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21 ESTRATÉGIAS PRÁTICAS PARA ESTUDAR E APRENDER MELHOR Descubra como Manter o Interesse nos estudos, Aumentar a retenção do conteúdo, Ler Melhor e Memorizar Rapidamente © ISMAR SOUZA Todos os Direitos Reservados São Paulo - Brasil - 2019 AVISO LEGAL 21 Estratégias Práticas para Estudar e Aprender Melhor Copyright © Ismar Souza. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610/98 do Brasil, bem como demais leis sobre direitos autorais dos países em que esta obra for adquirida. Nenhuma parte do conteúdo deste livro poderá ser utilizada ou reproduzida em qualquer meio ou forma, seja ele impresso, digital, áudio ou visual sem a expressa autorização por escrito do autor. A não observância destas condições pode incorrer em penas criminais e ações civis. Para solicitar permissões de reprodução, escreva para ebooks@academiaideia.com mailto:ebooks@academiaideia.com INTRODUÇÃO Para ter sucesso em praticamente qualquer coisa, você tem que ser intencional, deliberado e organizado. Planejamento é a chave. E quando se trata de aprender, quanto mais intencional você for, mais eficientemente você consegue aprender. Isso é especialmente verdadeiro para o aprendizado atribuído - para a escola, treinamento profissional, cursos de atualização, unidades necessárias para manter o licenciamento e assim por diante. Infelizmente, às vezes há uma tendência para adiar a aprendizagem quando o conteúdo não parece muito interessante. Para ajudar a diminuir essa tendência negativa, veremos algumas práticas que facilitarão e agilizarão seu aprendizado. Talvez você pode pensar que existem muitas regras excessivamente específicas e chatas para se aprender melhor. E com certeza isso é um dos principais motivos que leva as pessoas a estudarem sem nenhum planejamento ou estratégia, esperando que vão aprender alguma coisa na base da força bruta, apenas forçando o cérebro a guardar informações. O ponto de virada aqui, o ponto que faz toda a diferença e a partir do qual você vai começar a notar uma diferença significativa nos seus resultados é que, assim como acontece com uma máquina qualquer do nosso dia a dia, o cérebro também tem uma forma específica de trabalhar. Uma maneira pela qual, obter bons resultados é muito mais fácil. Então o que faremos aqui, essencialmente, será identificar, entender e aplicar estratégias específicas que vão aproveitar o “modelo de trabalho” dos nossos cérebros e potencializar a capacidade de estudar, entender, compreender e armazenar informações, transformando-as em conhecimento. Não se preocupe se você não puder aplicar todas as estratégias ou se não conseguir realizá-las exatamente da maneira como veremos aqui. Aliás, se você achar que uma variação de alguma estratégia vai funcionar melhor para você do que a versão “original”, sinta-se à vontade para usar essa variação (no entanto, descubra com certeza o que funciona melhor; não apenas assuma que fazer diferente é melhor). O “grande segredo” do sucesso em qualquer atividade é que não existe nenhum segredo, nem nenhum método milagroso e que funcione 100% das vezes para todas as pessoas. A propósito, é importante deixar registrado que nem todas as estratégias apresentadas aqui podem ser úteis ou mesmo adequadas para você. A melhor estratégia de estudo que você pode utilizar é aquela que se encaixa com seu perfil, que atenda suas necessidades e ofereça os resultados que você deseja, independentemente se é uma estratégia básica, avançada, apresentada por um especialista ou criada por você mesmo. Então grave isso, o melhor método que existe, é aquele que funciona para você. Portanto, avalie de mente aberta as estratégias que veremos aqui. Adapte o que for necessário e acrescente o que achar melhor até que os seus resultados sejam o que você espera. SUMÁRIO PREPARAÇÃO PARA OS ESTUDOS CICLOS DE ESTUDO MANUTENÇÃO DO INTERESSE DORMIR E DESCANSAR ESTRATÉGIA #1: PLANEJE SEU TEMPO DE LEITURA ESTRATÉGIA #2: COMO USAR UM LIVRO ESTRATÉGIA #3: O MÉTODO DE LEITURA SQ3R ESTRATÉGIA #4: LEITURA ATIVA ESTRATÉGIA #5: FAZENDO PERGUNTAS ESTRATÉGIA #6: FAÇA ANOTAÇÕES ESTRATÉGIA #7: RESUMO ESTRATÉGIA #8: PARAFRASEAR ESTRATÉGIA #9: AUTOEXPLIAÇÃO ESTRATÉGIA #10: AUTOAVALIAÇÃO ESTRATÉGIA #11: CONEXÃO DE IDEIAS ESTRATÉGIA #12: MAPEAMENTO DE IDEIAS ESTRATÉGIA #13: DESENHANDO IMAGENS ESTRATÉGIA #14: CONVERSAÇÃO ESTRATÉGIA #15: ENSAIO MENTAL ESTRATÉGIA #16: O SISTEMA LEITNER ESTRATÉGIA #17: INTERAÇÃO EM GRUPO ESTRATÉGIA #18: AUDIÇÃO ATIVA ESTRATÉGIA #19: FLUÊNCIA/AUTOMATICIDADE ESTRATÉGIA #20: MEMORIZAÇÃO ESTRATÉGIA #21: AUTOMONITORAMENTO CONCLUSÃO SOBRE O AUTOR OUTROS LIVROS QUE PODEM TE INTERESSAR JÁ PENSOU EM ESCREVER SEU PRÓPRIO EBOOK? Antes de começarmos a conversar sobre as estratégias para estudar e aprender melhor, quero fazer um convite especial a você. Uma das maneiras mais eficazes de transformar conhecimento, experiência e interesse em negócios e gerar receita com suas habilidades é criando eBooks. Todo mundo tem alguma experiência, interesse ou conhecimento que podem servir como base para criar eBooks. E não tenha dúvida, existem muitas pessoas por aí que valorizam o seu conhecimento e querem aprender mais, assim como você está fazendo agora lendo esse meu livro :) Criar seu próprio eBook e começar a gerar renda com royalties na internet é muito mais simples do que você imagina. Se você já pensou em criar algum negócio digital, mas não faz ideia de por onde começar, quero te convidar a conhecer o eBook Experts Clube. Nesse Clube online eu compartilho métodos que qualquer pessoa pode usar para escrever seus próprios eBooks profissionais, seguindo um processo passo a passo simples e rápido. 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Existem pessoas que têm maior facilidade para se concentrar em ambientes mais bagunçados. Mesmo que você seja uma dessas pessoas, tente seguir essas orientações e vai perceber um aumento da sua concentração e do seu rendimento. DISTRAÇÕES Afaste de você todas as possíveis distrações. E hoje elas são muitas: Celular, e-mail, redes sociais, sites de vídeos, jogos entre outros. Por mais que pareçam simples, esses detalhes são capazes de diminuir drasticamente sua concentração. Sempre que for estudar, procure se colocar em uma posição em que não possa ver a movimentação de corredores, janelas ou outras salas. Evite também interromper a leitura para ficar olhando as mensagens do celular, de preferência deixe-o fora do alcance dos seus olhos, e no modo silencioso. Não existe ainda um consenso sobre os benefícios ou malefícios de se estudar ouvindo música. Algumas pessoas afirmam que a música as ajuda a se concentrarem enquanto outras dizem que isso atrapalha. Então,mais uma vez, o que vale é o teste. Experimente estudar com e sem música e avalie seus resultados. FORMA FÍSICA É difícil se concentrar quando se está com fome, preocupado, cansado ou nervoso. Nesses casos a falta de concentração é considerada uma autodefesa do cérebro. Certifique que sua mente está em condições para estudar. Alimente-se bem antes de iniciar os estudos (isso não significa comer muito). Não prossiga com os estudos caso algum problema persista em sua mente. Procure resolver suas pendências ou esquecê-las antes de estudar. O cansaço físico é outro grande inimigo da concentração. Não tente estudar caso esteja se sentindo cansado, procure relaxar, se for o caso até dormir e descansar um pouco. INTERESSE É desnecessário dizer que mesmo que você tenha uma dieta apropriada, encontre um ambiente tranquilo, elimine todas as distrações e esteja em forma para estudar, se não tiver o mínimo interesse para isso, de nada adianta todo esse trabalho. Vamos fazer um teste rápido? Pegue uma folha de papel e faça uma linha no meio, criando duas colunas. Na coluna da esquerda você deve colocar as atividades em que consegue se concentrar com maior facilidade, e na coluna da direita coloque as atividades em que você tem maior dificuldade de concentração. Seja específico, não adianta colocar na coluna da direita que tem dificuldade em estudar, pois sabemos que isso não é verdade. Coloque o nome da matéria ou tema que tem dificuldade de se concentrar. Bom, agora que você já preencheu, tenho quase certeza de que praticamente todas as atividades da coluna da esquerda, nas quais se concentra facilmente, são atividades que você gosta de fazer, atividades que despertam um interesse em você, ou matérias que você acha legal. Já as atividades da direita devem ser atividades das quais você não gosta. Mas calma isso é perfeitamente compreensível, nós realmente tendemos a nos concentrar mais nas coisas que mais gostamos. Mas como sabemos, muitas vezes temos que estudar alguma matéria ou assunto que não nos agrada, e isso gera um desconforto e falta de concentração. E como resolver isso? Você precisa gerar interesse. Para gerar interesse pele estudo de uma maneira bem rápida e direta, faça o seguinte: pegue uma outra folha de papel, e faça o mesmo esquema, mas agora você vai preencher de forma diferente, de um lado coloque o que você vai conseguir quando concluir seus estudos, e do outro o que você vai perder ou o que vai deixar de ganhar caso não estude. Agora olhe o que você escreveu. Quando fizer isso, você vai fixar em sua mente o objetivo de concluir o estudo pela motivação da conquista ou para evitar a dor da perda ou do fracasso. Além disso, você precisa perceber que muitas vezes nossa dificuldade de concentração em determinado assunto é decorrente da falta de objetivo. O interesse e a motivação, para estudar ou para qualquer outra tarefa em nossa vida, depende diretamente do valor que damos ao resultado que a tarefa nos dará. Por isso, quando estiver enfrentando essa falta de interesse, tente se imaginar como se já tivesse concluído a leitura. Tente se imaginar como se sentirá quando já tiver tudo pronto, e você já estiver