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REGIMES E ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS - APOL 1 - PRIMEIRA TENTATIVA

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Questão 1/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Considere o trecho a seguir:
“Muito se tem falado nos últimos anos sobre a «grandeza» americana, invocada em nome de um novo nacionalismo ensimesmado e virado contra o mundo. Contudo, essa invocação parece fundada num enorme equívoco, pois muita da «grandeza» americana deriva precisamente do seu internacionalismo liberal que se consagrou há cem anos e que marcou todo um «século americano», se considerarmos a expansão dos interesses dos Estados Unidos no mundo – mas, por essa via, também a expansão do institucionalismo e da criação de organizações internacionais globais, da afirmação do princípio da autodeterminação a par da ideia da liberdade dos mares e do comércio livre, do crescimento económico e do desenvolvimento científico, da difusão dos direitos humanos ou ainda das diferentes vagas de democratização em todo o mundo. O que queremos realçar aqui é que a grande prosperidade americana que caracterizou o século passado se fundou na capacidade de projeção dos valores americanos, fosse pelo seu hard power (tendo em conta a sua capacidade militar e tecnológica, bem como o seu poder económico), ou pelo seu hábil soft power (se pensarmos na sua capacidade de persuasão diplomática ou na força de atração económica e cultural), afirmados não como narrativa imperial e exclusiva, mas como desafio liberal e partilhado.”
Fonte: DIAS, Mónica. Sobre a «grandeza» americana o legado de woodrow wilson e a urgência de um novo internacionalismo. Relações Internacionais [online]. 2019, n.63, pp.09-25. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992019000300002&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1645-9199. http://dx.doi.org/10.23906/ri2019.63a02.
Levando em conta os conteúdos discutidos na Aula 2 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, e a contextualização acima, analise as afirmações abaixo e assinale a correta quanto ao contexto de surgimento das organizações internacionais:
I. Surgem em um contexto de otimismo pós-Primeira Guerra Mundial.
II. Baseava-se na perspectiva realista de que as organizações não seriam capazes de evitar guerras.
III. Baseava-se na perspectiva de que o direito internacional ou as organizações internacionais seriam responsáveis por evitar uma nova guerra.
IV. A perspectiva teoria que foi base para o surgimento das organizações internacionais permaneceu como a dominante até o final do século XX.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação III está correta.
	
	D
	Apenas a afirmação IV está correta.
	
	E
	Apenas as afirmações I e III estão corretas
O surgimento das organizações internacionais e seu campo de estudos é fruto de um contexto de otimismo pós-Primeira Guerra Mundial. Esse otimismo fica evidente nas propostas de quatorze pontos de Woodrow Wilson e se baseava no entendimento de que o direito internacional ou as organizações internacionais seriam responsáveis em evitar uma nova guerra. Esse contexto foi refletido na produção teórica do período a qual tratava do papel das Ligas e organizações internacionais em evitar guerras (HERZ; HOFFMANN, 2004). A partir da década de 1930, esse otimismo foi substituído pela literatura realista, a qual se tornaria a teoria dominante das relações internacionais nas próximas décadas.
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 2. Tema 1 “Regimes e organizações no contexto das teorias das RI”.
Questão 2/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o trecho a seguir:
A amplitude do conceito de instituição na obra de Bull não deve, no entanto, obscurecer o fato de que as instituições - em um sentido mais restrito - vêm multiplicando-se de modo exponencial no cenário internacional. Sem ingressar, ainda, no debate acerca da ascensão de atores não estatais, pode-se afirmar que no quadro estrito da sociedade de estados, desde o final do século XIX e início do século XX, as organizações internacionais cresceram em número e muitas delas tomaram formas cada vez mais institucionalizadas, com mecanismos complexos de participação, atuação e, inclusive, resolução de conflitos, a exemplo do que ocorre no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Fonte: MENDONCA, Bruno Macedo. Sociedade Internacional: a construção de um conceito. Rev. Sociol. Polit. [online]. 2012, vol.20, n.43, pp.5-22. Disponívem em:: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-44782012000300001&lng=en&nrm=iso>. Página da citação: 7-8.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, duas caracterizas das Organizações Internacionais:
Nota: 0.0
	
	A
	As Organizações Internacionais são instituições generalistas, focadas na promoção de trabalhos beneficentes.
	
