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REGIMES E ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS - APOL 1 - QUARTA TENTATIVA

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Questão 1/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto a seguir:
Entre 1947 e 1994, o GATT possuiu oito rodadas de negociação. Essas negociações objetivavam a redução das tarifas comercias, medidas antidumping e barreiras não tarifárias (HERZ; HOFFMANN, 2004). Devido à abrangência e complexidade nas negociações, elas poderiam perdurar por anos até que os Estados chegassem a um consenso. A última rodada do GATT foi a Rodada Uruguai (1986-1994), a qual já trazia discussões comerciais mais complexas e que até então não eram abrangidas pelo GATT, como a maior ênfase nas barreiras não tarifárias, subsídios agrícolas e produtos agrícolas, propriedade intelectual e produtos têxteis (HERZ; HOFFMANN, 2004).
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 4. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 2: Do Acordo Geral de Tarifas e Comércio à Organização Mundial do Comércio.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o que são barreiras não tarifárias:
Nota: 0.0
	
	A
	São vantagens fixadas por tratados internacionais para a comercialização de determinadas categoriais de produtos.
	
	B
	São vantagens financeiras oferecidas por bancos internacionais a países desenvolvidos como forma de atração de capitais.
	
	C
	São dificuldades estabelecidas por instituições bancárias nacionais para a entrada de capitais em um país por meio de investimentos.
	
	D
	São acordos firmados entre empresas transnacionais e organizações internacionais para facilitar a internacionalização das primeiras.
	
	E
	São dificuldades impostas por um Estado, a partir da criação de leis, regras ou normas que objetivam restringir as importações em seu território.
Entre esses temas, a barreira não tarifária se faz importante definir. As barreiras não tarifárias podem ser compreendidas como dificuldades impostas por meio de leis, regras ou normas por um Estado e que visam restringir a importação (NICACIO, 2017). Exemplo de barreiras não tarifárias são regulamentos técnicos, medidas fitossanitárias e regras de origem.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 4. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 2: Do Acordo Geral de Tarifas e Comércio à Organização Mundial do Comércio.
Questão 2/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o trecho a seguir:
“O fim da Guerra Fria teve implicações diretas no sistema ONU. A falta de consenso que marcou o período deu lugar a uma maior predisposição dos países para cooperar nas mesas de negociação da ONU. A dissolução da União Soviética e os processos de independência de novos países, bem como a eclosão de novas guerras não mais interestatais, mas civis e étnicas, acabaram por aumentar a demanda por operações de paz e ampliaram o escopo destas, que passaram a ter mais atribuições e um mandato mais definido e multidimensional.”
Fonte: Onuki, Janina; Agopyan, Kelly Komatsu. Organizações e Regimes internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2021.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que sintetize corretamente como as organizações internacionais passaram a atuar após o final da Guerra Fria:
I. Houve uma diminuição do ativismo.
II. Houve um maior foco em temas ambientais e sociais.
III. Passou a haver um maior foco nas temáticas de segurança e defesa.
IV. Os estudos sobre as OIs, bem como a sua atuação, passaram a ser mais ativos em outros temas, por exemplo, a ONU, que passou a falar em desenvolvimento humano.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação IV está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações I e III estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmações II e IV estão corretas.
No período pós-Guerra Fria, presenciou-se um maior ativismo das organizações internacionais. A disputa bipolar e a possiblidade de uma eminente guerra nuclear criavam uma racionalidade acerca da agenda política internacional voltada para as temáticas de segurança e defesa. O fim dessa ameaça permitiu uma ampliação da agenda internacional, a qual passou a tratar também de temas ambientais e sociais. Por exemplo, em 1992, o Brasil foi palco da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (Eco-92). Essa conferência foi uma cúpula dos chefes de
Estados para discutir possíveis práticas de desenvolvimento sustentável. Como consequência, os estudos sobre as Organizações Internacionais também ficaram mais ativos nesse período. O principal debate que marca não apenas os estudos sobre as OIs no pós-Guerra Fria, mas também o estudo das relações internacionais como um todo, é o debate neo-neo. “Os anos 1990 pós-Guerra Fria também foram marcados por uma nova visão de desenvolvimento empregada pela ONU. Passou-se a falar em desenvolvimento humano, para além do próprio desenvolvimento econômico. Esse conceito, cunhado por Amartya Sen, professor da Universidade de Harvard, começou a permear uma visão mais ampla e multidimensional, englobando questões de direitos humanos, de desenvolvimento sustentável e de participação e igualdade de gênero.”
Referência: Rota de aprendizagem da Aula 2, tema 3, “O debate entre realistas e institucionalistas” e capítulo 2 do livro base.
Questão 3/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
Com a definição do “paradigma” neo-realista por Kenneth Waltz, no início da década de 1970, os estudiosos do campo das Relações Internacionais começaram a questionar que apesar do sistema internacional carecer de autoridade central, os Estados pareciam estar imiscuídos em uma rede institucional em um sentido mais amplo, em regras implícitas e explícitas que contribuíam para a modificação do comportamento estatal e eventualmente para a convergência com o comportamento dos demais. Em outras palavras, “A análise de regimes tentou preencher esta lacuna pela definição de um foco que não era tão amplo quanto o sistema internacional, ou tão estreito quanto o estudo das organizações internacionais” ( HAGGARD, 1987).
Fonte: BARROS-PLATIAU, Ana Flávia; VARELLA, Marcelo Dias and SCHLEICHER, Rafael T.. Meio ambiente e relações internacionais: perspectivas teóricas, respostas institucionais e novas dimensões de debate. Rev. bras. polít. int. [online]. 2004, vol.47, n.2, pp.100-130. Disponívem em:: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292004000200004&lng=en&nrm=iso>. Página da citação: 110.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, no que consiste um regime internacional:
Nota: 0.0
	
