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A radiação e suas consequencias a longo prazo no corpo humano

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Sergio Weinfuter sweinfuter@hotmail.com 
 
 
1 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 03 
2.CLASSIFICAÇAO DA RADIAÇAO................................................................. 04 
3. INTERAÇAO DA RADIAÇAO COM A MATÉRIA...........................................07 
4. EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇAO.......................................................08 
5. ACIDENTE DE CHERNOBYL.........................................................................09 
6. BENEFICIOS DA RADIAÇAO.........................................................................20 
7. TRAGEDIA NO BRASIL..................................................................................21 
8.CONCLUSÃO .................................................................................................. 21 
4. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 22 
 
ANEXO 
............................................................................................................................. 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brusque - SC 
2021 
 
CEPED CURSOS 
 
Entrevista com Maria José Quindotta vítima de câncer de tireoide e que tomou a maior dose de 
radiação que o ser humano pode suportar sem adoecer, ministrada em seu corpo para “matar” as 
células cancerígenas. 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
Palavras-chave: Radiação. Doenças. Corpo humano. Devastação. 
Apesar de ser considerada hoje uma tecnologia a segura, ela ainda esconde seus reais malefícios 
do que pode fazer ao corpo humano. Porém, no acidente de Chernobyl, ficou evidente todo o seu 
poder de destruição e o quanto todos estavam despreparados para conter um acidente dessa 
magnitude. Hoje mais de trinta anos após o acidente, milhares de pessoas vivem os horrores da 
contaminação pela radiação que afetou seus corpos. Não somente contaminou os que viviam na 
época do acidente, como afetou também seus descendentes e até os dias de hoje sofrem terríveis 
complicações em suas vidas, deixando um legado de terror e sofrimento e um alerta ao mundo do 
perigo na manipulação da radiação. 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
 Radiação, um perigo oculto, um perigo invisível, mas ele está mais perto do ser humano do 
que nunca. Não é uma tecnologia muito antiga, também não é uma das mais estudadas e ainda 
não se conhece todos os efeitos dela a longo prazo no corpo humano, animais, plantas e meio 
ambiente em geral, mas o que já se conhece é de estarrecer o mais cético dos pesquisadores e 
humanizar os mais desumanos dos investigadores. 
 Encontramos ela nos hospitais, clínicas, laboratórios e empresas, todos utilizando a radiação 
como sua aliada, mas o perigo acontece quando ela começa a sair do controle e espalhar-se 
pelo ambiente, contaminando a tudo e a todos por onde passa. Ela é considerada uma 
tecnologia segura, fonte de energia pura e limpa, sendo adotada por muitos países até os dias 
de hoje. 
 Segundo a enciclopédia livre Wikipédia (2017) “Em física, radiação (do termo latino 
radiatione) é a propagação de energia de um ponto a outro, seja no vácuo ou em qualquer 
meio material, podendo ser classificada como energia em trânsito, e podendo ocorrer através 
de uma onda eletromagnética ou partícula.” Também “As radiações podem ser emitidas tanto 
artificialmente em procedimentos médicos ou atividades industriais, quanto naturalmente, 
como a luz solar por exemplo. Independentemente do tipo, elas interagem com os corpos, até 
mesmo com o ser humano, e depositam neles energia. Essa interação depende do tipo da 
energia de radiação e do meio em que está se propagando.” (Wikipédia, 2017 P.1) 
 Sua história se iniciou quando no dia 08 de novembro do ano de 1895 Wilhem Konrad 
Roentgen observou um fraco brilho esverdeado numa tela fluorescente ativado por um tipo de 
emanação desconhecida de um tubo de crookes excitado eletrostaticamente. Com esse 
primeiro pequeno vislumbre as pesquisas sobre radiação avançaram e em 28/12/1895 – 
Roentgen escreve o primeiro trabalho: “On a New Kind of Ray” para a Bavarian Physical 
Medical Society. (IPEN, 2017) 
 Já no ano seguinte, em 05/01/1896 – O Viena Press publica um resumo e a notícia se 
espalha rapidamente no mundo. Um dia após a chegada do relatório nos USA, Thomas A. 
Edson começa a trabalhar no assunto. Durante o ano de 1896, a revista Medical record (NY) 
pública 28 referências sobre os Roentgen Rays ou X Rays. (IPEN, 2017) Apesar das 
pesquisas continuarem sendo realizadas, ninguém fazia ideia dos perigos ocultos que estavam 
prestes a serem conhecidos a utilizarem essa nova descoberta e “Antes do final do ano, 
trabalhadores sofrem severas reações devido aos raios X.” (IPEN, 2017 P.1) 
 Com várias pesquisas avançando em várias frentes “ No mesmo mês da descoberta de 
Roentgen, A. H. Becquerel descobriu que algum tipo de raio similar ao raio X era 
continuamente emitido por compostos de urânio natural.” e “Em 12/1898, Pierre e Marie 
Curie anunciavam, a partir de compostos de urânio, a descoberta de um material altamente 
radioativo, que chamaram de RADIUM. Era constituído de três tipos de raio; um deles foi 
chamado de Raios Gama – com menor energia, mas maior capacidade de penetração.” (IPEN, 
2017 P. 2) 
 A descoberta da radiação possibilitou novos tipos de tratamentos para diversos tipos de 
doenças, abrindo novas esperanças de cura para quem não tinha uma. O problema era que 
ninguém sabia com certeza o que poderia acontecer com a radiação atingindo o meio 
ambiente em grandes doses e como preparar o mundo para algum tipo de acidente que 
porventura pudesse acontecer, no manuseio dessa tecnologia que se mostrava promissora 
desde seu princípio. 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim
https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A1cuo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_eletromagn%C3%A9tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Part%C3%ADcula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Luz_solar
4 
 
2 CLASSIFICAÇÃO DA RADIAÇÃO 
 
 
 Com tantas formas de radiação que foram descobertas nas diversas pesquisas que seguiram 
sua descoberta, ela teve que ser classificada para poderem saber quando falassem sobre elas, 
que tipo de radiação estavam se referindo e com isso teve que ser formalizada a classificação 
delas. 
 Dessa forma, começou-se a estudar cada uma delas separadas, abrindo diversas portas para 
a cura de doenças, por exemplo. Também foi realizada a descoberta de formas de detecção 
mais apuradas para verificação de lesões nos ossos, fazendo do raio-X um instrumento 
indispensável, para determinar a forma e extensão de fraturas ou lesões. Para a indústria 
também se abriu um leque de possibilidades, na criação de energia limpa e até então segura. 
Essa classificação é reconhecida ainda hoje e os tipos de radiação estão dessa forma 
classificados: 
 
2.1 PELO ELEMENTO CONDUTOR DE ENERGIA 
 
 A radiação eletromagnética, segundo a Wikipédia Enciclopédia Livre (2017, P. 2) “[...] é a 
energia que se propaga através de uma onda eletromagnética, constituída por um campo 
elétrico e um campo magnético oscilantes e perpendiculares entre si, que se propaga no vácuo 
com a velocidade da luz, sendo esta de 299 792 458 metros por segundo.” Esse tipo de 
radiação “é caracterizada pelo seu comprimento de onda ou por sua frequência e pelas 
diversas faixas que constituem o espectro eletromagnético.” 
 Para ficar mais fácil o entendimento da classificação “Pode-se citar, como exemplo de 
radiação eletromagnética, os raios gama, raios x e a luz do sol, dentre outros.” Na radiação 
corpuscular “A energia se propaga através de partículas subatômicas, como elétrons, prótons e 
outras formadas através de fissão nuclear, como os nêutrons. Assim,ela é caracterizada pela 
sua carga, massa e velocidade, podendo ser carregada ou neutra, leve ou pesada e lenta ou 
rápida.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
 Já a radiação gravitacional “[…] é uma previsão das equações da relatividade geral. Elas 
podem ser emitidas em regiões do espaço onde a gravidade é relativística, através de estrelas 
em colapso.” Com essa definição ficou mais fácil entender as diferenças entre a radiação 
eletromagnética e a radiação gravitacional. 
 
 
2.2 PELA FONTE DA RADIAÇÃO 
 
 Outro tipo de radiação encontrada na terra é a radiação solar, diferentemente da radiação 
fabricada nas usinas nucleares, esse tipo de radiação “ É causada pela energia emitida do sol, 
provenientes de reações que ocorrem na superfície do astro. A radiação solar se propaga por 
onda eletromagnética.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
 Ela é classificada em radiação de Cherenkov e radioatividade. A radiação de Cherenkov é 
“Causada quando uma partícula carregada eletricamente, com a velocidade superior à da luz 
no meio, atravessa um meio isolante. A cor azul característica de reatores nuclear deve-se à 
radiação de Cherenkov. O nome é em homenagem ao cientista soviético Pavel Cherenkov, 
vencedor do Prêmio Nobel de Física de 1958.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
 Já a “ Radioatividade (ou radiatividade) é a propriedade de certos tipos de elementos 
químicos emitirem radiações, um fenômeno que acontece de forma natural ou artificial. A 
radioatividade artificial ocorre quando há uma transformação nuclear, através da união de 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_el%C3%A9trico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_el%C3%A9trico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A1cuo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidade_da_luz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comprimento_de_onda
https://pt.wikipedia.org/wiki/Frequ%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espectro_eletromagn%C3%A9tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_gama
https://pt.wikipedia.org/wiki/Raios_x
https://pt.wikipedia.org/wiki/Part%C3%ADcula_subat%C3%B4mica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fiss%C3%A3o_nuclear
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Massa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Equa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Relatividade_geral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pavel_Cherenkov
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_Nobel_de_F%C3%ADsica
5 
 
átomos ou da fissão nuclear. Já A radioatividade natural ocorre através dos elementos 
radioativos encontrados na natureza.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
 Dessa forma fica classificada os dois tipos de radiações pelas suas fontes, sendo que nem 
todas as formas de radiação que existem na terra é obra do ser humano. Pelo contrário, há 
muitas formas de radiação que é um fenômeno natural e outras tantas que podem acontecer 
com a interferência do ser humano ou as duas juntas, depende do que está acontecendo no 
local e do tipo de fenômeno que ocorreu. 
 