	B
	As Organizações Internacionais são formadas pela sociedade civil e defendem a paz internacional.
	
	C
	As Organizações Internacionais são sempre supranacionais e inspiradas no modelo europeu.
	
	D
	As Organizações Internacionais são associações voluntárias e de caráter permanente.
Com o intuito de entender de forma geral as organizações internacionais, é importante destacar quatro características intrínsecas a elas. A primeira característica são seus membros, os quais necessariamente devem ser Estados ou outras organizações internacionais. A segunda característica é que a OI é formada por um tratado internacional que deve definir os principais objetivos e competências da organização. Ainda, esse tratado deve ser ratificado internamente por todos os países membros. A terceira característica é a associação voluntária. Isso significa que os Estados participam de qualquer OI voluntariamente. A quarta característica é o caráter permanente. Como mencionado, diferentemente dos arranjos ad hoc, uma organização internacional possui uma sede fixa, funcionários internacionais e um país que serve como sede (ONUKI; AGOPYAN, 2020).
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 3: Organizações Internacionais: Conceitos Chaves.
	
	E
	As Organizações Internacionais são lideradas por Estados ocidentais e regidas por tratados.
Questão 3/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
As coisas mudariam de forma rápida e dramática no final dos anos 1980. No súbito calor da Glasnost, de Gorbachov, as antigas suspeitas soviéticas acerca da manutenção da paz como uma espécie de conspiração ocidental pareciam ter-se dissipado. Por seu lado, os Estados Unidos sentiam-se suficientemente seguros para aliviar parte da bagagem problemática das suas próprias preocupações com a Guerra Fria. As operações da ONU começaram em áreas até então estritamente proibidas na América Central e no Sudeste Asiático. Nesse novo ambiente, a proibição de atividades «políticas» por parte das operações de manutenção da paz – essencial durante a Guerra Fria – foi levantada.
Fonte: MACQUEEN, Norrie. Os 70 anos da manutenção da paz das Nações Unidas. Relações Internacionais [online]. 2019, n.61, pp.123-137. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992019000100009&lng=pt&nrm=iso>. Página da citação: 128..
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma das razões para o otimismo internacional sobre o funcionamento da Organização das Nações Unidas no Pós-Guerra Fria:
Nota: 0.0
	
	A
	O descongelamento do Conselho de Segurança
O final da Guerra Fria foi acompanho por um otimismo internacional sobre o funcionamento das Nações Unidas. Acreditou-se que o fim da disputa de influência política capitalista e socialista daria mais autoridade e assertividade sobre a atuação da ONU nos temas de segurança (LOPES; CASARÕES, 2009). Houve o descongelamento do Conselho de Segurança, que antes tinha a sua eficácia diminuída por conta do poderde veto das potências em disputa. Alguns dos indícios para esse otimismo foram a atuação crescente da ONU, e de maneira eficaz, nos conflitos ao final de década de 1980. Por exemplo, a aprovação da resolução do Conselho de Segurança que garantiu a independência política da Namíbia (1978); a aprovação da resolução do Conselho de Segurança sobre o fim da Guerra Irã-Iraque (1988) e a intermediação do secretário-geral das Nações Unidas durante a retirada das forças soviéticas em sua ocupação do Afeganistão (1988-1989). Uma das mudanças mais evidentes sobre a atuação da ONU, principalmente de seu Conselho de Segurança após a Guerra Fria, foi o descongelamento da aprovação de resoluções pelo Conselho. Desde sua criação e até 1985, o Conselho de Segurança havia aprovado 580 resoluções. Em 1995, esse número quase dobrou para 1,035 resoluções e, em 2005, a quantidade era de 1,651 resoluções aprovadas (LOPES; CASARÕES, 2009). Esses números demonstram um aumento excepcional nas aprovações de resoluções do Conselho de Segurança. Assim, o final da disputa bipolar contribuiu com a diminuição da aplicação do poder de veto dos Estados Unidos e Rússia.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 4: As Nações Unidas no Pós-Guerra Fria.
	
	B
	A ampliação das verbas destinadas ao ECOSOC.
	
	C
	A aumento de poder da Assembleia Geral.
	
