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Aula 06 - Ética profissional

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Ética profissional
A escolha de uma profissão é, com certeza, um momento de determinação e de grande serieda-
de. Assim, quanto mais preparado estiver para a vida e para o mercado de trabalho, mais fácil será para 
entender e corresponder os princípios norteadores de uma vida totalmente ética. Ou seja, quanto mais 
se conhecer ética, melhor será a convivência nas organizações. 
Os gregos acreditavam que a sabedoria leva à felicidade. Mas, nos tempos atuais, vê-se que, para 
muitas pessoas, a felicidade é um sinônimo da posse material de bens. Outras acabam por desconside-
rar os ensinamentos éticos, agindo de forma amoral em seus relacionamentos pessoais e profissionais. 
Tal como personagens de novelas, políticos corruptos e empresários mesquinhos, muitos pensam que 
roubar e enganar pode ser justificável, dependendo da situação. 
Para os gregos, agir amoralmente indica ignorância, pois o homem ético é aquele que tem o 
conhecimento do bem e do justo. Os gregos também afirmavam que quem conhece o bem é incapaz de 
fazer o mal. 
No entanto, hoje percebemos que há aqueles que, mesmo conhecendo o bem, optam por fazer 
mal. Por isso, podemos dizer que optar pelo bem, por ser ético, é uma questão de liberdade.
Princípios éticos na conduta profissional
O respeito aos princípios éticos na prática profissional deve ser espontâneo, próprio do indivíduo. 
Este não deve agir forçado por alguém, pois possui a liberdade de agir conforme sua consciência.
Morris (1998, p. 141) comenta que o quadro geral da ética dos dias de hoje representa um desafio 
assustador. No entanto, o indivíduo não deve temê-lo, mas definir sua conduta por meio de uma refle-
xão pessoal. 
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 
mais informações www.iesde.com.br
São muitas as preocupações daquele que pretende ser um bom profissional. Quando se assume 
um novo trabalho, não é recomendável pensar a curto prazo, mas ter uma visão mais alargada, um pen-
samento que vislumbre as possíveis conquistas do futuro. 
Os princípios éticos para a prática profissional, de uma forma geral, são aqueles que regem a vida 
de qualquer coletividade, como o da honestidade, da fidelidade e da responsabilidade. A seguir, vere-
mos alguns deles.
Lealdade
Um funcionário leal é aquele que defende a empresa e tem orgulho de fazer parte dessa equipe 
de trabalho. Ser leal é ficar contente com o sucesso da organização. Mesmo assim, muitas pessoas se 
deixam fascinar pelos benefícios e lucros fáceis, pelo enriquecimento rápido e ilícito, deixando que a 
ganância fale mais alto que os princípios éticos. 
Como lembra Morris (1998, p.159), o que pode ser um diferencial na vida de um profissional ético 
é o respeito a uma regra muito simples, mas muito importante: 
“Faça aos outros o que gostaria que fizessem com você”.
Encontramos essa regra inserida em muitos pensamentos filosóficos e religiosos. Vejamos alguns 
exemplos:
Buda:::: – “Busque para os outros a mesma felicidade que deseja para si. Não importa aos outros 
as suas dores”.
Hinduísmo:::: – “Todos os seus deveres podem ser resumidos da seguinte forma: não faça aos 
outros o que o prejudicaria se lhe fosse feito”.
Judaísmo:::: – “Se pode prejudicá-lo, não faça ao seu semelhante”.
Islamismo:::: – “Não deixe que seu irmão seja tratado de uma forma que ele não gostaria. Só é 
crédulo aquele que ama seu irmão como a si mesmo”.
Cristianismo:::: – “Amai o próximo como a si mesmo”.
Taoísmo:::: – “Veja o êxito do seu vizinho como seu próprio êxito; e a derrota de seu vizinho 
como sua própria derrota”.
Dessa forma, se o profissional pautar sua conduta na regra apontada anteriormente, provavel-
mente, evitará desrespeitar aqueles que lhe estão próximos. 
Honestidade
Ser honesto é ter respeito consigo mesmo. Se assim agir, o profissional dificilmente será desonesto 
em seus atos. Mentir para si mesmo é um passo em falso e significa perder o equilíbrio dos pensamentos. 
Boa parte dos mentirosos se empenha em criar histórias falsas para remendar aquilo que disse, quando 
poderia usar seu tempo elaborando novas ideias.
52 | Ética profissional
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Um profissional deve saber aprender com seus erros em vez de cometê-los mais de uma vez. Com 
humildade, demonstra ter coragem de assumir e enfrentar a falibilidade e a própria ignorância. Tais ati-
tudes levam ao contínuo crescimento intelectual e moral do homem. Não se pode confundir o ato de 
humildade com a submissão ou subserviência. Esses são sentimentos negativos que não podem fazer 
parte da vida de um profissional ético. 