2.3 PELOS SEUS EFEITOS 
 
 Também ela pode ser classificada pelos seus próprios efeitos, sendo duas as classificações 
definidas pelos efeitos da radiação. A primeira é a “Radiação ionizante – É capaz de arrancar 
qualquer elétron de um átomo se tiver energia maior que a da ligação dele ao átomo. As 
partículas carregadas eletricamente como beta e alfa são consideradas ionizantes quando 
possuem uma energia suficiente para ionizar átomos que estão em sua trajetória até que perder 
toda a sua energia.” Lembrando também que “Somente os raios-X e gama são radiações 
ionizantes observando o espectro de onda eletromagnética, ou seja, têm energia suficiente 
para ionizar átomos.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
 A “Radiação não ionizante – É incapaz de ionizar moléculas, por não possuírem energia 
suficiente para arrancar elétrons dos átomos, porém podem quebrar ligações químicas e 
moléculas.” Dessa forma “A radiação ultravioleta é considerada não ionizante por não possuir 
energia suficiente para arrancar elétrons dos principais átomos que constituem o corpo 
humano e por ser muito pequena a sua penetração.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
 Existe ainda uma terceira classificação bem menos conhecida que fala sobre a “ 
Degradação de materiais por radiação. Essa classificação ficou evidente quando aconteceu o 
acidente na usina nuclear de Chernobyl, deixando marcas nos locais, casas, carros, prédios e 
até nos brinquedos das crianças, sua terrível forma de degradação dos materiais, ante as fortes 
doses de radiações que se seguiram logo após o acidente. As marcas são visíveis até hoje. 
 
2.4 PELO TIPO DE RADIAÇÃO 
 
 Outra forma de classificação da radiação é simplesmente pelo tipo de radiação que ocorre 
em uma determinada ação. A primeira delas é “Radiação alfa (α) - Ou partícula alfa. É 
formada por um átomo de hélio constituído de dois prótons e dois nêutrons, com carga 
positiva. (Wikipédia, 2017 p.2) 
 Sendo que “Uma determinada distância que uma partícula percorre até entrar em repouso é 
chamado "alcance da partícula". Todas as partículas alfa em um meio qualquer e de igual 
energia têm o mesmo alcance.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
 Porém “ Como o alcance das partículas alfa é muito pequeno, elas são facilmente blindadas. 
Tem baixa velocidade (20.000 quilômetros por segundo) ao ser comparada com a velocidade 
da luz. Sua trajetória em um meio material é retilínea. As partículas alfa são produzidas 
principalmente nos decaimentos de elementos como o urânio, rádio, plutônio, tório 
etc.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
 A segunda forma é a “Radiação beta (β) - São elétrons emitidos através do núcleo estável 
de um átomo. São muito mais penetrantes que as partículas alfa. A radiação beta, ao passar 
por meio material, perde energia, e assim, ionizando átomos que se encontram no 
caminho.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_ionizante
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_n%C3%A3o_ionizante
https://pt.wikipedia.org/wiki/Degrada%C3%A7%C3%A3o_de_materiais_por_radia%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_alfa
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81tomo
https://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%A9lio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%B3ton
https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%AAutron
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carga_positiva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carga_positiva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidade_da_luz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidade_da_luz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radioatividade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elemento_(qu%C3%ADmica)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ur%C3%A2nio
https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A1dio_(elemento_qu%C3%ADmico)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plut%C3%B4nio
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%B3rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_beta
6 
 
 Ela também “ Tem velocidade de aproximadamente 270 000 quilômetros por segundo. Para 
a blindagem de partículas beta, deve-se usar alumínio ou plástico.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
Mas todo o cuidado é pouco em seu manuseio. 
 Na terceira posição encontramos a “Radiação gama (γ) - A radiação gama é uma onda 
eletromagnética, e tem um poder de penetração muito grande. Quando atravessam as 
substâncias, se chocam com suas moléculas. Tem velocidade de 300.000 quilômetros por 
segundo.” (Wikipédia, 2017 p.2) Portanto é mais veloz que a radiação Beta. 
 Ainda temos a “Radiação X: que é uma onda eletromagnética que tem comprimento de 
onda muito pequeno (entre 1 nanômetro e 5 picômetros). Os raios x possuem as mesmas 
características dos raios gama, só diferindo em relação a formação, enquanto os raios gama se 
formam no núcleo atômico, os raios x se formam fora. São muito usados em exames 
médicos.” (Wikipédia, 2017 p.2) Hoje ela é utilizada em larga escala pela medicina moderna. 
 Por fim temos os “Os nêutrons que não possuem carga e não produzem diretamente 
ionização, mas indiretamente transferemenergia para outras partículas carregada que pode 
produzir ionização.” Dessa forma “ Eles atravessam toda a eletrosfera antes de interagir com o 
núcleo dos átomos. São muito penetrantes e sua massa é 1,675 x 10ˉ²⁷ kg. Podem ser 
blindados com água, parafina e outros materiais ricos em hidrogênio.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
 
 
3 INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA 
 
 Em teoria “A probabilidade de ocorrer interação da radiação com a matéria depende da 
energia de incidência do fóton, da densidade do meio em que se propaga, da espessura do 
meio e de seu número atômico.” (Wikipédia, 2017 P.1) Portanto, não é de qualquer forma que 
essa interação ocorre entre a radiação e a matéria, mas isso não quer dizer que a radiação não 
tenha contaminado a matéria em que tentou interagir. 
 Segundo a Wikipédia enciclopédia livre (2017) Os principais fenômenos de interação da 
matéria com as radiações eletromagnéticas (raios-X e gama) são: 
 
 
 
• O efeito fotoelétrico ocorre com a interação de um fóton com um elétron 
orbital, transferindo toda a sua energia para o elétron. Parte desta é 
carregada pelo elétron em forma de energia cinética e, assim, o fóton 
desaparece e o átomo é ionizado, gerando a radiação característica, 
denominada radiação secundária (espalhada). 
• O efeito Compton ou espalhamento Compton ocorre quando os raios X 
transferem parte de sua energia para os átomos alvos. Nela, o fóton 
chega a colidir com o elétron, mas apenas o faz vibrar dentro de seu 
orbital, e o fóton continua a se propagar, porém, desvia sua trajetória e 
assim sofre um espalhamento, também denominado por radiação 
secundária. 
• E por último a produção de par, que é uma forma predominante da 
absorção da radiação eletromagnética que ocorre entre o elétron e o 
prósiton (sic). Nele os fótons de alta energia interagem com o campo 
elétrico nuclear quando passam perto de núcleos com um valor alto de 
número (sic) atômico. 
 
 Em todos esses exemplos houve interação entre a matéria e a radiação, porém realizadas de 
forma controlada e com extremo cuidado, caso contrário, poderia ter ocorrido um grave 
acidente, com gravíssimas consequências para quem estivesse próximo. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alum%C3%ADnio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%A1stico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_gama
https://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_eletromagn%C3%A9tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_eletromagn%C3%A9tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9cula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Raios_X
https://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_eletromagn%C3%A9tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nan%C3%B4metro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pic%C3%B4metro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Exame_m%C3%A9dico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Exame_m%C3%A9dico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eletrosfera
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parafina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%AAnio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_fotoel%C3%A9trico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Compton
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81tomo
https://pt.wikipedia.org/wiki/El%C3%A9tron
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3ton
https://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3o_de_par
7 
 