	D
	A diminuição de conflitos internacionais
	
	E
	A substituição do Secretário Geral.
Questão 4/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
“No âmbito da OMC, as cláusulas compensatórias para países em desenvolvimento foram reduzidas, mesmo havendo mais membros do sul global em comparação ao GATT. Em um contexto de fim da Guerra Fria e expansão do liberalismo, o entendimento da OMC era de que o mero desenvolvimento comercial seria suficiente para reduzir os níveis de desigualdade econômica nas relações Norte-Sul (MANE, 2005) ”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 4. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 4: O Papel dos Países em Desenvolvimento nas Coalizões na OMC.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que indica, corretamente, dois assuntos nos quais os interesses dos países em desenvolvimento tendem a convergir no âmbito das negociações da OMB:
Nota: 0.0
	
	A
	Segurança humana e pacificação de conflitos.
	
	B
	Política espacial e política nuclear.
	
	C
	Saúde Pública e Agricultura.
Para que os países em desenvolvimento pudessem negociar com mais eficácia, foram realizadas coalizões dentro do âmbito da OMC. Um exemplo paradigmático de um caso de sucesso que uma coalização teve a seu favor foi a negociação sobre os regulamentos da propriedade intelectual no âmbito da saúde pública. Nessa negociação, os países em desenvolvimento obtiveram sucesso ao tratar da quebra de patentes dos medicamentos usados para o tratamento do HIV. Assim, devido a essa negociação, houve uma garantia de que as quebras de patentes não resultariam em uma punição comercial nos casos de saúde pública (ONUKI; AGOPYAN, 2020). Além da questão da saúde pública, a agricultura também é um tema que converge com os interesses dos países em desenvolvimentos e são confrontados pelos países do norte global. O Acordo de Agricultura da OMC foi negociado durante e Rodada
do Uruguai (1986-1994) o qual conta com medidas que auxiliam os produtores agrícolas e trata de questões sobre o acesso aos mercados internacionais. O acordo também trata das barreiras tarifárias existentes sob os produtos agrícolas, com o intuito de diminuir a regulamentação e os subsídios agrícolas (ONUKI; AGOPYAN, 2020). O problema da questão do subsídio agrícola se dá devido à distorção que ele pode causar no comércio internacional. Por exemplo, um Estado pode dar subsídios ao seu setor agrícola e baratear de forma artificial suas commodities. Assim, cria uma vantagem competitiva no mercado internacional.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 3: Organizações Internacionais: Conceitos Chaves.
	
	D
	Proteção de populações nativas e preservação ambiental.
	
	E
	Minimalismo urbano e desenvolvimento ecológico.
Questão 5/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
“Tentando conciliar os interesses de países em desenvolvimento (Grupo de Cairns, entre outros) com aqueles dos países desenvolvidos (EUA, os da UE e Japão), ocorre em Doha, no Catar, a quarta reunião ministerial da OMC. É importante lembrar que os trabalhos político-diplomáticos em Doha, em novembro de 2001, ocorreram em uma conjuntura em que os traumas dos ataques terroristas aos EUA estavam muito presentes, e a economia mundial não andava muito bem, existindo grande incerteza acerca do seu desempenho futuro. Destarte, o mundo pressionava pela emissão de sinais positivos pela OMC, tendo em vista que um novo fracasso nas negociações em Doha poderia trazer mais trevas ao cenário mundial, já bastante negativo”.
Fonte: OLIVEIRA, Ivan Tiago Machado. A ordem econômico-comercial internacional: uma análise da evolução do sistema multilateral de comércio e da participação da diplomacia econômica brasileira no cenário mundial. Contexto Internacional, v. 29, n. 2, p. 217-272, Página da citação: 260. 2007
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, duas críticas que são frequentemente direcionadas à atuação da Organização Mundial do Comércio (OMC):
Nota: 0.0
	