Responsabilidade
Ninguém assumirá responsabilidade quando puser a culpa em outras pessoas nas ocasiões em 
que não tiver sucesso. É um principio básico do trabalho ético em uma organização: assumir a respon-
sabilidade dos atos praticados e suas inevitáveis consequências. Ser responsável é ter a perfeita noção 
do comprometimento com a profissão e com suas respectivas atividades. É saber até onde vai a própria 
capacidade e potencial. Assumir tarefas que não podem ser cumpridas com perfeição é muito arriscado, 
e correr alguns tipos de risco, muitas vezes, pode ser uma atitude antiética.
Integridade profissional
Kisnerman (1983, p. 94) afirma que a integridade profissional pode ser identificada por um con-
junto grande de atitudes, tais como: 
vocação profissional e fé no que se realiza;::::
ideologia e filosofia de vida;::::
posição diante da realidade;::::
comunicação, participação e trabalho em equipe;::::
liberdade de ser;::::
sentimento de comunidade;::::
ética pessoal e profissional.::::
Atitudes como a de conhecer a realidade dos fatos, de estabelecer prioridades e de ser um profis-
sional mais comprometido com excelentes resultados também levam à integridade profissional. 
Dilemas éticos
Sigilo
De acordo com uma postura ética, o profissional tem o dever de respeitar a privacidade alheia, 
bem como os fatos e as histórias sobre a vida de seus pares. São comuns as situações embaraçosas que 
ocorrem no ambiente de trabalho, causadas por fofocas ou ditos maldosos sobre os colegas. 
53|Ética profissional
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Muitos profissionais se deparam com a questão do sigilo no exercício de sua profissão. Indepen-
dentemente de o segredo advir de um cliente ou do próprio colega que trabalha ao lado, aquele que 
o guarda mantém um vínculo com a pessoa que lhe confiou a informação. Entre os profissionais que preci-
sam guardar sigilo está o médico, que faz o juramento de Hipócrates, cujas palavras são: “Penetrando 
no interior dos lares, meus olhos são cegos, minha língua calará os segredos que me foram revelados, o 
que terei como preceito de honra”.
O sigilo é uma das manifestações da fidelidade interpessoal e profissional. O fundamento desse 
silêncio está diretamente ligado ao princípio da dignidade individual.
Verifica-se que a atitude do indivíduo de não guardar segredo a respeito de informações que lhe 
foram confiadas, é muito criticada no ambiente de trabalho. Isso ocorre porque, muitas vezes, organiza-
ções inteiras são afetadas pelo motivo de um de seus ex-funcionários revelar o know-how (um método, 
uma fórmula, ou um mercado em expansão, por exemplo) de sua antiga empresa para a concorrência. 
Lopes de Sá (2007), em seu tratado sobre ética profissional, com muita propriedade, lembra: “Nem 
tudo é objeto de sigilo, mas preferível será sempre que o profissional se reserve quanto a tudo o que 
sabe e que é revelado pelo cliente ou que ele veio a saber por força da execução do trabalho”.
Se não houver garantia de confiabilidade, a relação cliente-profissional será frustrada. A quebra 
dessa confiança poderá acarretar danos morais e patrimoniais irreparáveis aos cidadãos. Portanto, o 
dever para com o sigilo terá necessariamente de ser harmonizado com outros deveres sociais.
Em relaçãoa todas as profissões, o artigo 154 do Código Penal Brasileiro prevê penalidade para 
quem: “revelar a alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, 
ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem; pena – detenção de 3 (três) meses a 
1 (um) ano, ou multa”.
Verifica-se que esse dispositivo legal, ao sancionar quem revela segredo profissional, indica uma 
ressalva – a da justa causa na revelação do segredo. Portanto, ocorrendo justa causa, um justo motivo, a 
revelação de um segredo profissional é legítima e autorizada pela lei. 
Individualismo
O indivíduo que só se preocupa com lucros e que não sabe o que está acontecendo com a socie-
dade e com a sua comunidade certamente não tem qualquer preparo para o trabalho em grupo. 
De maneira geral, o indivíduo egoísta, que adota um perfil individualista perante o ambiente or-
ganizacional em que está inserido, é alguém de curta visão. Essa situação se agrava quando esse indiví-
duo está descomprometido com a ética, pois, para obter mais lucros e maior patrimônio, adota práticas 
viciosas. Devido ao egoísmo, podem ser quebrados os sigilos, revelando-se segredos profissionais de 
clientes ou de organizações. 
Vale dizer que o profissional que presta seu serviço com a finalidade de fazer a diferença para sua 
comunidade deve demonstrar responsabilidade, lealdade e integridade. Na medida em que os traba-
lhadores estão conscientes de que trabalham para um fim social, os objetivos das organizações passam 
a ser pela integração trabalhador/empresa, incentivando a produtividade.
