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Português p/ INSS - 2015 Prof. Ludimila Lamounier, AULA 05 ATENÇÂO! Essa obra é protegida por direitos autorais. O material é de uso restrito do seu adquirente, sendo expressamente proibida a sua distribuição ou o fornecimento a terceiros sem a prévia autorização do autor ou do Concurseiro Fiscal. A reprodução, distribuição, venda ou utilização em grupo por meio de rateio sujeita os infratores às sanções da Lei nº 9.610/1998. Os grupos de rateio são ilegais! Valorize o trabalho dos professores e somente adquira materiais diretamente no site Concurseiro Fiscal. O Concurseiro Fiscal dispõe de descontos exclusivos para compras em grupo. Adquira de forma legal. http://www.concurseirofiscal.com.br Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 1 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br AULA 05 Emprego/correlação de tempos e modos verbais. Vozes verbais. SUMÁRIO PÁGINA 1. Aspectos Introdutórios – Verbos 02 1.1 Formação dos Verbos 03 2. Classificação dos verbos quanto à flexão 04 3. Flexão dos Verbos 06 3.1. Emprego dos Tempos Verbais 08 4. Locuções Verbais 15 4.1. Tempos Compostos 17 5. Tempos Primitivos e Derivados 20 6. Conjugação Verbal 24 7. Correlação Verbal 31 8. Vozes Verbais 36 8.1. Conversão de Vozes Verbais 39 8.2. Diferença entre Verbos Reflexivos, Pronominais e Intransitivos 42 Questões Propostas 43 Gabarito 52 Questões Comentadas 52 Olá, concurseiro fiscal! Vamos, hoje, para mais uma aula: Aula 05 de Língua Portuguesa para o concurso INSS/2015 (Técnico do Seguro Social). DICA DA VEZ – PRECISO DORMIR Uma dúvida frequente dos concurseiros é sobre o sono. Muitos questionam a quantidade ideal de horas de sono. Isso é muito complicado, porque a necessidade de um é diferente da de outro. Alguns candidatos passam a dormir muito pouco, cerca de quatro horas por noite, para sobrar mais tempo livre para os estudos. Mas, cuidado! Dormir muito pouco pode ser mais prejudicial do que não ter as horas a mais para o estudo. Os médicos afirmam que fixamos o aprendizado durante o sono, por isso é importante dormir. Além disso, também precisamos descansar, senão não rendemos no dia seguinte, não é mesmo? Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 2 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Em relação à quantidade de horas, a questão é muito relativa. Eu preciso dormir, no mínimo, 6 horas por dia. E acredito que, para a maioria das pessoas, a quantidade mínima ideal é por volta de 6 a 7 horas. O que eu quero que você tenha em mente é o seguinte: não se culpe quando for dormir, pensando que poderia estar estudando. O sono é tão importante quanto o estudo. Seu sucesso virá de uma combinação bem feita entre estudo, dedicação e descanso. Vamos começar a nossa aula de hoje? Esta aula trata de: Emprego/correlação de tempos e modos verbais. Vozes verbais. Precisamos de bastante atenção e concentração para a aula de hoje, certo? 1. Aspectos Introdutórios – Verbos Você se lembra de que começamos a ver a classe de palavras “verbo” na Aula 03? Sugiro que retorne a esta para recordar o que estudamos sobre o assunto, caso você não esteja muito seguro. Verbo é a palavra variável em pessoa, número, tempo, modo e voz que indica um processo (ação, desejo, estado, mudança de estado, fenômeno) representado no tempo. Quando procuramos um verbo no dicionário, nós o encontramos no modo infinitivo (andar, comer, fazer, sorrir, ser, dormir), que significa o “nome do verbo”, ou seja, a sua denominação. Aprendemos, também, que o verbo se flexiona em número (singular e plural), em pessoa (primeira, segunda e terceira, singular e plural) e em modo (indicativo, subjuntivo e imperativo – e formas nominais). Além disso, também temos a flexão de tempo (tempos do modo indicativo e tempos do modo subjuntivo). O verbo é uma classe de palavra muito importante e que estará presente em várias outras aulas, como as aulas sobre sintaxe, concordância e regência. Na aula de hoje, vamos ver o emprego e a correlação de tempos e modos verbais. Além disso, parte desta aula será dedicada a um assunto muito cobrado em provas de concurso: vozes verbais. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 3 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br 1.1 Formação dos Verbos Na formação dos verbos, temos que observar a presença do radical, que é a parte invariável e contém a significação do verbo. Com base no radical, surgem as outras formas verbais. Isso porque, ao radical, podem-se juntar a vogal temática, o tema e as desinências modo-temporal e número-pessoal. Note, porém, que nem todas as formas verbais possuem todos esses elementos. A vogal temática é o elemento que forma o tema verbal e expressa a que conjugação pertence o verbo. Ela se localiza entre o radical e a desinência do infinitivo impessoal –r. A vogal temática –a indica os verbos da 1ª conjugação (cantar, lavar, andar, amar), por sua vez, a vogal temática –e indica os verbos da 2ª conjugação (beber, comer, viver, dizer) e a vogal temática –i indica os verbos da 3ª conjugação (partir, pedir, fugir, sair). É importante salientar que o presente do subjuntivo e os tempos dele derivados não possuem vogal temática. O tema é a união do radical com a vogal temática. Para tanto, fazemos a retirada da desinência do infinitivo impessoal –r. Exemplo: falar, beber, pedir, andar. As desinências são os elementos que expressam as flexões de modo, tempo, número e pessoa: desinência modo-temporal e desinência número-pessoal. A desinência modo-temporal se refere ao modo e ao tempo do verbo. Atenção: a desinência modo-temporal não está presente em todas as formas verbais, como o presente e o pretérito perfeito do indicativo. Exemplo: cantávamos – “va” é a desinência que indica o pretérito imperfeito do indicativo. A desinência número-pessoal se refere ao número e à pessoa do verbo. Exemplo: cantávamos – “mos” é a desinência que indica a 1ª pessoa do plural (nós). Por fim, podemos dizer que os verbos são divididos nas formas rizotônicas e arrizotônicas. Nas formas rizotônicas, a sílaba tônica (lembram-se da Aula 02?) recai no radical, ou seja, na sua parte estática. São rizotônicas a 1ª, a 2ª e a 3ª pessoas do singular e a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo e do subjuntivo e as correspondentes do imperativo, os Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 4 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br particípios irregulares (aceso, morto, pago); a 1ª e a 3ª do singular do pretérito perfeito de alguns verbos irregulares (coube, fiz, fez). Exemplo: Fala, ando, vendem, partes. (Perceba que as sílabas tônicas recaem no radicais.) Por sua vez, as formas arrizotônicas possuem a sílaba tônica fora do radical. Exemplo: Andais, venderei. (Perceba que as sílabas tônicas recaem fora os radicais.) 2. Classificação dos verbos quanto à flexão Neste tópico, vamos estudar a classificação de verbos quanto à flexão. Antes de começarmos, chamo a atenção para a existência de verbos impessoais (verbos sem sujeito).O verbo impessoal é aquele que não apresenta sujeito com o qual possa concordar. Assim, eles são sempre usados na 3ª pessoa do singular. Exemplos: verbos que indicam fenômenos da natureza (chover, nevar, ventar, relampejar, gear), verbo “haver” no sentido de existir, acontecer, ocorrer, realizar-se e verbo “fazer” se indicar tempo decorrido. Os verbos se dividem em: regulares, irregulares, anômalos, defectivos e abundantes. A seguir, veremos cada tipo separadamente. Verbos regulares Os verbos regulares mantêm o mesmo radical ao se flexionarem. Exemplos: eu ando, tu andas, ele anda, nós andamos, vós andais, eles andam. Verbos irregulares Os verbos irregulares possuem alterações no seu radical ou nas suas desinências (flexão). Essas alterações devem ser gráficas e fonéticas, ao mesmo tempo, para dar ao verbo o caráter de irregular. Exemplo: saber (eu sei, ele soube), medir (eu meço, tu medes), dar (eu dei, ele deu). Agir (eu ajo): não é irregular, porque a alteração foi apenas Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 5 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br fonética. Verbos anômalos Os verbos anômalos são os irregulares que possuem variações mais graves. Exemplo: ser e ir (são apenas esses dois). Verbos abundantes Os verbos abundantes são aqueles que possuem duas (às vezes três) formas distintas em algum tempo, modo, pessoa e, principalmente, no particípio. Exemplo: aceitar (aceitado e aceito), expressar (expressado e expresso), fixar (fixado e fixo), misturar (misturado e misto). Quando o verbo possui mais de um particípio, este possui a classificação de regular (terminados em ado ou ido) e irregular (terminados em do, go, to, so). Normalmente, os particípios regulares são usados na voz ativa com os auxiliares ter e haver. Exemplos: O tiro havia matado o ladrão. O ladrão foi morto por um tiro. Verbos defectivos Os verbos defectivos não possuem determinadas formas (tempo, pessoa, modo), ou seja, eles não são passíveis de conjugação em todas as formas. Exemplos: falir, abolir, reaver, colorir, remir, etc. É importante destacar que o defeito deste tipo de verbo ocorre na conjugação do presente do indicativo. Assim, se conjugarmos um verbo na 1ª pessoa do presente do indicativo e sua pronúncia se confundir com a de outro verbo ou se não existir eufonia (som harmônico), estamos diante de um verbo defectivo. Exemplos: falir (eu falo – confunde-se com o verbo falar), soer (eu soo – confunde-se com o verbo soar), abolir (eu abulo – confunde-se com eu a bulo), remir (eu remo – confunde-se com remar). Vamos estudar, ainda nesta aula, os tempos primitivos e derivados. Mas, saliento, aqui, que os tempos derivados do presente do indicativo (presente do subjuntivo e imperativo) também sofrem o mesmo problema “de defeito”. Percebam, assim, que o verbo terá sua conjugação normal para outros tempos e modos. Podemos dividir os verbos defectivos em dois: Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 6 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br a) O verbo apenas não tem a 1ª pessoa do singular; Exemplo: explodir, colorir, abolir, delinquir. b) O verbo apenas tem a 1ª e a 2ª pessoas do plural; Exemplo: adequar, reaver. 3. Flexão dos Verbos Repito, aqui, parte da Aula 03, para que fique mais fácil a continuidade de estudo. Vamos rever juntos? FLEXÃO DE NÚMERO Singular: o verbo se refere a uma pessoa ou coisa. Exemplo: Trabalho, trabalhas, trabalha. Plural: o verbo tem como sujeito mais de uma pessoa ou coisa. Exemplo: Trabalhamos, trabalhais, trabalham. FLEXÃO DE PESSOA O verbo se flexiona para designar as três pessoas do discurso (no singular ou no plural), ou seja: 1ª pessoa - aquela que fala (eu e nós). 2ª pessoa - aquela a quem se fala (tu e vós). 3ª pessoa - aquela de quem se fala (ele, ela, eles, elas). Singular: eu, tu, ele, ela. Plural: nós, vós, eles, elas. FLEXÃO DE MODO Modos são as diversas formas que possui o verbo para demonstrar a atitude da pessoa que fala em referência ao fato, à ação que anuncia. Indicativo: expressa atitude de certeza. Exemplo: Trabalhei bastante para conquistar o salário que tenho. Subjuntivo: indica atitude de dúvida, de desejo, de hipótese. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 7 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Exemplo: Se você vier a Brasília, visite o Palácio da Alvorada. Imperativo: exprime atitude de vontade (ordem, convite, conselho, súplica, pedido). Exemplo: Marisa, faça aquele bolo de chocolate. Não devemos deixar de estudar as formas nominais do verbo: infinitivo, gerúndio e particípio. Elas recebem esse nome porque, além do valor verbal, podem ter a função de nomes (substantivo, adjetivo, advérbio). Infinitivo: é uma forma verbal que enuncia a ação, o estado, o fato ou o fenômeno de modo vago ou indefinido. Infinitivo Pessoal: ligado às pessoas do discurso. É conjugável (tem sujeito). Exemplo: Andar eu, andares tu, andar ele, andarmos nós, andardes vós, andarem eles. Infinitivo Impessoal: não é flexionável. É, como já vimos, o “nome do verbo”. Exemplo: Andar (1ª conjugação), comer (2ª conjugação), partir (3ª conjugação). Gerúndio: é uma forma verbal que indica a ação em processo. Exemplo: Maria está estudando agora. Particípio: é uma forma verbal que corresponde a um adjetivo e, dessa forma, pode flexionar-se, em alguns casos, em número e gênero. Exemplo: Os museus europeus merecem ser visitados. Conforme já mencionado, alguns verbos possuem mais de uma forma de particípio: a regular (ado, ido), empregada com os verbos TER e HAVER (tempo composto) e a irregular, empregada com os verbos SER e ESTAR (voz passiva – vamos estudar nesta aula). Ainda temos alguns verbos que possuem somente a forma irregular: abrir (aberto), fazer (feito), dizer (dito), escrever (escrito), cobrir (coberto), etc. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 8 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Outra coisa importante: alguns verbos admitem tanto a forma regular quanto a irregular para qualquer dos verbos auxiliares que os acompanhem. São eles: pagar, pegar, ganhar e gastar. Por fim, menciono o verbo chegar, que possui apenas o particípio regular (chegado). Muitas pessoas fazem confusão e acham que chego é a forma irregular do particípio. Chego é, na verdade, a conjugação da 1ª pessoa do singular do presente do indicativo (eu chego). FLEXÃO DE TEMPO Tempo é a variação que indica o momento em que se dá o processo representado pelo verbo. São três tempos naturais: presente, pretérito, futuro. Ou seja, indicam um acontecimento no momento em que se fala, antes do momento em que se fala e após o momento em que se fala. Tempos do Indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito. Tempos do Subjuntivo: presente, pretérito imperfeito e futuro. No próximo tópico, vamos estudar, com mais detalhes,o emprego dos tempos verbais. 3.1 Emprego dos Tempos Verbais TEMPOS DO INDICATIVO Presente O presente enuncia o fato como atual. Também pode ocorrer da seguinte forma: a) O fato acontece no mesmo momento em que se fala. Exemplo: Vejo fantasmas na sala. b) O fato acontece de maneira comum, ou seja, uma ação habitual. Exemplo: Todos os dias, Luiza escova os cabelos. c) O fato é, na verdade, um princípio, um dado ou um conceito. Perceba que há uma dissociação de tempo. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 9 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Exemplo: Muitos casais se divorciam todos os anos. d) O fato é passado, mas queremos dar maior vivacidade. Exemplo: As tropas americanas assumem o comando e derrotam o Iraque. e) O fato acontece no futuro. Exemplo: Amanhã eu faço o jantar. Pretérito O pretérito se refere a fatos passados, conforme o momento em que falamos. Ele pode ser: perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito. Pretérito Perfeito O pretérito perfeito se refere a um fato ocorrido em época passada e já concluído antes do momento em que se fala. Exemplos: Joana soube do casamento de Ana e João. Li um livro em inglês. Observação: O pretérito perfeito em sua forma composta (pretérito perfeito composto) expressa, normalmente, a repetição ou a continuidade de um fato. Exemplos: Tenho ido a bons restaurantes. Luiza tem viajado nos últimos meses. Pretérito Imperfeito O pretérito imperfeito se refere ao seguinte: a) O fato se realizou, mas não se concluiu, ou o fato apresenta determinada duração. Exemplos: Ele se tratava naquele hospital antes de falecer. As negociações aconteciam sem que João percebesse. b) O fato acontecia no momento em que sobreveio outro (ações simultâneas). Exemplo: João estudava na biblioteca, quando Mariana chegou. c) O fato é uma ação passada habitual ou repetida. Exemplo: Sempre que eu tossia, ele espirrava. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 10 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Pretérito Mais-Que-Perfeito O pretérito mais-que-perfeito se refere a um fato anterior a outro fato que também é passado. Exemplo: Quando cheguei ao aeroporto, o avião já decolara. Observação: O pretérito mais-que-perfeito em sua forma composta (pretérito mais-que-perfeito composto) é o modo mais usual de usarmos este tipo de pretérito. Vale observar que a forma simples está em desuso. Exemplo: Quando cheguei ao aeroporto, o avião já tinha decolado. Futuro O futuro pode ser: do presente ou do pretérito. Futuro do Presente O futuro do presente se refere a um fato que se realizará em um momento posterior ao presente. Também pode se referir a uma afirmação com valor de certeza. Exemplos: Pouparei metade do meu salário após ganhar o aumento. De todas as noivas de Brasília, você será a mais linda. Observação 1: O futuro do presente em sua forma composta (futuro do presente composto) pode expressar: futuro acontecimento de um fato que se iniciou no momento presente; fato futuro que terá sido concluído antes de outro, também no futuro; ou incerteza a respeito de fatos passados. Exemplos: Até você chegar, terei arrumado a mesa para o jantar. Ano que vem, quando você voltar, eu já terei comprado meu apartamento. Terá Ana conhecido sua mãe? Observação 2: O futuro do presente pode ser empregado com valor de imperativo ou para indicar a incerteza sobre fatos presentes. Exemplos: Honrarás (igual a honre) tua família. Naquela cidade acontecerá umas festas religiosas. Futuro do Pretérito O futuro do pretérito se refere ao seguinte: a) O fato é posterior em relação a outro já ocorrido. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 11 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Exemplo: João disse à Ana que teriam dinheiro para viajar. b) O fato não chegou a acontecer. Exemplo: Eu ganharia a medalha, mas Joana passou na frente. c) O fato é incerto. Exemplo: Os policiais atiraram balas que seriam de borracha. d) O fato é uma hipótese em relação a uma condição. Exemplo: Se você tivesse poupado seu dinheiro, não pagaria mais aluguel. e) Polidez. Exemplo: Você poderia me dar uma ajuda? Observação: O futuro do pretérito em sua forma composta pode ser empregado nos três primeiros casos acima. Exemplo: Eu teria conquistado a medalha, mas fiquei doente. TEMPOS DO SUBJUNTIVO Presente O presente do subjuntivo enuncia o fato como hipótese, dúvida, desejo, probabilidade, suposição. Exemplos: Espero que passem no concurso de analista. Talvez Joana te dê o presente de aniversário. Deus te proteja! Largue o emprego e verás as consequências. Pretérito Imperfeito O pretérito imperfeito do subjuntivo apresenta um fato passado, porém posterior e dependente de outra ação passada. Como o presente do subjuntivo, também indica suposição, probabilidade, hipótese, condição. Exemplos: Marina receou que eu desistisse da viagem. Joana duvidava que Pedro fizesse o trabalho. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 12 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Se eu pudesse, faria a viagem. Oxalá me escutasse. Futuro O futuro do subjuntivo apresenta um fato que ainda acontecerá, mas que é dependente (condicional, temporal ou conformativo) de outra ação também futura. Exemplos: Quando vendermos todas as joias, estaremos ricos. Se for necessário, venderemos a casa. Quando ele comprar a casa, faremos uma festa. Se ele vier a tempo, tomaremos o vinho. Observação 1: O futuro do subjuntivo pode ser empregado em sua forma composta. Exemplos: Quando eu tiver comprado a nova casa, darei muitas festas. Conversarei com os alunos que não tiverem entendido a matéria. Observação 2: Temos também o pretérito perfeito composto do subjuntivo, que é formado pelo presente do subjuntivo mais o particípio de um verbo. Ele indica uma hipótese ou um desejo em relação a outro fato situado no futuro. Exemplo: Eu duvido que Joana tenha ido ao casamento. Observação 3: Temos também o pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo, que é formado pelo pretérito imperfeito do subjuntivo mais o particípio de um verbo. Ele indica uma hipótese no passado em relação a outro fato hipotético também no passado. Exemplo: Eu pensei o que teria acontecido se Joana tivesse chegado. Ainda nesta aula, estudaremos melhor os tempos compostos. Veja, logo em seguida, uma questão que trata do assunto de modos e tempos verbais. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 13 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Questão – (FCC) Advogado – Sabesp/2014(Adaptada) O conceito de desenvolvimento sustentável evoluiu ao longo do tempo e incorporou, para além do capital natural, também aspectos de desenvolvimento humano. Desta forma é possível distinguir três dimensões do Desenvolvimento Sustentável (AYUSO e FULLANA, 2002): − Sustentabilidade ambiental: deve garantir que o desenvolvimento seja compatível com a manutenção dos processos ecológicos essenciais, da diversidade biológica e dos recursos naturais; − Sustentabilidade econômica: deve garantir que o desenvolvimento seja economicamente eficiente, beneficie todos os agentes de uma região afetada e os recursos sejam geridos de maneira que se conservem para as gerações futuras; − Sustentabilidade social e cultural: deve garantir que o desenvolvimento sustentável aumente o controle dos indivíduos sobre suas vidas, seja compatível com a cultura e os valores das pessoas, e mantenha e reforce a identidade das comunidades. Atualmente, também se associa o Desenvolvimento Sustentável ou Sustentabilidade à responsabilidade social. Responsabilidade social é a forma ética e responsável pela qual a Empresa desenvolve todas as suas ações, políticas, práticas e atitudes, tanto com a comunidade quanto com o seu corpo funcional. Enfim, com o ambiente interno e externo à Organização e com todos os agentes interessados no processo. Assim, as definições de Educação Ambiental são abrangentes e refletem a história do pensamento e visões sobre educação, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. É importante que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultura empresarial, por meio das ações e projetos de Educação Ambiental, esteja alinhada a esses conceitos. (Adaptado de: Guia de Educação Ambiental. Programa de Educação Ambiental − PEA Sabesp, p. 23-4. http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=176) “É importante que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultura empresarial, por meio das ações e projetos de Educação Ambiental esteja alinhada a esses conceitos” (último parágrafo do texto) O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado na frase acima está em: Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 14 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br a) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, políticas... b) ... as definições de Educação Ambiental são abrangentes... c) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentável... d) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvolvimento humano. e) ... e reforce a identidade das comunidades. Comentários Esta questão trata do emprego dos modos e dos tempos verbais. O comando solicita que o aluno analise as alternativas e marque aquela que apresenta uma forma verbal que esteja no mesmo tempo e modo que o verbo grifado na sentença dada. A primeira coisa que temos que fazer é verificar em qual tempo e modo se encontra a forma verbal grifada no enunciado (esteja). Ao fazermos essa análise, percebemos que a sentença que contém essa forma verbal expressa um sentido de hipótese, ou seja, não é uma frase que expressa um fato certo de acontecer. Vimos que o modo indicativo expressa atitude de certeza e que o modo subjuntivo indica atitude de dúvida, de desejo, de hipótese. Estudamos também que o tempo presente do modo subjuntivo enuncia o fato como hipótese, dúvida, desejo, probabilidade, suposição. Assim, identificamos que a forma verbal esteja está no presente do subjuntivo. Vamos examinar as alternativas? a) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, políticas... Nesta alternativa, o verbo está no presente do indicativo. b) ... as definições de Educação Ambiental são abrangentes... Nesta alternativa, o verbo está no presente do indicativo. c) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentável... Nesta alternativa, o verbo está no presente do indicativo. d) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvolvimento humano. Nesta alternativa, o verbo está no pretérito perfeito do indicativo. e) ... e reforce a identidade das comunidades. Nesta alternativa, o verbo está no presente do subjuntivo. Esta é a resposta da questão. Gabarito: E Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 15 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br 4. Locuções Verbais As locuções verbais são combinações de verbos (ligados ou não por preposição) que formam uma unidade que denota ideias, geralmente, não indicadas pelos tempos simples e compostos (formados com os verbos auxiliares ter e haver). Para a formação de uma locução verbal (também conhecida como perífrase verbal), usaremos combinações, de forma que um dos verbos fique fixo no infinitivo, gerúndio ou particípio (verbo principal) e o outro se flexione em modo, tempo e número (verbo auxiliar). Vários verbos podem ser usados como auxiliar, mas estes são os mais comuns: ser, estar, ficar, ter, haver, ir, parecer, etc. Vamos estudar, agora, alguns exemplos de locução verbal. Verbo auxiliar SER + PARTICÍPIO: As mulheres foram penteadas pelo João. Verbo auxiliar ESTAR + PARTICÍPIO: A mulher está cercada pelos familiares. Verbo auxiliar TER + PREPOSIÇÃO + INFINITIVO: A mulher tem de ser acompanhada pelo médico. Verbo auxiliar COMEÇAR (ENTRAR, PASSAR) + A + INFINITIVO: A mulher começou a chorar compulsivamente. Verbo auxiliar ANDAR (ESTAR, FICAR, IR, VIR) + GERÚNDIO: A mulher está comprando uma casa nova. Verbo auxiliar DEVER + INFINITIVO: A mulher não deve chorar compulsivamente. Verbo auxiliar ACABAR (DEIXAR, PARAR) + DE + INFINITIVO: A mulher acabou de falar há dois minutos. Verbo auxiliar HAVER + DE + INFINITIVO: Pedro há de escutar os gritos. Verbo auxiliar IR + GERÚNDIO: É importante que você vá mexendo o caldo pouco a pouco. Verbo auxiliar IR + INFINITIVO: Não vá embora agora, Maria vai fritar umas batatas. ATENÇÃO! Muitas vezes, a reunião de dois verbos não forma uma locução verbal ou um tempo composto. Podemos ter, em vez disso, por exemplo, orações reduzidas de infinitivo. Mas isso é tema da Aula 06, na qual estudaremos as orações. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 16 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Exemplos: Ainda falta comer as batatas. (duas orações=dois verbos) Ele deve comer as batatas. (locução verbal) A questão que vamos ver aborda um pouco do que foi estudado acima. Questão – (ESAF) Auditor Fiscal da Receita Federal – Receita Federal/2014 (Adaptada) A prefeitura municipal, através da Secretaria de Assistência Social, promove a Campanha Imposto de Renda Solidário, projeto cujo objetivo é, através de doação do imposto de renda devido, ajudar a financiar projetos de defesa e promoção dos direitos de crianças e adolescentes de Chapadão do Sul. A ideia é que todos que queiram participar direcionem parte do valor devido ao Fundo Municipal dos Direitos da Infância e Adolescência (FMDCA) e assim participem da Campanha. A doação, estabelecida pela Lei n. 8.069/90, é simples, não traz ônus a quem colabora e os valores doados são abatidos do imposto de renda devido. O valor destinado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, respeitados os limiteslegais, é integralmente deduzido do IR devido na declaração anual ou acrescido ao IR a restituir. Quem quiser contribuir deve procurar um escritório de contabilidade e solicitar que seu imposto de renda seja destinado ao FMDCA de Chapadão do Sul. A doação pode ser dirigida a um projeto de escolha do doador, desde que esteja inscrito no CMDCA-Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, que analisará e aprovará o repasse do recurso e posteriormente fiscalizará sua execução. (Adaptado de: <http://www.ocorreionews.com.br>. Acesso em: 19 mar. 2014.) No desenvolvimento da argumentação do texto, o modo e tempo verbais são usados para indicar uma possibilidade, uma hipótese em (expressões sublinhadas no texto) a) “ajudar a financiar” b) “queiram participar” c) “são abatidos” d) “deve procurar” e) “analisará e aprovará” Comentários Esta questão trata do emprego de locuções verbais, dos modos e dos tempos verbais. O comando solicita que o aluno analise as alternativas e marque aquela que apresenta uma forma verbal que expresse possibilidade, hipótese. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 17 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Observe que, entre as alternativas, há locução verbal e voz passiva (estudaremos ainda nesta aula). Mas, você só precisa saber os conceitos de modo e tempo verbal para resolver esta questão. Aprendemos que o modo subjuntivo é aquele que indica atitude de dúvida, de desejo, de hipótese, não é mesmo? Dessa forma, fica muito fácil resolver a questão, pois a única alternativa que possui forma verbal (no caso, locução verbal no presente do subjuntivo) no modo subjuntivo é a alternativa b – “queiram participar”. Gabarito: B 4.1 Tempos Compostos Como já vimos, tempo composto é o tempo formado por um verbo flexionado (auxiliar) e por outro no particípio (principal). Os auxiliares são TER e HAVER. Para facilitar, vou reunir, aqui, os tempos compostos que já estudamos anteriormente nesta aula. Modo indicativo Pretérito perfeito composto: presente do indicativo (auxiliar) + particípio (principal). Expressa, normalmente, a repetição ou a continuidade de um fato. Exemplo: Ele tem caminhado no parque. Pretérito mais-que-perfeito composto: pretérito imperfeito do indicativo (auxiliar) + particípio (principal). Ele se refere a um fato anterior a outro fato que também é passado. Exemplo: Ele tinha caminhado no parque. Futuro do presente composto: futuro do presente do indicativo (auxiliar) + particípio (principal). Ele indica futuro acontecimento de um fato que se iniciou no momento presente, fato futuro que terá sido concluído antes de outro, também no futuro, ou incerteza a respeito de fatos passados. Exemplo: Ele terá comprado um casaco novo. Futuro do pretérito composto: futuro do pretérito do indicativo (auxiliar) + particípio (principal). Ele se refere a fato posterior em relação a outro já ocorrido, a fato que não chegou a acontecer ou a Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 18 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br fato incerto. Exemplo: Ele teria comprado um casaco novo. Modo subjuntivo Pretérito perfeito composto do subjuntivo: presente do subjuntivo (auxiliar) + particípio (principal). Ele indica uma hipótese ou um desejo em relação a outro fato situado no futuro. Exemplo: Eu duvido que ele tenha caminhado no parque. Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo: pretérito imperfeito do subjuntivo (auxiliar) + particípio (principal). Ele indica uma hipótese no passado em relação a outro fato hipotético também no passado. Exemplo: Eu imaginei o que teria acontecido se ele tivesse caminhado no parque. Futuro composto do subjuntivo: futuro do subjuntivo (auxiliar) + particípio (principal). Ele apresenta um fato que ainda acontecerá, mas que é dependente (condicional, temporal ou conformativo) de outra ação também futura. Exemplo: Quando ele tiver comprado um casaco novo, eu também comprarei um. Formas nominais Infinitivo composto: infinitivo pessoal ou impessoal (auxiliar) + particípio (principal). Ele enuncia a ação, o estado, o fato ou o fenômeno de modo vago ou indefinido. Gerúndio composto: gerúndio (auxiliar) + particípio (principal). Ele indica a ação em processo. Vamos ver uma questão sobre tempos compostos? Questão – (CESPE) Cargos de Nível Superior – INCA/2010 (Adaptada) Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao longo da história tem sido seu constante anseio de buscar Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 19 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br novas perspectivas, abrir horizontes desconhecidos, investigar possibilidades ainda inexploradas, enfim, ampliar o conhecimento. Desde seus primórdios, os seres humanos dedicam-se a investigar e a pesquisar, sendo esta curiosidade, este desejo de conhecer, uma das mais significativas forças impulsoras da humanidade. O fato é que essa ininterrupta e incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes atividades do homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem depara-se com seus limites. [...] Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.). Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações). Julgue o seguinte item. Seriam preservadas a correção gramatical do texto, bem como a coerência de sua argumentação, se, em lugar de “tem sido” (expressão em negrito no texto), fosse usada a forma verbal é; no entanto, a opção empregada no texto ressalta o caráter contínuo e constante dos aspectos mencionados. Comentários Esta questão trata do emprego de tempos compostos. Para resolver esta questão é necessário que o aluno analise a afirmativa e julgue a troca da forma verbal tem sido pela forma é. Observe que a forma verbal tem sido se encontra no pretérito perfeito composto do indicativo. O que aprendemos sobre esse tempo verbal? O pretérito perfeito composto indica um fato passado repetido ou que se prolonga até o presente. Por sua vez, a forma verbal é está no presente do indicativo, o qual expressa, principalmente, um fato como atual, simultâneo ao ato enunciado. Veja a sentença reescrita: “Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao longo da história é seu constante anseio de buscar novas perspectivas, abrir horizontes desconhecidos, investigar possibilidades ainda inexploradas, enfim, ampliar o conhecimento.” Ao analisarmos a substituição proposta, notamos que não há qualquer problema na correção gramatical. Vemos, entretanto, que houve mudança no sentido, pois a opção empregada no texto ressalta o caráter contínuo e constante dos aspectos mencionados, fato que não acontece com o emprego do presente do indicativo. Gabarito: CERTA Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 20 de 85 