	A
	Falta de transparência com a sociedade civil em relação ao processo decisório da OMC; e a dificuldade em lidar com os impasses nas negociações entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Apesar da OMC trazer essas inovações que contribuem na ampliação do papel da organização perante o regime de comércio, também se faz necessário salientar algumas críticas direcionadas à atuação da OMC no sistema internacional. Duas principais críticas são direcionadas à OMC. A primeira crítica está ligada à relação da organização com demais Organizações Não Governamentais (ONGs). Algumas ONGs, principalmente àquelas que advogam de modo contrário aos efeitos da globalização, alegam que há pouca transparência entre a OMC e sociedade civil. Ainda, se argumenta que a agenda liberalizante da organização contribui com a desigualdade econômica mundial. As ONGs não podem participar dos processos de negociação da OMC. Contudo, devido aos seus protestos, elas obtiveram acesso às plenárias das Conferências Ministeriais (HERZ; HOFFMANN, 2004). A segunda crítica é direcionada ao modo que a OMC enfrenta seus impasses nas rodadas de negociações. A
polarização entre países desenvolvidos e em desenvolvimento é o principal causador desse impasse. Um exemplo é a criação do grupo G-21, liderado pelo Brasil, e que tem como objetivo pleitear o fim dos subsídios agrícolas nos países desenvolvidos (HERZ; HOFFMANN, 2004). A Rodada de Seattle, em novembro de 1999, marcou um importante impasse nas negociações devido aos embates de interesses entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os Estados-membros não conseguiram lançar as negociações devido a esses pontos de discordâncias (ONUKI; AGOPYAN, 2020).
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 3: A OMC e a Liberalização do Comércio Internacional; Tema 4: O Papel dos Países em Desenvolvimento e das Coalizões na OMC.
	
	B
	Favorecimento por parte da OMC a países subdesenvolvidos por meio da criação de subsídios; e o aumento exponencial das tarifas sobre os empréstimos destinados a países desenvolvidos.
	
	C
	Travamento das negociações das tarifas alfandegárias por questões ideológicas; e má distribuição das cadeiras com direito a veto nas Conferências Ministeriais entre países pobres e ricos.
	
	D
	Permissividade com as políticascambial e comercial chinesas; e concessão de empréstimos aos países do continente africano sem a necessidade de comprovação dos investimentos que serão realizados.
	
	E
	Processo decisório demorado em decorrência da necessidade de revisão de todos os pontos da negociação; e concessão de privilégios aos países do Leste Asiático.
Questão 6/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
“Entre o final do século XIX e a metade do século XX, a economia mundial foi estruturalmente modificada. O modelo capitalista consolidou-se e, posteriormente, evoluiu, ganhando feições modernas e fundando a sociedade de consumo de massa. As inovações tecnológicas, que chegavam a literalmente assustar, e as inovações organizacionais resultaram em um aumento inédito (e inimaginável) da produtividade. O padrão ouro, pilar da estabilidade da ordem econômica mundial do século XIX, foi definitivamente abandonado, o que produziu grande volatilidade e insegurança. Em 1944, no entanto, surgiu o sistema Bretton Woods, em reação àquela instabilidade estrutural. Assim, foram estabelecidas instituições que, até hoje, ajudam a moldar a ordem financeiro-comercial [...]”.
Fonte: GOMES, D. C. A economia internacional, da Belle Époque a Bretton Woods [online]. SciELO em Perspectiva: Humanas, 2015. Disponível em: https://humanas.blog.scielo.org/blog/2015/11/25/a-economia-internacional-da-belle-epoque-a-bretton-woods/.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, análise as afirmações abaixo, que falam sobre as instituições criadas pelo sistema Bretton Woods e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas:
I. O Fundo Monetário Internacional (FMI), uma das instituições criadas por Bretton Woods, voltava-se à supervisão de um sistema internacional de taxas de câmbio fixas com o intuito de promover a estabilidade das moedas e evitar a desvalorização competitiva.
II. Em essência, a função prática do Fundo Monetário Internacional (FMI) consiste, até a atualidade, em coordenar e garantir o funcionamento apropriado do padrão de câmbio fixo dólar-euro.
III. O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), também foi criado por Bretton Woods como a instituição responsável pelo fornecimento de crédito para o financiamento dos projetos de reconstrução dos países atingidos pela Segunda Guerra Mundial.
IV. A Organização Internacional do Comércio (OIC) foi a instituição mais relevante criada por Bretton Woods, uma vez que tinha como reponsabilidade a mediação das divergências econômicas entre os países e empresas transnacionais.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
	
