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Português p/ INSS - 2015 
Prof. Ludimila Lamounier, 
AULA 05
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expressamente proibida a sua distribuição ou o fornecimento a terceiros sem a prévia autorização do autor
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Língua Portuguesa para concursos 
Curso INSS 2015 
Teoria e questões comentadas 
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 
 
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AULA 05 
 
 
Emprego/correlação de tempos e modos verbais. Vozes verbais. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Aspectos Introdutórios – Verbos 02 
 1.1 Formação dos Verbos 03 
2. Classificação dos verbos quanto à flexão 04 
3. Flexão dos Verbos 06 
3.1. Emprego dos Tempos Verbais 08 
4. Locuções Verbais 15 
 4.1. Tempos Compostos 17 
5. Tempos Primitivos e Derivados 20 
6. Conjugação Verbal 24 
7. Correlação Verbal 31 
8. Vozes Verbais 36 
 8.1. Conversão de Vozes Verbais 39 
 8.2. Diferença entre Verbos Reflexivos, Pronominais e 
Intransitivos 
42 
Questões Propostas 43 
Gabarito 52 
Questões Comentadas 52 
 
 
Olá, concurseiro fiscal! 
Vamos, hoje, para mais uma aula: Aula 05 de Língua Portuguesa para 
o concurso INSS/2015 (Técnico do Seguro Social). 
 
DICA DA VEZ – PRECISO DORMIR 
Uma dúvida frequente dos concurseiros é sobre o sono. Muitos 
questionam a quantidade ideal de horas de sono. Isso é muito 
complicado, porque a necessidade de um é diferente da de outro. 
Alguns candidatos passam a dormir muito pouco, cerca de quatro horas 
por noite, para sobrar mais tempo livre para os estudos. 
Mas, cuidado! Dormir muito pouco pode ser mais prejudicial do que não 
ter as horas a mais para o estudo. Os médicos afirmam que fixamos o 
aprendizado durante o sono, por isso é importante dormir. 
Além disso, também precisamos descansar, senão não rendemos no dia 
seguinte, não é mesmo? 
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Teoria e questões comentadas 
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Em relação à quantidade de horas, a questão é muito relativa. Eu 
preciso dormir, no mínimo, 6 horas por dia. E acredito que, para a 
maioria das pessoas, a quantidade mínima ideal é por volta de 6 a 7 
horas. 
O que eu quero que você tenha em mente é o seguinte: não se culpe 
quando for dormir, pensando que poderia estar estudando. O sono é tão 
importante quanto o estudo. Seu sucesso virá de uma combinação bem 
feita entre estudo, dedicação e descanso. 
 
 
Vamos começar a nossa aula de hoje? 
Esta aula trata de: Emprego/correlação de tempos e modos 
verbais. Vozes verbais. 
Precisamos de bastante atenção e concentração para a aula de hoje, 
certo? 
 
1. Aspectos Introdutórios – Verbos 
 
Você se lembra de que começamos a ver a classe de palavras 
“verbo” na Aula 03? Sugiro que retorne a esta para recordar o que 
estudamos sobre o assunto, caso você não esteja muito seguro. 
Verbo é a palavra variável em pessoa, número, tempo, modo e voz 
que indica um processo (ação, desejo, estado, mudança de estado, 
fenômeno) representado no tempo. Quando procuramos um verbo no 
dicionário, nós o encontramos no modo infinitivo (andar, comer, fazer, 
sorrir, ser, dormir), que significa o “nome do verbo”, ou seja, a sua 
denominação. 
Aprendemos, também, que o verbo se flexiona em número 
(singular e plural), em pessoa (primeira, segunda e terceira, 
singular e plural) e em modo (indicativo, subjuntivo e imperativo – e 
formas nominais). Além disso, também temos a flexão de tempo 
(tempos do modo indicativo e tempos do modo subjuntivo). 
O verbo é uma classe de palavra muito importante e que estará 
presente em várias outras aulas, como as aulas sobre sintaxe, 
concordância e regência. 
Na aula de hoje, vamos ver o emprego e a correlação de 
tempos e modos verbais. 
Além disso, parte desta aula será dedicada a um assunto muito 
cobrado em provas de concurso: vozes verbais. 
 
 
 
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1.1 Formação dos Verbos 
 
Na formação dos verbos, temos que observar a presença do radical, 
que é a parte invariável e contém a significação do verbo. Com 
base no radical, surgem as outras formas verbais. Isso porque, ao 
radical, podem-se juntar a vogal temática, o tema e as desinências 
modo-temporal e número-pessoal. Note, porém, que nem todas as 
formas verbais possuem todos esses elementos. 
A vogal temática é o elemento que forma o tema verbal e expressa 
a que conjugação pertence o verbo. Ela se localiza entre o radical e a 
desinência do infinitivo impessoal –r. 
A vogal temática –a indica os verbos da 1ª conjugação (cantar, 
lavar, andar, amar), por sua vez, a vogal temática –e indica os 
verbos da 2ª conjugação (beber, comer, viver, dizer) e a vogal 
temática –i indica os verbos da 3ª conjugação (partir, pedir, fugir, 
sair). 
É importante salientar que o presente do subjuntivo e os tempos dele 
derivados não possuem vogal temática. 
O tema é a união do radical com a vogal temática. Para tanto, 
fazemos a retirada da desinência do infinitivo impessoal –r. 
Exemplo: falar, beber, pedir, andar. 
As desinências são os elementos que expressam as flexões de 
modo, tempo, número e pessoa: desinência modo-temporal e 
desinência número-pessoal. 
A desinência modo-temporal se refere ao modo e ao tempo do 
verbo. Atenção: a desinência modo-temporal não está presente em 
todas as formas verbais, como o presente e o pretérito perfeito do 
indicativo. 
Exemplo: cantávamos – “va” é a desinência que indica o pretérito 
imperfeito do indicativo. 
A desinência número-pessoal se refere ao número e à pessoa do 
verbo. 
Exemplo: cantávamos – “mos” é a desinência que indica a 1ª pessoa do 
plural (nós). 
Por fim, podemos dizer que os verbos são divididos nas formas 
rizotônicas e arrizotônicas. 
Nas formas rizotônicas, a sílaba tônica (lembram-se da Aula 02?) 
recai no radical, ou seja, na sua parte estática. São rizotônicas a 1ª, 
a 2ª e a 3ª pessoas do singular e a 3ª pessoa do plural do presente 
do indicativo e do subjuntivo e as correspondentes do imperativo, os 
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particípios irregulares (aceso, morto, pago); a 1ª e a 3ª do singular 
do pretérito perfeito de alguns verbos irregulares (coube, fiz, fez). 
Exemplo: 
Fala, ando, vendem, partes. (Perceba que as sílabas tônicas recaem no 
radicais.) 
Por sua vez, as formas arrizotônicas possuem a sílaba tônica fora 
do radical. 
Exemplo: 
Andais, venderei. (Perceba que as sílabas tônicas recaem fora os radicais.) 
 
2. Classificação dos verbos quanto à flexão 
 
Neste tópico, vamos estudar a classificação de verbos quanto à 
flexão. 
Antes de começarmos, chamo a atenção para a existência de verbos 
impessoais (verbos sem sujeito).O verbo impessoal é aquele que 
não apresenta sujeito com o qual possa concordar. Assim, eles são 
sempre usados na 3ª pessoa do singular. Exemplos: verbos que 
indicam fenômenos da natureza (chover, nevar, ventar, relampejar, 
gear), verbo “haver” no sentido de existir, acontecer, ocorrer, 
realizar-se e verbo “fazer” se indicar tempo decorrido. 
 
Os verbos se dividem em: regulares, irregulares, anômalos, defectivos 
e abundantes. 
A seguir, veremos cada tipo separadamente. 
 
Verbos regulares 
Os verbos regulares mantêm o mesmo radical ao se flexionarem. 
Exemplos: eu ando, tu andas, ele anda, nós andamos, vós andais, eles 
andam. 
 
Verbos irregulares 
Os verbos irregulares possuem alterações no seu radical ou nas suas 
desinências (flexão). Essas alterações devem ser gráficas e fonéticas, 
ao mesmo tempo, para dar ao verbo o caráter de irregular. 
Exemplo: saber (eu sei, ele soube), medir (eu meço, tu medes), dar (eu 
dei, ele deu). 
 Agir (eu ajo): não é irregular, porque a alteração foi apenas 
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fonética. 
 
Verbos anômalos 
Os verbos anômalos são os irregulares que possuem variações mais 
graves. 
Exemplo: ser e ir (são apenas esses dois). 
 
Verbos abundantes 
Os verbos abundantes são aqueles que possuem duas (às vezes três) 
formas distintas em algum tempo, modo, pessoa e, principalmente, 
no particípio. 
Exemplo: aceitar (aceitado e aceito), expressar (expressado e expresso), 
fixar (fixado e fixo), misturar (misturado e misto). 
Quando o verbo possui mais de um particípio, este possui a 
classificação de regular (terminados em ado ou ido) e irregular 
(terminados em do, go, to, so). Normalmente, os particípios regulares 
são usados na voz ativa com os auxiliares ter e haver. 
Exemplos: O tiro havia matado o ladrão. 
 O ladrão foi morto por um tiro. 
 