	A
	Os Regimes Internacionais podem ser definidos como um conjunto de princípios, normas, regras e procedimentos decisórios por meio dos quais os interesses dos atores convergem em uma dada área.
Ao compreender que uma série de princípios comuns gerem o multilateralismo e a relação dos Estados dentro de uma organização internacional, é possível relacionar tais princípios com o conceito de regimes internacionais. O desenvolvimento de tratados e instituições multilaterais formam arranjos que lidam com problemas complexos que podem ser resultado dos âmbitos políticos, econômicos ou sociais. Esses arranjos dão origem aos regimes internacionais, podendo ser definidos como “um conjunto de princípios, normas, regras e procedimentos decisórios em torno dos quais as expectativas dos atores convergem em uma área temática” (KRASNER, 1982, p. 1). O regime de comércio, como já citado, o regime monetário e o regime de navegação nos mares são exemplos de regimes formados a partir de arranjos internacionais que guiam cada uma dessas práticas
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 3: Organizações Internacionais: Conceitos Chaves.
	
	B
	Os Regimes Internacionais podemser compreendidos como o processo de criação de instâncias internacionais de discussão sobre o melhor funcionamento das Organizações Internacionais.
	
	C
	Os Regimes Internacionais podem ser definidos como a reunião de Estados nacionais que possuem condições materiais de delimitar como a política internacional irá funcionar.
	
	D
	Os Regimes Internacionais são compreendidos como o agrupamento de atores da sociedade civil em fóruns internacionais de discussão sobre os limites do poder e da ação estatal.
	
	E
	Os Regimes Internacionais podem ser definidos como o aglomerado de normas jurídicas responsáveis por regular e gerir a política internacional.
Questão 4/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto a seguir:
“Atualmente, as Nações Unidas já têm mecanismos de associação de organizações não governamentais (ONGs) a seus órgãos ou a suas agências. Os processos se dão diretamente com cada órgão ou agência, não havendo um instrumento unificador, uma das sugestões do próprio Relatório Cardoso – que ainda indica que o processo deveria estar sob a gestão da Assembleia Geral, pouco envolvida com a participação da sociedade civil, ficando esta mais concentrada no escopo do Ecosoc.”
Fonte: Onuki, Janina; Agopyan, Kelly Komatsu. Organizações e Regimes internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2021.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos da Aula 3 de Regimes e Organizações Internacionais, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta a respeito das características da Assembleia Geral da ONU:
I. É formada por todos os membros que integram as Nações Unidas.
II. Todos os Estados-membros possuem o direito ao voto nas eleições realizadas pela Assembleia Geral.
III. Funciona como uma arena de discussões sobre diversos aspectos da política internacional, mas não há eleições.
IV. A Assembleia Geral coloca recomendações sobre questões referentes à segurança internacional e à paz, à aprovação do orçamento, da admissão de outros membros, etc.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação III está correta.
	