	B
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
Você acertou!
A afirmação I está correta porque o principal objetivo do FMI, segundo Bretton Woods, seria de “estabelecer e supervisionar um sistema internacional de taxas de câmbio fixas para promover a estabilidade de moedas, evitando desvalorizações competitivas” (HERZ; HOFFMANN, 2004). A afirmação II está incorreta porque, na prática, o FMI ficou responsável por coordenar o novo padrão cambial “ouro-dólar”, fixando uma taxa de 35 dólares por uma onça de ouro (ALMEIDA, 2001). Contudo, durante a década de 1970, o Estados Unidos rompeu unilateralmente com o padrão “ouro-dólar” e, em 1973, o FMI perdeu sua jurisdição acerca das paridades cambiais internacionais (ALMEIDA, 2001). A afirmação III está correta porque a segunda instituição criada por Bretton Woods foi o BIRD, atualmente denominado de Banco Mundial, e seu objetivo seria de fornecer créditos a longo prazo para o financiamento de projetos de reconstrução dos países assolados pela Segunda Guerra (HERZ; HOFFMANN, 2004). A afirmação IV está incorreta porque a terceira instituição planejada por Bretton Woods seria a Organização Internacional do Comércio (OIC). As negociações para a criação da OIC foram em Havana, entre 1947 e 1948. Ao fim da Conferência, a Carta constituinte da OIC foi assinada. Contudo, essa organização não foi criada. Isso porque os Estados Unidos não ratificaram a criação da organização perante seu Congresso.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 1: Comércio Internacional: Abertura e protecionismo.
	
	C
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
	
	D
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
Questão 7/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o trecho a seguir:
“Seguindo os apontamentos de Barry Buzan e Lene Hansen (2012, p. 118-121) e de Paul Williams (2008, p. 3), destaca-se que, durante a Guerra Fria, prevaleceu na narrativa ortodoxa acerca da paz e da segurança internacionais um caráter estritamente militarista e estatocêntrico. Assim, de acordo com os autores, o paradigma de tensão bipolar vigente naquele período levou à priorização de temas relacionados à eclosão de conflitos interestatais e à corrida armamentista, com ênfase para os temas de dissuasão nuclear. No que diz respeito à paz, prevalecia uma noção baseada na manutenção do equilíbrio na balança de poder entre
os Estados e no respeito à soberania de cada ator estatal (BELLAMY; WILLIAMS; GRIFFIN, 2010, p. 29)” (Guerra; Blanco, 2018).
Fonte: Guerra, L., & Blanco, R. (2018). A Construção da Paz no Cenário Internacional: Do Peacekeeping Tradicional às Críticas ao Peacebuilding Liberal. Carta Internacional, 13(2). https://doi.org/10.21530/ci.v13n2.2018.775
Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 5 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente, corretamente, uma das definições filosóficas sobre o que é segurança, identificada por Williams:
Nota: 0.0
	
	A
	É um sistema político internacional.
	
	B
	É um sinônimo de acumulação de poder pelo Estado, como poder militar.
Ao perguntar “o que é segurança?”, Williams (2008, p. 6) identifica duas filosofias diferentes que podem emergir desse conceito. A primeira compreende a segurança como um sinônimo de acumulação de poder. Assim, quanto mais poder um Estado consegue acumular, principalmente poder militar, mais seguro esse Estado seria. Por sua vez, a segunda filosofia desafia esses pressupostos. O segundo entendimento vê a segurança a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos. Essa perspectiva parte do princípio de que a segurança é relativa, dependendo da relação que diferentes atores possuem entre si. Nesse sentido, mais armamentos não necessariamente garantiriam uma maior segurança para determinado ator (Williams, 2008). Um exemplo que pode ilustrar essas diferentes filosofias é a percepção de ameaça dos Estados Unidos em relação ao Reino Unido e ao Irã. O Reino Unido possui 215 armas nucleares em seu arsenal. Em contrapartida, o Irã ainda não possui armas nucleares desenvolvidas, até o presente momento. Apesar dessa discrepância da quantidade de armas nucleares entre Reino Unido e Irã, os Estados Unidos percebem o Irã como uma ameaça à sua segurança. Esse exemplo demonstra que, de acordo com a segunda filosofia, “uma segurança verdadeira e estável não vem da habilidade de exercer poder sobre os outros, mas sim da cooperação para alcançar a segurança sem privar os demais atores dela” (Williams,2008, p. 6).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 5. Tema 1 “Segurança Internacional e o Poder dos Estados soberanos”.
	