Verbos defectivos 
Os verbos defectivos não possuem determinadas formas (tempo, 
pessoa, modo), ou seja, eles não são passíveis de conjugação em 
todas as formas. 
Exemplos: falir, abolir, reaver, colorir, remir, etc. 
É importante destacar que o defeito deste tipo de verbo ocorre na 
conjugação do presente do indicativo. Assim, se conjugarmos um 
verbo na 1ª pessoa do presente do indicativo e sua pronúncia se 
confundir com a de outro verbo ou se não existir eufonia (som 
harmônico), estamos diante de um verbo defectivo. 
Exemplos: falir (eu falo – confunde-se com o verbo falar), soer (eu 
soo – confunde-se com o verbo soar), abolir (eu abulo – confunde-se 
com eu a bulo), remir (eu remo – confunde-se com remar). 
Vamos estudar, ainda nesta aula, os tempos primitivos e derivados. 
Mas, saliento, aqui, que os tempos derivados do presente do 
indicativo (presente do subjuntivo e imperativo) também sofrem o 
mesmo problema “de defeito”. Percebam, assim, que o verbo terá sua 
conjugação normal para outros tempos e modos. 
Podemos dividir os verbos defectivos em dois: 
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a) O verbo apenas não tem a 1ª pessoa do singular; 
Exemplo: explodir, colorir, abolir, delinquir. 
b) O verbo apenas tem a 1ª e a 2ª pessoas do plural; 
Exemplo: adequar, reaver. 
 
3. Flexão dos Verbos 
 
Repito, aqui, parte da Aula 03, para que fique mais fácil a 
continuidade de estudo. 
Vamos rever juntos? 
 
FLEXÃO DE NÚMERO 
Singular: o verbo se refere a uma pessoa ou coisa. 
Exemplo: Trabalho, trabalhas, trabalha. 
 
Plural: o verbo tem como sujeito mais de uma pessoa ou coisa. 
Exemplo: Trabalhamos, trabalhais, trabalham. 
 
FLEXÃO DE PESSOA 
O verbo se flexiona para designar as três pessoas do discurso (no 
singular ou no plural), ou seja: 
1ª pessoa - aquela que fala (eu e nós). 
2ª pessoa - aquela a quem se fala (tu e vós). 
3ª pessoa - aquela de quem se fala (ele, ela, eles, elas). 
Singular: eu, tu, ele, ela. 
Plural: nós, vós, eles, elas. 
 
FLEXÃO DE MODO 
Modos são as diversas formas que possui o verbo para demonstrar a 
atitude da pessoa que fala em referência ao fato, à ação que anuncia. 
Indicativo: expressa atitude de certeza. 
Exemplo: Trabalhei bastante para conquistar o salário que tenho. 
 
Subjuntivo: indica atitude de dúvida, de desejo, de hipótese. 
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Exemplo: Se você vier a Brasília, visite o Palácio da Alvorada. 
 
Imperativo: exprime atitude de vontade (ordem, convite, conselho, 
súplica, pedido). 
Exemplo: Marisa, faça aquele bolo de chocolate. 
 
Não devemos deixar de estudar as formas nominais do verbo: 
infinitivo, gerúndio e particípio. Elas recebem esse nome porque, 
além do valor verbal, podem ter a função de nomes (substantivo, 
adjetivo, advérbio). 
Infinitivo: é uma forma verbal que enuncia a ação, o estado, o fato 
ou o fenômeno de modo vago ou indefinido. 
Infinitivo Pessoal: ligado às pessoas do discurso. É 
conjugável (tem sujeito). 
Exemplo: Andar eu, andares tu, andar ele, andarmos nós, 
andardes vós, andarem eles. 
 
Infinitivo Impessoal: não é flexionável. É, como já vimos, o 
“nome do verbo”. 
Exemplo: Andar (1ª conjugação), comer (2ª conjugação), partir 
(3ª conjugação). 
 
Gerúndio: é uma forma verbal que indica a ação em processo. 
Exemplo: Maria está estudando agora. 
 
Particípio: é uma forma verbal que corresponde a um adjetivo e, 
dessa forma, pode flexionar-se, em alguns casos, em número e 
gênero. 
Exemplo: Os museus europeus merecem ser visitados. 
Conforme já mencionado, alguns verbos possuem mais de uma 
forma de particípio: a regular (ado, ido), empregada com os verbos 
TER e HAVER (tempo composto) e a irregular, empregada com os 
verbos SER e ESTAR (voz passiva – vamos estudar nesta aula). 
Ainda temos alguns verbos que possuem somente a forma irregular: 
abrir (aberto), fazer (feito), dizer (dito), escrever (escrito), cobrir 
(coberto), etc. 
 
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Outra coisa importante: alguns verbos admitem tanto a forma 
regular quanto a irregular para qualquer dos verbos auxiliares que os 
acompanhem. São eles: pagar, pegar, ganhar e gastar. 
Por fim, menciono o verbo chegar, que possui apenas o particípio 
regular (chegado). Muitas pessoas fazem confusão e acham que 
chego é a forma irregular do particípio. Chego é, na verdade, a 
conjugação da 1ª pessoa do singular do presente do indicativo (eu 
chego). 
 
FLEXÃO DE TEMPO 
Tempo é a variação que indica o momento em que se dá o processo 
representado pelo verbo. 
São três tempos naturais: presente, pretérito, futuro. Ou seja, 
indicam um acontecimento no momento em que se fala, antes do 
momento em que se fala e após o momento em que se fala. 
Tempos do Indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito 
imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro 
do pretérito. 
Tempos do Subjuntivo: presente, pretérito imperfeito e futuro. 
No próximo tópico, vamos estudar, com mais detalhes,o emprego 
dos tempos verbais. 
 
3.1 Emprego dos Tempos Verbais 
 
TEMPOS DO INDICATIVO 
 
Presente 
O presente enuncia o fato como atual. Também pode ocorrer da 
seguinte forma: 
a) O fato acontece no mesmo momento em que se fala. 
 
Exemplo: Vejo fantasmas na sala. 
 
b) O fato acontece de maneira comum, ou seja, uma ação 
habitual. 
 
Exemplo: Todos os dias, Luiza escova os cabelos. 
 
c) O fato é, na verdade, um princípio, um dado ou um conceito. 
Perceba que há uma dissociação de tempo. 
 
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Exemplo: Muitos casais se divorciam todos os anos. 
 
d) O fato é passado, mas queremos dar maior vivacidade. 
 
Exemplo: As tropas americanas assumem o comando e derrotam o 
Iraque. 
 
e) O fato acontece no futuro. 
 
Exemplo: Amanhã eu faço o jantar. 
 
Pretérito 
O pretérito se refere a fatos passados, conforme o momento em que 
falamos. Ele pode ser: perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito. 
 
Pretérito Perfeito 
O pretérito perfeito se refere a um fato ocorrido em época passada e 
já concluído antes do momento em que se fala. 
Exemplos: Joana soube do casamento de Ana e João. 
 Li um livro em inglês. 
 
Observação: O pretérito perfeito em sua forma composta (pretérito 
perfeito composto) expressa, normalmente, a repetição ou a 
continuidade de um fato. 
Exemplos: Tenho ido a bons restaurantes. 
 Luiza tem viajado nos últimos meses. 
 
Pretérito Imperfeito 
O pretérito imperfeito se refere ao seguinte: 
a) O fato se realizou, mas não se concluiu, ou o fato apresenta 
determinada duração. 
Exemplos: Ele se tratava naquele hospital antes de falecer. 
 As negociações aconteciam sem que João percebesse. 
b) O fato acontecia no momento em que sobreveio outro (ações 
simultâneas). 
 
Exemplo: João estudava na biblioteca, quando Mariana chegou. 
 
c) O fato é uma ação passada habitual ou repetida. 
Exemplo: Sempre que eu tossia, ele espirrava. 
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Pretérito Mais-Que-Perfeito 
O pretérito mais-que-perfeito se refere a um fato anterior a outro fato 
que também é passado. 
Exemplo: Quando cheguei ao aeroporto, o avião já decolara. 
Observação: O pretérito mais-que-perfeito em sua forma composta 
(pretérito mais-que-perfeito composto) é o modo mais usual de 
usarmos este tipo de pretérito. Vale observar que a forma simples 
está em desuso. 
Exemplo: Quando cheguei ao aeroporto, o avião já tinha decolado. 
 
Futuro 
O futuro pode ser: do presente ou do pretérito. 
 
Futuro do Presente 
O futuro do presente se refere a um fato que se realizará em um 
momento posterior ao presente. Também pode se referir a uma 
afirmação com valor de certeza. 
Exemplos: Pouparei metade do meu salário após ganhar o aumento. 
 De todas as noivas de Brasília, você será a mais linda. 
 