	D
	As afirmações I, II e IV estão corretas.
Você acertou!
A Assembleia Geral é formada pelo 193 membros que integram as Nações Unidas. Esse órgão é considerado o mais representativo da organização porque todos Estados-membros possuem o direito ao voto nas eleições realizadas pela Assembleia Geral (ONUKI; AGOPYAN, 2020). A Assembleia Geral funciona como um arena de discussões sobre diversos aspectos da política internacional. Ela também pode funcionar como um corpo legislativo da ONU porque a aprovação de resoluções pela Assembleia serve como uma base normativa para o Direito Internacional (HERZ; HOFFMANN, 2004). Entre as principais funções da Assembleia Geral estão as recomendações sobre questões referentes à segurança internacional e à paz; a aprovação do orçamento das Nações Unidas; a aprovação da admissão de novos membros na organização e as eleições dos membros não-permamentes do Conselho de Segurança, Conselho Econômico e Social e do Conselho de Tutela (ONUKI; AGOPYAN, 2020).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 3. Tema 1 “O sistema de segurança coletiva pós-2ª Guerra Mundial: a criação da ONU”.
	
	E
	Apenas as afirmações I, II e III estão corretas.
Questão 5/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Considere o trecho a seguir:
“A relação dúbia entre imigração e segurança pode ser compreendida através da abordagem multissetorial de Buzan. Ao analisarmos a relação migração-segurança, não estamos falando apenas da segurança do Estado, mas também da sociedade e dos vários grupos que a compõem, assim, a imigração como questão securitária pode ser enquadrada dentro do setor societal. A segurança societal pode ser definida como “a capacidade de uma sociedade persistir com seu caráter essencial sob condições cambiantes e ameaças possíveis ou reais” (BUZAN; HANSEN, 2012, p.322). E diz respeito à sobrevivência identitária dos atores, para os quais qualquer ameaça, seja de caráter ideológico, étnico, religioso ou civilizacional, é tratada como uma questão securitária.” (Zabolotski; Hoff, 2018).
Fonte: ZABOLOTSKI, Boris; HOFF, Natali. Brexit, União Européia e a Securitização da Imigração: o papel do Think Tank britânico “Civitas” na construção discursiva do discurso anti-imigração e na campanha “Vote Leave”. OIKOS (RIO DE JANEIRO), vol. 17, p. 30-43, 2018.
Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 5 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente, corretamente, uma das definições filosóficas sobre o que é segurança, identificada por Williams:
Nota: 0.0
	
	A
	Uma das percepções vê a segurança a partir da utilização do monopólio da força do Estado, de maneira indiscriminada.
	
	B
	Uma das percepções vê a segurança como sinônimo de individualidade, cada indivíduo deve garantir a sua segurança.
	
	C
	Uma das percepções vê a segurança como sinônimo de justiça, utilizando o armamento da população como garantia de segurança.
	
	D
	Uma das percepções vê a segurança a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos, considerando que o Estado que tiver mais armamento, terá mais segurança.
	
	E
	Uma das percepções vê a segurança a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos, considerando-a relativa, dependendo da relação que diferentes atores possuem entre si.
Ao perguntar “o que é segurança?”, Williams (2008, p. 6) identifica duas filosofias diferentes que podem emergir desse conceito. A primeira compreende à segurança como um sinônimo de acumulação de poder. Assim, quanto mais poder um Estado consegue acumular, principalmente poder militar, mais seguro esse Estado seria. Por sua vez, a segunda filosofia desafia esses pressupostos. O segundo entendimento vê a segurança a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos. Essa perspectiva parte do princípio de que a segurança é relativa, dependendo da relação que diferentes atores possuem entre si. Nesse sentido, mais armamentos não necessariamente garantiria uma maior segurança para determinado ator (Williams, 2008). Um exemplo que pode ilustrar essas diferentes filosofias é a percepção de ameaça dos Estados Unidos em relação ao Reino Unido e ao Irã. O Reino Unido possui 215 armas nucleares em seu arsenal. Em contrapartida, o Irã ainda não possui armas nucleares desenvolvidas, até o presente momento. Apesar dessa discrepância da quantidade de armas nucleares entre Reino Unido e Irã, os Estados Unidos percebem o Irã como uma ameaça à sua segurança. Esse exemplo demonstra que, de acordo com a segunda filosofia, “uma segurança verdadeira e estável não vem da habilidade de exercer poder sobre os outros, mas sim da cooperação para alcançar a segurança sem privar os demais atores dela” (Williams,2008, p. 6).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 5. Tema 1 “Segurança Internacional e o Poder dos Estados soberanos”.
Questão 6/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
“O governo brasileiro tem definido a busca por uma reforma do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) [...] como um dos principais pontos de sua agenda de política externa há pelo menos vinte anos (VARGAS, 2008). O principal argumento apresentado é o de que o fim da Guerra Fria – e da bipolaridade que a sustentava – teria ocasionado uma dispersão do poder mundial, com novos focos de poder e de influência, que necessitam verem-se refletidos na configuração do órgão responsável pela paz e segurança internacionais”.
Fonte: MENDES, Flávio Pedroso. O Brasil e a reforma do Conselho de Segurança: uma análise realista. Contexto int. [online]. 2015, vol.37, n.1, pp.113-142. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292015000100113&lng=en&nrm=iso>. Página da citação: 113.
Tendo como baseos conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos principais objetivos do Estado brasileiro ao pleitear reformas nas instituições das Nações Unidas:
Nota: 10.0
	