tranquilo. Isso dará ao seu cérebro uma grande motivação em busca da conclusão da tarefa de estudar. CICLOS DE ESTUDO O aprendizado mais profundo é o aprendizado que inclui não apenas lembrar- se por algum tempo, mas também lembrar e entender a longo prazo. Para alcançar profundidade de compreensão e conhecimento duradouro, é necessário mais do que apenas estudar para um teste que será às 8 da manhã na madrugada da noite anterior. Uma dica importante para a aprendizagem profunda e permanente é o estudo e a prática repetidos ao longo do tempo. A estratégia de ciclos de estudo incorpora isso. Planeje seu estudo de modo que seja metódico e regular, até mesmo ao ponto de estudar no mesmo local (mesma sala, mesa e condições) nos mesmos horários todos os dias, sempre que possível. O primeiro passo no desenvolvimento de um ciclo de estudos é descobrir seus próprios fatores de potencial pessoal. Você está mais acordado, alerta e capaz de se concentrar durante a parte da manhã, no meio do dia ou durante a noite? Todos nós temos momentos de maior disposição no dia. Quando possível, experimente estudar em momentos e horários diferentes e se atente aos seus resultados para descobrir qual o período do dia em que você tem um maior potencial de concentração e aprendizagem. Quanto tempo você consegue se concentrar antes de perder a atenção e precisar de uma pausa? Geralmente o tempo médio de atenção ininterrupta de uma pessoa gira em torno de 15 a 40 minutos. Inicie seus estudo em blocos de 10 minutos com 5 minutos de pausa. A princípio essas pausa podem atrapalhar sua concentração, mas você não precisa parar se sentir que ainda está concentrado. Essa sugestão serve para você ir aumentando gradualmente seu bloco de estudo até descobrir o tempo máximo que consegue manter sua concentração sem começar a se distrair. Quais práticas ajudam você a se concentrar melhor? É possível que você consiga se concentrar melhor após acordar pela manhã, depois de tirar um cochilo a tarde, depois chegar do trabalho ou antes de ir para a academia (veja o capítulo sobre Manutenção do Interesse, para mais informações). ✓ Estude materiais difíceis em momentos de pico de atenção e menos difíceis em outros momentos. Por exemplo, se o seu pico de alerta for no meio da manhã, estude fórmulas de química às terças e quintas, das 9 às 11 horas. Aproveite para usar seu “melhor tempo” para as tarefas, assuntos ou atividades que requerem mais empenho. Isso vai garantir que o esforço mental seja menor, já que naturalmente sua mente estará no momento de alerta. ✓ Divida seu assunto de estudo em intervalos de atenção (ou blocos de tempo). Se você consegue ficar focado por 60 minutos, deixe esse ser o seu tempo estudando sobre o assunto todos os dias. Se você conseguir se concentrar por apenas 45 minutos ou 30 minutos, planeje seu estudo para duas sessões de 45 minutos ou três sessões de 30 minutos, com pausas e outros assuntos entre essas sessões. ✓ No final de cada sessão de estudo, faça uma breve revisão (recitando em voz alta) do que você acabou de abordar. Após o intervalo, revise brevemente o que você estudou antes do intervalo. Essa revisão dupla ajudará a consolidar o material em sua mente e fornecerá um contexto para o próximo tópico. Duas das dicas-chave para aprender são: ✓ Trabalhe com/ou aplique o que você está aprendendo no seu dia: pratique aquilo de alguma forma, quando ou se possível ✓ Repita as informações várias vezes: recite-as em voz alta, resuma-as para um amigo, discuta-as com um parceiro de estudo ou explique-as para alguém. Esta segunda chave é o foco no agora. A memória é consolidada pela repetição. Quanto mais você se deparar com uma afirmação, mais fácil, profunda e duradouramente você se lembrará dela. (Ela também será recuperada mais rapidamente - consulte a Estratégia de Fluência / automaticidade). A melhor maneira de estudar material repetidamente é planejar seus ciclos de estudo para que o mesmo material seja revisado ao longo do tempo, como uma ou duas vezes por semana durante o período. Estudar até a madrugada para uma prova tem pouco valor no longo prazo. A pouca informação é logo esquecida. A lembrança não vem da simples releitura ou memorização, mas da prática, aplicação e compreensão da informação. ✱ Dica extra Você pode introduzir variedade em seu ciclo de estudo usando as etapas da Estratégia SQ3R, que veremos mais adiante. ▪ Para sua primeira sessão de estudo, examine o material e faça perguntas sobre o assunto - o que esperar, como o material se encaixa na área de assunto e assim por diante; ▪ Para sua segunda sessão, leia o material com atenção; ▪ Para a terceira, recite (diga em voz alta o que você pode lembrar sobre a leitura); ▪ E para a próxima sessão, revise a leitura e compare sua memória com o texto. MANUTENÇÃO DO INTERESSE Se você não estiver prestando atenção naaula, no seu livro ou em uma videoaula online, você não aprenderá nada. Isso é óbvio. Se você está prestando atenção - ou tentando - mas simplesmente não consegue se manter interessado ou focado, você aprenderá muito menos do que se conseguisse manter o interesse. Isso também é óbvio, mas infelizmente, muitas pessoas não levam em consideração esse ponto sobre o interesse. Geralmente os estudantes acreditam que o interesse no estudo surge por si só. Eles acreditam que a obrigação por si só funciona como motivação para o interesse. Mas não é bem assim que isso funciona. A falta de interesse flerta com o tédio e o tédio produz perda de atenção. Agora, todos nós ocasionalmente experimentamos uma mente distraída, que divaga e se perde em pensamentos paralelos, especialmente se o instrutor ou apresentação não for muito atraente por si só. A boa notícia é que existem muitas técnicas para ajudá-lo a manter o foco no tema, tanto em sala de aula quanto quando você está lendo ou estudando. E mais do que apenas manter o foco, você pode realmente aumentar o seu interesse no material com essas técnicas. MANTENDO O INTERESSE DURANTE AS AULAS Use algumas dessas técnicas para se manter interessado e motivado enquanto estiver na aula: ✓ Ouça ativamente. Ouvir, ler e estudar ativamente na realidade significa questionar as informações que chegam até você. Encare o estudo ativo como a base para todo e qualquer processo de aprendizagem. Dê maior atenção aos comentários que precedem ideias-chave como por exemplo "e esta é a principal razão", "mas o problema fundamental foi", “o ponto principal/chave de todo esse processo é”. A partir dessas informações e ideias-chave crie seus próprios exemplos adicionais, conectando as ideias umas às outras ao mesmo tempo em que as explica de uma forma diferente do que você ouviu (veremos mais sobre isso na estratégia de parafrasear). Pense em possíveis desafios para as conclusões ou desenvolva exemplos contrários, nos quais você pode transformar as informações positivas em negativas e vice-versa. Por exemplo, quando explicar como algo ocorreu, como funciona, ou como se chegou a determinada conclusão, faça o caminho inverso e pense também no que deixou de acontecer, no que poderia interromper o funcionamento ou como essa informação poderia ser refutada. Tenha certeza de que além de saber o que algo significa, você também saiba o que ela não é, ou com o que ela poderia ser confundida. ✓ Faça anotações. Mesmo que você nunca as revise, o processo de fazer anotações faz com que você preste atenção e processe o que está acontecendo. E se você revisar essas anotações mais tarde, aprenderá ainda mais. Anotar é, em parte, um processo intelectual (usa sua mente) e parcialmente físico (você escreve ou digita). Esta atividade de duas partes ajuda a mantê-lo alerta, muito mais do que simplesmente tentar ouvir. Veja a Estratégia de Aprendizagem 9: Anotações, para mais informações. ✓ Faça paráfrases. Se você faz anotações ou não, parafraseie o conteúdo conforme ele chega. Reescrever as informações com suas próprias palavras torna as ideias mais claras e familiares e mais memoráveis (nós veremos como fazer isso mais a frente). ✓ Faça resumos. Não espere até o final da palestra, leitura, vídeo ou o que seja para começar a resumir o que está sendo apresentado. Crie resumos seccionais conforme as coisas acontecem. Por exemplo, se estiver lendo um livro, não espere concluir a leitura para fazer seu resumo. Crie o resumo depois de ler cada capítulo ou subcapítulo, e no final some todos os resumos criando uma material mais completo e detalhado. ✓ Faça assimilações. Pense em como o material se encaixa com o que você já conhece. Fazer algumas conexões fortalecerá a memória geral do novo material. ✓ Dê uma aplicação à informação. Se você conseguir pensar em como o que você está aprendendo se aplica à sua própria vida, você aprenderá com muito mais facilidade e seu interesse por aquilo será mais forte. Se não conseguir encontrar uma aplicação real e imediata, imagine possíveis aplicações (reais ou não). ✓ Faça perguntas. Perguntas são os melhores estimuladores da curiosidade e fornecem uma estrutura natural para o aprendizado. Faça uma pergunta, obtenha uma resposta e tenha uma pequena (mas eficaz) unidade de aprendizado. Ao fazer perguntas, você passa da posição de um destinatário passivo de informações para um participante ativo no conteúdo e na entrega. Agora você está estimulando sua própria curiosidade e a dos outros na turma. Bom, um dos pontos mais importantes para manter o interesse em sua mente é trazer o seu corpo para ajudá-lo. Quanto mais alerta seu corpo estiver, mais alerta sua mente estará. Você provavelmente já percebeu que é difícil se concentrar quando se está se sentindo sonolento em uma sala quentinha logo após o almoço. Esse é o seu corpo afetando sua mente. Então, faça seu corpo ficar ao seu lado com algumas dessas técnicas: ✓ Faça contato visual frequente com o apresentador ou o instrutor, mesmo se você estiver na