Observação 1: O futuro do presente em sua forma composta (futuro 
do presente composto) pode expressar: futuro acontecimento de um 
fato que se iniciou no momento presente; fato futuro que terá sido 
concluído antes de outro, também no futuro; ou incerteza a respeito 
de fatos passados. 
Exemplos: Até você chegar, terei arrumado a mesa para o jantar. 
Ano que vem, quando você voltar, eu já terei comprado meu 
apartamento. 
 Terá Ana conhecido sua mãe? 
Observação 2: O futuro do presente pode ser empregado com valor 
de imperativo ou para indicar a incerteza sobre fatos presentes. 
Exemplos: Honrarás (igual a honre) tua família. 
 Naquela cidade acontecerá umas festas religiosas. 
 
Futuro do Pretérito 
O futuro do pretérito se refere ao seguinte: 
a) O fato é posterior em relação a outro já ocorrido. 
 
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Exemplo: João disse à Ana que teriam dinheiro para viajar. 
 
b) O fato não chegou a acontecer. 
 
Exemplo: Eu ganharia a medalha, mas Joana passou na frente. 
 
c) O fato é incerto. 
 
Exemplo: Os policiais atiraram balas que seriam de borracha. 
 
d) O fato é uma hipótese em relação a uma condição. 
 
Exemplo: Se você tivesse poupado seu dinheiro, não pagaria mais 
aluguel. 
 
e) Polidez. 
 
Exemplo: Você poderia me dar uma ajuda? 
 
Observação: O futuro do pretérito em sua forma composta pode ser 
empregado nos três primeiros casos acima. 
Exemplo: Eu teria conquistado a medalha, mas fiquei doente. 
 
TEMPOS DO SUBJUNTIVO 
 
Presente 
O presente do subjuntivo enuncia o fato como hipótese, dúvida, 
desejo, probabilidade, suposição. 
Exemplos: Espero que passem no concurso de analista. 
 Talvez Joana te dê o presente de aniversário. 
 Deus te proteja! 
 Largue o emprego e verás as consequências. 
 
Pretérito Imperfeito 
O pretérito imperfeito do subjuntivo apresenta um fato passado, 
porém posterior e dependente de outra ação passada. Como o 
presente do subjuntivo, também indica suposição, probabilidade, 
hipótese, condição. 
Exemplos: Marina receou que eu desistisse da viagem. 
 Joana duvidava que Pedro fizesse o trabalho. 
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 Se eu pudesse, faria a viagem. 
 Oxalá me escutasse. 
 
Futuro 
O futuro do subjuntivo apresenta um fato que ainda acontecerá, mas 
que é dependente (condicional, temporal ou conformativo) de outra 
ação também futura. 
Exemplos: Quando vendermos todas as joias, estaremos ricos. 
 Se for necessário, venderemos a casa. 
 Quando ele comprar a casa, faremos uma festa. 
 Se ele vier a tempo, tomaremos o vinho. 
 
Observação 1: O futuro do subjuntivo pode ser empregado em sua 
forma composta. 
Exemplos: Quando eu tiver comprado a nova casa, darei muitas festas. 
Conversarei com os alunos que não tiverem entendido a 
matéria. 
 
Observação 2: Temos também o pretérito perfeito composto do 
subjuntivo, que é formado pelo presente do subjuntivo mais o 
particípio de um verbo. Ele indica uma hipótese ou um desejo em 
relação a outro fato situado no futuro. 
Exemplo: Eu duvido que Joana tenha ido ao casamento. 
 
Observação 3: Temos também o pretérito mais-que-perfeito 
composto do subjuntivo, que é formado pelo pretérito imperfeito do 
subjuntivo mais o particípio de um verbo. Ele indica uma hipótese no 
passado em relação a outro fato hipotético também no passado. 
Exemplo: Eu pensei o que teria acontecido se Joana tivesse chegado. 
 
Ainda nesta aula, estudaremos melhor os tempos compostos. 
 
Veja, logo em seguida, uma questão que trata do assunto de 
modos e tempos verbais. 
 
 
 
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Questão – (FCC) Advogado – Sabesp/2014(Adaptada) 
 
O conceito de desenvolvimento sustentável evoluiu ao longo do 
tempo e incorporou, para além do capital natural, também 
aspectos de desenvolvimento humano. Desta forma é possível 
distinguir três dimensões do Desenvolvimento Sustentável 
(AYUSO e FULLANA, 2002): 
− Sustentabilidade ambiental: deve garantir que o 
desenvolvimento seja compatível com a manutenção dos 
processos ecológicos essenciais, da diversidade biológica e dos 
recursos naturais; 
− Sustentabilidade econômica: deve garantir que o 
desenvolvimento seja economicamente eficiente, beneficie 
todos os agentes de uma região afetada e os recursos sejam 
geridos de maneira que se conservem para as gerações 
futuras; 
− Sustentabilidade social e cultural: deve garantir que o 
desenvolvimento sustentável aumente o controle dos indivíduos 
sobre suas vidas, seja compatível com a cultura e os valores 
das pessoas, e mantenha e reforce a identidade das 
comunidades. 
Atualmente, também se associa o Desenvolvimento Sustentável 
ou Sustentabilidade à responsabilidade social. Responsabilidade 
social é a forma ética e responsável pela qual a Empresa 
desenvolve todas as suas ações, políticas, práticas e atitudes, 
tanto com a comunidade quanto com o seu corpo funcional. 
Enfim, com o ambiente interno e externo à Organização e com 
todos os agentes interessados no processo. 
Assim, as definições de Educação Ambiental são abrangentes e 
refletem a história do pensamento e visões sobre educação, 
meio ambiente e desenvolvimento sustentável. 
É importante que a inserção da perspectiva da sustentabilidade 
na cultura empresarial, por meio das ações e projetos de 
Educação Ambiental, esteja alinhada a esses conceitos. 
(Adaptado de: Guia de Educação Ambiental. Programa de Educação 
Ambiental − PEA Sabesp, p. 23-4. 
http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=176) 
 
 
“É importante que a inserção da perspectiva da sustentabilidade 
na cultura empresarial, por meio das ações e projetos de 
Educação Ambiental esteja alinhada a esses conceitos” (último 
parágrafo do texto) 
 
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o 
verbo grifado na frase acima está em: 
 
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a) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, políticas... 
b) ... as definições de Educação Ambiental são abrangentes... 
c) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentável... 
d) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvolvimento 
humano. 
e) ... e reforce a identidade das comunidades. 
 
Comentários 
Esta questão trata do emprego dos modos e dos tempos 
verbais. O comando solicita que o aluno analise as alternativas 
e marque aquela que apresenta uma forma verbal que esteja 
no mesmo tempo e modo que o verbo grifado na sentença 
dada. 
A primeira coisa que temos que fazer é verificar em qual tempo 
e modo se encontra a forma verbal grifada no enunciado 
(esteja). Ao fazermos essa análise, percebemos que a sentença 
que contém essa forma verbal expressa um sentido de 
hipótese, ou seja, não é uma frase que expressa um fato certo 
de acontecer. 
Vimos que o modo indicativo expressa atitude de certeza e que 
o modo subjuntivo indica atitude de dúvida, de desejo, de 
hipótese. Estudamos também que o tempo presente do modo 
subjuntivo enuncia o fato como hipótese, dúvida, desejo, 
probabilidade, suposição. 
Assim, identificamos que a forma verbal esteja está no 
presente do subjuntivo. 
Vamos examinar as alternativas? 
a) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, políticas... 
Nesta alternativa, o verbo está no presente do indicativo. 
 
b) ... as definições de Educação Ambiental são abrangentes... 
Nesta alternativa, o verbo está no presente do indicativo. 
 
c) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentável... 
Nesta alternativa, o verbo está no presente do indicativo. 
 
d) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvolvimento 
humano. 
Nesta alternativa, o verbo está no pretérito perfeito do 
indicativo. 
 
e) ... e reforce a identidade das comunidades. 
Nesta alternativa, o verbo está no presente do 
subjuntivo. Esta é a resposta da questão. 
Gabarito: E 
 
 
 
 
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4. Locuções Verbais 
 
As locuções verbais são combinações de verbos (ligados ou não por 
preposição) que formam uma unidade que denota ideias, geralmente, 
não indicadas pelos tempos simples e compostos (formados com os 
verbos auxiliares ter e haver). 
Para a formação de uma locução verbal (também conhecida como 
perífrase verbal), usaremos combinações, de forma que um dos 
verbos fique fixo no infinitivo, gerúndio ou particípio (verbo 
principal) e o outro se flexione em modo, tempo e número (verbo 
auxiliar). Vários verbos podem ser usados como auxiliar, mas estes 
são os mais comuns: ser, estar, ficar, ter, haver, ir, parecer, etc. 
 