	A
	O Brasil tem como objetivo coordenar o Departamento de Operações de Peacekeeping das Nações Unidas.
	
	B
	O Brasil objetiva ter poder de decisão dentro do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.
	
	C
	O Brasil tem como objetivo alcançar o direito de indicar o Secretário Geral das Nações Unidas.
	
	D
	O Brasil objetiva conseguir uma vaga como membro permanente do Conselho de Segurança.
Você acertou!
As Nações Unidas, na década de 1990, já contavam com 150 Estados-membros. Comparando com os 15 membros que formam o Conselho de Segurança, o Conselho conta com menos de 10% de representação de todos os membros (ONUKI; AGOPYAN, 202
internacional pós-Guerra Fria foi muito diferente daquela no pós-Segunda Guerra, quando os membros permanentes do Conselho de Segurança foram escolhidos, o que resultou no debate do aumento de membros permanentes no Conselho de Segurança. Algumas das potências que argumentam que deveriam ser parte dos membros permanentes do Conselho são a Alemanha e o Japão (ONUKI; AGOPYAN, 2020). Ambos os países saíram como perdedores da Segunda Guerra Mundial, sendo também importantes esferas de influência durante a Guerra Fria. O crescente desenvolvimento econômico desses Estados e suas atuações no sistema internacional são utilizados como justificativas para entrarem como membros permanentes. O Brasil e a Índia também são países que criticam a atual formação do Conselho de Segurança e que também buscam pleitear por sua entrada como membros permanentes. Além das questões dos membros, o poder de veto também é tema de debates entre os Estados-membros. Entre as discussões existentes, está a sugestão de limitar o poder de veto em temáticas pré-determinadas com intuito de evitar a paralização do Conselho (ONUKI; AGOPYAN, 2020).
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 5: O Debate sobre as Reformas das Nações Unidas.
	
	E
	O Brasil tem como objetivo conseguir a autorização para a produção de armas nucleares
Questão 7/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto a seguir:
“Durante a maior parte de sua existência a ONU cumpriu papéis que derivavam diretamente da ordem internacional resultante da Guerra Fria. Entre suas principais funções estava a de constituir um fórum de convivência pública entre duas superpotências. Nele, os EUA e a URSS, diretamente ou por intermédio de seus aliados, protagonizaram a bipolaridade que caracterizou o período, vivendo momentos de rivalidade e confrontação, mas também de cooperação.
A notável expansão das Nações Unidas em organizações setoriais, comissões especializadas, conferências etc.; a universalidade de sua agenda; o constante aumento do número de seus Estados-membros, indicam o quanto a dimensão cooperativa sobreviveu, apesar de tudo, ao caráter polarizado da Guerra Fria.”
Fonte: ALBUQUERQUE, José Augusto Guilhon. A ONU e a nova ordem mundial. Estud. av. [online]. 1995, vol.9, n.25, pp.161-167. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141995000300013&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1806-9592. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40141995000300013.
Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 3 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente a caracterização correta do sistema internacional presente no período da Guerra Fria:
Nota: 0.0
	
	A
	Bipolar.
O período da Guerra Fria foram as primeiras décadas de atuação das Nações Unidas. Se faz importante destacar a atuação da organização durante e após a Guerra Fria pois é possível perceber como foi a atuação das ONU em dois sistemas internacional políticos diferentes, o bipolar e o multipolar.
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 3. Tema 2 “As Nações Unidas durante a Guerra Fria”.
	
	B
	Lateral
	
	C
	Multipolar.
	