parte de trás da sala de aula ou assistindo a um vídeo. ✓ Use sua cabeça e seu rosto. Afirme com a cabeça, sorria, diga “sim”, ou “uh huh” em voz baixa. Se você estiver assistindo a um vídeo ou seminário online, faça expressões faciais, - dúvida, surpresa, em choque, rindo - ou pelo menos erga as sobrancelhas ou franza a testa. Você pode se surpreender com o quão alerta essa prática pode torná-lo. Esse comportamento vai “ativar” seu cérebro para se concentrar como se estivesse em uma conversa real. ✓ Incline-se para frente e para trás. Quando estiver sendo abordado algo menos importante, incline-se para trás em sua cadeira. Quando a parte importante chegar, incline-se para frente. Seu cérebro automaticamente ficará mais atento nas partes importantes pois ele ficará condicionado a se concentrar ao se aproximar do assunto de estudo. ✓ Respire. Tome respirações longas, lentas e profundas para oxigenar seu cérebro. Um método bastante simples e eficaz de respiração é conhecido como “Técnica 4-7-8”. Ela funciona assim: ▪ Esvazie os pulmões do ar; ▪ Respire calmamente pelo nariz por 4 segundos; ▪ Segure a respiração por uma contagem de 7 segundos; ▪ Exale vigorosamente pela boca, afunilando os lábios e fazendo um som de "whoosh", por 8 segundos; ▪ Repita o ciclo até 4 vezes. Se quiser saber mais sobre essa técnica de respiração, confira esse vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=gz4G31LGyog ✓ Beba água. Beber água, especialmente água gelada, ajuda a mantê-lo acordado e alerta. Quando seu cérebro fica desidratado ele diminui a capacidade de raciocínio e de pensamento crítico. ✓ Alongue seus músculos https://www.youtube.com/watch?v=gz4G31LGyog ▪ Estique seus braços, pernas e costas; ▪ Estique seu braço, e puxe os dedos para trás com a outra mão; ▪ Levante os ombros e, segure por 2 segundos, em seguida, abaixe-os. Faça de 10 a 20 repetições; ▪ Coloque a mão no topo da sua cabeça e a puxe, alongando o pescoço para frente, para trás e para os lados. Gire o pescoço sobre os ombros de forma lenta e o mais acentuado possível, invertendo os sentidos; ▪ Fique em pé e levante seu corpo com a ponta dos pés; ▪ Agache e estique os braços à frente do corpo. Faça de 5 a 10 repetições. MANTENDO O INTERESSE AO ESTUDAR Ao ler, estudar ou revisar suas anotações, experimente algumas dessas técnicas para manter-se alerta e interessado. ✓ Evite o excesso de informação. Tentar empurrar muita informação em sua memória de longo prazo muito rápido não funciona. O acréscimo apenas empurra as informações anteriores à medida que as novas informações chegam (temporariamente). É por isso que estudar a noite inteira para uma prova também não funciona. Em vez de tentar aprender tudo de uma vez, tente o seguinte: ▪ Divida seu tempo de estudo em blocos de 20 ou 30 minutos cada, com um intervalo de cinco minutos entre cada bloco; ▪ Antes de cada intervalo, reserve alguns minutos para resumir ou pensar sobre o que você acabou de abordar; ▪ Durante cada intervalo de cinco minutos, feche os olhose deixe a mente relaxar. Aproveite para se alongar e praticar a respiração 4-7-8; ▪ Após cada intervalo, se estiver com dificuldade para se concentrar, mude o assunto e estude outro tema. ✓ Use variações. Existem muitas maneiras de manter o aprendizado interessante variando as atividades de aprendizado. ▪ Faça marcações no seu material; ▪ Leia o material em voz alta; ▪ Reorganize o conteúdo de uma forma diferente da original, de forma que o sentido geral seja mantido; ▪ Sublinhe ou destaque palavras, frases e sentenças importantes; ▪ Coloque o material em forma de um FAQ (perguntas frequentes) escrevendo uma série de perguntas e respostas baseadas no material que estiver estudando. ✓ Torne o estudo visual. Desenhos e imagens são processados pelo cérebro imediatamente enquanto palavras escritas precisam ser decodificadas primeiro. Portanto, usar recursos visuais fará o estudo ser mais fácil e mais interessante. ▪ Desenhe um diagrama ou esquema que consiga representar o material; ▪ Crie um fluxograma mostrando o processo, a lógica do argumento, a organização do todo ou de parte do conteúdo; ▪ Desenhe um mapa do conteúdo; ▪ Represente graficamente os dados (se aplicável); ▪ Marque a leitura com símbolos como asteriscos, além de sinais, marcas de seleção, rostos felizes ou tristes, pontos de exclamação. APRENDIZAGEM DE ALTA PERFORMANCE Você realmente pode "se animar" e aumentar o seu interesse em um tópico que, em outros momentos, você não ficaria muito animado. Aqui estão duas maneiras de fazer isso. ✓ Diga a si mesmo o quão interessante o assunto é. Em uma sala de aula, faça isso silenciosamente, mas quando estiver sozinho, diga estas coisas em voz alta: ▪ Isso é realmente interessante; ▪ Estou aprendendo muitas coisas valiosas e úteis neste (livro, capítulo, aula); ▪ Este assunto é realmente importante para a minha carreia, graduação etc; ▪ Estou gostando desse assunto por que... ✓ Recompense a si mesmo por estudar. Depois de cada uma hora e meia mais ou menos, dê uma recompensa a si mesmo. Experimente algo como: ▪ Tomar uma xícara de café, chá, suco ou copo de refrigerante (não exagere no refrigerante); ▪ Uma música, ou um vídeo para relaxar (não se esqueça que isso é apenas uma recompensa breve, se for difícil para você se controlar quando acessa sites de vídeo como o YouTube, o melhor é evitar fazer isso durante os períodos de estudo, mesmo que durante as pausas); ▪ Um jogo rápido no celular ou videogame (aqui cabe a mesma observação da dica anterior sobre o problema da falta de controle, na dúvida, tente outra coisa). O importante é fazer o que funciona melhor para você. Se ouvir uma música ou um jogo de cartas quebra sua concentração, então não faça essas coisas. Encontre outra prática motivadora e que de alguma forma sirva para que você “recarregue” sua energia e possa continuar o estudo. DORMIR E DESCANSAR Quando dormimos menos do que o necessário ou temos uma noite agitada, ficamos mais propensos a erros, com menor capacidade de concentração, mais frágeis emocionalmente e até mesmo mais vulneráveis a acidentes, doenças e infecções. Dormir um sono de qualidade e com um mínimo de horas é fundamental para que você tenha condições de atuar no seu dia a dia. Isso vale para os seus estudos, o seu trabalho ou qualquer outra atividade que você deva desempenhar. Pesquisas mostram que o sono é responsável por alguns aspectos da consolidação dos conteúdos na nossa memória. Por isso, todo nosso esforço de estudar ao longo do dia deve ser concluído com uma boa dose de sono. Se você estudar muitas horas, mas não dormir adequadamente, grande parte do conteúdo estudado será descartada pelo seu cérebro. A neurociência diz que temos cinco ciclos de sono ao longo de uma noite. Cada um desses ciclos dura cerca de 90 minutos. Daí o tempo recomendado de sono ser de 7 a 8 horas diárias, pois esse período compreende 5 ciclos de 90 minutos. O tempo de sono diário impacta diretamente na capacidade de compreensão do cérebro. O percentual de memorização de quem dorme cerca de quatro horas é de 25% a 30%, já para quem dorme de sete a oito horas, esse percentual sobe para algo em torno de 60% a 65%. Por esse motivo, é muito melhor estudar oito horas e dormir outras oito do que estudar doze horas e dormir só quatro horas. O sono tem uma dupla função: ✓ Dar suporte para que o cérebro possa armazenar as informações estudadas, na memória de longo prazo. ✓ Preparar o cérebro para receber novas informações no dia seguinte. Pense sobre o sono como se fosse a hora da faxina no cérebro. Quando tudo é organizado, limpo e colocado no seu devido lugar. Além do sono regular, outra maneira interessante de aumentar a retenção dos estudos e melhorar sua disposição física e mental são os cochilos. Alguns estudos demonstraram que, para boa parte das pessoas, pode ser estimulante para a memória tirar um cochilo de menos de uma hora, após o almoço (ao que parece, 20 minutos é o tempo ideal). Pode também acontecer de, mesmo tendo dormido o tempo adequado, bater um sono no meio dos estudos. Nesse caso, não tenha medo de dar um pequeno cochilo de quinze minutos! Essas pequenas paradas ajudam a diminuir o cansaço e melhoram o desempenho cognitivo. Você deve experimentar como funciona em você, pois há pessoas que se sentem mais cansadas e demoram mais tempo para engrenar nos estudos depois de um cochilo. Faça o teste por uma semana e avalie os resultados. Caso precise alterar um pouco a sua rotina, veja a que melhor gera rendimento. Apenas não deixe de dormir de sete a horas diárias! Pode ser também que você tenha algum distúrbio do sono. Nesse caso, seria interessante procurar ajuda especializada. O Instituto do Sono da Unifesp fez uma pesquisa que demonstrou que mais de 70% dos moradores da cidade de São Paulo possuem algum problema relacionado ao sono, sendo que 15% sofrem de insônia crônica e tomam remédio para dormir. É um problema cada vez mais comum, especialmente nas grandes cidades. Enfim, para conseguir desfrutar de uma noite de sono que seja realmente revigorante, considere aplicar os 10 Mandamentos do Bom Sono. 1. Criar uma rotina diária de sono e um ambiente adequado. 2. Não ir dormir com fome. 3. Fazer refeições leves à noite, evitando alimentos pesados e gordurosos muito próximos da hora de dormir. 4. Desligar a TV, o som, o computador e o celular uma hora antes de dormir. 5. Não assistir a filmes de ação ou violentos à noite. 6. Não ingerir café, chocolate, refrigerantes ou energéticos à noite. 7. Ouvir apenas música leve. 8. Não fazer exercícios físicos intensos antes de dormir. 