Vamos estudar, agora, alguns exemplos de locução verbal. 
Verbo auxiliar SER + PARTICÍPIO: As mulheres foram penteadas 
pelo João. 
Verbo auxiliar ESTAR + PARTICÍPIO: A mulher está cercada pelos 
familiares. 
Verbo auxiliar TER + PREPOSIÇÃO + INFINITIVO: A mulher tem 
de ser acompanhada pelo médico. 
Verbo auxiliar COMEÇAR (ENTRAR, PASSAR) + A + INFINITIVO: 
A mulher começou a chorar compulsivamente. 
Verbo auxiliar ANDAR (ESTAR, FICAR, IR, VIR) + GERÚNDIO: A 
mulher está comprando uma casa nova. 
Verbo auxiliar DEVER + INFINITIVO: A mulher não deve chorar 
compulsivamente. 
Verbo auxiliar ACABAR (DEIXAR, PARAR) + DE + INFINITIVO: A 
mulher acabou de falar há dois minutos. 
Verbo auxiliar HAVER + DE + INFINITIVO: Pedro há de escutar os 
gritos. 
Verbo auxiliar IR + GERÚNDIO: É importante que você vá mexendo 
o caldo pouco a pouco. 
Verbo auxiliar IR + INFINITIVO: Não vá embora agora, Maria vai 
fritar umas batatas. 
 
ATENÇÃO! Muitas vezes, a reunião de dois verbos não forma uma 
locução verbal ou um tempo composto. Podemos ter, em vez disso, 
por exemplo, orações reduzidas de infinitivo. Mas isso é tema da Aula 
06, na qual estudaremos as orações. 
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Exemplos: Ainda falta comer as batatas. (duas orações=dois verbos) 
 Ele deve comer as batatas. (locução verbal) 
 
A questão que vamos ver aborda um pouco do que foi 
estudado acima. 
 
Questão – (ESAF) Auditor Fiscal da Receita Federal – 
Receita Federal/2014 
(Adaptada) 
A prefeitura municipal, através da Secretaria de Assistência 
Social, promove a Campanha Imposto de Renda Solidário, 
projeto cujo objetivo é, através de doação do imposto de renda 
devido, ajudar a financiar projetos de defesa e promoção dos 
direitos de crianças e adolescentes de Chapadão do Sul. 
A ideia é que todos que queiram participar direcionem parte do 
valor devido ao Fundo Municipal dos Direitos da Infância e 
Adolescência (FMDCA) e assim participem da Campanha. A 
doação, estabelecida pela Lei n. 8.069/90, é simples, não traz 
ônus a quem colabora e os valores doados são abatidos do 
imposto de renda devido. 
O valor destinado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e 
do Adolescente, respeitados os limiteslegais, é integralmente 
deduzido do IR devido na declaração anual ou acrescido ao IR a 
restituir. Quem quiser contribuir deve procurar um escritório de 
contabilidade e solicitar que seu imposto de renda seja 
destinado ao FMDCA de Chapadão do Sul. 
A doação pode ser dirigida a um projeto de escolha do doador, 
desde que esteja inscrito no CMDCA-Conselho Municipal de 
Direitos da Criança e do Adolescente, que analisará e aprovará 
o repasse do recurso e posteriormente fiscalizará sua execução. 
(Adaptado de: <http://www.ocorreionews.com.br>. Acesso em: 19 
mar. 2014.) 
No desenvolvimento da argumentação do texto, o modo e 
tempo verbais são usados para indicar uma 
possibilidade, uma hipótese em (expressões sublinhadas no 
texto) 
a) “ajudar a financiar” 
b) “queiram participar” 
c) “são abatidos” 
d) “deve procurar” 
e) “analisará e aprovará” 
 
Comentários 
Esta questão trata do emprego de locuções verbais, dos 
modos e dos tempos verbais. O comando solicita que o 
aluno analise as alternativas e marque aquela que apresenta 
uma forma verbal que expresse possibilidade, hipótese. 
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Observe que, entre as alternativas, há locução verbal e voz 
passiva (estudaremos ainda nesta aula). Mas, você só precisa 
saber os conceitos de modo e tempo verbal para resolver esta 
questão. 
Aprendemos que o modo subjuntivo é aquele que indica 
atitude de dúvida, de desejo, de hipótese, não é mesmo? 
Dessa forma, fica muito fácil resolver a questão, pois a única 
alternativa que possui forma verbal (no caso, locução verbal no 
presente do subjuntivo) no modo subjuntivo é a alternativa b – 
“queiram participar”. 
Gabarito: B 
 
4.1 Tempos Compostos 
 
Como já vimos, tempo composto é o tempo formado por um verbo 
flexionado (auxiliar) e por outro no particípio (principal). Os auxiliares 
são TER e HAVER. 
Para facilitar, vou reunir, aqui, os tempos compostos que já 
estudamos anteriormente nesta aula. 
 
Modo indicativo 
Pretérito perfeito composto: presente do indicativo (auxiliar) + 
particípio (principal). Expressa, normalmente, a repetição ou a 
continuidade de um fato. 
Exemplo: Ele tem caminhado no parque. 
 
Pretérito mais-que-perfeito composto: pretérito imperfeito do 
indicativo (auxiliar) + particípio (principal). Ele se refere a um fato 
anterior a outro fato que também é passado. 
Exemplo: Ele tinha caminhado no parque. 
 
Futuro do presente composto: futuro do presente do indicativo 
(auxiliar) + particípio (principal). Ele indica futuro acontecimento de 
um fato que se iniciou no momento presente, fato futuro que terá sido 
concluído antes de outro, também no futuro, ou incerteza a respeito 
de fatos passados. 
Exemplo: Ele terá comprado um casaco novo. 
 
Futuro do pretérito composto: futuro do pretérito do indicativo 
(auxiliar) + particípio (principal). Ele se refere a fato posterior em 
relação a outro já ocorrido, a fato que não chegou a acontecer ou a 
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fato incerto. 
Exemplo: Ele teria comprado um casaco novo. 
 
Modo subjuntivo 
Pretérito perfeito composto do subjuntivo: presente do 
subjuntivo (auxiliar) + particípio (principal). Ele indica uma hipótese 
ou um desejo em relação a outro fato situado no futuro. 
Exemplo: Eu duvido que ele tenha caminhado no parque. 
 
Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo: pretérito 
imperfeito do subjuntivo (auxiliar) + particípio (principal). Ele indica 
uma hipótese no passado em relação a outro fato hipotético também 
no passado. 
Exemplo: Eu imaginei o que teria acontecido se ele tivesse caminhado no 
parque. 
 
Futuro composto do subjuntivo: futuro do subjuntivo (auxiliar) + 
particípio (principal). Ele apresenta um fato que ainda acontecerá, 
mas que é dependente (condicional, temporal ou conformativo) de 
outra ação também futura. 
Exemplo: Quando ele tiver comprado um casaco novo, eu também 
comprarei um. 
 
Formas nominais 
Infinitivo composto: infinitivo pessoal ou impessoal (auxiliar) + 
particípio (principal). Ele enuncia a ação, o estado, o fato ou o 
fenômeno de modo vago ou indefinido. 
 
Gerúndio composto: gerúndio (auxiliar) + particípio (principal). Ele 
indica a ação em processo. 
 
Vamos ver uma questão sobre tempos compostos? 
 
Questão – (CESPE) Cargos de Nível Superior – 
INCA/2010 
(Adaptada) 
 
Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao 
longo da história tem sido seu constante anseio de buscar 
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novas perspectivas, abrir horizontes desconhecidos, investigar 
possibilidades ainda inexploradas, enfim, ampliar o 
conhecimento. Desde seus primórdios, os seres humanos 
dedicam-se a investigar e a pesquisar, sendo esta curiosidade, 
este desejo de conhecer, uma das mais significativas forças 
impulsoras da humanidade. O fato é que essa ininterrupta e 
incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes 
atividades do homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu 
insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar 
em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem 
depara-se com seus limites. [...] 
 
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José 
E. Assad (Coord.). 
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 
(com adaptações). 
 
Julgue o seguinte item. 
Seriam preservadas a correção gramatical do texto, bem como 
a coerência de sua argumentação, se, em lugar de “tem sido” 
(expressão em negrito no texto), fosse usada a forma verbal é; 
no entanto, a opção empregada no texto ressalta o caráter 
contínuo e constante dos aspectos mencionados. 
 
Comentários 
Esta questão trata do emprego de tempos compostos. Para 
resolver esta questão é necessário que o aluno analise a 
afirmativa e julgue a troca da forma verbal tem sido pela forma 
é. 
Observe que a forma verbal tem sido se encontra no pretérito 
perfeito composto do indicativo. O que aprendemos sobre esse 
tempo verbal? O pretérito perfeito composto indica um 
fato passado repetido ou que se prolonga até o presente. 
Por sua vez, a forma verbal é está no presente do indicativo, o 
qual expressa, principalmente, um fato como atual, simultâneo 
ao ato enunciado. 
Veja a sentença reescrita: 
“Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao 
longo da história é seu constante anseio de buscar novas 
perspectivas, abrir horizontes desconhecidos, investigar 
possibilidades ainda inexploradas, enfim, ampliar o 
conhecimento.” 
Ao analisarmos a substituição proposta, notamos que não há 
qualquer problema na correção gramatical. Vemos, entretanto, 
que houve mudança no sentido, pois a opção empregada no 
texto ressalta o caráter contínuo e constante dos aspectos 
mencionados, fato que não acontece com o emprego do 
presente do indicativo. 
Gabarito: CERTA 
 
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5. Tempos Primitivos e Derivados 
 
Tempos primitivos são aqueles que dão origem a outros tempos, ou 
seja, é por meio deles que se formam os tempos derivados. Temos 
dois tempos primitivos e uma forma nominal que dão origem aos 
outros tempos e formas nominais. 
Vamos ver esses tempos primitivos e os seus derivados? 
Presente do indicativo 
A 1ª pessoa do singular do presente do indicativo forma todo o 
presente do subjuntivo. Por sua vez, o presente do subjuntivo forma 
todo o imperativo negativo e parte do imperativo afirmativo (você, 
nós, vocês). 
Exemplo: verbo andar 
 
presente do indicativo presente do subjuntivo 
ando ande 
andamos andes 
anda ande 
andamos andemos 
andais andeis 
andam andem 
 
A 2ª pessoa do singular do presente do indicativo forma parte do 
imperativo afirmativo (tu sem a letra s). 
A 2ª pessoa do plural do presente do indicativo forma parte do 
imperativo afirmativo (vós sem a letra s). 
 