4 EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO 
 
 Os primeiros a sentirem os efeitos da radiação no corpo humano, foram os próprios 
pesquisadores. Em 1896 “Antes do final do ano, trabalhadores sofrem severas reações devido 
aos raios X. Uma assistente de T. Edson – Clarence Doll – talvez tenha sido a primeira que 
sabidamente morreu de câncer induzido por raios X.” (IPEN, 2017) 
 Quanto mais pesquisava, mais encontravam compostos diferentes e foram observados que 
“Os Raios Gama pareciam atuar em tecidos vivos. Em 1901, Becquerel sofreu queimaduras 
por causa de um frasco de Radium que levava no bolso; Pierre Curie queimou seu braço 
intencionalmente. Estes fatos levaram à idéia (sic) que o Radium tinha propriedades 
medicinais. Curie levou Ra ao Hospital S. Louis (Paris), onde se iniciou a aplicação em 
doenças dermatológicas.” (IPEN, 2017 P. 2) Apesar de alguém ter se ferido com o objeto de 
suas pesquisas, abriu-se uma nova porta para cura de doenças de difícil cura ou consideradas 
incuráveis na época. 
 Porém esse incidente era somente o começo e mostrava para todos o perigo da radiação. “A 
pesquisa mostrou que os raios do Ra tinha efeitos bactericidas. Sementes perdiam o poder de 
germinação, protozoários mostraram anormalidades e retardo no desenvolvimento.” (IPEN, 
2017 P. 2) Isso também poderia acontecer com o ser humano ou qualquer outro animal e 
plantas que estivesse em contato com altas doses de radiação. Isso deveria ter parado as 
pesquisas e tratado de encontrarem uma forma mais segura de pesquisar esse tipo de energia, 
mas não foi o que aconteceu. 
 Mesmo não trabalhando com radiação, estando longe de algum dos principais locais em que 
ela fica armazenada, o ser humano sem querer fica em contato com ela. Segundo a 
Enciclopédia Livre Wikipédia (2017, p.1) “A absorção da radiação em casos mais simples, 
por exemplo, exposição inadequada a luz solar, pode causar desde leves queimaduras até uma 
insolação [...]” Portanto não havia muita preocupação com a radiação e o que poderia 
acontecer se ela ficasse incontrolável. Envolvidos nas pesquisas e empolgados com as novas 
descobertas, os cientistas foram avançando, sem estarem preocupados com a sua própria 
segurança. 
 Com o avanço das pesquisas sobre a radiação e com a “Histologia dos tecidos irradiados 
foram estudadas por Bergonie e Tribonendeau, que elaboraram a lei. Células imaturas em 
estado de divisão são mais sensíveis à radiação do que células adultas ou estacionárias.” 
(IPEN, 2017 P. 2) Dessa forma ficou evidente que uma criança ou um feto tinha mais 
probabilidade de morrer em contato com a radiação do que seres adultos. 
 Já “em 1903, o efeito esterilizante dos RX foi observado. Em mais alguns anos, Bardeen 
observou que ovos de rã fertilizados por espermas e irradiados com RX desenvolviam 
anomalias.” (IPEN, 2017 P. 2) Dessa forma se comprova o que poderia acontecer no meio 
ambiente, caso algum dos estudos dessem errado e a radiação escapasse em altas doses para a 
atmosfera. “Em 1927 H. J Muller estudou em Dosophila que RX e raios gama produziam 
mutações hereditárias.” Ou seja, passavam de pais para filhos, comprometendo a integridade 
física da família. 
 “Nas décadas seguintes vários eventos aconteceram: fontes poderosas de RX e raios gama; 
gramas de Ra foram isoladas; fontes de alta voltagem como Van Der Graaff foram 
construídas; em 1961 E.O.Lawrence e col. iniciaram o desenvolvimento do acelerador linear, 
que levou a invenção do Cyclotrons;” Até então as pesquisas continuavam sendo 
desenvolvidas sem maiores cuidados mas logo “os riscos da radiação foram reconhecidos e 
regras foram estabelecidas; radioisótopos como 198 Au, 60 Co, 137 Cs, 90 Sr tornaram-se 
disponíveis em larga escala.” (IPEN, 2017 P. 2) 
 Com isso, hoje se reconhece que “[...] em casos mais graves, uma exposição a doses altas de 
radiação, como aconteceu no trágico acidente nuclear de Chernobil na Ucrânia, pode 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Insola%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Insola%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Chernobil
8 
 
ocasionar doenças graves como Leucemia e até a morte.” Porém isso pode não acontecer com 
todos que foram expostos aos mesmos níveis de radiação, mas reagem de forma diferente à 
exposição. 
 Essa diferença na tolerância de cada indivíduo as diferentes doses de radiação são na melhor 
das explicações, “[...] isso porque cada tecido biológico responde de uma forma. No entanto, 
um mesmo tipo de exposição pode ocorrer em exames de diagnóstico, como o raio-X, ou em 
tratamentos de radioterapia.” Com isso “ Também podem ocorrer exposições periódicas em 
certos trabalhos, mas este é monitorado para que não excedado limite estabelecido.” (IPEN, 
2017 P. 2) 
 Mesmo sendo expostos a baixos níveis de radiação “Os efeitos sofridos por trabalhadores de 
usinas nuclear, mineradores de urânio e radiologistas, são pequenas dores de cabeça, mal 
estar, possibilidade de desenvolver Catarata, e há certos indícios da diminuição da expectativa 
de vida, dentre outros.” Mesmo eles estando trabalhando com todos os equipamentos de 
segurança disponíveis, não estão completamente livres de sentirem os males causados pela 
radiação. “Isto acontece pois a radiação, quando penetra em tecidos vivos, em meio a diversas 
colisões e interações com átomos e moléculas, perde energia, causando, assim, problemas no 
funcionamento das células.” 
 No Brasil temos a Norma Regulamentadora (NR) 32 que regulamenta o nível de exposição 
do trabalhador em seu ambiente de trabalho, assim como também orienta sobre a melhor 
forma de prevenir a exposição a radiação, equipamentos de proteção individual (EPI) 
adequados e tempo de exposição de cada trabalhador aos equipamentos que liberam radiação, 
mesmo que em pequenas doses. 
 
 
5 ACIDENTE EM CHERNOBYL 
 
 Com todas as pesquisas que foram realizadas e consequentemente com a descoberta e o uso 
da radiação como energia limpa e renovável para o mundo, sempre se soube dos perigos que 
se escondiam em sua composição. Mesmo tendo o testemunho das duas bombas nucleares que 
foram lançadas contra o Japão em 1945 e antes disso com os testes nucleares americanos, 
onde vários soldados foram expostos desprotegidos a radiação, um dos melhores lugares para 
pesquisar sobre os efeitos dela no meio ambiente e no corpo humano é a região de Chernobyl. 
 Segundo os relatórios oficiais “ Em 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Chernobil, na 
Ucrânia (na antiga União Soviética), aconteceu o maior acidente nuclear da história. Um 
reator explodiu, liberando uma enorme cortina de fumaça com elementos radioativos que 
rapidamente se espalharam por uma boa parte da Europa e da União Soviética.” (Wikipédia, 
2017 P. 2) Devido a diversas falhas humanas e também no projeto do reator, o mundo 
conheceu os reais e terríveis perigos da radiação. 
 
 Em plena guerra fria “ O governo Soviético tentou manter o acidente em sigilo, sem que 
houvesse evacuação das pessoas nas cidades mais próximas. Porém, habitantes da cidade a 
cerca de três quilômetros, foram totalmente infectados e só foram retirados da cidade depois 
de terem passado horas expostos a radiação.” (Wikipédia, 2017 P.1) Ante a demora do 
governo em assumir o terrível acidente em sua usina nuclear, as pessoas ficaram expostas a 
altas doses de radiação e nem sabiam o que estava acontecendo com seus corpos e nem 
tinham ideia do comprometimento da sobrevivência das futuras gerações. 
 Porém o governo não teve como ficar calado por muito tempo com tamanha carga de 
radiação que vazava do reator da usina nuclear depois do acidente e teve de logo esclarecer ao 
mundo o que estava acontecendo, pois “[...] outros países detectaram um alto nível de 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Leucemia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catarata
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culas
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_Nuclear_de_Chernobil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ucr%C3%A2nia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ucr%C3%A2nia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Sovi%C3%A9tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reator_nuclear
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reator_nuclear
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fuma%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radioatividade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Evacua%C3%A7%C3%A3o
9 
 
radiação no ambiente e, a partir daí, resolveram ajudar a inibir os efeitos que o acidente 
poderia vir a causar. Muitos países foram infectados com a radiação, entre eles podemos citar 
a Dinamarca, Suécia, França e Itália. Esse acidente custou a vida de cerca de 4 mil pessoas 
segundo a Organização das Nações Unidas.” (Wikipédia, 2017 P.1) 
 Nesse número consta somente as vítimas fatais logo após a tragédia, mas até hoje há pessoas 
morrendo ou com suas vidas comprometidas, devido a sua exposição ou a de seus pais a 
radiação. Sem querer o acidente proporcionou um vasto campo para a pesquisa sobre os 
efeitos da radiação, a longo prazo e até hoje os efeitos são sentidos pelos seres humanos, 
animais e plantas da região. “Como a meia-vida do elemento radioativo mais liberado 
(embora longe de ter sido o único), Césio-137 (137Cs), é um pouco mais de 30 anos, as 
conseqüências (sic) radiológicas (e, portanto, de saúde) desse acidente nuclear continuarão a 
ser sentidas nos próximos séculos.” (Zona de risco, 2007) 
 Dessa forma há um longo caminho para a recuperação do local, da fauna, flora e da saúde 
das pessoas que foram expostas a imensas doses de radiação. Somente hoje após 30 anos da 
tragédia, começa aparecer realmente toda extensão dos problemas causados pela radiação nos 
seres humanos, animais e plantas da região de Chernobyl e as principais delas são: 
 