	C
	É um sinônimo de riqueza monetária, medida pelo valor do PIB de um país.
	
	D
	É uma definição abstrata que não costuma ser aplicada em estudos nas Relações Internacionais.
	
	E
	Pode ser definida como os deveres e direitos de cada indivíduo em uma sociedade, em que estes são responsáveis pela manutenção da paz.
Questão 8/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o trecho a seguir:
“Revelando atitude intelectual mais aberta e mais simpática, Alexander Wendt escala uma nova fase dessa evolução recentedas teorias. Construtivista, construtivista racionalista como se apresenta a si mesmo, surpreendeu o meio acadêmico em 1999 com seu livro Social Theory of International Politics. Wendt inicia a demolição do imperialismo das teorias das relações internacionais. Essas teorias, segundo o autor, nunca foram capazes de prever algo que já não fosse uma tendência em curso. Ávido por idéias novas, não hesita em colocar em cheque por meio de seu ecletismo metodológico o conhecimento disponível para explicar as relações internacionais. O realismo, por exemplo. Existem três paradigmas de Estado, afirma: o hobbesiano, que vê os outros como inimigos, o lockeano, que os vê como rivais, e o kantiano, que os vê como amigos. Embora pretenda golpear o realismo, que opera em seu entender por meio do primeiro modelo, o argumento de Wendt permanece em certa medida tributário dessa corrente”
Fonte: CERVO, Amado Luiz. Conceitos em Relações Internacionais. Rev. bras. polít. int. [online]. 2008, vol.51, n.2, pp.8-25. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292008000200002&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1983-3121. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-73292008000200002.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, analise as afirmativas e assinale a alternativa que expõe, corretamente, a perspectiva construtivista, aderida por Alexander Wendt:
I. O autor enfatiza a maneira como as identidades e os interesses são fatores socialmente construídos.
II. Embora essa teoria esteja preocupada com as ideias, interesses e instituições, ela dispensa a preocupação com a sua naturalização.
III. O objetivo do construtivismo é compreender e explicar a construção social dos atores e das estruturas sociais.
IV. O foco dessa teoria está na compreensão dos processos que originam as instituições, os regimes, as regras e que também regulam a vida social e as relações internacionais.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação III está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações III e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmações I, III e IV estão corretas.
O construtivismo tem como Alexander Wendt um dos percursores da corrente teórica. Em sua obra ‘A Anarquia é o que os Estados fazem dela’, o autor critica o debate neo-neo por ele estar enraizado no conceito da racionalidade. Para Wendt, o problema da escolha racional está no entendimento de que identidades, ideias e interesses dos atores são determinados externamente (LACERDA, 2013). Desse modo, os trabalhos representados pela corrente construtivista enfatizam a maneira de como as identidades e os interesses são fatores socialmente construídos (HERZ; HOFFMANN, 2004). O objetivo do construtivismo é “compreender e explicar a construção social dos atores e das estruturas sociais” (HERZ; HOFFMANN, 2004, p. 66). Isso significa que o foco desta teoria está na compreensão dos processos que originam as instituições, os regimes, as regras e que também regulam a vida social e as relações internacionais (SOLÓMON, 2016).
Referência: Rota de aprendizagem da Aula 2, tema 4, “O Construtivismo e a inserção dos atores sociais”.
Questão 9/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
Com a definição do “paradigma” neo-realista por Kenneth Waltz, no início da década de 1970, os estudiosos do campo das Relações Internacionais começaram a questionar que apesar do sistema internacional carecer de autoridade central, os Estados pareciam estar imiscuídos em uma rede institucional em um sentido mais amplo, em regras implícitas e explícitas que contribuíam para a modificação do comportamento estatal e eventualmente para a convergência com o comportamento dos demais. Em outras palavras, “A análise de regimes tentou preencher esta lacuna pela definição de um foco que não era tão amplo quanto o sistema internacional, ou tão estreito quanto o estudo das organizações internacionais” ( HAGGARD, 1987).
Fonte: BARROS-PLATIAU, Ana Flávia; VARELLA, Marcelo Dias and SCHLEICHER, Rafael T.. Meio ambiente e relações internacionais: perspectivas teóricas, respostas institucionais e novas dimensões de debate. Rev. bras. polít. int. [online]. 2004, vol.47, n.2, pp.100-130. Disponívem em:: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292004000200004&lng=en&nrm=iso>. Página da citação: 110.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, no que consiste um regime internacional:
Nota: 0.0
	