	D
	Multilateral
	
	E
	Democrata.
Questão 8/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto a seguir:
“A teoria de securitização é uma das principais contribuições da Escola de Copenhague, que surgiu em 1985, originalmente chamada de Copenhagen Peace Research Institute (Tanno 2003, p.48). Nesse momento, as escolas europeias acompanhavam o movimento de renovação teórica das Relações Internacionais sobre os conceitos de segurança. Somado a isso, as marcas da II Guerra Mundial permaneciam no dia-a-dia europeu, o que favorecia o processo de criação de uma identidade europeia e a unificação das políticas de defesa e segurança. A Escola, inicialmente liderada por Barry Buzan, Ole Waever e Jaap de Wilde, sustentava o pressuposto segundo o qual ocorreu uma evolução nos estudos de segurança internacional. Segundo eles, três grandes diferenças marcaram a evolução nesses estudos. A primeira está no conceito chave de segurança. Após a II Guerra, estudiosos deixaram de pensar esse conceito apenas como sinônimo de defesa, havendo uma abertura para questões políticas e sociais dentro dos estudos da área. A segunda mudança foi a abordagem de um novo problema: as armas nucleares. Utilizar apenas
meios militares para entender segurança não era suficiente para compreender o uso ou não de armas nucleares.”
Fonte: SILVA, Caroline Cordeiro Viana e PEREIRA, Alexsandro Eugenio. A Teoria de Securitização e a sua aplicação em artigos publicados em periódicos científicos. Revista de Sociologia e Política [online]. 2019, vol.27, n.69 Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-44782019000100204&lng=en&nrm=iso>. Aug 15, 2019. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/1678987319276907.
Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 5 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente, corretamente, como se dá a segurança estável de acordo com a segunda filosofia identificada por Williams, a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos:
Nota: 10.0
	
	A
	A segurança vem da liberdade individual dos indivíduos.
	
	B
	A segurança vem do aumento de poder bélico dos Estados.
	
	C
	A segurança vem da competição armamentista entre os Estados.
	
	D
	A segurança vem do acúmulo de riquezas de um determinado país.
	
	E
	A segurança vem da cooperação e não da habilidade de exercer poder sobre os outros.
Você acertou!
Ao perguntar “o que é segurança?”, Williams (2008, p. 6) identifica duas filosofias diferentes que podem emergir desse conceito. A primeira compreende à segurança como um sinônimo de acumulação de poder. Assim, quanto mais poder um Estado consegue acumular, principalmente poder militar, mais seguro esse Estado seria. Por sua vez, a segunda filosofia desafia esses pressupostos. O segundo entendimento vê a segurança a partir da preocupação com a justiça e os princípios dos direitos humanos. Essa perspectiva parte do princípio de que a segurança é relativa, dependendo da relação que diferentes atores possuem entre si. Nesse sentido, mais armamentos não necessariamente garantiria uma maior segurança para determinado ator (Williams, 2008). Um exemplo que pode ilustrar essas diferentes filosofias é a percepção de ameaça dos Estados Unidos em relação ao Reino Unido e ao Irã. O Reino Unido possui 215 armas nucleares em seu arsenal. Em contrapartida, o Irã ainda não possui armas nucleares desenvolvidas, até o presente momento. Apesar dessa discrepância da quantidade de armas nucleares entre Reino Unido e Irã, os Estados Unidos percebem o Irã como uma ameaça à sua segurança. Esse exemplo demonstra que, de acordo com a segunda filosofia, “uma segurança verdadeira e estável não vem da habilidade de exercer poder sobre os outros,
mas sim da cooperação para alcançar a segurança sem privar os demais atores dela” (Williams,2008,p. 6).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 5. Tema 1 “Segurança Internacional e o Poder dos Estados soberanos”.
Questão 9/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
“A Liga das Nações foi, até o momento de sua criação, a mais elaborada tentativa de organizar racionalmente as relações internacionais a partir de uma instituição multilateral. Como assinala o historiador Eric Hobsbawm, se a Primeira Guerra Mundial demarca o colapso do século XIX, a ordem internacional europeia chega ao fim, em seu sentido clássico, com a Liga das Nações, uma organização internacional no tabuleiro multilateral, que deveria substituir as dinâmicas de poder tradicionais no tabuleiro geopolítico”.
Fonte: BARACUHY, Braz. A crise da Liga das Nações de 1926: realismo neoclássico, multilateralismo e a natureza da política externa brasileira. Contexto int. [online]. 2006, vol.28, n.2, pp.355-397. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-85292006000200002&lng=en&nrm=iso>. Página da Citação: 355-356.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente qual era o principal objetivo da Liga das Nações:
Nota: 10.0
	
	A
	O objetivo central da Liga das Nações voltava-se para a criação de mecanismos mais equitativos para a distribuição dos territórios do continente africano para as potências europeias.
	