5.1 CÂNCER 
 
 Em uma das pesquisas foram verificados que entre as pessoas atingidas pelas altas doses de 
radiação, havia altas incidências de câncer e após avanços nas pesquisas e também com a 
realização de outras pesquisas a longo prazo, “Hoje está claro que a poluição de Chernobyl 
causou, de fato, um aumento em larga escala em cânceres. Em particular, cânceres são 
notavelmente mais comuns em populações das regiões altamente contaminadas e entre os 
“trabalhadores” (pessoal responsável pelo combate ao fogo e construção do escudo protetor, 
maior exposição à radiação, civis e militares) em comparação com grupos de referência 
(relativamente não expostos).” (Zona de risco, 2007) 
 Foram também encontrados altos índices de exposição a radiação nesses grupos de pessoas 
que foram e ainda continuam sendo estudos, levando a acreditar que essa exposição favoreceu 
o aparecimento de câncer nelas. Nos “trabalhadores” da Bielo-rússia, por exemplo, as 
incidências de câncer de rins, bexiga e tireóide (sic) foram todos significativamente mais altas 
para o período de 1993 a 2003 do que em comparação com grupo de referência.” Também se 
comprovou que “A leucemia foi significativamente mais alta nos “trabalhadores” da Ucrânia, 
em adultos na Bielo-rússia (sic) e em crianças nas áreas mais contaminadas da Rússia e 
Ucrânia.” (Zona de risco, 2007) 
 Em outras pesquisas foram encontrados mais exemplos no aumento de câncer relacionado 
às pessoas expostas às altas doses de radiação. Esses outros exemplos incluem “Entre 1990 e 
2000, um aumento de 40% em todos os cânceres na Bielo-rússia (sic) foi documentado, com 
aumentos maiores (52%) na região altamente contaminada (Gomel) do que nas regiões menos 
contaminadas de Brest (33%) e Mogilev (32%).” Como se isso não bastasse, “Na Rússia, a 
morbidade do câncer nas altamente contaminadas regiões de Kaluga e Bryansk foi maior do 
que em todo o resto do país. Por exemplo, em áreas altamente contaminadas da região 
Bryansk, a morbidade foi 2,7 vezes maior do que em territórios menos contaminados da 
região.” (Zona de risco, 2007) 
 Reforçando a tese também foram constatados que “Em áreas contaminadas da região 
Zhytomir da Ucrânia, o número de adultos com câncer quase triplicou entre 1986 e 1994, de 
1,34% para 3,91%.” (Zona de risco, 2007) Ficando dessa forma evidente a relação no 
aparecimento de câncer nas pessoas que foram expostas a altas doses de radiação no acidente 
da usina de Chernobyl. Trinta anos após o terrível acidente, ainda há pessoas sofrendo devido 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dinamarca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%A9cia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1lia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
10 
 
a alta radiação queainda se faz presente nas áreas afetadas pelo acidente. Os casos de câncer 
prematuro continuam a fazer parte das estatísticas dos pesquisadores. 
 
5.1.2 Câncer da tireoide 
 
 Outro câncer que vem atingindo as vítimas e seus descendentes é o câncer de tireoide. 
Segundo os pesquisadores “O câncer de tireóide (sic) cresceu dramaticamente nos três países 
(como esperado), devido às grandes quantidades de iodo radioativo liberadas pela catástrofe 
de Chernobyl.” Com isso foram constatado em suas pesquisas altas incidências da doença 
entre as pessoas afetadas pela radiação. “Por exemplo, a incidência na região altamente 
contaminada de Bryansk, no período de 1988-1998, foi o dobro da Rússia como um todo – e o 
triplo que figura em 2004. Somente para a Federação Russa, Bielo-rússia (sic) e Ucrânia, 
estimam-se que possivelmente ultrapasse 60.000 casos adicionais.” (Zona de risco, 2007) 
 Também foi constatado que “Crianças que tinham de 0 – 4 anos, na época da exposição, 
foram particularmente vulneráveis a esse câncer.” Principalmente por estarem em processo de 
desenvolvimento seu corpo não estava completamente pronto para o grande impacto da 
radiação, com isso sendo uma das faixas etária mais vulnerável aos efeitos das altas doses de 
radiação que seus corpos receberam. 
 Nas pesquisas foi constatado que “Antes do acidente, a ocorrência de câncer de tireóide (sic) 
entre crianças e adolescentes calculou a média de 0,09 casos em cada 100.000. Depois de 
1990, a freqüência (sic) de ocorrência subiu para 0,57-0,63 em cada 100.000. O pico da 
morbidade do câncer de tireóide (sic) – entre esses que eram crianças e adolescentes no 
momento da catástrofe – previsto no período de 2001-2006.” (Zona de risco, 2007) 
 Terrivelmente constatou-se que “O câncer da glândula tireóide (sic) causado por Chernobyl 
pareceu ser extraordinariamente agressivo, com progressão rápida e antecipada para formar 
tumores secundários nas glândulas linfáticas e pulmões – o que piorou o prognóstico e, 
freqüentemente (sic), demandou a realização de intervenções cirúrgicas múltiplas.” (Zona de 
risco, 2007) Dessa forma levando à morte milhares de crianças rapidamente. 
 Os pesquisadores ainda alertam que mesmo com essa enorme incidência de câncer de 
tireoide em crianças na época do acidente e agora adolescentes, apesar de terrível, ainda não é 
tudo o que poderia acontecer. “Dada a particularidade de períodos de longo estado latente – 
que pode ser associada ao câncer de tireóide (sic) –, novos casos induzidos por Chernobyl 
podem emergir nas próximas décadas. O monitoramento a longo prazo das populações “de 
risco”, incluindo aquelas que receberam doses relativamente baixas, será essencial para 
permitir intervenção médica oportuna e efetiva.” (Zona de risco, 2007) 
 Previsão aterradora para os que já estão sofrendo com a terrível doença e poderão muitos 
outros entrarem para as terríveis estatísticas dos pesquisadores, pois a radiação continua 
fazendo suas vítimas e os que foram expostos continuam a desenvolver diversos tipos de 
doenças. Alguns matam em pouco tempo, como é o caso desse tipo de câncer, porém outros 
passam muito tempo sofrendo em um leito, sem que alguém possa fazer alguma coisa por 
eles, a não ser, tentar aliviar a sua dor com os sedativos conhecidos atualmente, mas nem 
sempre eles resolvem. 
 
5.1.3 Leucemia 
 
 Leucemia é outro tipo de câncer que vem fazendo vítimas entre os expostos a radiação de 
Chernobyl. Segundo os pesquisadores “Altas taxas de leucemia aguda entre os 
“trabalhadores” bielo-russos (sic) foram observadas, pela primeira vez, em 1990-91. A partir 
de 1992, aumentos significativos na incidência de todas as formas de leucemia foram 
11 
 
detectáveis na população adulta da Bielo-rússia (sic) como um todo.” (Zona de risco, 2007) 
Com essa primeira janela de pesquisa abriu-se um universo aterrador, mostrando a realidade 
da exposição à radiação e as consequências dela no corpo humano. 
 Com isso se verificou que “Na Ucrânia, a freqüência (sic) de cânceres sangüíneos (sic) 
malignos foi significativamente maior do que no período pré-catástrofe (sic) nas quatro partes 
mais contaminadas das regiões de Zhytomyr e Kiev, tanto durante os primeiros quatro anos 
quanto durante o sexto ano após a catástrofe.” Também se constatou que a “ Leucemia infantil 
na região de Tula, no período pós-Chernobyl, excedeu significativamente a média de escala 
da Rússia, especialmente em crianças com idade de 10-14. Em Lipetsk, os casos de leucemia 
aumentaram 4.5 vezes de 1989 até 1995. Alguns dados sugerem risco aumentado de leucemia 
até mesmo para crianças expostas ainda no útero das mães.” (Zona de risco, 2007) 
 
5.1.4 Outros cânceres 
 
 A gama de doenças verificada pelos pesquisadores parece não ter fim entre as pessoas 
expostas à radiação e mesmo com todos esses tipos de cânceres citados acima, ainda há outros 
tipos que continuam a fazer vítimas entre as pessoas sobreviventes ao acidente da usina. 
Segundo os pesquisadores constatou-se que há “ Um aumento no câncer de trato respiratório, 
em mulheres, que foi observado nas áreas mais contaminadas da região de Kaluga. De 1995 
em diante, excessos de cânceres de estômago, pulmão, mama, reto, colo e tireoide, medula 
óssea e sistema linfático também foram detectados nas áreas sudoeste dessa região. Na região 
de Tula, taxas extraordinariamente altas de câncer ósseo e do sistema nervoso central foram 
detectáveis em crianças durante o período de 1990-1994. (Zona de risco, 2007) 
 Também “ Nos territórios mais contaminados da Ucrânia, a incidência de câncer de mama 
continuou relativamente estável – e um tanto mais baixa do que nos arredores –, durante o 
período de 1980-1992. Contudo, de 1992 em diante, incidências de câncer de mama – nos 
territórios contaminados – começou a crescer.” Dessa forma elevando o número de vítimas 
que já estava alta a novos patamares, fazendo milhares de vítimas fatais e outras tantas 
sofrendo devido aos terríveis e devastadores sintomas dessa fatal doença. “Aumentos 
significativos na incidência de cânceres de bexiga foram detectados nos territórios 
contaminados da Ucrânia, em anos recentes. (Zona de risco, 2007) 
 