9. Não comer e/ou trabalhar na cama. 10. Fazer um pequeno relaxamento, oração ou meditação antes de dormir. Aproveite o seu período de sono para realmente relaxar e permitir que seu cérebro coloque todas as informações em ordem. A privação do sono não apenas deixa seu corpo cansado, mas também deixa seu cérebro cansado e difícil de controlar. A maioria dos cérebros dos estudantes não descansa nem dorme o suficiente. E sim, você precisa dormir e descansar. Por mais que isso passa parecer óbvio para alguns, para outros é uma necessidade difícil de ser atendida e que com certeza implica maus resultados. A privação extrema do sono causa psicose, fritura cerebral e grave falta de aprendizado e lembrança. Cansaço por causa de pouco sono diminui sua velocidade de aprendizado e diminui sua capacidade. Se você não quiser ter que ler cada parágrafo três vezes antes de entender, durma o suficiente. ESTRATÉGIA #1: PLANEJE SEU TEMPO DE LEITURA Muitas pessoas não compreendem, e outras sequer imaginam, que ter um planejamento de leitura é algo que pode transformar a forma como estudamos e aprendemos. Ter um plano não é útil apenas quando queremos viajar, comprar uma casa ou fazer uma faculdade. O planejamento também é importante para atividades como a leitura. Pense comigo: Se você planeja comprar uma casa, comprar um carro, ter mais liberdade financeira, com certeza uma parte do seu plano deve incluir se especializar em alguma área que vaiajudar você a conseguir melhores cargos e empregos. Correto? Para isso você precisa estudar. E então você planeja seu curso técnico, faculdade ou especialização. Mas já percebeu que normalmente o planejamento para nesse nível? Geralmente não planejamos as coisas que parecem ser mais simples. Apenas as executamos sem darmos a elas a devida a atenção. O que é o caso da leitura. Então, sendo a leitura a base do estudo e o estudo sendo a base do seu crescimento pessoal e profissional, podemos assumir sem erro que a atividade mais importante dessa cadeia é a leitura. E por esse motivo ela merece atenção e merece também ser bem planejada. Mas como planejar sua leitura? Bem, para isso você precisa saber de duas coisas: O tempo necessário para ler, e o tempo disponível para ler. A primeira informação é a mais simples de se conseguir. Vamos lá: o que você precisa fazer é baixar a PLANILHA DE CÁLCULO DE TEMPO DE LEITURA ⇩ (para Excel) que está disponível para download na área de recursos dessa aula. Na planilha existem dois campos que você deve preencher. No primeiro campo, Tempo de leitura, você deve inserir o tempo que leva para ler uma página modelo do livro que está planejando ler. Página modelo é uma página que é toda escrita, que não seja nem início nem fim de capítulo e que também não possua nenhum quadro, nenhuma https://drive.google.com/file/d/0B1TeAm7tJPbuTlFrUnpEd29udVk/view?usp=sharing https://drive.google.com/file/d/0B1TeAm7tJPbuTlFrUnpEd29udVk/view?usp=sharing https://drive.google.com/file/d/0B1TeAm7tJPbuTlFrUnpEd29udVk/view?usp=sharing ilustração ou recuo. Leia essa página como você lê normalmente e marque o seu tempo em segundos. Use o cronômetro do seu celular ou acesse http://cronometronline.com.br/ para marcar o tempo de leitura. Assim que você terminar de ler a página modelo veja quantas páginas possui o livro. Tente contar apenas as páginas que realmente serão lidas. Exclua as páginas iniciais do livro e as finais que não serão lidas, assim como as páginas que iniciam os capítulos e que não possuem nenhum texto, as páginas dos anexos, glossário, bibliografia ou outros elementos que não são necessários. Nessa etapa você não precisa ter um número exato de páginas, um número aproximado já é suficiente. Não estamos buscando um número exato, mas um número preciso o suficiente para podermos planejar a leitura. Agora que já tem o tempo de leitura e a quantidade de páginas é só inserir esses dados nos campos correspondentes e você terá uma estimativa do tempo necessário para concluir a leitura do seu livro. Por exemplo, vamos supor que você leu a página modelo em 90 segundos, e depois de eliminar as páginas que não serão lidas, restaram 100 páginas. O tempo estimado para leitura desse livro no ritmo que você lê hoje é de 2:30 horas. Dessa forma, se você reservar 30 minutos por dia vai conseguir finalizar a leitura em 5 dias. Simples não é mesmo? Sem dúvida saber o tempo necessário para concluir a leitura de um livro é muito útil, principalmente quando você tem pouco tempo disponível para estudar e precisar ser detalhista com o planejamento do seu tempo. ESTRATÉGIA #2: COMO USAR UM LIVRO Espere - o título não deveria ser: Como ler um livro? Sim e não. Sim porque veremos algumas dicas sobre leitura. Não porque, na verdade, veremos como manusear um livro antes de efetivamente começar a sua leitura. Antes de começar, é importante que você saiba que a leitura possui níveis diferentes de acordo com o propósito que você tem para o livro. Você já deve ter notado que a maneira como você lê um livro de romance é totalmente diferente de como você lê um livro sobre ciências, história ou matemática. A ideia aqui é ter uma visão geral dos pontos mais importantes na leitura de um livro. Entretanto, se você quiser entender melhor sobre os níveis de leitura e quando cada um deles é mais indicado e como são realizados, sugiro que conheça meu curso “Estratégias de Leitura: Como Ler e Compreender Melhor”. Nele eu apresento com detalhes os 4 níveis de leitura (elementar, inspecional, analítico e sintópico), além de dar várias dica para que sua leitura seja muito mais proveitosa e você consiga extrair o máximo possível de um texto ou livro, identificar os principais argumentos do texto, relacionar os principais conceitos e ideias, e como conseguir comparar o conteúdo de diferentes livros para um projeto de pesquisa. Se você quer aumentar seu desempenho na leitura de forma inteligente, usando estratégias práticas e eficazes, esse é o curso certo para você. Para conhecer o curso acesse https://ismarsouza.com/leitura Mas voltando ao assunto, veremos agora algumas dicas gerais de como ler um livro e extrair as informações mais importantes do conteúdo. FAÇA UMA LEITURA INSPECIONAL Obtenha uma visão geral do material de leitura ou do livro em si. Leia partes e trechos específicos do livro afim de entender a ideia geral do livro. ✓ Leia o título e o subtítulo. O subtítulo muitas vezes diz mais sobre o conteúdo do livro do que o título principal. ✓ Leia a contracapa. Quem escreveu e quem endossa o livro? Por que e como o livro foi escrito? Leia também as abas da capa. A aba esquerda geralmente descreve o propósito do livro, e a de trás tem uma biografia do https://ismarsouza.com/leitura autor, apresentando suas credenciais. ✓ Examine o índice do livro (se existir um). Isso lhe dará uma ideia sobre os temas de discussão e o que o autor considera importante. Veja também as pessoas mencionadas no índice para ver com quem o autor discute ou se alinha. ✓ Leia os destaques. Leia os títulos e subtítulos de cada capítulo. Leia também as partes em negrito, itálicos, sublinhados, citações, caixas de textos, ilustrações, títulos de tabelas, itens de lista e quaisquer outras partes que tenham sido realçadas ou recebido alguma ênfase. ✓ Verifique a bibliografia. Quais são as fontes que o autor usou? Quais as referências utilizadas que você pode consultar posteriormente para ampliar sua pesquisa? SE O LIVRO FOR SEU, FAÇA ANOTAÇÕES ✓ Destaques. Sublinhe palavras e frases importantes. Coloque uma marcação positiva ao lado de frases especialmente importantes e um asterisco ao lado de citações. ✓ Anotações. Faça comentários, faça perguntas, parafraseie, resuma ou responda de outra forma à leitura enquanto lê, enquanto a informação ainda está fresca em sua mente. ✓ Resumos. Faça anotações de final de capítulo. Resuma brevemente o capítulo com suas próprias palavras. ✓ Contornos. Contorne os parágrafos significativos que você deseja revisar mais tarde. ✓ Código de cores. Use cores diferentes de marcadores para indicar coisas diferentes. Amarelo para afirmações, laranja para evidências, verde para citações ou argumentos, ou o que for mais adequado à sua necessidade. ✓ Índice caseiro. Crie seu próprio índice, personalizado para o uso do livro. Anote onde você pode encontrar as informações mais relevantes para a sua pesquisa. CRIE UM SUPER LIVRO Corte folhas de papel sulfite no tamanho da página do livro e cole ou apenas insira entre páginas do livro. Essas folhas adicionais devem conter: ▪ Comentários, refutações, evidências adicionais, exemplos; ▪ Desenhos, gráficos, fotografias, recortes ou outras ilustrações; ▪ Definições, explicações; ▪ Referências cruzadas com outros livros/textos; ▪ Páginas em branco para você adicionar o que vier à mente enquanto você lê. OBTENHA METAINFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO Metainformação é simplesmente uma informação sobre outra informação. No caso de um livro, isso seria informações adicionais sobre o próprio livro. Consulte por exemplo: ▪ Resenhas e resumos do livro que deseja ler (pesquise no Google pelo título do livro seguido da palavra “resenha”); ▪ Revisões/análises/avaliações/comentários feitos por leitores (como as revisões na Amazon.com); ▪ Busque por resumos animados e/ou análises do livro no Youtube A metainformação revela o status cultural do livro, que frequentemente se alinha com sua qualidade. Ou seja, uma quantidade alta de resenhas positivas pode significar que o livro é realmentebom e compensa ser lido. Entretanto, se o assunto ou a posição do autor é controversa, então a metainformação do livro provavelmente será muito distorcida, apresentando opiniões extremamente opostas sobre sua relevância, veracidade ou qualidade argumentativa. Se atenha à parcialidade das avaliações. Nos casos em que análise é feita por um leitor que defende ideias contrárias às do livro, existe uma grande chance de a crítica ser negativa, ignorando os pontos positivos do livro. A metainformação geralmente inclui os nomes de outros livros sobre o assunto ou refutações aos argumentos do livro. Se o livro que você vai ler discute assuntos