ConcurseiroFiscal www.concurseirofiscal.com.br 5. Tempos Primitivos e Derivados Tempos primitivos são aqueles que dão origem a outros tempos, ou seja, é por meio deles que se formam os tempos derivados. Temos dois tempos primitivos e uma forma nominal que dão origem aos outros tempos e formas nominais. Vamos ver esses tempos primitivos e os seus derivados? Presente do indicativo A 1ª pessoa do singular do presente do indicativo forma todo o presente do subjuntivo. Por sua vez, o presente do subjuntivo forma todo o imperativo negativo e parte do imperativo afirmativo (você, nós, vocês). Exemplo: verbo andar presente do indicativo presente do subjuntivo ando ande andamos andes anda ande andamos andemos andais andeis andam andem A 2ª pessoa do singular do presente do indicativo forma parte do imperativo afirmativo (tu sem a letra s). A 2ª pessoa do plural do presente do indicativo forma parte do imperativo afirmativo (vós sem a letra s). Pretérito perfeito do indicativo A 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo forma o pretérito mais-que-perfeito do indicativo, o pretérito imperfeito do subjuntivo e o futuro do subjuntivo. Exemplo: verbo andar Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 21 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br pretérito perfeito do indicativo pretérito mais-que- perfeito do indicativo andara andaras andara andáramos andáreis 3ª p.p. - andaram andaram pretérito perfeito do indicativo pretérito imperfeito do subjuntivo andasse andasses andasse andássemos andásseis 3ª p.p. - andaram andassem pretérito perfeito do indicativo futuro do subjuntivo andar andares andar andarmos andardes 3ª p.p. - andaram andarem Infinitivo impessoal O infinitivo impessoal forma o futuro do presente do indicativo, o futuro do pretérito do indicativo, o pretérito imperfeito do indicativo, o infinitivo pessoal, o gerúndio e o particípio. Exemplo: verbo andar Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 22 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br infinitivo impessoal pretérito imperfeito do indicativo andar andava andavas andava andávamos andáveis andavam infinitivo impessoal futuro do presente do indicativo andar andarei andarás andará andaremos andareis andarão infinitivo impessoal futuro do pretérito do indicativo andar andaria andarias andaria andaríamos andaríeis andariam Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 23 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br infinitivo impessoal infinitivo pessoal andar andar andares andar andarmos andardes andarem infinitivo impessoal particípio andar andado infinitivo impessoal gerúndio andar andando Formação do imperativo afirmativo As pessoas TU e VÓS se originam do presente do indicativo sem o s final. Por sua vez, as outras pessoas se formam com base no presente do subjuntivo. Exemplo: verbo andar presente do indicativo imperativo afirmativo ____ andas anda andai Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 24 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br presente do subjuntivo imperativo afirmativo ____ ande ande andemos andemos andeis andem andem Formação do imperativo negativo É o presente do subjuntivo antecedido da palavra não. Exemplo: verbo andar presente do subjuntivo imperativo negativo ____ andes não andes ande não ande andemos não andemos andeis não andeis andem não andem 6. Conjugação Verbal Conjugar um verbo é colocá-lo em todas as modificações que expressam o modo, o tempo, a pessoa e a voz. A Conjugação Verbal é formada por radical mais as características modais e temporais e, ainda, as desinências. Geralmente, as bancas cobram, nos concursos, a conjugação de algum verbo regular mais difícil, pouco utilizado no cotidiano do candidato. Além disso, elas gostam de cobrar verbos irregulares, anômalos, defectivos, etc. Vamos, então, ver as conjugações de verbos regulares, que servirão de modelo para auxiliar você a conjugar algum outro verbo regular mais difícil. Assim, para conjugar esse verbo mais difícil, basta adequar seu radical às terminações da respectiva conjugação. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 25 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Vamos usar os seguintes verbos: 1ª conjugação – cantar (tema a), 2ª conjugação – mover (tema e) e 3ª conjugação – partir (tema i). Você fará o seguinte: retire as terminações ar, er e ir; logo após, você deve pegar o radical e colocar as desinências. Exemplo de verbo regular (comum) no presente do indicativo: verbo cantar - radical CANT + desinências (o, as , a, amos, ais, am) = canto, cantas, canta, cantamos, cantais, cantam. Exemplo de verbo regular (menos comum no dia a dia) no presente do indicativo: verbo consumar - radical CONSUM + desinências (o, as, a, amos, ais, am) = consumo, consumas, consuma, consumamos, consumais, consumam. Com base nesses exemplos, você pode usar o método para todas as três conjugações. Outra dica é examinar a formação do verbo (classificação quanto à formação), ou seja, se o verbo constante na questão é derivado de algum primitivo mais comum (mais fácil), como por exemplo: verbos repor, depor, supor, dispor e propor, que derivam de pôr; verbos conter, reter, deter e manter, que derivam de ter; verbos convir, provir, advir e intervir, que derivam de vir. Atenção! Observe os verbos seguintes. a) O verbo requerer não é derivado do verbo querer. Veja: no presente do indicativo, conjugamos - requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem e no presente do subjuntivo, conjugamos - requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram. b) O verbo precaver-se não é derivado do verbo ver. Ele é defectivo. No presente do indicativo, apenas se conjuga na 1ª pessoa e na 2ª pessoa do plural (precavemos, precaveis). Dessa forma, por não existir a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, também não existe o presente do subjuntivo. c) O verbo reaver é derivado do verbo haver, porém somente se conjuga se existir a letra “v” na conjugação do haver. Assim, no presente do indicativo, só existem as formas da 1ª pessoa e da 2ª pessoa do plural (reavemos, reaveis). Por ele não ter a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, não possui presente do subjuntivo. No pretérito perfeito, conjugamos: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram. d) O verbo prover não é derivado do verbo ver, apesar de possuírem a mesma forma na 1ª pessoa do singular do presente Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 26 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br do indicativo e do subjuntivo. Veja: no presente do indicativo, conjugamos - provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem; no pretérito perfeito do indicativo: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram e no presente do subjuntivo, conjugamos - proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais, provejam. Mas, e os verbos irregulares? Eles são realmente um problema, por isso, aconselho, em suas leituras, observar os verbos e como estão conjugados. Isso ajuda na memorização de verbos conhecidos ou não, pois os conhecidos também geram muitas dúvidas na hora da prova, não é mesmo? Preste atenção em verbos como ser, estar, ter, haver, pedir, caber, trazer. Também em verbos terminados nos hiatos “air”, “oer”, “uir” (possuir, cair, abstrair, contrair, moer, roer, doer, restituir, constituir, concluir, distribuir, etc.). Nesses verbos, a pegadinha pode recair em formas erradas como: possue, restitue, constitue, móe, etc. Observe que as formas corretas são as que empregam a desinência i (segunda e terceira conjugações): possui, restitui, constitui, mói, etc. O verbo “viger” é defectivo. Ele não apresenta, no presente do indicativo, a 1ª pessoa do singular. Portanto, não temos também o presente do subjuntivo e o imperativo. Outros verbos importantes: verbos terminados no hiato “ear” (nortear, manusear, homenagear, passear, saborear, pleitear, sortear, arrear, pentear, etc). Tenha muito cuidado, pois esses verbos intercalam um “i” em sua desinência em algumas formas rizotônicas (motivos fonéticos). Como exemplo, veja o verbo pentear: eu penteio, tu penteias, ele penteia, nós penteamos, vós penteais, eles penteiam. Alguns verbos como mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e intermediar também costumam causar certa confusão. Isso porque eles possuem um “e” eufônico intercalado nas formas rizotônicas. Como exemplo, veja o verbo mediar: eu medeio, tu medeias, ele medeia, nós mediamos, vós mediais, eles medeiam. Não podemos nos