5.2 DOENÇAS NÃO CANCERÍGENAS 
 
 Mesmo com todos os números apresentados de cânceres observados pelos pesquisadores, 
ainda não é tudo o que a radiação pode fazer com o corpo humano. Entre elas estão as 
doenças não cancerígenas, mas não significam que são menos terríveis. Segundo os 
pesquisadores, "As mudanças identificadas na incidência de doenças cancerígenas relatadas 
por estudos de populações expostas à radiação – surgindo do acidente de Chernobyl – são 
somente um aspecto da amplitude de impactos para a saúde relatadas.” (Zona de risco, 2007) 
 Com o já considerado altíssimo números das vítimas de cânceres diversos ainda há 
“Somado a isso, aumentos significativos em doenças não-cancerígenas entre as populações 
expostas também foram relatados – ainda que a escala dada da exposição e os números dos 
estudos sejam poucos.” (Zona de risco, 2007) Com isso os estudos prosseguem tentando 
construir um panorama das doenças que atingem a população exposta a radiação, criando 
desta forma um padrão para conhecer melhor os efeitos da radiação no corpo humano a longo 
prazo. 
 Mesmo apesar das dificuldades em deduzir as relações absolutas de causa-efeito e a relativa 
escassez de dados – dado o impacto internacional substancial da liberação de Chernobyl – os 
vários relatórios são suficientes para tornar bem claro que a morbidade e mortalidade baseada 
12 
 
somente em mudanças projetadas e observadas em escalas de doenças cancerígenas (entre 
essas populações) poderiam subestimar, consideravelmente, todo o escopo e escala de 
impactos sobre a saúde humana. (Zona de risco, 2007) Essa é a terrível realidade para os 
sobreviventes da exposição à radiação de Chernobyl no momento doacidente. 
 
5.3 SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
 Uma das doenças encontradas pelos pesquisadores na população afetada pela radiação são 
problemas no sistema respiratório. Apesar de não ser uma doença cancerígena ela também 
maltrata o corpo humano. Segundo os pesquisadores “A exposição dos sistemas respiratórios 
humanos aos materiais radioativos liberados pelo acidente de Chernobyl aconteceu através de 
dois caminhos. Nas fases iniciais da liberação radioativa, a formação de “partículas quentes” 
líquidas e sólidas (em diferentes tamanhos) – junto com radionuclídeos em forma gasosa – 
significou que o caminho da aspiração era o mais significativo.” (Zona de risco, 2007) 
 Aspirando essas partículas comprometeu o sistema respiratório das pessoas expostas a 
radiação e sendo ela feita por dois tipos de exposição, a contaminação foi mais rapidamente 
absorvida pelo sistema respiratório. Porém “ Subseqüentemente (sic), a irradiação externa de 
material depositado foi considerada a rota mais significativa de exposição de sistema 
respiratório. Entre os evacuados da zona de 30-km na Bielo-rússia (sic), os casos de 
morbidade respiratória quase dobraram.” (Zona de risco, 2007) 
 Para os pesquisadores que acompanham essas vítimas desde o dia do acidente “ Essa 
morbidade representou em torno de um terço dos problemas observados nos evacuados e 
nesses adultos e adolescentes que continuaram residindo nas regiões contaminadas. Em 
crianças, os problemas respiratórios representaram quase dois terços da morbidade 
documentada.” (Zona de risco, 2007) 
 
 Ainda “Os estudos mais amplos reportados parecem ser esses dos “trabalhadores” 
envolvidos em fazer a segurança e limpeza do local – depois do incidente. Neste grupo, a 
doença pulmonar obstrutiva crônica – na forma de bronquite obstrutiva crônica e asma 
brônquica – foi reportada como das principais razões para mortalidade, morbidade e 
invalidez.” (Zona de risco, 2007) 
 Para entender melhor o que se passava na saúde das pessoas expostas à radiação, criaram-se 
várias formas de estudos em múltiplas frente de trabalho, utilizando os dados coletados dos 
trabalhadores que ficaram mais expostos à radiação, ou seja, os que trabalharam na limpeza e 
segurança do local após o acidente. “Nesses casos, os estudos subseqüentes (sic) permitiram 
que observações compreensíveis de saúde fossem ligadas com os perfis de dose de radiação 
reconstruídos. Isto permitiu a progressão de problemas reportados ser documentada com 
algum detalhe.” (Zona de risco, 2007) 
 Segundo os pesquisadores “ Este grupo fornece um exemplo relativamente raro de uma 
população atingida pela liberação de radiação – que foi seguida com algum detalhe.” (Zona de 
risco, 2007) Não sendo estudado anteriormente os efeitos da radiação a longo prazo no corpo 
humano, os dados coletados com essas pesquisas de acompanhamentos são de extrema 
importância. 
 
5.4 SISTEMA DIGESTIVO 
 
 Outro problema encontrado com as pessoas expostas a radiação são frequentes 
irregularidades no sistema digestivo. “Há alguma evidência de irregularidades do sistema 
digestivo sendo mais freqüente (sic) entre indivíduos expostos a radiação de Chernobyl.” 
13 
 
(Zona de risco, 2007) Ficando claro que os problemas são derivados da exposição prolongada 
à radiação que escapou no acidente com o reator da usina de Chernobyl. 
 Com as pesquisas de longo prazo prosseguindo foi identificado em “Um levantamento 
realizado em 1995 sugeriu que a morbidade dessas irregularidades era 1,8 vezes maior entre 
os evacuados bielo-russos (sic) e habitantes dos territórios contaminados do que entre a 
população bielorussa (sic) como um todo. Entre 1991 e 1996, o incidente reportado de úlcera 
péptica – na população da Bielo-rússia (sic) – aumentou em quase 10%.” (Zona de risco, 
2007) 
 Também “ Na Ucrânia existem relatórios mais amplos. Durante 1988-1999 uma duplicação 
de morbidade do sistema digestivo foi observada na população que ainda morava em áreas 
contaminadas. Problemas de sistema digestivo reportados entre evacuados adultos da cidade 
de Prypyat – e na zona de 30 km – foram mais comuns do que no resto da população.” (Zona 
de risco, 2007) declararam os pesquisadores em seus relatórios. 
 Através das pesquisas foram verificados que “Os índices de morbidade do sistema digestivo 
entre esses moradores das zonas de controle rígido de radiação foram maiores do que para a 
população ucraniana em larga escala. Este foi também o caso das crianças, em quem a doença 
do sistema digestivo aumentou mais que o dobro entre 1988 e 1999.” (Zona de risco, 2007) 
 Mas, apesar desse número ser grandioso não é tudo, pois segundo apontaram as pesquisas 
“Entre crianças, houve uma clara tendência de relatos aumentados de patologia do órgão 
digestivo e descobertas similares foram feitas para crianças expostas ainda no útero. Outra 
vez, a incidência dobrou. As irregularidades do sistema digestivo foram reportadas como a 
causa mais comum de doença de saúde – em crianças morando em regiões contaminadas.” 
(Zona de risco, 2007) O pior de tudo é que ainda existem pessoas morando nas áreas 
contaminadas pela radiação do acidente da usina nuclear de Chernobyl e ninguém sabe dizer 
com certeza o que pode acontecer com seus corpos e quais doenças mais podem desenvolver, 
devido a contínua exposição a radiação. 
 
5.5 SISTEMA VASCULAR DE SANGUE 
 
 O sistema vascular de sangue é outro local onde estão acontecendo transformações, 
mexendo com a saúde das pessoas que foram expostas a radiação. Segundo os pesquisadores 
“A exposição à poluição radioativa de Chernobyl foi ligada não somente a câncer no sangue 
(maligno) e doenças linfáticas, mas também com condições não malignas do sistema vascular 
– que estão propensas a ter sido mais prontamente diagnosticadas como um resultado da 
atenção direta nesses sistemas, relacionados com sua sensibilidade a doenças malignas.” 
(Zona de risco, 2007) 
 Foi verificado também que “ Na Bielo-rússia (sic), dez anos após o acidente de Chernobyl, 
doenças de sangue aumentaram – com um aumento maior reportado nas áreas contaminadas. 
O distúrbio do total de células brancas também foi reportado – dos subgrupos da população, 
morando nos territórios afetados por Chernobyl.” (Zona de risco, 2007) Portanto, todos foram 
expostos às altas doses de radiação por um longo período e muitos ainda continuam expostos 
a ela, morando nos locais contaminados. 
 Com o desenvolvimento das pesquisas a longo prazo “Os estudos mais extensos e holísticos 
parecem ter sido feitos na Ucrânia. A aterosclerose generalizada precoce e doença cardíaca 
coronariana se desenvolveram mais comumente nos evacuados da zona de 30 km e naqueles 
moradores das áreas poluídas com radionuclídeos – se comparados à população em geral.” 
(Zona de risco, 2007) 
 Também “Em um estudo internacional relativamente incomum, as condições hemorrágicas 
e icterícia congênita em bebês recém nascidos (sic) foram monitoradas em várias das áreas 
expostas à radiação de Chernobyl – na Bielo-rússia (sic), Ucrânia e Federação Russa. Esses 
14 
 
foram descobertos sendo 4,0 e 2,9 vezes mais comuns, respectivamente, do que nas áreas não 
contaminadas levantadas no estudo.” (Zona de risco, 2007) Apontam os pesquisadores que 
continuam com seus estudos, verificando as mudanças que a radiação pode fazer no corpo 
humano, quando exposto a ela sem proteção alguma. 
 