	B
	O objetivo primordial da Liga das Nações era centralizar a política internacional, promovendo a distribuição de recursos materiais e simbólicos de forma mais igualitária entre todas os Estados soberanos.
	
	C
	O objetivo central da Liga das Nações consistia na manutenção da paz e da segurança internacionais por meio da institucionalização dos mecanismos pacíficos de resolução de conflitos.
Você acertou!
A Liga das Nações, a primeira organização internacional de segurança coletiva, foi estabelecida em 1919. O objetivo da Liga foi assegurar a paz mundial e institucionalizar mecanismos para a resolução pacífica de conflitos, de forma a evitar outra grande guerra (ONUKI; AGOPYAN, 2020). Apesar da Liga ser fruto do discurso de Wilson, seu desejo não foi completamente alcançado devido a não universalidade que a Liga das Nações teve. Os próprios Estados Unidos nunca chegaram a participar da organização. Devido a ausência de Wilson dos Estados Unidos durante a negociação do Tratado de Versalhes, o presidente perdeu a maioria no Congresso durante as eleições parlamentares. Como consequência, o Tratado de Versalhes não foi ratificado pela casa legislativa estadunidense (ARARIPE, 2008).
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Regimes e Organizações Internacionais com a profa. Prof.ª Devlin Biezus. Tema 1: Contexto Histórico.
	
	D
	O objetivo primordial da Liga das Nações voltava-se para a criação de redes de solidariedade entre as diferentes regiões do globo, diminuindo políticas discriminatórias e o colonialismo.
	
	E
	O objetivo central da Liga das Nações era a criação de uma instituição econômica integrada por todas as potências europeias a partir da adoção de uma moeda única.
Questão 10/10 - Regimes e Organizações Internacionais
Leia o texto abaixo:
“Conforme já abordamos, a Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada no pós-Segunda Guerra Mundial com o intuito de garantir que os devastadores conflitos, como o que havia acabado de terminar, voltassem a ocorrer. Em seu art. 1, a Carta da ONU já estabelece como propósito central a manutenção da paz e da segurança internacionais:
1. Manter a paz e a segurança internacionais e para esse fim: tomar medidas coletivas eficazes para prevenir e afastar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão, ou outra qualquer rutura [ruptura] da paz e chegar, por meios pacíficos, e em conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajustamento ou solução das controvérsias ou situações internacionais que possam levar a uma perturbação da paz; […] (ONU, 2009, p. 5).”
Fonte: Onuki, Janina; Agopyan, Kelly Komatsu. Organizações e Regimes internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2021.
Considerando a contextualização acima e os conteúdos discutidos na Aula 3 da disciplina de Regimes e Organizações Internacionais, assinale a alternativa que apresente, corretamente, a definição de segurança coletiva:
Nota: 0.0
	
	A
	Um sistema baseado em cooperação entre atores sociais.
	
	B
	Um sistema baseado na ideia de criação de um mecanismo internacional que agregue interesses dos Estados mais ricos.
	
	C
	Um sistema baseado na ideia de criação de um mecanismo internacional que agregue interesses dos Estados mais pobres.
	
	D
	Um sistema baseado na ideia de criação de um mecanismo internacional que agregue interesses dos Estados mais ricos para evitar a cooperação entre eles.
	
	E
	Um sistema baseado na ideia da criação de um mecanismo internacional que conjugue compromissos de Estados nacionais para evitar, ou até suprimir, a agressão de um Estado contra o outro.
Além da segurança coletiva, outras formas de cooperação nesse âmbito se dão pela formação de alianças e mecanismos de resolução de conflitos violentos, como a mediação e arbitragem, por exemplo. Diferentemente de tais mecanismos, o objetivo da segurança coletiva não é acessar a causa das guerras e conflitos violentos para solucioná-los, mas evitar que o uso da força seja empreendido (HERZ; HOFFMANN, 2004). Ou seja, um mecanismo que funcionasse a priori do desencadeamento de um conflito violento. Nesse sentido, a segurança coletiva pode ser definida como um sistema que é “baseado na ideia da criação de um mecanismo internacional que conjuga compromissos de Estados nacionais para evitar, ou até suprimir, a agressão de um Estado contra o outro” (HERZ; HOFFMANN, 2004, p. 75).
Referência: Rota de Aprendizagem de Regimes e Organizações Internacionais. Aula 3. Tema 1 “O sistema de segurança coletiva pós-2ª Guerra Mundial: a criação da ONU”.

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