Pretérito perfeito do indicativo 
A 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo forma o 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo, o pretérito imperfeito do 
subjuntivo e o futuro do subjuntivo. 
Exemplo: verbo andar 
 
 
 
 
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pretérito perfeito do 
indicativo 
pretérito mais-que-
perfeito do indicativo 
 andara 
 andaras 
 andara 
 andáramos 
 andáreis 
3ª p.p. - andaram andaram 
 
pretérito perfeito do 
indicativo 
pretérito imperfeito do 
subjuntivo 
 andasse 
 andasses 
 andasse 
 andássemos 
 andásseis 
3ª p.p. - andaram andassem 
 
pretérito perfeito do 
indicativo 
futuro do subjuntivo 
 andar 
 andares 
 andar 
 andarmos 
 andardes 
3ª p.p. - andaram andarem 
 
 
Infinitivo impessoal 
O infinitivo impessoal forma o futuro do presente do indicativo, o 
futuro do pretérito do indicativo, o pretérito imperfeito do indicativo, o 
infinitivo pessoal, o gerúndio e o particípio. 
Exemplo: verbo andar 
 
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infinitivo impessoal 
pretérito imperfeito do 
indicativo 
andar andava 
 andavas 
 andava 
 andávamos 
 andáveis 
 andavam 
 
infinitivo impessoal 
futuro do presente do 
indicativo 
andar andarei 
 andarás 
 andará 
 andaremos 
 andareis 
 andarão 
 
infinitivo impessoal 
futuro do pretérito do 
indicativo 
andar andaria 
 andarias 
 andaria 
 andaríamos 
 andaríeis 
 andariam 
 
 
 
 
 
 
 
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infinitivo impessoal infinitivo pessoal 
andar andar 
 andares 
 andar 
 andarmos 
 andardes 
 andarem 
 
 
infinitivo impessoal particípio 
andar andado 
 
 
infinitivo impessoal gerúndio 
andar andando 
 
Formação do imperativo afirmativo 
As pessoas TU e VÓS se originam do presente do indicativo sem o s 
final. Por sua vez, as outras pessoas se formam com base no presente 
do subjuntivo. 
Exemplo: verbo andar 
 
presente do indicativo imperativo afirmativo 
 ____ 
andas anda 
 
 
 andai 
 
 
 
 
 
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presente do subjuntivo imperativo afirmativo 
 ____ 
 
ande ande 
andemos andemos 
andeis 
andem andem 
 
Formação do imperativo negativo 
É o presente do subjuntivo antecedido da palavra não. 
Exemplo: verbo andar 
 
presente do subjuntivo imperativo negativo 
 ____ 
andes não andes 
ande não ande 
andemos não andemos 
andeis não andeis 
andem não andem 
 
 
6. Conjugação Verbal 
 
Conjugar um verbo é colocá-lo em todas as modificações que 
expressam o modo, o tempo, a pessoa e a voz. A Conjugação 
Verbal é formada por radical mais as características modais e 
temporais e, ainda, as desinências. 
Geralmente, as bancas cobram, nos concursos, a conjugação de 
algum verbo regular mais difícil, pouco utilizado no cotidiano do 
candidato. Além disso, elas gostam de cobrar verbos irregulares, 
anômalos, defectivos, etc. 
Vamos, então, ver as conjugações de verbos regulares, que servirão 
de modelo para auxiliar você a conjugar algum outro verbo regular 
mais difícil. Assim, para conjugar esse verbo mais difícil, basta 
adequar seu radical às terminações da respectiva conjugação. 
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Vamos usar os seguintes verbos: 1ª conjugação – cantar (tema a), 
2ª conjugação – mover (tema e) e 3ª conjugação – partir (tema i). 
Você fará o seguinte: retire as terminações ar, er e ir; logo após, 
você deve pegar o radical e colocar as desinências. 
Exemplo de verbo regular (comum) no presente do indicativo: 
verbo cantar - radical CANT + desinências (o, as , a, amos, ais, am) 
= canto, cantas, canta, cantamos, cantais, cantam. 
Exemplo de verbo regular (menos comum no dia a dia) no 
presente do indicativo: verbo consumar - radical CONSUM + 
desinências (o, as, a, amos, ais, am) = consumo, consumas, 
consuma, consumamos, consumais, consumam. 
Com base nesses exemplos, você pode usar o método para todas as 
três conjugações. Outra dica é examinar a formação do verbo 
(classificação quanto à formação), ou seja, se o verbo 
constante na questão é derivado de algum primitivo mais 
comum (mais fácil), como por exemplo: 
 verbos repor, depor, supor, dispor e propor, que derivam de 
pôr; 
 verbos conter, reter, deter e manter, que derivam de ter; 
 verbos convir, provir, advir e intervir, que derivam de vir. 
 
Atenção! Observe os verbos seguintes. 
a) O verbo requerer não é derivado do verbo querer. Veja: no 
presente do indicativo, conjugamos - requeiro, requeres, 
requer, requeremos, requereis, requerem e no presente do 
subjuntivo, conjugamos - requeira, requeiras, requeira, 
requeiramos, requeirais, requeiram. 
 
b) O verbo precaver-se não é derivado do verbo ver. Ele é 
defectivo. No presente do indicativo, apenas se conjuga na 1ª 
pessoa e na 2ª pessoa do plural (precavemos, precaveis). Dessa 
forma, por não existir a 1ª pessoa do singular do presente do 
indicativo, também não existe o presente do subjuntivo. 
 
c) O verbo reaver é derivado do verbo haver, porém somente se 
conjuga se existir a letra “v” na conjugação do haver. Assim, no 
presente do indicativo, só existem as formas da 1ª pessoa e da 
2ª pessoa do plural (reavemos, reaveis). Por ele não ter a 1ª 
pessoa do singular do presente do indicativo, não possui 
presente do subjuntivo. No pretérito perfeito, conjugamos: 
reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram. 
 
d) O verbo prover não é derivado do verbo ver, apesar de 
possuírem a mesma forma na 1ª pessoa do singular do presente 
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do indicativo e do subjuntivo. Veja: no presente do indicativo, 
conjugamos - provejo, provês, provê, provemos, provedes, 
proveem; no pretérito perfeito do indicativo: provi, proveste, 
proveu, provemos, provestes, proveram e no presente do 
subjuntivo, conjugamos - proveja, provejas, proveja, 
provejamos, provejais, provejam. 
Mas, e os verbos irregulares? Eles são realmente um problema, por 
isso, aconselho, em suas leituras, observar os verbos e como estão 
conjugados. Isso ajuda na memorização de verbos conhecidos ou não, 
pois os conhecidos também geram muitas dúvidas na hora da prova, 
não é mesmo? 
Preste atenção em verbos como ser, estar, ter, haver, pedir, 
caber, trazer. Também em verbos terminados nos hiatos “air”, 
“oer”, “uir” (possuir, cair, abstrair, contrair, moer, roer, doer, 
restituir, constituir, concluir, distribuir, etc.). Nesses verbos, a 
pegadinha pode recair em formas erradas como: possue, restitue, 
constitue, móe, etc. Observe que as formas corretas são as que 
empregam a desinência i (segunda e terceira conjugações): possui, 
restitui, constitui, mói, etc. 
O verbo “viger” é defectivo. Ele não apresenta, no presente do 
indicativo, a 1ª pessoa do singular. Portanto, não temos também o 
presente do subjuntivo e o imperativo. 
Outros verbos importantes: verbos terminados no hiato “ear” 
(nortear, manusear, homenagear, passear, saborear, pleitear, 
sortear, arrear, pentear, etc). Tenha muito cuidado, pois esses verbos 
intercalam um “i” em sua desinência em algumas formas rizotônicas 
(motivos fonéticos). Como exemplo, veja o verbo pentear: eu 
penteio, tu penteias, ele penteia, nós penteamos, vós penteais, eles 
penteiam. 
Alguns verbos como mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar 
e intermediar também costumam causar certa confusão. Isso 
porque eles possuem um “e” eufônico intercalado nas formas 
rizotônicas. Como exemplo, veja o verbo mediar: eu medeio, tu 
medeias, ele medeia, nós mediamos, vós mediais, eles medeiam. 
Não podemos nos esquecer dos verbos terminados nos hiatos 
“oar” e “uar” (abençoar, amaldiçoar, perdoar, efetuar, continuar, 
tatuar, etc). Atenção com o presente do subjuntivo: perdoe, perdoes, 
perdoe, perdoemos, perdoeis, perdoem. 
As bancas examinadoras também costumam explorar, nas questões, 
os verbos vir e ver no futuro do subjuntivo. Observe: 
 