5.6 SISTEMA CUTÂNEO E MÚSCULO ESQUELÉTICO 
 
 Com a exposição a altas doses de radiação o sistema cutâneo e músculo esquelético também 
sofreram e segundo “Dados específicos sobre reações do sistema músculo-esquelético (sic) e 
de tecido conjuntivo à exposição radioativa (resultante do acidente em Chernobyl) são 
relativamente raros. Isto é indiscutivelmente devido, em parte, ao fato de esses sistemas não 
serem considerados – por si só – criticamente vulneráveis. (Zona de risco, 2007)Porém não quer dizer que esse sistema não tenha sentido as altas doses de radiação a que foi 
exposto e “Não obstante, dados reportados de áreas contaminadas na Bielo-rússia (sic) e 
Ucrânia sugerem que complicações músculo-esquelético (sic) aumentaram notoriamente. 
Exames de esqueleto fetal também revelaram incorporação de 137Cs em ossos e uma 
ocorrência de anormalidades maior do que a esperada.” (Zona de risco, 2007) 
 “Um estudo internacional de saúde neonatal, conduzido em vários das regiões 
contaminadas, sugeriu uma tendência crescente de desenvolvimento de deficiências músculo-
esquelético (sic).” Portanto, mesmo não sendo um sistema considerado exposto e vulnerável a 
exposição a radiação, ele também sofreu e com o passar do tempo vem apresentando as 
transformações que altas doses de radiação realizaram nele, fazendo com que as pessoas que 
foram expostas a radiação adoeçam, mesmo que não tivessem ainda nascidas quando 
aconteceu o acidente com a usina nuclear. 
 
5.7 HORMÔNIO ENDÓCRINO 
 
 As modificações no hormônio endócrino das pessoas que foram expostas a radiação também 
ficaram evidentes nas pesquisas. Constatou-se que “Em 1993, mais de 40% das crianças 
pesquisadas na região Gomel (Bielo-rússia (sic)) tiveram aumento da glândula tireóide (sic) 
enquanto, na Ucrânia, o dano à tireóide (sic) foi observado em 35,7% dos 3 019 adolescentes 
das regiões de Vinnitsk e Zhytomyr – que tinham de 6-8 anos de idade, na época do acidente.” 
(Zona de risco, 2007) 
 Foi encontrado também “A ocorrência de doenças no sistema endócrino – em crianças 
morando nas partes contaminadas por Chernobyl, em Tula (região na Rússia) – quintuplicou 
em 2002, comparada ao período pré-acidente (sic). A morbidade na população adulta – 
morando nas regiões altamente contaminadas, sudoeste da região de Bryansk – excede a 
média regional em 2.6 vezes.” (Zona de risco, 2007) 
 Para os pesquisadores, "Parece que uma reação generalizada nos indivíduos morando em 
áreas contaminadas aumentou a atividade do sistema endócrino – que só se estabilizou 5-6 
anos depois de sair dessas áreas.” (Zona de risco, 2007) Tamanho foi a modificação realizada 
nele devido a prolongada exposição das vítimas às altas doses de radiação, que escapou da 
usina nuclear. 
 Constatou-se também que “Nas áreas russas afetadas pela radioatividade de Chernobyl, 
disfunções generalizadas na produção e balanço de hormônios sexuais foram descritas 
enquanto um nível persistentemente elevado de doença endócrina auto-imune (sic) – 
hiroadenite (sic) autoimune, tireo-toxicose (sic) e diabetes – foi observado de 1992 em diante, 
nos territórios ucranianos contaminados.” (Zona de risco, 2007) 
 A conclusão dos pesquisadores é que “De forma completa, a patologia do sistema endócrino 
é um impacto altamente importante e significativo nessas populações expostas à radiação de 
15 
 
Chernobyl. Dada a importância do sistema endócrino na modulação de todo o funcionamento 
do corpo, não é de se surpreender que outras disfunções também tenham sido observadas.” 
(Zona de risco, 2007) Declararam os pesquisadores que desenvolveram suas pesquisas nos 
locais afetados pela radiação de Chernobyl. 
 
5.8 ANORMALIDADES E FUNÇÃO IMUNE. REAÇÕES IMUNES GENERALIZADAS 
 
 Segundo as pesquisas desenvolvidas no campo afetado pela radiação onde aconteceu o 
acidente, foram constatados problemas no sistema imunológico das pessoas expostas à 
radiação. Para os pesquisadores, "O sistema imune é um sistema modulado por função 
endócrina. Consequentemente, anormalidades do sistema imunológico podem ser esperadas 
onde o sistema endócrino é perturbado. Somado a isso, a radiação de íons pode afetar, 
diretamente, componentes do sistema imune.” (Zona de risco, 2007) 
 Foi constatado através de um estudo realizado na Bielorrússia que o sistema imune sofreu 
alterações. Segundo os pesquisadores declararam “Na Bielo-rússia (sic), um estudo da 
situação (status) do sistema imune de 4 000 homens expostos a pequenas – mas duradouras – 
doses de radiação mostrou que exposição à radiação crônica leva à perda da habilidade (do 
sistema imune) de resistir ao desenvolvimento de doenças infecciosas, bem como não-
infecciosas.” (Zona de risco, 2007) 
 Já em estudos desenvolvidos “ Na Ucrânia, as mudanças mais desfavoráveis foram 
observadas em crianças com altas doses de irradiação da tireóide (sic) (acima de 200 cGy), 
ainda no útero das mães. Entre essas crianças, 43,5% desenvolveram deficiência imune – 
comparada com 28,0% no grupo de controle.” (Zona de risco, 2007) Concluíram os 
pesquisadores em seus relatórios de pesquisas. 
 
5.9 DOENÇAS INFECCIOSAS 
 
 Devido a modificação e interferência no sistema imune das pessoas expostas a radiação, 
cria-se uma reação em cadeia no organismo humano, onde os expostos passam a contrair 
todos os tipos de doença, pois seu sistema imunológico está destruído e não consegue 
proteger seu corpo de forma eficiente, deixando-o exposto as mais variadas doenças que 
podem se instalar nele. 
 Segundo os pesquisadores, "A interferência no sistema imune pode impactar sobre a 
ocorrência e severidade de doenças infecciosas na população mais ampla. Algumas das 
estatísticas juntadas pós-Chernobyl sugerem que as populações expostas à radiação podem ser 
mais vulneráveis a doença.” (Zona de risco, 2007) 
 Com isso “Descobriu-se que infecções congênitas ocorreram 2,9 vezes mais do que antes do 
acidente em recém nascidos (sic) cujas mães vieram de regiões contaminadas pela radiação.” 
(Zona de risco, 2007) Portanto, com seu sistema imunológico destruído as pessoas expostas a 
radiação não têm meios para proteger seu corpo das doenças que possam aparecer e se 
apoderar de sua saúde, resultando dessa forma em uma baixa qualidade de vida para todas as 
vítimas da exposição prolongada a radiação. 
 
5.10 ANOMALIAS GENÉTICAS E ABERRAÇÕES CROMOSSOMÁTICAS 
 
 Talvez um dos maiores e aterradores problemas das pessoas expostas a radiação tenha sido 
as aberrações genéticas e cromossomáticas que seguiram os que foram expostos. Segundo os 
pesquisadores “As freqüências (sic) de aberrações cromossomáticas em áreas da Ucrânia, 
Bieolorússia e Rússia que foram contaminadas pelo incidente de Chernobyl são, 
notavelmente, maiores do que a média global. Aberrações cromossomáticas que pensaram ser 
16 
 
atribuídas a Chernobyl foram relatadas até na Áustria, Alemanha e Noruega.” (Zona de risco, 
2007) 
 Com isso, não somente as vítimas do acidente de Chernobyl estavam sofrendo, mas também 
a vida de suas futuras crianças estava comprometida. Verificou-se que o “Aumentos na 
freqüência (sic) de mutação de cromossomos freqüentemente (sic) correlacionaram com a 
incidência maior de uma variedade de doenças.” (Zona de risco, 2007) Pessoas nascidas e 
outras que ainda não haviam nascidas estavam marcadas por infinitas doenças e 
deformidades, fazendo com que a futura geração dos habitantes das regiões afetadas, também 
sofressem as consequências do acidente, mesmo muitas delas não sendo ainda nascidas. 
 Avançando as pesquisas a longo prazo, hoje os pesquisadores podem citar muitas 
modificações que a radiação realizou nos cromossomos das pessoas expostas a ela, como suas 
pesquisas apontam “Por exemplo, maiores aberrações cromossomáticas em linfócitos foram 
descobertas coincidindo com níveis diagnosticados de desafio psicopatológico e 
imunossupressão secundária, em 88% dos “trabalhadores” pesquisados. (Zona de risco, 2007) 
Isso não pode ser somente coincidência! 
 