controversos, então pesquise também os livros/autores que se colocam como contraponto. ▪ Procure no Google o termo do assunto, título do livro ou nome do autor seguidos da palavra controvérsia ou oposição... Se você não encontrar muitos resultados com esses termos, tente refutação, refutada(o), argumentos contra, é falso, não funciona, pontos negativos; ▪ Pesquise também usando termos como evidência, prova, apoio, motivos, argumentos, referências. ✱ Dica extra Lembre-se de que, enquanto estiver lendo, você não precisa acreditar em tudo que ler e nem rejeitar. Basta arquivar as alegações (as declarações que o autor afirma como verdade) em sua mente como "isso é o que se afirma ser verdade". À medida que você ganhar mais conhecimento, provavelmente, em algum momento, você poderá mover a declaração de Alegação para Verdadeiro ou Falso. ESTRATÉGIA #3: O MÉTODO DE LEITURA SQ3R O método SQ3R é uma técnica de estudo muito utilizada no meio acadêmico americano e sugerida aos alunos que estão começando na universidade para ser um método de estudo para textos, livros e artigos. Foi desenvolvida pelo psicólogo Francis Robinson, em 1946. Esse método é uma estratégia de aprendizagem projetada para melhorar sua absorção do conteúdo que você lê, através de um processo de repetição e envolvimento variado com o material. Repetição é uma das chaves para a memória - quanto mais vezes nos deparamos com algo, mais profundamente ele se instala em nossa memória de longo prazo. SQ3R é uma abreviação em inglês das cinco etapas da estratégia, Survey (inspecionar), Question (questionar), Read (ler), Recite (recitar/reproduzir), Review (revisar). Cada uma das cinco etapas do método requer compromissos ativos com a atribuição de leitura, exigindo que o leitor faça alguma coisa com a leitura. Interagir com o material de leitura cria uma experiência de aprendizado muito mais forte que simplesmente lê-lo passivamente. SURVEY - INSPECIONE Esta é a primeira etapa para se conseguir uma leitura eficaz. Nesta etapa, você examina toda a tarefa para obter uma visão geral. Nossos cérebros gostam de conhecer o contexto geral das coisas, a fim de encaixá-las, de modo que uma inspeção de todo o livro ou artigo ajuda a entender para onde o autor está indo. Durante a inspeção você está preparando o seu cérebro para receber um novo conteúdo. Isso cria um ambiente favorável para a matéria ser armazenada por muito mais tempo. Atente para todas as palavras ou frases sublinhadas, em itálico, negrito e para os destaques do texto como citações e frases entre aspas. A introspecção na estrutura, no arranjo e na sequência da leitura permite que você forme uma estrutura mental para ela. Por exemplo, saber que o autor estará desenvolvendo um argumento de causa e efeito permite que você saiba que uma ou mais causas serão discutidas primeiro e, em seguida, haverá um detalhamento dos efeitos. Para trabalhos longos, como um livro inteiro ou monografia, extrair uma representação visual da escrita ajuda bastante. Um mapa mental, fluxograma ou outro diagrama permitirá que você acompanhe onde você está no argumento ou na discussão. E se você precisar retornar ao livro mais tarde (estudando para uma prova, escrevendo um artigo de pesquisa ou apenas precisando consultá-lo), o diagrama o ajudará a localizar o que você precisa muito mais rápido e a recuperar o contexto da discussão. Para inspecionar livros: 1. Leia as sinopses na sobrecapa do livro (capa traseira para brochuras); 2. Veja o índice para ver quais são os tópicos e como o livro está organizado; 3. Se presente, leia os objetivos, a visão geral ou os resumos dos capítulos; 4. Percorra o livro, olhando brevemente para os principais títulos; 5. Leia os principais títulos e subtítulos do primeiro capítulo; 6. Leia as perguntas de discussão no final do primeiro capítulo. Para inspecionar artigos, e textos na internet: 1. Leia o resumo ou visão geral; 2. Leia todos os títulos e subtítulos; 3. Vá até o final da leitura e leia qualquer seção chamada "Resumo", "Conclusão", "Aplicação" ou algo semelhante. QUESTION - QUESTIONE Esta etapa da técnica consiste em se questionar sobre o que vai ser aprendido. Criar algumas perguntas sobre a leitura aumenta o interesse, a curiosidade e a atenção a ela, já você precisa ler cuidadosamente para conseguir respondê- las. Perguntas podem ser criadas a partir de sua visão dos capítulos, imagens, gráficos ou do mapa que você desenhou. Ok! Mas como é que vou fazer perguntas sobre algo que eu ainda não conheço?! Ao fazer perguntas sobre um determinado assunto a si mesmo, você desperta o interesse necessário para que o seu cérebro considere as respostas como importantes quando as encontrar. Pergunte a si mesmo, ou escreva em um caderno perguntas como: ▪ Qual o ponto principal deste assunto? ▪ O que este capítulo quer explicar? ▪ Como esta informação pode me ajudar? ▪ O que vou aprender com essa leitura? ▪ Quais os processos que são mostrados aqui? ▪ Quais dados são os mais relevantes? Uma outra maneira muito interessante de se questionar durante a leitura é transformar o título, cabeçalhos e subtítulos em perguntas. Se você estiver lendo um livro didático, é muito provável que ele tenha perguntas ou questionários no final de cada capítulo. Leia essas perguntas também. Quando você for ler o texto para valer, terá uma intenção para a leitura, pois sua mente estará procurando as respostas. Aqui está mais um ponto interessante e que vai contra o modo que aprendemos na escola. Você se lembra que quando tínhamos que fazer a interpretação de textos, primeiro liamos o texto para depois lermos as perguntas, e aí voltávamos para o texto procurando as respostas? Pois é, usando esse método, você já vai saber o que precisa encontrar no texto, isso deixa a leitura mais interessante, pois você terá um motivo e interesse maiores para ler. Você terá um propósito para a leitura. READ - LEIA Durante a primeira etapa, a inspeção, você já leu bastante coisa. Você já leu alguns parágrafos, as figuras, os quadros ilustrativos. E na etapa de questionar já formulou e leu as algumas perguntas. Então agora você vai fazer a leitura propriamente dita, que deve ser completa e de preferência, ativa. Você deve ler todo o conteúdo, caso haja alguma dúvida em algum tópico, não pare nele, siga adiante. Continue a leitura até o final do capítulo. “Como assim? Continuar a ler o resto do capítulo mesmo se eu estiver com dúvida?!” Isso mesmo. Muitas vezes, para se entender determinado ponto, você precisa ter o conhecimento do todo. Portanto, ao continuar a leitura, mesmo pulando alguma dúvida, possivelmente você conseguirá respondê-la ao terminar o capítulo. Tudo tende a ficar mais claro, mesmo porque, enquanto você está lendo o restante da matéria, o seu cérebro continua trabalhando buscando a chave para a solução da sua dúvida que ficou lá atrás. ▪ Sublinhe frases e sentenças importantes usando uma caneta marca texto. Releia as frases que você marcou ao marcá-las, para que elas sejam lembradas melhor; ▪ Escreva notas nas margens com resumos, paráfrases, afirmações, objeções, exemplos adicionais, contraexemplos, referências cruzadas; ▪ Desenhe diagramas ou tabelas nas áreas com espaço em branco da leitura, para representar graficamente o conteúdo (por exemplo, uma escala para mostrar um equilíbrio ou compensação entre duas coisas); Se você não possui o trabalho ou estálendo a partir de uma tela; ▪ Anote as ideias principais; ▪ Copie frases importantes (não se esqueça de colocar aspas entre elas e citar o número da página); ▪ Crie diagramas para mostrar a estrutura do argumento (mapa de ideias, fluxograma, diagrama, matriz). Procure pelas respostas para as questões que você levantou anteriormente. Leia cada capítulo inteiro de uma vez. Evite dividir o assunto que precisa ler, pois você pode perder a ideia do conjunto. RECITE - REPRODUZA Neste 4º passo, você deve fazer a análise crítica do que você entendeu. Consultar suas anotações e referências, criar o seu resumo e retirar as dúvidas que restaram da etapa anterior. Podemos encaixar aqui um conceito interessante sobre o aprendizado. O Aprendizado Ativo, que ocorre quando você vê, fala, ouve e escreve sobre aquilo que estudou. ▪ Recite em voz alta os principais conceitos que você lembra; ▪ Explique a um amigo, colega de estudo ou grupo de estudo quais são as alegações e provas, qual é sua avaliação, o que é importante na leitura ou apresente um pequeno resumo dela; ▪ Resuma o material, no todo ou por seção ou capítulo; ▪ Parafraseie argumentos, ideias ou definições importantes; ▪ Reproduza o conteúdo em um papel ou documento de computador criando um esboço, resumo; ▪ Faça comentários, objeções, afirmações e exemplos adicionais; ▪ Crie um FAQ (perguntas frequentes com respostas), um mapa mental ou outro método de reprodução que exija que você reescreva o material de forma diferente e utilizando suas próprias palavras. Recitar é uma poderosa ferramenta de memória porque faz com que você se engaje com o material novamente (a repetição é a chave para o aprendizado), requer que você trabalhe e processe as ideias, não apenas as leia. Transformar o material de leitura de alguma forma (criando resumos, mapas mentais, ou explicando para outras pessoas) aprimora o aprendizado, e se você recitar em voz alta, lendo suas anotações, você obtém o benefício da codificação dupla - ativando os canais visual e auditivo (olhos e ouvidos). REVIEW - REVISE E por fim, você revisa os resumos que fez na etapa anterior. Este resumo pode ser as partes que você destacou no texto ou livro, ou um mapa mental. A revisão é indispensável para que você não caia na curva do esquecimento. ▪ Folheie o material novamente, releia os títulos e subtítulos, e também as frases sublinhadas ou destacadas, junto com suas anotações na margem (ou bloco de anotações ou arquivo de texto); ▪ Veja novamente