	A
	Os Regimes Internacionais podem ser definidos como um conjunto de princípios, normas, regras e procedimentos decisórios por meio dos quais os interesses dos atores convergem em uma dada área.
Ao compreender que uma série de princípios comuns gerem o multilateralismo e a relação dos Estados dentro de uma organização internacional, é possível relacionar tais princípios com o conceito de regimes internacionais. O desenvolvimento de tratados e instituições multilaterais formam arranjos que lidam com problemas complexos que podem ser resultado dos âmbitos políticos, econômicos ou sociais. Esses arranjos dão origem aos regimes internacionais, podendo ser definidos como “um conjunto de princípios, normas, regras e procedimentos decisórios em torno dos quais as expectativas dos atores convergem em uma área temática” (KRASNER, 1982, p. 1). O regime de comércio, como já citado, o regime monetário e o regime de navegação nos mares são exemplos de regimes formados a partir de arranjos internacionais que guiam cada uma dessas práticas
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 3: Organizações Internacionais: Conceitos Chaves.
	
	B
	Os Regimes Internacionais podem ser compreendidos como o processo de criação de instâncias internacionais de discussão sobre o melhor funcionamento das Organizações Internacionais.
	
	C
	Os Regimes Internacionais podem ser definidos como a reunião de Estados nacionais que possuem condições materiais de delimitar como a política internacional irá funcionar.
	
	D
	Os Regimes Internacionais são compreendidos como o agrupamento de atores da sociedade civil em fóruns internacionais de discussão sobre os limites do poder e da ação estatal.
	
	E
	Os Regimes Internacionais podem ser definidos como o aglomerado de normas jurídicas responsáveis por regular e gerir a política internacional.
Questão 10/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto a seguir:
“A ideia de que a anarquia produz um dilema de segurança, que por sua vez gera balanceamento entre os atores dispostos no sistema, é fundacional no realismo desde Tucídides e, em alguma medida, na própria disciplina de relações internacionais (LOBO-FERENANDES, 2007, WAGNER, 2007). Herz (1950) é um dos primeiros a explicitar o mecanismo do dilema de segurança em meio à anarquia.”
Fonte: Paes, L. de O., & Martins, J. M. Q. (2014). HIERARQUIA SOB A ANARQUIA: POSSIBILIDADES ESTRATÉGICAS NO DILEMA DE SEGURANÇA PARA A SEMIPERIFERIA. Carta Internacional, 9(2), 72-95. Disponível em: https://cartainternacional.abri.org.br/Carta/article/view/191
Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 5 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente a caracterização correta do dilema de segurança:
Nota: 0.0
	
	A
	É um cenário em que todos ganham com o aumento do poder.
	
	B
	É um cenário em que um Estado adota políticas que aumentem sua segurança, o que faz com que todos os países fiquem seguros.
	
	C
	É um cenário em que um Estado adota políticas que aumentem sua segurança, o que automaticamente irá diminuir a segurança dos demais Estados.
O dilema de segurança representa o cenário em que um Estado adota políticas que aumentem sua segurança, o que automaticamente irá diminuir a segurança dos demais Estados (Jervis, 1982). Essas reações quelevam ao dilema de segurança possuem natureza unilateral e competitiva de comportamento, em vez da procura por soluções cooperativas (ibidem, 1982). Assim, o dilema de segurança se tornou um risco para a construção de um regime de segurança internacional confiável.
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 5. Tema 2 “Anarquia internacional e o dilema de segurança”.
	
	D
	É um cenário em que um Estado adota políticas que aumentem sua segurança, o que automaticamente irá aumentar a segurança dos Estados mais ricos.
	
	E
	É um cenário em que um Estado adota políticas que aumentem sua segurança, o que automaticamente irá aumentar a segurança dos Estados mais pobres.

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