5.11 SISTEMA REPRODUTIVO E UROGENITAL 
 
 As doenças inflamatórias do sistema reprodutivo e urogenital também foram acentuadas nas 
vítimas do acidente nuclear e “ Durante 1988-1999, doenças do sistema urogenital mais do 
que duplicaram em populações ainda morando em regiões mais contaminadas da Ucrânia. Um 
aumento triplicado em doenças inflamatórias internas, disfunções no ciclomenstrual e 
tumores (benignos) de ovário foram reportados em mulheres expostas.” (Zona de risco, 2007) 
 Também foram encontradas “Em outras regiões contaminadas, tanto impotência quanto 
infertilidade masculina foi se tornando, em relatos, mais freqüente (sic) desde o acidente. 
Mudanças estruturais nos tubos seminíferos e disfunção na produção de esperma foram 
reportadas em três quartos dos homens pesquisados – na região de Kaluga, na Rússia.” (Zona 
de risco, 2007) 
 Outro fato constatado nas pesquisas em “Mais de 8-10 anos depois do acidente, a ameaça de 
gravidez interrompida se tornou mais frequente (sic) em evacuados da zona de 30 km e 
naqueles vivendo em regiões contaminadas.” (Zona de risco, 2007) Comprometendo dessa 
forma o nascimento de uma nova geração dos habitantes da região contaminada pela radiação. 
 Em outras pesquisas foram encontrados “Em grupos altamente expostos na Ucrânia, mais da 
metade das mulheres grávidas sofrem complicações durante a gravidez.” Com isso os 
pesquisadores ficaram convencidos que “É improvável que os impactos tenham se limitado a 
Rússia, Bielo-rússia (sic) e Ucrânia.” (Zona de risco, 2007) Com a radiação que se espalhou 
logo após o acidente, várias outras regiões receberam doses de radiação em menor ou maior 
quantidade, mesmo assim suficientes para alterações no corpo humano que foi exposto a ela. 
 Alguns estudos comprovaram que os pesquisadores não estavam errados e “Pelo oeste 
europeu e Escandinávia (incluindo Grécia, Hungria, Polônia, Noruega, Finlândia e 
Alemanha), estudos identificaram exposição (ainda no útero) à radiação de Chernobyl como 
possível fator contribuinte em abortos espontâneos, baixo peso no nascimento e sobrevivência 
infantil reduzida.” (Zona de risco, 2007) Portanto, não foram somente as vítimas próximo a 
área do acidente que sofreram, mas outras bem mais distantes, também foram comprometidas 
pela radiação. 
 
5.12 ENVELHECIMENTO PRECOCE 
 
 O envelhecimento precoce é outro problema que foi identificado entre as vítimas expostas à 
radiação de Chernobyl. Segundo os pesquisadores “A idade “biológica” aparente de pessoas 
17 
 
morando em conhecidas áreas contaminadas pela radiação (na Ucrânia) aumentou de forma 
desproporcional, com o passar dos anos desde o acidente – com a idade “biológica” avaliada, 
agora, excedendo a idade real em mais de 7-9 anos.” (Zona de risco, 2007) Portanto, as 
pessoas expostas à radiação estão envelhecendo mais rapidamente do as outras pessoas que 
não foram expostas. 
 Constatou-se “Num estudo de 306 trabalhadores, essa discrepância foi estimada entre 5 e 11 
anos. Nas regiões mais contaminadas da Bielo-rússiarússia (sic), a idade média para morte de 
vítimas por ataque cardíaco foi de 8 anos mais baixa do que para a população geral.” (Zona de 
risco, 2007) Dessa forma a população exposta envelhece mais rápido e com o sistema 
reprodutivo comprometido, fica mais complicado reproduzir a próxima geração. Com isso, as 
pessoas estão comprometidas com os efeitos da radiação, sua saúde se deteriora rapidamente e 
sem saberem se podem ou não conseguirem reproduzir seus genes, com isso o futuro da 
próxima geração é incerto. 
 
5.13 ÓRGÃOS SENSITIVOS 
 
 Com a exposição à radiação os órgãos sensitivos das pessoas também sofreram os efeitos da 
radiação e “Em áreas contaminadas nos arredores de Chernobyl, disfunções dos olhos – tais 
como catarata (incluindo em recém nascidos (sic)) e outros problemas – foram encontrados 
com maior freqüência (sic) do que na vizinhança, nas regiões menos contaminadas.” (Zona de 
risco, 2007) 
 Para os pesquisadores “Ainda que os maiores riscos ocorram com as maiores exposições, 
não há um limiar conhecido de dose radioativa a qual abaixo o risco de catarata não aumente. 
De forma similar, outros problemas de visão que ocorrem naturalmente em todas as 
populações (em algum nível) – tais como a degradação da retina – foram relatados com maior 
frequência (sic) em populações irradiadas.” (Zona de risco, 2007) Em altas ou baixas doses, a 
radiação faz mal ao sistema de órgão sensitivos dos seres humanos, não há um limite seguro 
estabelecido, dizem os pesquisadores. 
 
5.14 DISFUNÇÕES NEUROLÓGICAS E PSICOLÓGICAS 
 
 Com a exposição das pessoas a radiação elas também sofrem com disfunções neurológicas e 
psicológicas e também não há um nível seguro para exposição à radiação, sem causar 
danos. 
Segundo os pesquisadores, "Mesmo níveis comparativamente baixos de radiação podem 
resultar em algum nível de dano aos sistemas nervoso central e periférico. Avaliar toda a 
extensão do dano neurológico resultante das liberações de Chernobyl é, portanto, uma tarefa 
muito difícil.” (Zona de risco, 2007) 
 Dessa forma todas as pessoas que foram expostas a radiação, seja ela, em nível alto ou 
baixo, desenvolveu algum tipo de dano neurológico ou psicológico. Isso foi demonstrado 
pelas anotações dos profissionais que desenvolveram e ainda desenvolvem pesquisas com as 
vítimas da radiação de Chernobyl. Há relato em vários locais sobre os efeitos nocivos da 
radiação, mas, “Contudo, em trabalhadores da Rússia, por exemplo, doenças neurológicas 
foram o segundo grupo mais comum de doenças relatadas, estimando 18% de toda a 
morbidade.” (Zona de risco, 2007) Demonstrando dessa forma seriedade da exposição a 
radiação no corpo humano. 
 Também foram encontrados “Disfunções neurológicas e psiquiátricas – entre adultos nas 
regiões contaminadas pela radiação, na Bielo-rússia (sic) – também foram consideradas mais 
freqüentes (sic) do que o normal (31,2% comparados a 18,0%). (Zona de risco, 2007) 
Demonstrando dessa forma o poder de destruição da radiação agindo no corpo humano. A 
18 
 
taxa de casos nessas regiões quase dobra em relação às áreas que não foram afetadas pelo 
acidente de Chernobyl. 
 Foram comprovados também “Aumentos nas disfunções mentais e do sistema nervoso 
também foram relatados em crianças de algumas áreas contaminadas da Bielo-rússia (sic) – 
incluindo diminuição de QI – ainda que sua relação com medidas diretas de exposição à 
radiação não seja sempre nítida.” (Zona de risco, 2007) Ou seja, segundo as pesquisas, não 
somente o corpo humano adoece em contato com altas e muitas vezes até baixas doses de 
radiação, mas também compromete o desenvolvimento de aprendizagem nas pessoas expostas 
a ela. 
 