a visão geral ou o resumo do material, juntamente com os resumos que você criou. Verifique se as anotações que você fez estão de acordo com o material impresso; ▪ Revise as perguntas e respostas que você criou; ▪ Apresente um resumo verbal e comentário sobre a tarefa de leitura. Você pode fingir que está fazendo um discurso sobre isso para um grupo de pessoas interessadas. O método SQ3R é uma técnica bem estruturada que vale muito à pena ser colocada em prática. Apesar de serem 5 fases, elas não são e nem precisam ser demoradas. A fase de inspeção dura em média 15 minutos. A fase para questionar, mais 15 minutos. A etapa de leitura, juntamente com a etapa de reprodução costumam consumir a maior parte do tempo do processo tempo, e dependem do seu ritmo normal de leitura. Por último, a revisão não deve demorar mais do que 10 minutos. Apesar de parecer complicado e de tomar mais tempo, Com o método SQ3R o tempo usado não é maior do que o que você já gastaria em um estudo normal. ESTRATÉGIA #4: LEITURA ATIVA A Leitura ativa é uma estratégia de aprendizado que ajuda você a não só aproveitar ao máximo a leitura, mas também ajuda a ler com mais precisão e prudência. A leitura ativa concentra-se no próprio texto, é claro, mas também inclui o aprendizado de informações relevantes como autor, contexto, propósito e assim por diante. Essas diretrizes se aplicam tanto à escrita de ficção quanto à não-ficção. A estratégia básica da leitura ativa consiste no uso das perguntas de orientação: quem, o que, quando, onde, por que e como. ✓ Quem Quem é o Autor ou Escritor Saber algo sobre o autor pode ajudá-lo a entender o que você está lendo porque os autores escrevem de um ponto de vista (ou visão de mundo) que incorpora seus valores e atitudes e, portanto, molda sua escrita. Valores políticos, sociais, religiosos, ideológicos, econômicos, estéticos e outros influenciam o assunto, o tom, a ênfase do escritor e assim por diante. Quem está falando? Os personagens de um romance ou de uma peça geralmente refletem atitudes e valores que estão em conflito com o verdadeiro eu do escritor, e, em muitos casos, o ponto de vista de um romance envolve um narrador em primeira pessoa, que não é como o escritor real do romance. Em não-ficções, os autores às vezes escrevem sob a forma de uma pessoa cujos valores diferem de seus próprios valores, muitas vezes para satirizar as crenças ou argumentos da pessoa que eles estão fingindo ser. Nesses casos, o autor atual está adotando uma persona, e é um erro atribuir ao autor real as ideias e opiniões apresentadas pela persona. Então, uma consideração importante no início é: quem está falando? É o autor ou uma persona adotada, posando como alguém que não compartilha as ideias do autor? Quando é que o autor fala por si próprio e quando é apresentada uma fonte com a qual o autor pode ou não concordar? Você provavelmente não poderá responder totalmente à pergunta Quem antes de ler o material. Estudar o texto é uma maneira poderosa de aprender sobre o autor, embora ele ou ela possa estar disfarçado. ✓ O Quê O que você está lendo? Um excelente ponto de partida para a consideração do “O Que” quanto à sua interpretação é praticar as duas primeiras etapas do método de leitura SQ3R: Inspecionar e Questionar. Que tipo de escrita é essa? Ficção? Então espere mais metáforas, pressupostos, sentimentos. Não-ficção? Espere um estilo informativo ou argumentativo. Se a escrita é argumentativa, espere evidências, motivos, respostas contrárias respondidas e assim por diante. ✓ Quando A data faz diferença? Muitas vezes, como forma de complementar nossa pesquisa, podemos usar como referência livros, artigos e textos escritos há um certo tempo. Portanto é válido perguntar “quando esse conteúdo foi escrito?” Houve algo importante que pudesse interferir na visão ou opinião do autor no período em que esse material foi criado? Saber quando o conteúdo foi criado pode evidenciar pontos de vista específicos de uma determinada época. Então tenha certeza de que sabe exatamente em qual época, ano ou período o material foi criado. ✓ Onde O local faz diferença? Assim como a data ou período no qual o material foi escrito pode influenciá- lo, o mesmo ocorre com a localização. De qual país, nacionalidade, classe social ou etnia é o autor? Onde ele nasceu? Onde ele cresceu/foi educado? Quais os locais que ele frequenta? Ele conhece muitas outras realidades? Como suas experiências de vida influenciaram/influenciam suas ideias e opiniões? No caso de um autor crítico, ele tem conhecimento de causa que embase seus argumentos (já esteve do outro lado)? O autor é alguém que argumenta com base em evidencias empíricas ou apenas defende ideias, dogmas e conceitos baseados em pura e simples preferência pessoal? ✓ Por quê Qual é o propósito da escrita? Ele está escrevendo para informar, persuadir, corromper, melhorar ou entretê- lo? A melhor maneira de fazer uma leitura ativa é descobrir os detalhes que compõem a impressão geral do trabalho. Assim, levando em conta a composição como um todo, preste atenção especial a alguns parágrafos representativos que podem ser estudados para linguagem e retórica. Como o primeiro parágrafo é crítico para qualquer composição, sempre dê atenção a ele. Procure primeiro o significado e depois o método. A qual assunto, problema ou ideia o autor está se referindo? O que ele está dizendo sobre isso? O que é possível extrair das entrelinhas? Ou seja, existem implicações ocultas, duplos significados ou insinuações? Existe uma diferença entre sua denotação(sentido próprio/literal) e conotação (sentido figurado)? O autor está se dirigindo a você com suas próprias palavras ou está usando uma persona? O que ele subestima? As conclusões ou a moral são definidas ou deixadas para você definir? Por quê? Por que ele está escrevendo? Ele dá ou implica quaisquer motivos? Parece haver uma diferença entre seu propósito declarado e o que parece ser seu verdadeiro propósito? Você acredita nele? Se ele está mentindo sobre qualquer coisa, por que ele está? Ele espera que você perceba? ✓ Como Como o autor expressou suas ideias? Por que ele disse dessa maneira ao invés de outro jeito? Por que ele usou essa palavra, essa frase, essa sentença, essa sintaxe, qualificador ou modificador? Como o estilo dele contribui, afeta ou diminui seu significado geral? (simples, complexo, preciso, fluido, irônico, direto, bonito, enérgico, ambíguo, incoerente, mecânico, pesado, calculado, enfático, ativo ou passivo) Como o tom dele contribui, afeta ou diminui seu significado geral? (zangado, irritado, tranquilizador, seguro de si, calmo, simpático, pensativo, imprudente, intelectual, juvenil, sofisticado, narrativa simples, desapegado, científico, desinteressado) Como o humor dele contribui, afeta ou diminui seu significado geral? (triste, feliz, deprimido, otimista, pessimista, descuidado, intensamente preocupado, neutro, "por que tentar?") Que tipos de palavras o autor usa? Linguagem exata, geral, específica, vaga, concreta, técnica, jargão, prolixa, matemática, emotiva (positiva ou negativa). Se ele usa jargão, de que setor ou área? Aonde se passam suas metáforas e analogias? Quão persuasivas são suas analogias? Alguma é falsa? Quão óbvios são seus dispositivos retóricos e suas manobras? Quão eficazes? Quão significativos são seus trocadilhos? Quaisquer ambiguidades ou anfibologias ou equívocos? Qual é o efeito de tudo isso na composição? Que tipos de razões e apelações são usadas? Como o autor parece ser? Qual é a sua impressão sobre ele? Ele (ou sua personalidade) parece inteligente, instruído, fanático, lógico, ilógico, razoável, confiável, persuasivo? Ele tira conclusões precipitadas ou parece distorcer as evidências? Como ele se sai em assuntos sobre os quais você tem conhecimento? Certo, errado, confiável, distorcido, escondendo ou inflando certos fatos? Ele segue uma "linha" identificável? Ele fala em clichês? Ele se importa com o que está dizendo (ou seja, uso de metáforas, palavras erradas, contradições, jargão vazio)? Ele comete alguma falácia lógica? Ele é ingênuo? Ao serem feitas durante o processo de leitura, essas questões permitem que você extraia e compreenda muito mais do que simplesmente está escrito. As perguntas de orientação e a leitura ativa permitirá a você uma compreensão muito maior, mas aprofundada e ampla do material. ESTRATÉGIA #5: FAZENDO PERGUNTAS Fazer perguntas, sobre si mesmo, sobre o que você leu, e especialmente de um orador ou apresentador (conferencista, professor, mestre) fornece uma série de benefícios. ✓ Faça perguntas para estimular a curiosidade. Mesmo que você não seja curioso, fazer algumas perguntas sobre um tópico pode levar sua mente a um estado em que você realmente deseja saber as respostas. Perguntas ajudam especialmente se você achar o material chato. ✓ Faça perguntas para esclarecimentos. Alguns livros e alguns apresentadores permanecem abstratos demais para serem compreendidos facilmente. Pedir exemplos, detalhes ou coisas específicas pode ajudar muito a esclarecer o ponto e permitir que você o compreenda. No caso de livros ou vídeos, você não pode perguntar diretamente à fonte, mas pode tirar sua dúvida e pesquisar na internet ou em fóruns especializados. Ou você pode perguntar a um amigo, colega de turma ou outra fonte. ✓ Faça perguntas para contextualizar. Um dos reforços de aprendizado que mais ajudam vem da adequação do aprendizado imediato ao contexto geral, o "quadro geral". É muito mais fácil lembrar de algo que você entende como parte de um todo maior e coerente, do que simplesmente tentar memorizar os fatos como não-relacionados uns aos outros. Quanto mais conectadas e relacionadas forem as informações, mais facilmente você as reterá. Aqui estão alguns tipos de perguntas que você pode usar. ✓ As perguntas de orientação. Quando você lê ou ouve alguma coisa, as respostas