 
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ver vir 
vir vier 
vires vieres 
vir vier 
virmos viermos 
virdes vierdes 
virem vierem 
 
Quanto aos verbos construir (radical - constru) e destruir 
(radical - destru), classificamo-nos como verbos abundantes. 
Isso porque, além da forma regular de conjugação (a qual se equivale 
à do verbo possuir: construo, construis, construi, construímos, 
construís, construem), ainda possui a conjugação irregular, na qual a 
2ª pessoa e 3ª pessoa do singular do presente do indicativo 
apresentam o ditongo aberto “ói". Observe: construo, constróis, 
constrói, construímos, construís, constroem – de maneira semelhante 
aos verbos terminados em “oer”. 
Por fim, quero chamar a sua atenção para alguns verbos que 
possuem diferenças gráficas e fonéticas em suas conjugações. 
Dessa forma, perceba o seguinte: 
 
a) Verbos terminados em “car” (ficar, abarcar, clinicar, dedicar, 
emboscar, etc.): trocamos o “c” por “qu” antes da letra “e” 
(fiquei, abarquemos, clinique, dediqueis, embosquem, etc.). 
b) Verbos terminados em “gar” (abrigar, afagar, advogar, 
comungar, achegar, chegar, etc.): colocamos a letra “u” antes 
da letra “e” (abrigue, afaguemos, adogue, comungues, 
achegueis, cheguem, etc.). 
c) Verbos terminados em “çar” (abraçar, disfarçar, adoçar, 
bagunçar, caçar, desembaçar, etc.): retiramos a “ç” antes da 
letra “e” (abrace, disfarcem, adoces, baguncemos, cace, 
desembaceis, etc.). 
d) Verbos terminados em “ger” (proteger, reger, eleger, ranger, 
etc.): alteramos a letra “g” pela letra “j” antes das letras “o” e 
“a” (protejo, reja, elejam, ranjamos, etc.). 
e) Verbos terminados em “gir” (divergir, erigir, inflingir, fugir, 
etc.): alteramos a letra “g” pela letra “j” antes das letras “o” e 
“a” (divirjo, erija, inflinjam, fujamos, etc.). 
f) Verbos “pedir”, “impedir”, “expedir”, “despedir”, “medir”: 
alteramos a letra “d” por “ç” antes das letras “o” e “a” (peça, 
impeçamos, expeça, despeçam, meçamos, etc.). 
g) Verbos terminados em “ingir” (fingir, cingir, constringir, tingir, 
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etc.): alteramos a letra “g” pela letra “j” antes das letras “o” e 
“a” (finjir, cinja, constinjamos, tinjam, etc.). 
h) Verbos “doer” e “prazer”: só possuem a conjugação na 3ª 
pessoa (dói, doem, prazia, praziam, etc.). 
i) Verbo “perder”: alteramos a letra “d” pela letra “c” antes das 
letras “o” e “a” (perco, perca, percais, percam, etc.). 
j) Verbo “dizer” e derivados (contradizer, predizer, maldizer, 
desdizer, etc.): mudamos a letra “z” pela letra “g” antes das 
letras “o” e “a” (digo, digas, digamos, digam, etc.). Além disso, 
o verbo “dizer” aceita as formas “dize” e “diz” para a 2ª pessoa 
do singular do imperativo afirmativo. 
k) Verbo “valer”: alteramos a letra “l” pelo dígrafo “lh” antes das 
letras “o” e “a” (valho, valha, valhais, valhamos, etc.). 
l) Os verbos averiguar, enxaguar, aguar, apaniguar, apaziguar, 
apropinguar, desaguar e obliquar, após o Acordo Ortográfico 
(visto na Aula 02), apresentam duas formas, ambas corretas, 
de conjugação. Qualquer dúvida em relação a isso, volte à Aula 
02. 
 
Para facilitar a memorização, veja um resumo das desinências. 
Modo indicativo 
Presente: o, as, a, amos, ais, am 
 o, es, e, emos, eis, em 
 o, es, e, imos, is, em 
 
Pretérito perfeito: ei, aste, ou, amos, astes, aram 
 i, este, eu, emos, estes, eram 
 i, este, iu, imos, istes, iram 
 
Pretérito imperfeito: ava, avas, ava, ávamos, áveis, avam 
 ia, ias, ia, iamos, ieis, iam 
 ia, ias, ia, iamos, ieis, iam 
 
Pretérito mais-que-perfeito: ara, aras, ara, áramos, áreis, aram 
 era, eras, era, êramos, êreis, eram 
 ira, iras, ira, iramos, ireis, iram 
 
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Futuro do presente: arei, arás, ará, aremos, areis, arão 
 erei, erás, erá, eremos, ereis, erão 
 irei, irás, irá, iremos, ireis, irão 
 
Futuro do pretérito: aria, arias, aria, aríamos, aríeis, ariam 
 eria, erias, eria, eríamos, eríeis, eriam 
 iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam 
 
Modo subjuntivo 
Presente: e, es, e, emos, eis, em 
 a, as, a, amos, ais, am 
 a, as, a, amos, ais, AM 
 
Pretérito imperfeito: asse, asses, asse, assemos, asseis, assemesse, esses, esse, êssemos, êsseis, essem 
 isse, isses, isse, íssemos, ísseis, issem 
 
Futuro: ar, ares, ar, armos, ardes, arem 
 er, eres, er, ermos, erdes, erem 
 ir, ires, ir, irmos, irdes, irem 
 
Imperativo 
Afirmativo: -, a, e, emos, ai, em 
 -, e, a, amos, ei, am 
 -, e, a, amos, i, AM 
 
Negativo: -, es, e, emos, eis, em 
 -, as, a, amos, ais, am 
 -, as, a, amos, ais, am 
 
Formas nominais 
Infinitivo não flexionado: ar, er, ir 
 
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Infinitivo flexionado: ar, ares, ar, armos, ardes, arem 
 er, eres, er, ermos, erdes, erem 
 ir, ires, ir, irmos, irdes, irem 
 
Gerúndio: ando, endo, indo 
 
Particípio: ado, ido, ido 
 
A seguir, veremos uma questão que trata desse assunto. 
 
Questão – (FGV) Consultor de Orçamentos – Senado 
Federal/2008 
(Adaptada) 
Observe as formas verbais, corretamente flexionadas, do 
verbo “intervier”: interviesse e interveio. Assinale a 
alternativa em que não haja correspondência entre as 
formas verbais: 
a) ver - vir 
b) remediar - remedeie 
c) adequar - adéquo 
d) reaver - reavejo 
e) maquiar - maquio 
 
Comentários 
Temos, aqui, uma questão comum em provas da banca FGV. A 
banca apresenta formas verbais conjugadas de maneira correta 
e questiona qual a alternativa que possui outras formas verbais 
que não foram conjugadas corretamente. 
Em primeiro lugar, notamos que as formas verbais 
apresentadas, no comando, do verbo intervier: interviesse e 
interveio são apenas um dado a mais, em nada interfere 
na resolução da questão. 
Dessa forma, precisamos analisar as opções propostas pela 
banca FGV. Cada alternativa contém o infinitivo impessoal 
de um verbo e uma forma conjugada dele. Vamos lá? 
 
a) ver e forma vir. Na teoria estudada, foi comentado que o 
verbo ver é tema recorrente em provas de concurso, por causa 
da confusão que ele gera no futuro do subjuntivo. A forma vir 
é a correta para a 1ª pessoa e a 3ª pessoa do futuro do 
subjuntivo. Se você ainda tem alguma dúvida, sugiro que 
reveja o quadrinho dos verbos ver e vir apresentado nesta aula. 
b) remediar e forma remedeie. Vimos que o verbo remediar 
pertence a um grupo de verbos (mediar, ansiar, 
incendiar, intermediar, odiar) muito “perigosos”, porque 
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possui a letra “e” intercalada nas formas rizotônicas (por 
causa de aspecto eufônico). Assim, a forma apresentada 
está correta. 
c) adequar e forma adéquo. O verbo adequar é um assunto 
complicado. Em geral, ele é considerado, por muitos 
gramáticos, um verbo defectivo, ou seja, com falhas na 
conjugação do presente do indicativo (conjugação 
somente nas formas arrizotônicas “adequamos” e 
“adequais”). Assim, o verbo não possuirá, também, todo o 
presente do subjuntivo, todo o imperativo negativo e parte do 
imperativo afirmativo, conforme visto na teoria sobre tempos 
primitivos e tempos derivados. 
Porém, outros gramáticos já admitem a conjugação do 
verbo “adequar” de forma completa: eu adéquo, tu 
adéquas, ele adéqua, nós adequamos, vós adequais, eles 
adéquam. 
Sob o último aspecto, percebe-se que a alternativa está correta 
e foi, assim, considerada pela banca. Portanto, percebemos a 
posição da banca FGV em relação ao assunto. O problema é 
que nem todas as bancas comungam da mesma opinião. Sobre 
isso, cito a banca CESPE, que considerou errada uma questão 
com a forma “adéquam” em um concurso realizado em 2012. 
d) reaver e forma reavejo. Conforme vimos, temos que ter 
bastante atenção com o verbo reaver, pois, também, sempre 
aparece nas provas. Ele é derivado do verbo haver, porém 
somente se conjuga se existir a letra “v” na conjugação 
do haver. Dessa maneira, no presente do indicativo, só 
existem as formas da 1ª pessoa e da 2ª pessoa do plural 
(reavemos, reaveis). Por ele não ter a 1ª pessoa do singular do 
presente do indicativo, não possui presente do subjuntivo. 
Percebemos que a alternativa trouxe justamente uma das 
formas inexistentes, a 1ª pessoa do singular do presente do 
indicativo. Esta á a resposta da questão. 
e) maquiar e forma maquio. O verbo maquiar também gera 
dúvidas, pois é comumente considerado como irregular pelos 
alunos. Mas, ele é regular e possui conjugação similar ao 
verbo copiar (copio), por exemplo. Desse modo, o verbo 
maquiar não pertence ao grupo de verbos - mediar, ansiar, 
incendiar, intermediar, odiar, remediar (tema da alternativa 
b). 
Gabarito: D 
 