 
6 BENEFÍCIOS DA RADIAÇÃO 
 
 
 Apesar de todos os perigos e riscos, mortes e doenças para o ser humano, a radiação 
também traz benefícios quando manipulada de forma segura. Apesar do terrível acidente com 
a usina nuclear de Chernobyl, mostrando ao mundo a face escura e ruim da energia nuclear e 
mesmo o mundo parando para se perguntar se valia a pena utilizar essa tecnologia 
perigosíssima, não foi suficiente para que todos os países parassem de produzi-la, pelo 
contrário, outros assinaram o acordo e passaram a desenvolver essa tecnologia em seus países. 
 Porém, com os diversos acordos firmados entre as nações, criou-se formas mais seguras de 
manipular a tecnologia e hoje ela é considerada uma das mais seguras. Tão segura que é 
utilizada em hospitais com intuito não de matar, mas para curar doenças que não podem ser 
tratadas por outros meios, por exemplo: o câncer. 
 Felizmente apesar de a própria radiação provocar o câncer no corpo humano, ela também é 
um dos poucos remédios que se pode utilizar para curar uma vítima da doença. Mas não é 
somente isso, segundo os pesquisadores: "A radiação tem seus benefícios para o ser humano a 
radiação solar, por exemplo, é um meio natural de emissão e é primordial para a vida na 
Terra. Sem ela, não existiria vida como conhecemos hoje.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
 Outros benefícios dela diz em relação a medicina como já foi comentado acima, mas para 
reforçar podemos dizer que “As radiações emitidas artificialmente também são benéficasː 
(sic) na medicina moderna, várias atividadesmédicas usam a radiação, como a radiografia, 
mais conhecida como raio x; a radioterapia, usada no tratamento de tumores; e a medicina 
nuclear, que tem, por objetivo, um diagnóstico.” (Wikipédia, 2017 p.2) Portanto, apesar dos 
estragos que ela pode causar no ser humano, ela também traz benefícios para o mesmo ser 
humano. 
 Apesar de toda segurança em torno da manipulação da radiação “O perigo de um tratamento 
com radiação é inevitável. No caso da radioterapia que trata um tumor, ele pode ser fatal, 
porém, por não haver outro tipo de tratamento, os riscos são justificáveis.” (Wikipédia, 2017 
p.2) Os riscos são mais baixos que os benefícios e quando tudo falhou, essa pode ser a única 
opção para que a pessoa doente possa ter mais uma chance de salvar sua vida. Apesar das 
terríveis consequências da radiação desenfreada, ela também de forma controlada, pode salvar 
muitas vidas. 
 Verificou-se também em estudos sobre o assunto que “Nas radiografias, o nível de 
exposição é muito baixo, mas ela só deve ser feita por um profissional com formação 
adequada. Da mesma forma que a radioterapia, os benefícios da radiografia para o paciente 
superam os seus riscos.” (Wikipédia, 2017 p. 2) 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radiografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radioterapia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tumor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_nuclear
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_nuclear
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diagn%C3%B3stico
19 
 
7 TRAGÉDIA NO BRASIL 
 
 Mesmo com toda a segurança em vigor descrita na legislação nacional e internacional para 
manipulação adequada da radiação, acidentes ainda acontecem. “Em 13 de setembro de 1987, 
na cidade de Goiânia, o manuseio indevido de um aparelho de radioterapia que continha Césio 
– 137 e fora abandonado onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia, gerou um 
acidente que envolveu direta e indiretamente centenas de pessoas.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
 Além do artefato estar onde não deveria, foi encontrado por pessoas leigas no assunto, nem 
estavam cientes dos riscos que estavam correndo. “O aparelho foi encontrado por catadores de 
um ferro-velho local, que entenderam tratar-se de sucata. Foi, então, desmontado e repassado 
para terceiros, gerando um rastro de contaminação. Foi o maior acidente radioativo do Brasil 
e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
 Em termo proporcionais ao acidente da usina de Chernobyl, esse acidente no Brasil não 
chegou nem perto do que aconteceu na usina nuclear russa, mesmo assim “O acidente foi 
classificado como nível 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de zero a 
sete, onde 0 corresponde a um desvio sem risco para segurança, enquanto 7 é um desvio 
muito grave.” (Wikipédia, 2017 p.2) 
 Tamanho foi o estrago causado pela radiação que continha o artefato encontrado pelos 
catadores de ferro-velho. Porém, tanto o acidente da usina de Chernobyl quanto o acidente 
brasileiro, poderiam ter sido evitados. No Brasil está em vigor a Norma Regulamentadora 
(NR) 32 do Ministério do Trabalho e Emprego que fala sobre a radiação e os cuidados no 
ambiente de trabalho. 
 Também a Norma Regulamentadora (NR) 05 que define as diretrizes dos riscos e perigos no 
ambiente laboral, através da montagem do mapa de risco que deve ser realizado pelos 
membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) de cada empresa, definindo 
os perigos e locais perigosos, alertados pela cor que corresponde a cada local de trabalho. 
 Porém de nada adianta termos regulamentos se não forem feitos para serem obedecidos e 
evitar os acidentes com a radiação. A legislação nacional é clara sobre o que se deve fazer 
para estar protegido, principalmente o trabalhador que está em contato direto com a radiação. 
Mas se continuar acontecendo negligência na legislação, poderá acontecer novos incidentes 
como o de Goiânia ou Chernobyl. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
 Por mais que seja segura uma tecnologia ela precisa estar em conformidade com leis que 
protegem os trabalhadores em seus locais de trabalho. A negligência a tais leis pode acarretar 
muitas dores e sofrimentos aos trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho. Em se tratando 
da radiação, pode ainda ser pior. 
 No acidente da usina nuclear de Chernobyl houve negligência nas leis de segurança na 
manipulação da usina e até hoje homens, animais, solo e atmosfera da região sofrem com os 
efeitos nocivos da radiação. Porém, não é uma tecnologia que o homem pode abandonar de 
uma hora para outra, pois apesar de todo o estrago que ela pode fazer, há também muitos 
benefícios para o homem. 
 Ela pode ser utilizada para gerar energia elétrica em locais que não há como fazer uma 
represa, é utilizada para fazer exames e detectar possíveis problemas no corpo humano e até 
no combate ao câncer ela também pode auxiliar um paciente em sua cura e caso não houvesse 
a radiação como opção de cura, esse paciente poderia estar com seus dias contados. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A2nia
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9sio-137
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9sio-137
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sucata
https://pt.wikipedia.org/wiki/Central_nuclear
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_Internacional_de_Acidentes_Nucleares
20 
 
 Porém precisa ser observada todas as normas e diretrizes nacionais e internacionais no 
manejo de tal tecnologia, pois com um pequeno descuido, um pequeno vacilo, poderemos 
estar condenando gerações a sofrerem os terríveis malefícios da radiação em seu corpo, como 
está acontecendo com os moradores afetados pela radiação de Chernobyl ou as pessoas que 
foram afetadas pelo incidente em Goiânia. Segurança sempre em primeiro lugar. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
___Radiação. Enciclopédia Livre Wikipédia, 2017. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o Acesso em: 15/04/2017 
___Efeitos biológicos da radiação. 2017. Disponível em: 
https://www.ipen.br/portal_por/conteudo/posgraduacao/arquivos/200906041005450-
Historico.ppt. Acesso em: 15/04/2017 
1. ___Chernobyl: Os efeitos e sequelas para o ser humano. Zona de risco, 2007. 
Disponível em: https://zonaderisco.blogspot.com.br/2007/12/bastaram-algumas-horas-
depois-da.html Acesso em: 20/04/2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o
https://www.ipen.br/portal_por/conteudo/posgraduacao/arquivos/200906041005450-Historico.ppt
https://www.ipen.br/portal_por/conteudo/posgraduacao/arquivos/200906041005450-Historico.ppt
https://www.ipen.br/portal_por/conteudo/posgraduacao/arquivos/200906041005450-Historico.ppt
https://zonaderisco.blogspot.com.br/2007/12/bastaram-algumas-horas-depois-da.html
https://zonaderisco.blogspot.com.br/2007/12/bastaram-algumas-horas-depois-da.html
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ANEXO - Entrevista com Maria José Quindotta vítima de câncer de tireoide e que tomou a 
maior dose de radiação que o ser humano pode suportar sem adoecer, ministrada em seu 
corpo para “matar” as células cancerígenas. 
 
1 Quando foi descoberta a doença? 
 
R: Em um exame de rotina no mês de março no 2000. 
 
2 Quais foram as primeiras providências tomadas após o descobrimento da doença? 
 
R: Foi realizada uma punção com o resultado do exame, foi realizada uma cirurgia e retirado 
um lado da glândula tireoide e enviado para realizar uma biópsia. Foi com esse exame que se 
verificou o câncer na glândula e realizada uma segunda cirurgia extirpando a glândula por 
inteiro. Após a segunda cirurgia passei por mais uma bateria de exames e um mapeamento 
após 45 dias da cirurgia, onde foi verificado que ainda havia sinais do câncer e por isso 
precisava ser extirpado de outra forma. 
 
3 Como foi a preparação para “tomar” a dose de radiação? 
 
R: Tive que me abster do sal, comer somente bolachasalgada e tomar leite do tipo Molico, 
durante 15 dias antes do tratamento. Fui colocada em um quarto isolado, com um grosso 
vidro, com as paredes de chumbo e para ministrar a dose em mim, uma enfermeira entrou no 
quarto toda vestida como se fosse um astronauta. 
 
4 O que sentiu? 
 
R: Nada senti, somente amanheci com o pescoço completamente inchado, mas não houve 
nenhum tipo de dor. A enfermeira havia me prevenido que poderia haver náuseas, inchaços e 
outros tipos de mal-estar, mas nada aconteceu, a não ser o inchaço. 
 
5 Quais foram os cuidados recomendados após a dose de radiação ser ministrada. 
 
R: Não podia ter contato com crianças e mulheres grávidas, minhas roupas eram lavadas 
separadamente, ao sentar-se em algum local tinha que forrar e no uso do banheiro efetuar 
várias descargas após o uso. Apesar de não haver sinais da doença, ainda preciso fazer exames 
de monitoramento a cada seis meses, tomo o hormônio sintético, pois não tenho mais a 
glândula que seria a responsável pela formação dele. Devido a isso tenho problemas nas 
articulações e já passei por mais de três cirurgias para reparar os danos causados nos braços, 
pulsos e mãos, devido a falta do hormônio natural da glândula tireoide. Todo o tratamento 
com a radiação foi realizado no Hospital das Clínicas em Curitiba PR. 
 
 
 
 
 
 
 
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