para algumas das seis perguntas jornalísticas são respondidas como parte da apresentação. No entanto, outras geralmente são deixadas de fora. Pergunte sobre o que foi deixado de fora. Lembre-se que as perguntas de orientação são: quem, o que, quando, onde, por que e como. ✓ E aí o quê? Essa é uma pergunta poderosa que pergunta o que acontecerá depois que a solução apresentada for colocada em prática. A pergunta encoraja as pessoas a pensarem além da situação imediata para explorar consequências não intencionais da ideia. Por exemplo “e aí, o que acontece depois que eu aplicar essa técnica no processo de pesquisa?” ✓ E se? Essa pergunta pode ser usada para iniciar um experimento mental, no qual a ideia em discussão é levada a um resultado imaginário, melhor do que era ou pior. Por exemplo, "E se isso não funcionar? Qual é o nosso plano B?" "E se aumentarmos o número de queimadores no forno?" "E se o projeto tiver custos inesperados? Exemplos de Perguntas Aqui estão alguns exemplos de perguntas. Perguntas Gerais ▪ Qual é o ponto principal da informação (livro, artigo, discurso, vídeo etc)? ▪ Que evidência o autor fornece para apoiar sua conclusão? ▪ Quais informações estão faltando? ▪ Qual é a visão de mundo do autor e como isso afeta o argumento e as conclusões? As Sete Perguntas Principais de Análise de Conhecimento ✓ Qual é o motivo? Por que essa afirmação deve ser acreditada? Você acredita nisso porque... (apresente uma justificativa) ✓ Como eles sabem disso? A alegação é apoiada por experimentos, razões, autoridade, evidência, opinião de especialistas? A alegação é realmente válida? ✓ Você consegue esclarecer isso? O que isto significa? Você pode dar um exemplo, um não-exemplo, uma analogia, comparação, contraste, metáfora, explicação, definição? ✓ O que está faltando? Alguma coisa foi deixada de fora? Existem qualificadores omitidos, exceções, limitações, pré-requisitos, fatores necessários? Quais são? ✓ Isso é realmente verdade? É toda a verdade? Alguma das alegações foi exagerada ou omitida? Quais comparações você pode fazer a fim de validar/invalidar o s argumentos apresentados? Existe uma verdade parcial ou parte do conteúdo pode ser desconsiderado? Por quê? ✓ E então o que? O que acontece depois? O que está implícito? Existem consequências não intencionais? Quais? ✓ Como isso se encaixa? Como essa afirmação se integra com outros conhecimentos? Quais relações/conexões/comparações você pode fazer com as informações e conhecimentos que você possui? Entendendo uma Apresentação Após uma apresentação, palestra, workshop, vídeo ou aula, pergunte-se: ▪ O que você aprendeu com isso? ▪ Como você pode usar isso? ▪ Qual foi o ponto principal da apresentação? ▪ Como isso vai mudar a maneira de fazer o seu trabalho a partir de agora? ▪ A mensagem ou o objetivo da apresentação foi claro? Quais eram suas expectativas antes de ouvir a apresentação? ▪ Suas expectativas foram atendidas? ▪ Qual foi a parte mais interessante da apresentação? ▪ Qual parte você achou mais útil? ▪ O que você ainda quer saber? ▪ Sobre o que isso te deixou curioso? ▪ O que você ainda precisa aprender? ESTRATÉGIA #6: FAÇA ANOTAÇÕES Um fato interessante sobre fazer anotações - durante palestras, vídeos ou leituras - é que isso aumenta a aprendizagem, mesmo que as anotações nunca sejam revisadas depois de feitas. Isso porque fazer anotações é um processo ativo que envolve: ▪ Ouvir (ou assistir e ouvir) com cuidado para entender o que está sendo apresentado; ▪ Concentrar a atenção no assunto; ▪ Identificar o que é importante e filtrar os pontos menos importantes; ▪ Resumir e parafrasear o material, exigindo uma interação cuidadosa com ele; ▪ Engajar múltiploscanais cognitivos (auditivo enquanto você ouve e visual enquanto escreve, anota ou destaca); ▪ Usar esforço cinestésico (escrever ou digitar). É claro que o aprendizado é aprimorado ainda mais se você revisar suas anotações e, ainda mais, se resumi-las. Dicas para anotações A anotação é uma espécie de arte, quer você esteja ouvindo uma palestra, assistindo a um vídeo, observando uma demonstração ao vivo ou reproduzindo um arquivo de áudio. A chave é fazer anotações suficientes para capturar os pontos importantes, incluindo detalhes suficientes para que você possa lembrar e entendê-los posteriormente. Se as anotações forem muito pequenas, elas não significarão muito na hora de revisá-las. Se tudo o que você fizer for anotar os tópicos de uma apresentação do PowerPoint ou apenas as palavras e frases escritas pelo instrutor no quadro, provavelmente você quebrará o cérebro mais tarde tentando decifrá- las. Afinal, você terá apenas copiado os destaques que foram apresentados a você. Por exemplo, o que você consegue extrair dessas anotações? - Problema de emergência - atraso de conceitualização - entender o ponto chave - não pode agir de outra forma - atordoado No extremo oposto, se você tentar anotar tudo, você não conseguirá entender o que está acontecendo, se tornando um copiador, e você não entenderá a essência ou os detalhes certos. Fazer anotações é um jogo onde o objetivo é manter o equilíbrio entre fazer anotações de menos (como nos exemplos anteriores) e fazer uma cópia exata do que você viu, ouviu ou leu. Então aqui estão algumas dicas prática para tornar suas anotações mais úteis e eficazes: ✓ Inclua detalhes importantes, como ideias centrais, conclusões, ideias- chave. Evite apenas copiar os destaques. Só faça uma anotação literal de um tópico específico se aquilo for um termo, conceito ou ideia básica do conteúdo, caso contrário, sempre anote o que você entendeu. ✓ Anote o que o apresentador diz quando for prefixado por um comentário de ênfase: "E o mais importante," "E observe isso", "O que realmente importa é" e assim por diante. ✓ Não inclua mais do que dois ou três exemplos (um é geralmente suficiente), comentários fora do tópico, devaneios, piadas, detalhes que você pode facilmente procurar (datas de eventos importantes, por exemplo). Foque sua atenção em delinear a estrutura geral do conteúdo. Os detalhes que podem ser anotados posteriormente devem ser deixados para um segundo momento quedo você fizer uma revisão para complementar suas anotações. ✓ Inclua etapas do processo, causa e efeito, antes e depois, ou outros conjuntos de ideias que devem ser combinados para serem significativos. Anotações soltas ou isoladas não vão te ajudar. O relacionamento entre informações e as conexões que que elas têm é que realmente importa. Use símbolos nas suas anotações. Os símbolos permitem a notação rápida no momento enquanto faz as anotações ou quando as revisa. Aqui vão apenas algumas ideias: ▪ Um asterisco * indica um pensamento importante; ▪ Um ponto de exclamação “!” indica algo provocativo ou controverso que você pode discordar ou queira pesquisar posteriormente; ▪ Uma adição ou sinal de mais “+” indica que duas ou mais ideias funcionam juntas; ▪ Uma seta “->” indica uma relação de causa e efeito ou uma sequência de tempo (anterior e posterior). Também pode ser útil (se houver disponibilidade para isso) criar um código de cores usando canetas de cores diferentes (como o que vimos para fazer anotações nos livros). Uma outra forma de anotação bastante útil é sublinhar. ✓ Leia ao menos uma vez o texto antes de começar a sublinhar. Observe todo o conteúdo para que você tenha uma ideia geral do assunto, isso vai evitar que você sublinhe trechos desnecessários. ✓ Sublinhe somente as palavras necessárias para a compreensão do conteúdo do parágrafo, sublinhe as palavras técnicas ou específicas do tema, assim como qualquer dado relevante que contribua para uma melhor compreensão, como datas, nomes, lugares, etc. O ideal é não sublinhar mais que 10% de uma página. ✓ Resista à tentação de grifar parágrafos inteiros, em vez disso, ao lado do parágrafo escreva uma palavra ou uma pequena frase que possa transmitir a ideia central do parágrafo. Aqui podemos notar uma semelhança entre sublinhar e criar mapas mentais no sentido de procurar trabalhar apenas com palavras ou frases curtas. Repita a prática com os demais parágrafos até o final do texto. ▪ Faça uma lista com as palavras ou frases que você escreveu ao lado de cada parágrafo, e terá um roteiro do texto rapidamente; ▪ Por fim, desenvolva cada ideia conforme o conteúdo do parágrafo correspondente. Junte seus sublinhados formando um novo texto a partir deles, que vi resultar no seu resumo. Fácil, não é? Sublinhar é uma técnica de análise que permite chegar rapidamente à compreensão da estrutura e da organização de um texto. Ajuda a manter a atenção, evitando as distrações e a perda de tempo. Além disso, fortalece o estudo e a leitura ativa e o interesse em captar o essencial de cada parágrafo, e isso favorece a assimilação e desenvolve a capacidade de análise e de síntese. Para saber se você está sublinhando corretamente um texto, basta fazer perguntas sobre o conteúdo (use as perguntas de orientação), e se as respostas estiverem nas palavras que foram sublinhadas, é sinal de que o trabalho está correto. Sublinhar, assim como qualquer outra técnica de estudo tem seus prós e contras, o que vale realmente é o quanto cada técnica vai te ajudar. Não deixe de usar um método com o qual você obtém bons resultados apenas porque alguém disse que ela não é boa. Todos nós temos características diferentes e isso faz com que nenhuma técnica seja 100% eficaz, ou que seja 100% inútil. Suas particularidades devem ser respeitadas, e a técnica que decidir usar deve se adequar às suas necessidades. No final, seus resultados pessoais e sua preferência é que devem ser usados como base para decidir por um método ou outro. ESTRATÉGIA #7: RESUMO O que é um Resumo? Enquanto uma paráfrase (veja a próxima estratégia) muda uma sentença ou duas para uma com o mesmo tamanho, mas com suas próprias palavras, um resumo condensa o material de origem em