7. Correlação Verbal 
 
A correlação verbal é a conexão existente entre os verbos 
(formas verbais) no período. Desse modo, os verbos 
determinam uma correspondência, ou seja, uma relação 
harmoniosa, entre si. Ela é a responsável por originar enunciados 
mais precisos e inteligíveis. 
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Nesse contexto, é necessário perceber que existem os verbos 
independentes (empregados nos tempos primitivos e no modo 
imperativo), que não necessitam (mas podem) relacionar-se com 
outros verbos para existirem corretamente num período. Assim, são 
independentes o presente do indicativo, o pretérito perfeito do 
indicativo e o modo imperativo. 
É por causa de uma correlação verbal mal articulada que vemos 
algumas frases com problemas em sua estrutura, de forma que não 
conseguem transmitir coerência, clareza, precisão e objetividade, ou 
seja, não apresentam os aspectos básicos da textualidade. 
Em seguida, apresento alguns casos de formas verbais que se 
relacionam de modo lógico e harmônico entre si. Temos, então, que 
prestar bastante atenção nas conexões entre os tempos e modos 
verbais, ou seja, na correlação verbal. 
a) Presente do indicativo + pretérito perfeito composto do 
subjuntivo: 
Exemplo: Acredito que João tenha dito tudo a Francisco. 
b) Presente do indicativo + presente do subjuntivo: 
Exemplo: Peço-te que me estendas a tua mão. 
c) Pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do 
subjuntivo: 
Exemplo: Pedi-te que me estendesses a mão. 
d) Pretérito imperfeito do indicativo + pretérito mais-que-perfeito 
composto do subjuntivo: 
Exemplo: Ana queria que João tivesse dito tudo a Francisco. 
e) Futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: 
Exemplo: Quando Ana disser tudo a João, Francisco ficará triste. 
f) Futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do 
indicativo: 
Exemplo: Quando Ana disser tudo a João, Francisco já terá ficado 
triste. 
g) Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do 
pretérito composto do indicativo: 
Exemplo: Se Ana tivesse dito tudo a João, Francisco teria ficado 
triste. 
h) Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do 
pretérito do indicativo: 
Exemplo: Se Ana tivesse dito tudo a João, Francisco ficaria triste. 
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i) Pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do 
indicativo: 
Exemplo: Se Ana dissesse tudo a João, Francisco ficaria triste. 
 
Analisaremos, a seguir, uma questão sobre correlação verbal. 
 
Questão – (FCC) Analista Judiciário – Área 
Administrativa – TRT – 2ª Região (SP)/2014 
 
Questão de gosto 
 
A expressão parece ter sido criada para encerrar uma 
discussão. Quando alguém apela para a tal da “questão de 
gosto”, é como se dissesse: “chega de conversa, inútil discutir”. 
A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou mesmo 
possível. “Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra 
de colégio.” Questão de gosto. 
Levada a sério, radicalizada, a “questão de gosto” dispensa 
razões e argumentos, estanca o discurso crítico, desiste da 
reflexão, afirmando despoticamente a instância definitiva da 
mais rasa subjetividade. Gosto disso, e pronto, estamos 
conversados. Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta 
engolir em seco o gosto próprio, impedido de argumentar. 
Afinal, gosto não se discute. 
Mas se tudo é questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio 
vale a palavra, a ausência vale a presença - tudo se relativiza 
ao infinito. Num mundo sem valores a definir, em que tudo 
dependa do gosto, não há lugar para uma razão ética, uma 
definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho 
numa análise estética. O autoritarismo do gosto, tomado em 
sentido absoluto, apaga as diferenças reais e proclama a 
servidão ao capricho. Mas há quem goste das fórmulas 
ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as 
nossas contradições. 
(Emiliano Barreira, inédito) 
 
Está plenamente adequada a correlação entre tempos e 
modos verbais em: 
a) Se alguém apelasse para a tal “questão de gosto”, 
dificilmente nós, reputados polemistas, haveremos de 
concordar. 
b) Seria necessário que todos gostassem das fórmulas 
ditatoriais do gosto para que se impeça um debate calcado em 
princípios argumentativos. 
c) Caso um de nós a tome em sentido absoluto, a questão de 
gosto acabará por impedir que debatamos com alguma 
seriedade. 
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d) Caso sejam levadas a sério, suas ponderações teriam 
soterrado as tais razões de gosto que alegassem os seus 
interlocutores. 
e) Somente nos restaria engolir em seco, se admitirmos que a 
tal da questão de gosto tivesse alguma relevância. 
 
Comentários 
Esta questão explora o assunto correlação verbal. O 
enunciado questiona qual alternativa apresenta a sentença 
plenamente adequada em relação à correlação entre tempos e 
modos verbais. 
Vamos ver as alternativas? 
a) Se alguém apelasse para a tal “questão de gosto”, 
dificilmente nós, reputados polemistas, haveremos de 
concordar. 
Nesta alternativa, empregaram-se o pretérito imperfeito do 
subjuntivo e o futuro do presente do indicativo. 
Observe que a sentença está com sua textualidade 
comprometida. Uma proposta é usarmos o futuro do pretérito 
do indicativo no lugar do futuro do presente do indicativo. Veja 
como a frase fica com a devida correlação verbal: 
Se alguém apelasse para a tal “questão de gosto”, dificilmente 
nós, reputados polemistas, haveríamos de concordar. 
Outra proposta seria substituirmos o pretérito imperfeito do 
subjuntivo pelo futuro do subjuntivo. Veja como a frase fica 
com a devida correlação verbal: 
Se alguém apelar para a tal “questão de gosto”, dificilmente 
nós, reputados polemistas, haveremos de concordar. 
 
b) Seria necessário que todos gostassem das fórmulas 
ditatoriais do gosto para que se impeça um debate 
calcado em princípios argumentativos. 
Nesta alternativa, empregaram-se o futuro do pretérito do 
indicativo, o pretérito imperfeito do subjuntivo e o presente do 
subjuntivo. 
Observe que a sentença está com sua textualidade 
comprometida. Uma proposta é usarmos o pretérito imperfeito 
do subjuntivo no lugar do presente do subjuntivo. Veja como a 
frase fica com a devida correlação verbal: 
Seria necessário que todos gostassem das fórmulas ditatoriais 
do gosto para que se impedisse um debate calcado em 
princípios argumentativos. 
Outra proposta seria substituirmos o futuro do pretérito do 
indicativo pelo futuro do presente do indicativo e usar o futuro 
do subjuntivo no lugar do pretérito imperfeito do subjuntivo. 
Veja como a frase fica com a devida correlação verbal: 
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Será necessário que todos gostem das fórmulas ditatoriais do 
gosto para que se impeça um debate calcado em princípios 
argumentativos. 
 
c) Caso um de nós a tome em sentido absoluto, a questão 
de gosto acabará por impedir que debatamos com 
alguma seriedade. 
Nesta alternativa, empregaram-se o presente do subjuntivo, o 
futuro do presente do indicativo e o presente do subjuntivo. 
Observe que a sentença está correta quanto à correlação entre 
os tempos e modos verbais. 
Você percebeu que o caso de correlação verbal desta 
alternativa não consta da lista dada neste tópico da aula? Isso 
aconteceu porque a lista não é exaustiva, ou seja, temos vários 
outros casos de verbos que “combinam” entre si - foram 
apresentados os casos mais comuns. O importante é que 
você preste atenção nas frases e observe o sentido 
transmitido por elas. Por meio dessa observação e do 
que estamos aprendendo, você será capaz de identificar 
se os verbos foram correlacionados de forma correta. 
 
