal de cada fêmur articula-se 
com a patela e a tíbia da perna 
correspondente. O peso é transferido da 
articulação do joelho para a articulação 
talocrural pelatíbia. A fíbula não se articula 
com o fêmur e não sustenta nem transfere o 
peso, mas permite fixação muscular e contribui 
para a formação da articulação talocrural. No 
tornozelo, o peso sustentado pela tíbia é 
transferido para o tálus. O tálus é o elemento 
fundamental de um arco longitudinal, formado 
pelos ossos tarsais e metatarsais de cada pé, 
que distribui o peso uniformemente entre o 
calcanhar e a parte anterior do pé na posição 
de pé, criando uma plataforma óssea flexível, 
porém estável, para sustentar o corpo. 
 
 
O fêmur é o osso mais longo e mais pesado do 
corpo. Transmite o peso do corpo do osso do 
quadril para a tíbia quando a pessoa está de 
pé. O fêmur tem um corpo e duas 
extremidades, superior ou proximal e inferior 
ou distal. A extremidade superior (proximal) do 
fêmur é dividida em cabeça, colo e dois 
trocanteres (maior e menor). 
 
Os côndilos medial e lateral formam quase 
toda a extremidade inferior (distal) do fêmur. 
Os côndilos do fêmur articulam-se com os 
meniscos e os côndilos da tíbia para formar a 
articulação do joelho. Os meniscos e os 
côndilos da tíbia deslizam como uma unidade 
através das faces inferior e posterior dos 
côndilos do fêmur durante a flexão e a 
extensão. 
 
Localizada paralela à fíbula, a tíbia é o segundo 
maior osso do corpo. Alarga-se externamente 
nas duas extremidades e propicia maior área 
para articulação e transferência de peso. A 
extremidade superior (proximal) alarga-se 
para formar côndilos medial e lateral que 
pendem sobre o corpo medial, lateral e 
posteriormente, formando uma face articular 
superior relativamente plana, ou platô tibial. 
Esse platô é formado por duas faces articulares 
lisas que se articulam com os grandes côndilos 
do fêmur. Os tubérculos e áreas intercondilares 
são locais de fixação dos meniscos e 
ligamentos principais do joelho, que mantêm o 
fêmur e a tíbia juntos, mantendo contato entre 
suas faces articulares. 
 
©
 
Ao contrário do fêmur, o corpo da tíbia está 
realmente em posição vertical na perna. A 
margem anterior da tíbia é a mais 
proeminente. Essa margem e a face medial 
adjacente são subcutâneas em toda. A 
expansão medial estende-se inferiormente ao 
restante do corpo como o maléolo medial. A 
face inferior do corpo e a face lateral do 
maléolo medial se articulam com o tálus e são 
cobertas por cartilagem articular. 
 
A fíbula situa-se posterolateralmente à tíbia e 
está firmemente fixada a ela pela sindesmose 
tibiofibular, que inclui a membrana interóssea. 
A fíbula não tem função de sustentação de 
peso. Sua função principal é a fixação 
muscular. 
 
 
 
A extremidade distal se alarga e é prolongada 
lateral e inferiormente como o maléolo lateral. 
Os maléolos formam as paredes externas de 
um encaixe retangular, que é o componente 
superior da articulação talocrural, e são o local 
de fixação dos ligamentos que estabilizam a 
articulação. A extremidade proximal da fíbula 
consiste em uma cabeça aumentada superior 
a um pequeno colo. O corpo da fíbula é torcido 
e marcado pelos locais de fixação muscular. 
Assim como o corpo da tíbia, é triangular ao 
corte transversal, tem três margens (anterior, 
interóssea e posterior) e três faces (medial, 
posterior e lateral). 
 
 
 
O tarso (parte posterior ou proximal do pé) tem 
sete ossos: tálus, calcâneo, cuboide, navicular e 
três cuneiformes. Só um osso, o tálus, articula-
se com os ossos da perna. 
 
©
 
O metatarso (parte anterior ou distal do pé, 
antepé) consiste em cinco ossos metatarsais, 
numerados a partir da face medial do pé. O 
metatarsal I é mais curto e mais forte do que os 
outros. O metatarsal II é o mais longo. Cada 
metatarsal tem uma base proximal, um corpo 
e uma cabeça distal. A base de cada 
metatarsal é a extremidade proximal, maior. 
As bases dos metatarsais articulam-se com o 
cuneiforme e o cuboide, e as cabeças 
articulam-se com as falanges proximais. 
 
As 14 falanges dos membros inferiores são as 
seguintes: o hálux (dedão) tem duas falanges 
(proximal e distal); os outros quatro dedos têm 
três falanges cada: proximal, média e distal. 
Cada falange tem uma base (proximal), um 
corpo e uma cabeça (distal). As falanges do 
hálux são curtas, largas e fortes. Em pessoas 
idosas, pode haver fusão das falanges média e 
distal do dedo mínimo.

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