menos palavras. Um resumo pode condensar um parágrafo a uma sentença, reduzir dez páginas a um parágrafo ou até mesmo resumir um livro em poucas frases - ou até mesmo ema penas uma. Portanto, você pode perceber que um resumo dá muita flexibilidade no grau de condensação. Tudo depende do seu propósito. Por que você deve resumir? De modo geral, resumir é valioso porque requer que você ▪ gaste tempo com as informações que você condensará; ▪ pense sobre a informação e quais partes são mais importantes e quais são menos importantes; ▪ reescreva em suas próprias palavras os pontos ou ideias que você identificou para incluir em seu resumo. Todas essas atividades aumentam o aprendizado: gastar tempo com um livro, artigo ou assunto tem o maior impacto; pensar sobre a importância relativa de parte da informação melhora suas habilidades críticas de pensamento e análise; e reescrever em suas próprias palavras aumenta a compreensão e a retenção. Mais especificamente, resumir - reescrever as informações do seu jeito, com menos palavras - é útil para o aprendizado porque faz com que você ▪ simplifique o material, facilitando a compreensão; ▪ foque no que é mais importante; ▪ condense a informação, omitindo detalhes e exemplos menos importantes; ▪ compreenda o material para que consiga resumi-lo; ▪ releia o material ou partes dele para atualizar sua compreensão dos pontos principais; ▪ distinga quais são as ideias principais que devem ser incluídas no resumo e quais ideias podem ser omitidas; ▪ reescreva as ideias em suas próprias palavras. Certamente, você está ciente de que existe uma enorme quantidade de informações no mundo e essa situação não vai ficar melhor com o tempo. Muita informação pode realmente ser prejudicial para a aprendizagem. Nossos cérebros simplesmente não têm capacidade - potência mental - para processare reter tudo isso. Então, a condensação ajuda na retenção. "Menos é mais" como alguns dizem. COMO RESUMIR Para resumir e tornar o resultado mais curto que o original ▪ retenha as ideias mais importantes ou ideias-chave; ▪ omita as ideias menos importantes; ▪ condense ou omita exemplos, detalhes, descrições e narrativas menos importantes. Resumos variam no grau de condensação utilizado. O grau depende das informações e de qual é o uso do resumo (guia de estudo, informações abstratas para um trabalho de pesquisa, condensação para referência futura muito tempo depois de ter lido o trabalho inteiro ou simplesmente exercícios para ajudar você a lembrar o que leu). Alguns resumos reduzem o material a um quarto do original (25%), enquanto outros podem condensar até um décimo (10%) ou mesmo um vigésimo (5%) do original. Geralmente, quanto maior for o original, mais condensado é o resumo. Por exemplo, você não gostaria de resumir um livro de 400 páginas a um tamanho de 25% (100 páginas), porque o esforço seria muito grande e 100 páginas é muito material para ser lido como resumo. Os resumos devem ser ferramentas curtas e acessíveis para destacar os aspectos cruciais de um livro ou artigo ou outro conjunto de informações. Algumas perguntas a serem feitas ao planejar seu resumo são: ▪ Qual é o propósito ou uso deste resumo? Guia de estudo, ferramenta de aprendizagem, arquivo de pontos importantes para que eu não tenha que ler o trabalho de novo? ▪ Quais são as ideias principais? ▪ Qual é o ponto principal? ▪ Quais ideias menores podem ser omitidas? ▪ Quais exemplos, detalhes, tangentes e assim por diante precisam ser mantidos, mas condensados, e quais podem ser omitidos? Trabalhar com qualquer material de perto o ajudará a entender e a lembrar. E você também vai melhorar suas habilidades de análise e triagem de informações. Existem basicamente três técnicas que podem ser usadas para criar um resumo, ou síntese. São elas as técnicas de eliminação, generalização e construção. ELIMINAÇÃO Como o próprio nome já sugere, a técnica de resumo por eliminação consiste em remover as partes que são desnecessárias. Geralmente essas partes são os adjetivos e os advérbios, ou frases equivalentes a eles. Vamos ver um exemplo. O velho jardineiro trabalhava muito bem. Ele arrumava muitos jardins todos os dias. Para resumir essa frase por eliminação poderíamos deixá-la assim: O jardineiro trabalhava bem. Perceba que retiramos o adjetivo “velho” e o advérbio “muito” na primeira frase e eliminamos completamente a segunda. Ora, se o jardineiro trabalhava bem, é obvio que era porque arrumava jardins; a segunda informação é redundante, pois trata apenas de uma confirmação da primeira frase. Vale dizer que antes de iniciar um resumo pelo método da eliminação, é importante que você saiba exatamente o quais são os objetivos do texto. Por exemplo, eliminamos o adjetivo velho por julgar que essa informação não era relevante para nosso trabalho. Pode ser que no seu caso o mais importante seria saber que o jardineiro era um velho senhor e não um jovem. Tenha claro o objetivo do texto, assim será mais fácil reconhecer as informações relevantes. GENERALIZAÇÃO A generalização é uma estratégia que consiste em reduzir os elementos da frase através do critério semântico, ou seja, pelos seus significados. Exemplo: Pedro comeu picanha, costela, alcatra, fígado e filé no almoço. Tudo o que Pedro comeu era carne. Então, o resumo da frase poderia ser: Pedro almoçou carne. Mais uma vez, é importante que antes de resumir você tenha conhecimento do objetivo do texto, e saiba em que contexto ele será usado. Nesse caso, dependendo do contexto ou do objetivo, seria importante por exemplo citar a carne mais nobre, mais cara ou o tipo de corte por exemplo. CONSTRUÇÃO A técnica da construção consiste em substituir uma longa sequência de fatos ou proposições por uma que seja menor e que possa ser presumida a partir dessa sequência maior se baseando no seu significado. Exemplo: Maria comprou farinha, ovos e leite. Foi para casa, ligou a batedeira, misturou os ingredientes e colocou-os no forno. O que você deduz que Maria fez? Todas essas ações nos remetem a uma síntese: Maria fez um bolo. Como você pode perceber, resumir um texto é algo relativamente simples, mas é necessário ter em mente o objetivo do texto e se atentar aos detalhes. Por exemplo: Se o texto for do tipo narrativo, devemos prestar atenção aos elementos de causa e a sequência dos acontecimentos. Se for descritivo, os detalhes de funcionamento, características espaciais e técnicas devem ser mantidas. E caso o texto seja dissertativo, é bom cuidar da organização e construção das ideias, não deixando para trás argumentos chave e justificativas. Existe simplesmente informação demais no mundo para qualquer pessoa tentar processar até mesmo uma pequena fração dela. Para reduzir a quantidade de informações com as quais você precisa lidar - e em muitos casos lembrar - use algumas dessas estratégias para facilitar a retenção de todo o conhecimento: ✓ Leia resumos ou resenhas de livros antes de ler o livro. Você pode descobrir que o resumo é tudo que você precisa. Você pode até resumir o resumo em alguns casos. Apenas tome cuidado com os resumos prontos na internet, pois você não teve um contato mais profundo com aquele material, e isso pode prejudicar seu entendimento, além disso, se você não tiver garantias da qualidade do resumo, é melhor não o utilizar. ✓ Divida e conquiste. Se você tiver três livros para ler e resumir, encontre duas pessoas capazes com a mesma tarefa e faça com que cada pessoa resuma um livro e compartilhe. O resumidor se torna o instrutor do livro e seu conteúdo e responde a quaisquer perguntas que os outros membros do grupo possam ter sobre esse livro. ✓ Use atalhos de resumo. Muitos escritores de livros didáticos (e muitos outros autores) usam uma estrutura de parágrafos simples, em que a primeira sentença de cada parágrafo é a sentença de tópico e as sentenças restantes fornecem detalhes, exemplos, motivos e assim por diante. Você pode criar um resumo rápido lendo apenas a primeira sentença de cada parágrafo. Às vezes, esse método lhe dará uma visão geral bastante clara do capítulo ou livro que você pode escrever um resumo (quando você ler o trabalho inteiro) mais facilmente. Tendo em mente o contexto e o senso de desenvolvimento, você pode distinguir o importante do não-importante. ESTRATÉGIA #8: PARAFRASEAR Uma paráfrase é uma reafirmação de uma ideia em suas próprias palavras. Você transforma uma frase que leu ou ouviu em uma que tenha basicamente o mesmo tamanho, mas com suas próprias palavras. Use palavras diferentes, mas mantenha o significado. Por exemplo: Frase original: "Reservar alguns minutos de nossas vidas muito ocupadas todos os dias pode fornecer o alívio mental que precisamos para recarregar e seguir em frente” - Paráfrase: Devemos interromper nossa agenda super ocupada todos os dias, para reservar alguns minutos e suprir a restauração mental necessária para reabastecer nossa energia e continuar nossa produtividade. Aqui temos 24 palavras parafraseadas em 32 palavras, que é um número similar. A ideia central de uma paráfrase é que ela preserva todos os significados e detalhes (enquanto um resumo omite detalhes e preserva apenas as ideias principais). Parafrasear é uma estratégia de aprendizagem valiosa pelas seguintes razões: ✓ Engajamento ativo com o material. O ato de transformar uma declaração em suas próprias palavras e anotá-las (ou digitá-las) engaja a mente e o corpo com o conteúdo. Escrever ou digitar sentenças envolve interação cinestésica (movimento físico) com o material, bem como mental. Parafrasear faz com que você pense sobre as ideias, em vez de simplesmente jogá-las no cérebro sem serem examinadas. ✓ Memória aprimorada. O engajamento ativo melhora sua memória das ideias. Até mesmo escrever a ideia palavra por palavra aumenta a retenção, independentemente de você revisar ou não suas anotações. Mas parafrasear é ainda mais poderoso