d) Caso sejam levadas a sério, suas ponderações teriam 
soterrado as tais razões de gosto que alegassem os seus 
interlocutores. 
Nesta alternativa, empregaram-se o presente do subjuntivo, o 
futuro do pretérito composto do indicativo e o pretérito 
imperfeito do subjuntivo. 
Observe que a sentença está com sua textualidade 
comprometida. Uma proposta é usarmos o pretérito mais-que-
perfeito composto do subjuntivo no lugar do presente do 
subjuntivo e o pretérito perfeito do indicativo no lugar do 
pretérito imperfeito do subjuntivo. Veja como a frase fica com a 
devida correlação verbal: 
Caso tivessem sido levadas a sério, suas ponderações teriam 
soterrado as tais razões de gosto que alegaram os seus 
interlocutores. 
Outra proposta seria substituirmos o futuro do pretérito 
composto do indicativo pelo futuro do presente composto do 
indicativo e usar o pretérito perfeito do indicativo no lugar do 
pretérito imperfeito do subjuntivo. Veja como a frase fica com a 
devida correlação verbal: 
Caso sejam levadas a sério, suas ponderações terão soterrado 
as tais razões de gosto que alegaram os seus interlocutores. 
 
e) Somente nos restaria engolir em seco, se admitirmos 
que a tal da questão de gosto tivesse alguma relevância. 
Nesta alternativa, empregaram-se o futuro do pretérito do 
indicativo, o futuro do subjuntivo e o pretérito imperfeito do 
subjuntivo. 
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Observe que a sentença está com sua textualidade 
comprometida. Uma proposta é usarmos o pretérito imperfeito 
do subjuntivo no lugar dofuturo do subjuntivo. Veja como a 
frase fica com a devida correlação verbal: 
Somente nos restaria engolir em seco, se admitíssemos que a 
tal da questão de gosto tivesse alguma relevância. 
Outra proposta seria substituirmos o futuro do pretérito do 
indicativo pelo futuro do presente do indicativo e usar o 
presente do subjuntivo no lugar do pretérito imperfeito do 
subjuntivo. Veja como a frase fica com a devida correlação 
verbal: 
Somente nos restará engolir em seco, se admitirmos que a tal 
da questão de gosto tenha alguma relevância. 
Gabarito: C 
 
8. Vozes Verbais 
 
Chegamos a um tópico muito importante da aula de hoje: vozes 
verbais. Acredito ser o assunto mais cobrado pelas bancas 
examinadoras quando se trata do estudo de verbos. Por isso, estude 
com bastante cuidado, certo? 
Aqui, cabe uma observação: o assunto vozes verbais está bastante 
conectado a vários tópicos que aprenderemos na Aula 06 (sintaxe). 
Nela, veremos os termos da oração (ex: sujeito, objeto direto, etc.), a 
transitividade de verbos (ex: verbo transitivo, intransitivo, etc.). 
Esses conceitos são importantes para que você tenha um completo 
domínio de vozes verbais. Por isso, sugiro que, após o estudo da Aula 
06, você volte aqui e faça uma revisão. 
Todo verbo assume uma forma para expressar sua relação com o 
sujeito. Isso é o que chamamos voz verbal. Na Língua Portuguesa, o 
sujeito pode assumir três papéis. Veja: 
a) o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo – voz ativa. O 
sujeito é denominado sujeito agente. É a voz mais comum na 
Língua Portuguesa, pois é empregada para expressar as ações 
de maneira mais objetiva e clara. 
Exemplo: O empresário fechou a fábrica de pneus. 
 
b) o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo – voz passiva. O 
sujeito é denominado sujeito paciente. Quando temos voz 
passiva, o verbo principal deve ser transitivo direto ou transitivo 
direto e indireto. 
Exemplo: A fábrica de pneus foi fechada pelo empresário. 
 
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c) o sujeito pratica e sofre a ação expressa pelo verbo – voz 
reflexiva. O sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo. 
Exemplo: A famosa modelo olhou-se no espelho antes do desfile. 
Observação: alguns autores incluem, nessa classificação, a voz 
recíproca, que é aquela formada por verbo e por pronome recíproco. 
Assim, os sujeitos praticam a ação de modo mútuo ou 
correspondente. 
Por sua vez, outros gramáticos dividem a voz reflexiva em voz 
reflexiva propriamente dita e voz reflexiva recíproca. Mas, o conceito 
permanece o mesmo. 
Exemplo: Joana e Pedro abraçaram-se durante o encontro. 
A seguir, veremos com mais detalhes a voz passiva. 
 
Voz passiva 
É a voz empregada quando queremos dar ênfase ao sujeito como 
objeto da ação. Ela pode ser formada por meio de duas formas: 
a) voz passiva analítica: é formada por verbo auxiliar (em geral, 
ser ou estar) e pelo particípio do verbo principal. 
A voz passiva analítica pode apresentar o denominado agente da 
passiva, que é o termo que, na verdade, pratica a ação verbal (o 
sujeito é paciente, lembra-se disso?). O agente da passiva vem 
sempre acompanhado de preposição. Geralmente, temos a 
preposição “por” (pelo, pela), mas também são usadas as 
preposições “a” e “de”. 
Exemplos: O apartamento foi vendido pelo Pedro. 
 O carro de João é movido a gás. 
 O local da entrevista foi tomado de jornalistas. 
 
O verbo auxiliar também pode ser outros, além de ser e estar, 
como: andar, ficar, viver, ir, vir, etc. 
Exemplos: Maria ficou envergonhada pelo que disse. 
 Pedro veio acompanhado por sua filha. 
b) voz passiva sintética: é formada por verbo (deve ser 
obrigatoriamente transitivo direto ou transitivo direto e indireto) e 
pelo pronome “se” (pronome apassivador ou partícula 
apassivadora). Ainda veremos, durante o curso, outras funções 
que podem ser exercidas pelo “se”. 
A voz passiva sintética não apresenta agente da passiva e também 
é conhecida como voz passiva pronominal. 
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Exemplos: Venderam-se poucos pneus ontem. 
 Reformou-se o apartamento que Ana vendeu. 
Observação: a voz passiva de infinitivo é formada por preposição 
mais verbo no infinitivo. 
Exemplo: A medalha foi difícil de conquistar. (ser conquistada) 
 
Vamos fazer uma questão? 
 
Questão – (FGV) Consultor de Orçamentos – Senado 
Federal/2008 
(Adaptada) 
 
“Graças à firmeza com que agiu, foi possível não só 
diagnosticar as violações como deflagrar todo o processo que 
está levando ao aperfeiçoamento das instituições, em que o 
combate à corrupção, legítimo, deve, todavia, ser realizado 
dentro da lei.” 
Com base no fragmento de texto acima, julgue o item 
abaixo. 
 
Há somente uma estrutura em voz passiva. 
 
Comentários 
A banca apresenta uma sentença e questiona a existência de 
estruturas em voz passiva. 
Para resolver este tipo de questão, sugiro, em primeiro lugar, 
marcar todas as ocorrências de verbo no trecho do comando. 
Vamos fazer isso? 
Graças à firmeza com que agiu, foi possível não só diagnosticar 
as violações como deflagrar todo o processo que está levando 
ao aperfeiçoamento das instituições, em que o combate à 
corrupção, legítimo, deve, (todavia), ser realizado dentro da lei. 
 
Agora, vamos analisar cada forma verbal de modo a 
identificar se estão ou não na voz passiva. 
Graças à firmeza com que agiu, foi possível: “agiu” está na 
voz ativa; “foi possível” é uma estrutura com verbo de ligação 
(estudaremos na Aula 06) e não denota ação verbal, assim não 
há como designar sua voz verbal. Alguns autores denominam 
esse tipo de estrutura “voz medial”, mas esta não é prevista na 
Nomenclatura Gramatical Brasileira; 
não só diagnosticar as violações: oração na voz ativa; 
como deflagrar todo o processo: oração na voz ativa; 
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que está levando ao aperfeiçoamento das instituições: 
oração na voz ativa; 
em que o combate à corrupção, legítimo, deve, (todavia), 
ser realizado dentro da lei: oração na voz passiva – observe 
a presença de sujeito passivo (“o combate à corrupção”). 
Por todo o exposto, vemos que a questão está correta. 
Gabarito: CERTA 
 
8.1 Conversão de Vozes Verbais 
 
Neste tópico, veremos como fazer a conversão entre os tipos de voz 
(voz ativa para passiva e vice-versa) e entre os subtipos (voz passiva 
sintética para analítica e vice-versa). 
 
Voz ativa para voz passiva analítica (e vice-versa) 
Você deve colocar o verbo da ação no particípio e conjugar o verbo 
auxiliar na mesma forma (modo, tempo) em que se encontra o verbo 
da ação. Logo após, o elemento que é o objeto direto na voz ativa 
será transformado em sujeito da voz passiva. O termo que é o sujeito 
da voz ativa se transforma em agente da passiva. Não se esqueça de 
que o verbo auxiliar concorda em número e pessoa com o sujeito da 
voz passiva e de que o particípio concorda em gênero e número com 
esse mesmo sujeito. Atente-se para o fato de que não há qualquer 
mudança ou troca em relação aos demais complementos (objeto 
indireto,

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