esquecer dos verbos terminados nos hiatos “oar” e “uar” (abençoar, amaldiçoar, perdoar, efetuar, continuar, tatuar, etc). Atenção com o presente do subjuntivo: perdoe, perdoes, perdoe, perdoemos, perdoeis, perdoem. As bancas examinadoras também costumam explorar, nas questões, os verbos vir e ver no futuro do subjuntivo. Observe: Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 27 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br ver vir vir vier vires vieres vir vier virmos viermos virdes vierdes virem vierem Quanto aos verbos construir (radical - constru) e destruir (radical - destru), classificamo-nos como verbos abundantes. Isso porque, além da forma regular de conjugação (a qual se equivale à do verbo possuir: construo, construis, construi, construímos, construís, construem), ainda possui a conjugação irregular, na qual a 2ª pessoa e 3ª pessoa do singular do presente do indicativo apresentam o ditongo aberto “ói". Observe: construo, constróis, constrói, construímos, construís, constroem – de maneira semelhante aos verbos terminados em “oer”. Por fim, quero chamar a sua atenção para alguns verbos que possuem diferenças gráficas e fonéticas em suas conjugações. Dessa forma, perceba o seguinte: a) Verbos terminados em “car” (ficar, abarcar, clinicar, dedicar, emboscar, etc.): trocamos o “c” por “qu” antes da letra “e” (fiquei, abarquemos, clinique, dediqueis, embosquem, etc.). b) Verbos terminados em “gar” (abrigar, afagar, advogar, comungar, achegar, chegar, etc.): colocamos a letra “u” antes da letra “e” (abrigue, afaguemos, adogue, comungues, achegueis, cheguem, etc.). c) Verbos terminados em “çar” (abraçar, disfarçar, adoçar, bagunçar, caçar, desembaçar, etc.): retiramos a “ç” antes da letra “e” (abrace, disfarcem, adoces, baguncemos, cace, desembaceis, etc.). d) Verbos terminados em “ger” (proteger, reger, eleger, ranger, etc.): alteramos a letra “g” pela letra “j” antes das letras “o” e “a” (protejo, reja, elejam, ranjamos, etc.). e) Verbos terminados em “gir” (divergir, erigir, inflingir, fugir, etc.): alteramos a letra “g” pela letra “j” antes das letras “o” e “a” (divirjo, erija, inflinjam, fujamos, etc.). f) Verbos “pedir”, “impedir”, “expedir”, “despedir”, “medir”: alteramos a letra “d” por “ç” antes das letras “o” e “a” (peça, impeçamos, expeça, despeçam, meçamos, etc.). g) Verbos terminados em “ingir” (fingir, cingir, constringir, tingir, Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 28 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br etc.): alteramos a letra “g” pela letra “j” antes das letras “o” e “a” (finjir, cinja, constinjamos, tinjam, etc.). h) Verbos “doer” e “prazer”: só possuem a conjugação na 3ª pessoa (dói, doem, prazia, praziam, etc.). i) Verbo “perder”: alteramos a letra “d” pela letra “c” antes das letras “o” e “a” (perco, perca, percais, percam, etc.). j) Verbo “dizer” e derivados (contradizer, predizer, maldizer, desdizer, etc.): mudamos a letra “z” pela letra “g” antes das letras “o” e “a” (digo, digas, digamos, digam, etc.). Além disso, o verbo “dizer” aceita as formas “dize” e “diz” para a 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo. k) Verbo “valer”: alteramos a letra “l” pelo dígrafo “lh” antes das letras “o” e “a” (valho, valha, valhais, valhamos, etc.). l) Os verbos averiguar, enxaguar, aguar, apaniguar, apaziguar, apropinguar, desaguar e obliquar, após o Acordo Ortográfico (visto na Aula 02), apresentam duas formas, ambas corretas, de conjugação. Qualquer dúvida em relação a isso, volte à Aula 02. Para facilitar a memorização, veja um resumo das desinências. Modo indicativo Presente: o, as, a, amos, ais, am o, es, e, emos, eis, em o, es, e, imos, is, em Pretérito perfeito: ei, aste, ou, amos, astes, aram i, este, eu, emos, estes, eram i, este, iu, imos, istes, iram Pretérito imperfeito: ava, avas, ava, ávamos, áveis, avam ia, ias, ia, iamos, ieis, iam ia, ias, ia, iamos, ieis, iam Pretérito mais-que-perfeito: ara, aras, ara, áramos, áreis, aram era, eras, era, êramos, êreis, eram ira, iras, ira, iramos, ireis, iram Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 29 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Futuro do presente: arei, arás, ará, aremos, areis, arão erei, erás, erá, eremos, ereis, erão irei, irás, irá, iremos, ireis, irão Futuro do pretérito: aria, arias, aria, aríamos, aríeis, ariam eria, erias, eria, eríamos, eríeis, eriam iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam Modo subjuntivo Presente: e, es, e, emos, eis, em a, as, a, amos, ais, am a, as, a, amos, ais, AM Pretérito imperfeito: asse, asses, asse, assemos, asseis, assemesse, esses, esse, êssemos, êsseis, essem isse, isses, isse, íssemos, ísseis, issem Futuro: ar, ares, ar, armos, ardes, arem er, eres, er, ermos, erdes, erem ir, ires, ir, irmos, irdes, irem Imperativo Afirmativo: -, a, e, emos, ai, em -, e, a, amos, ei, am -, e, a, amos, i, AM Negativo: -, es, e, emos, eis, em -, as, a, amos, ais, am -, as, a, amos, ais, am Formas nominais Infinitivo não flexionado: ar, er, ir Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 30 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Infinitivo flexionado: ar, ares, ar, armos, ardes, arem er, eres, er, ermos, erdes, erem ir, ires, ir, irmos, irdes, irem Gerúndio: ando, endo, indo Particípio: ado, ido, ido A seguir, veremos uma questão que trata desse assunto. Questão – (FGV) Consultor de Orçamentos – Senado Federal/2008 (Adaptada) Observe as formas verbais, corretamente flexionadas, do verbo “intervier”: interviesse e interveio. Assinale a alternativa em que não haja correspondência entre as formas verbais: a) ver - vir b) remediar - remedeie c) adequar - adéquo d) reaver - reavejo e) maquiar - maquio Comentários Temos, aqui, uma questão comum em provas da banca FGV. A banca apresenta formas verbais conjugadas de maneira correta e questiona qual a alternativa que possui outras formas verbais que não foram conjugadas corretamente. Em primeiro lugar, notamos que as formas verbais apresentadas, no comando, do verbo intervier: interviesse e interveio são apenas um dado a mais, em nada interfere na resolução da questão. Dessa forma, precisamos analisar as opções propostas pela banca FGV. Cada alternativa contém o infinitivo impessoal de um verbo e uma forma conjugada dele. Vamos lá? a) ver e forma vir. Na teoria estudada, foi comentado que o verbo ver é tema recorrente em provas de concurso, por causa da confusão que ele gera no futuro do subjuntivo. A forma vir é a correta para a 1ª pessoa e a 3ª pessoa do futuro do subjuntivo. Se você ainda tem alguma dúvida, sugiro que reveja o quadrinho dos verbos ver e vir apresentado nesta aula. b) remediar e forma remedeie. Vimos que o verbo remediar pertence a um grupo de verbos (mediar, ansiar, incendiar, intermediar, odiar) muito “perigosos”, porque Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 31 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br possui a letra “e” intercalada nas formas rizotônicas (por causa de aspecto eufônico). Assim, a forma apresentada está correta. c) adequar e forma adéquo. O verbo adequar é um assunto complicado. Em geral, ele é considerado, por muitos gramáticos, um verbo defectivo, ou seja, com falhas na conjugação do presente do indicativo (conjugação somente nas formas arrizotônicas “adequamos” e “adequais”). Assim, o verbo não possuirá, também, todo o presente do subjuntivo, todo o imperativo negativo e parte do imperativo afirmativo, conforme visto na teoria sobre tempos primitivos e tempos derivados. Porém, outros gramáticos já admitem a conjugação do verbo “adequar” de forma completa: eu adéquo, tu adéquas, ele adéqua, nós adequamos, vós adequais, eles adéquam. Sob o último aspecto, percebe-se que a alternativa está correta e foi, assim, considerada pela banca. Portanto, percebemos a posição da banca FGV em relação ao assunto. O problema é que nem todas as bancas comungam da mesma opinião. Sobre isso, cito a banca CESPE, que considerou errada uma questão com a forma “adéquam” em um concurso realizado em 2012. d) reaver e forma reavejo. Conforme vimos, temos que ter bastante atenção com o verbo reaver, pois, também, sempre aparece nas provas. Ele é derivado do verbo haver, porém somente se conjuga se existir a letra “v” na conjugação do haver. Dessa maneira, no presente do indicativo, só existem as formas da 1ª pessoa e da 2ª pessoa do plural (reavemos, reaveis). Por ele não ter a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, não possui presente do subjuntivo. Percebemos que a alternativa trouxe justamente uma das formas inexistentes, a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo. Esta á a resposta da questão. e) maquiar e forma maquio. O verbo maquiar também gera dúvidas, pois é comumente considerado como irregular pelos alunos. Mas, ele é regular e possui conjugação similar ao verbo copiar (copio), por exemplo. Desse modo, o verbo maquiar não pertence ao grupo de verbos - mediar, ansiar, incendiar, intermediar, odiar, remediar (tema da alternativa b). Gabarito: D 7. Correlação Verbal A correlação verbal é a conexão existente entre os verbos (formas verbais) no período. Desse modo, os verbos determinam uma correspondência, ou seja, uma relação harmoniosa, entre si. Ela é a responsável por originar enunciados mais precisos e inteligíveis. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 32 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Nesse contexto, é necessário perceber que existem os verbos independentes (empregados nos tempos primitivos e no modo imperativo), que não necessitam (mas podem) relacionar-se com outros verbos para existirem corretamente num período. Assim, são independentes o presente do indicativo, o pretérito perfeito do indicativo e o modo imperativo. É por causa de uma correlação verbal mal articulada que vemos algumas frases com problemas em sua estrutura, de forma que não conseguem transmitir coerência, clareza, precisão e objetividade, ou seja, não apresentam os aspectos básicos da textualidade. Em seguida, apresento alguns casos de formas verbais que se relacionam de modo lógico e harmônico entre si. Temos, então, que prestar bastante atenção nas conexões entre os tempos e modos verbais, ou seja, na correlação verbal. a) Presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo: Exemplo: Acredito que João tenha dito tudo a Francisco. b) Presente do indicativo + presente do subjuntivo: Exemplo: Peço-te que me estendas a tua mão. c) Pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo: Exemplo: Pedi-te que me estendesses a mão. d) Pretérito imperfeito do indicativo + pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo: Exemplo: Ana queria que João tivesse dito tudo a Francisco. e) Futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: Exemplo: Quando Ana disser tudo a João, Francisco ficará triste. f) Futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo: Exemplo: Quando Ana disser tudo a João, Francisco já terá ficado triste. g) Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo: Exemplo: Se Ana tivesse dito tudo a João, Francisco teria ficado triste. h) Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo: Exemplo: Se Ana tivesse dito tudo a João, Francisco ficaria triste. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadasProf. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 33 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br i) Pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo: Exemplo: Se Ana dissesse tudo a João, Francisco ficaria triste. Analisaremos, a seguir, uma questão sobre correlação verbal. Questão – (FCC) Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT – 2ª Região (SP)/2014 Questão de gosto A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando alguém apela para a tal da “questão de gosto”, é como se dissesse: “chega de conversa, inútil discutir”. A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou mesmo possível. “Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de colégio.” Questão de gosto. Levada a sério, radicalizada, a “questão de gosto” dispensa razões e argumentos, estanca o discurso crítico, desiste da reflexão, afirmando despoticamente a instância definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso, e pronto, estamos conversados. Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta engolir em seco o gosto próprio, impedido de argumentar. Afinal, gosto não se discute. Mas se tudo é questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra, a ausência vale a presença - tudo se relativiza ao infinito. Num mundo sem valores a definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão ética, uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa análise estética. O autoritarismo do gosto, tomado em sentido absoluto, apaga as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem goste das fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas contradições. (Emiliano Barreira, inédito) Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais em: a) Se alguém apelasse para a tal “questão de gosto”, dificilmente nós, reputados polemistas, haveremos de concordar. b) Seria necessário que todos gostassem das fórmulas ditatoriais do gosto para que se impeça um debate calcado em princípios argumentativos. c) Caso um de nós a tome em sentido absoluto, a questão de gosto acabará por impedir que debatamos com alguma seriedade. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 34 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br d) Caso sejam levadas a sério, suas ponderações teriam soterrado as tais razões de gosto que alegassem os seus interlocutores. e) Somente nos restaria engolir em seco, se admitirmos que a tal da questão de gosto tivesse alguma relevância. Comentários Esta questão explora o assunto correlação verbal. O enunciado questiona qual alternativa apresenta a sentença plenamente adequada em relação à correlação entre tempos e modos verbais. Vamos ver as alternativas? a) Se alguém apelasse para a tal “questão de gosto”, dificilmente nós, reputados polemistas, haveremos de concordar. Nesta alternativa, empregaram-se o pretérito imperfeito do subjuntivo e o futuro do presente do indicativo. Observe que a sentença está com sua textualidade comprometida. Uma proposta é usarmos o futuro do pretérito do indicativo no lugar do futuro do presente do indicativo. Veja como a frase fica com a devida correlação verbal: Se alguém apelasse para a tal “questão de gosto”, dificilmente nós, reputados polemistas, haveríamos de concordar. Outra proposta seria substituirmos o pretérito imperfeito do subjuntivo pelo futuro do subjuntivo. Veja como a frase fica com a devida correlação verbal: Se alguém apelar para a tal “questão de gosto”, dificilmente nós, reputados polemistas, haveremos de concordar. b) Seria necessário que todos gostassem das fórmulas ditatoriais do gosto para que se impeça um debate calcado em princípios argumentativos. Nesta alternativa, empregaram-se o futuro do pretérito do indicativo, o pretérito imperfeito do subjuntivo e o presente do subjuntivo. Observe que a sentença está com sua textualidade comprometida. Uma proposta é usarmos o pretérito imperfeito do subjuntivo no lugar do presente do subjuntivo. Veja como a frase fica com a devida correlação verbal: Seria necessário que todos gostassem das fórmulas ditatoriais do gosto para que se impedisse um debate calcado em princípios argumentativos. Outra proposta seria substituirmos o futuro do pretérito do indicativo pelo futuro do presente do indicativo e usar o futuro do subjuntivo no lugar do pretérito imperfeito do subjuntivo. Veja como a frase fica com a devida correlação verbal: Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 35 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Será necessário que todos gostem das fórmulas ditatoriais do gosto para que se impeça um debate calcado em princípios argumentativos. c) Caso um de nós a tome em sentido absoluto, a questão de gosto acabará por impedir que debatamos com alguma seriedade. Nesta alternativa, empregaram-se o presente do subjuntivo, o futuro do presente do indicativo e o presente do subjuntivo. Observe que a sentença está correta quanto à correlação entre os tempos e modos verbais. Você percebeu que o caso de correlação verbal desta alternativa não consta da lista dada neste tópico da aula? Isso aconteceu porque a lista não é exaustiva, ou seja, temos vários outros casos de verbos que “combinam” entre si - foram apresentados os casos mais comuns. O importante é que você preste atenção nas frases e observe o sentido transmitido por elas. Por meio dessa observação e do que estamos aprendendo, você será capaz de identificar se os verbos foram correlacionados de forma correta. d) Caso sejam levadas a sério, suas ponderações teriam soterrado as tais razões de gosto que alegassem os seus interlocutores. Nesta alternativa, empregaram-se o presente do subjuntivo, o futuro do pretérito composto do indicativo e o pretérito imperfeito do subjuntivo. Observe que a sentença está com sua textualidade comprometida. Uma proposta é usarmos o pretérito mais-que- perfeito composto do subjuntivo no lugar do presente do subjuntivo e o pretérito perfeito do indicativo no lugar do pretérito imperfeito do subjuntivo. Veja como a frase fica com a devida correlação verbal: Caso tivessem sido levadas a sério, suas ponderações teriam soterrado as tais razões de gosto que alegaram os seus interlocutores. Outra proposta seria substituirmos o futuro do pretérito composto do indicativo pelo futuro do presente composto do indicativo e usar o pretérito perfeito do indicativo no lugar do pretérito imperfeito do subjuntivo. Veja como a frase fica com a devida correlação verbal: Caso sejam levadas a sério, suas ponderações terão soterrado as tais razões de gosto que alegaram os seus interlocutores. e) Somente nos restaria engolir em seco, se admitirmos que a tal da questão de gosto tivesse alguma relevância. Nesta alternativa, empregaram-se o futuro do pretérito do indicativo, o futuro do subjuntivo e o pretérito imperfeito do subjuntivo. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 36 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Observe que a sentença está com sua textualidade comprometida. Uma proposta é usarmos o pretérito imperfeito do subjuntivo no lugar dofuturo do subjuntivo. Veja como a frase fica com a devida correlação verbal: Somente nos restaria engolir em seco, se admitíssemos que a tal da questão de gosto tivesse alguma relevância. Outra proposta seria substituirmos o futuro do pretérito do indicativo pelo futuro do presente do indicativo e usar o presente do subjuntivo no lugar do pretérito imperfeito do subjuntivo. Veja como a frase fica com a devida correlação verbal: Somente nos restará engolir em seco, se admitirmos que a tal da questão de gosto tenha alguma relevância. Gabarito: C 8. Vozes Verbais Chegamos a um tópico muito importante da aula de hoje: vozes verbais. Acredito ser o assunto mais cobrado pelas bancas examinadoras quando se trata do estudo de verbos. Por isso, estude com bastante cuidado, certo? Aqui, cabe uma observação: o assunto vozes verbais está bastante conectado a vários tópicos que aprenderemos na Aula 06 (sintaxe). Nela, veremos os termos da oração (ex: sujeito, objeto direto, etc.), a transitividade de verbos (ex: verbo transitivo, intransitivo, etc.). Esses conceitos são importantes para que você tenha um completo domínio de vozes verbais. Por isso, sugiro que, após o estudo da Aula 06, você volte aqui e faça uma revisão. Todo verbo assume uma forma para expressar sua relação com o sujeito. Isso é o que chamamos voz verbal. Na Língua Portuguesa, o sujeito pode assumir três papéis. Veja: a) o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo – voz ativa. O sujeito é denominado sujeito agente. É a voz mais comum na Língua Portuguesa, pois é empregada para expressar as ações de maneira mais objetiva e clara. Exemplo: O empresário fechou a fábrica de pneus. b) o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo – voz passiva. O sujeito é denominado sujeito paciente. Quando temos voz passiva, o verbo principal deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Exemplo: A fábrica de pneus foi fechada pelo empresário. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 37 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br c) o sujeito pratica e sofre a ação expressa pelo verbo – voz reflexiva. O sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo. Exemplo: A famosa modelo olhou-se no espelho antes do desfile. Observação: alguns autores incluem, nessa classificação, a voz recíproca, que é aquela formada por verbo e por pronome recíproco. Assim, os sujeitos praticam a ação de modo mútuo ou correspondente. Por sua vez, outros gramáticos dividem a voz reflexiva em voz reflexiva propriamente dita e voz reflexiva recíproca. Mas, o conceito permanece o mesmo. Exemplo: Joana e Pedro abraçaram-se durante o encontro. A seguir, veremos com mais detalhes a voz passiva. Voz passiva É a voz empregada quando queremos dar ênfase ao sujeito como objeto da ação. Ela pode ser formada por meio de duas formas: a) voz passiva analítica: é formada por verbo auxiliar (em geral, ser ou estar) e pelo particípio do verbo principal. A voz passiva analítica pode apresentar o denominado agente da passiva, que é o termo que, na verdade, pratica a ação verbal (o sujeito é paciente, lembra-se disso?). O agente da passiva vem sempre acompanhado de preposição. Geralmente, temos a preposição “por” (pelo, pela), mas também são usadas as preposições “a” e “de”. Exemplos: O apartamento foi vendido pelo Pedro. O carro de João é movido a gás. O local da entrevista foi tomado de jornalistas. O verbo auxiliar também pode ser outros, além de ser e estar, como: andar, ficar, viver, ir, vir, etc. Exemplos: Maria ficou envergonhada pelo que disse. Pedro veio acompanhado por sua filha. b) voz passiva sintética: é formada por verbo (deve ser obrigatoriamente transitivo direto ou transitivo direto e indireto) e pelo pronome “se” (pronome apassivador ou partícula apassivadora). Ainda veremos, durante o curso, outras funções que podem ser exercidas pelo “se”. A voz passiva sintética não apresenta agente da passiva e também é conhecida como voz passiva pronominal. Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 38 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br Exemplos: Venderam-se poucos pneus ontem. Reformou-se o apartamento que Ana vendeu. Observação: a voz passiva de infinitivo é formada por preposição mais verbo no infinitivo. Exemplo: A medalha foi difícil de conquistar. (ser conquistada) Vamos fazer uma questão? Questão – (FGV) Consultor de Orçamentos – Senado Federal/2008 (Adaptada) “Graças à firmeza com que agiu, foi possível não só diagnosticar as violações como deflagrar todo o processo que está levando ao aperfeiçoamento das instituições, em que o combate à corrupção, legítimo, deve, todavia, ser realizado dentro da lei.” Com base no fragmento de texto acima, julgue o item abaixo. Há somente uma estrutura em voz passiva. Comentários A banca apresenta uma sentença e questiona a existência de estruturas em voz passiva. Para resolver este tipo de questão, sugiro, em primeiro lugar, marcar todas as ocorrências de verbo no trecho do comando. Vamos fazer isso? Graças à firmeza com que agiu, foi possível não só diagnosticar as violações como deflagrar todo o processo que está levando ao aperfeiçoamento das instituições, em que o combate à corrupção, legítimo, deve, (todavia), ser realizado dentro da lei. Agora, vamos analisar cada forma verbal de modo a identificar se estão ou não na voz passiva. Graças à firmeza com que agiu, foi possível: “agiu” está na voz ativa; “foi possível” é uma estrutura com verbo de ligação (estudaremos na Aula 06) e não denota ação verbal, assim não há como designar sua voz verbal. Alguns autores denominam esse tipo de estrutura “voz medial”, mas esta não é prevista na Nomenclatura Gramatical Brasileira; não só diagnosticar as violações: oração na voz ativa; como deflagrar todo o processo: oração na voz ativa; Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Edielsom de Jesus de Lima Barbosa - 704.419.792-20 Língua Portuguesa para concursos Curso INSS 2015 Teoria e questões comentadas Prof. Ludimila Lamounier – Aula 05 Página 39 de 85 Concurseiro Fiscal www.concurseirofiscal.com.br que está levando ao aperfeiçoamento das instituições: oração na voz ativa; em que o combate à corrupção, legítimo, deve, (todavia), ser realizado dentro da lei: oração na voz passiva – observe a presença de sujeito passivo (“o combate à corrupção”). Por todo o exposto, vemos que a questão está correta. Gabarito: CERTA 8.1 Conversão de Vozes Verbais Neste tópico, veremos como fazer a conversão entre os tipos de voz (voz ativa para passiva e vice-versa) e entre os subtipos (voz passiva sintética para analítica e vice-versa). Voz ativa para voz passiva analítica (e vice-versa) Você deve colocar o verbo da ação no particípio e conjugar o verbo auxiliar na mesma forma (modo, tempo) em que se encontra o verbo da ação. Logo após, o elemento que é o objeto direto na voz ativa será transformado em sujeito da voz passiva. O termo que é o sujeito da voz ativa se transforma em agente da passiva. Não se esqueça de que o verbo auxiliar concorda em número e pessoa com o sujeito da voz passiva e de que o particípio concorda em gênero e número com esse mesmo sujeito. Atente-se para o fato de que não há qualquer mudança ou troca em relação aos demais complementos (objeto indireto,
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