54 | Ética profissional
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Relativismo e liberdade ética
Os valores morais são subjetivos. Cada pessoa age e pensa conforme suas experiências, expecta-
tivas e conhecimentos. Diante de uma situação a ser resolvida no ambiente organizacional, a decisão 
adotada pelo profissional é aquela que também estará de acordo com sua formação moral. Muitas vezes, 
podem ocorrer conflitos entre a ética profissional e aquilo que o indivíduo tem como valores morais. 
Esse dilema acaba ultrapassando as fronteiras profissionais, restando ao indivíduo, munido de sua capa-
cidade de julgamento, resolver essa situação. Ele é livre para ponderar, julgar, enfim, para optar por uma 
conduta que coadune com a ética de sua empresa ou com a moral que o acompanhou durante toda a 
vida (NALINI, 2001a, p. 63). 
Imaginemos a seguinte situação: segundo o código de ética de uma empresa, recomenda-se à 
alta gerência não manter qualquer espécie de contato com os funcionários dos demais patamares da 
hierarquia daquela organização. No entanto, ao ver um funcionário numa situação de apuros, certo 
gerente resolve ajudá-lo por uma questão de solidariedade, que tem mais a ver com seus valores sociais 
que com o código da empresa para a qual trabalha. 
Partindo dessa situação hipotética, podemos refletir sobre a seguinte questão:
É justificável que alguém não haja eticamente para respeitar as determinações da empresa? 
Os princípios éticos não podem ser relativizados. A honestidade, a responsabilidade e a lealda-
de são virtudes no campo profissional e não admitem interpretações conforme a circunstância. Numa 
época em que a concorrência do mercado de trabalho é difícil, há pressões por toda a parte, que fazem 
a conduta ética parecer algo utópico, quase impossível de ser praticada. Cada profissional passa por 
experiências particulares e precisa avaliar como é influenciado pelo meio. Não pode ceder a pressões 
ou, então, não estará sendo livre para agir.
Responsabilidade civil do profissional
Associada a todos os princípios éticos, a responsabilidade cível do profissional é de suma impor-
tância. Nas últimas décadas, muitos são os casos de pessoas que acionam judicialmente profissionais 
que, devido ao mau desempenho de suas funções, prejudicam outras pessoas. Trata-se de atos pratica-
dos em decorrência da imperícia, imprudência ou negligência no ato profissional.
Conforme nosso Código Civil, no artigo 186:
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar 
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
55|Ética profissional
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Imperícia
Pode-se afirmar que imperícia é a falta de habilidade e de conhecimentos específicos para a exe-
cução de determinado trabalho. Quem comete um erro por imperícia certamente não é bom observa-
dor de normas ou possui certa deficiência de conhecimentos técnicos específicos da prática profissional 
em que atua. São exemplos de quem incorre em imperícia: o motorista habilitado para dirigir somente 
automóveis e motocicletas, mas que dirige um ônibus escolar; o médico clínico que faz cirurgia plástica 
sem a devida especialização; o técnico em contabilidade que realiza uma auditoria, sendo que, por não 
ser contador, está impedido de executar tal serviço.
Portanto, ocorre imperícia quando há ignorância sobre a parte essencial de um conhecimento 
específico para o exercício da profissão. A imperícia fere um dos elementos principais da conduta pro-
fissional: a competência, para a qual o indivíduo deve estar apto a realizar o seu trabalho. 
Negligência
O profissional que comete uma falta por negligência, é porque ficou passivo diante da situação, 
quando deveria ter agido. A negligência é evidenciada pela falta de atenção da pessoa que desempenha 
determinada tarefa. É a atitude ou ato praticado por um profissional descuidado ou displicente. Assim, 
para que uma conduta profissional possa ser reconhecida como negligente, é preciso que o profissional 
possua os conhecimentos necessários à execução do trabalho mas que, por descuido, incorra em erro, 
involuntariamente1.
Um exemplo interessante no exercício da profissão contábil: o contador de uma empresa, por falta 
de conhecimentos técnicos, não registrou os livros contábeis na Junta Comercial. Devido a problemas 
societários, essa mesma empresa foi submetida a uma perícia. Para se ganhar essa ação judicial, um dos 
sócios precisaria comprovar suas operações contábeis devidamente registradas em um determinado 
período. No entanto, como o contador não fez os registros dos livros, o sócio não pôde utilizá-los como 
prova por falta de formalidades legais e acabou sendo prejudicado no julgamento do caso, devido à 
imperícia daquele contador.
Imprudência
Age com imprudência o profissional que adota condutas precipitadas, impulsivas e sem as cautelas 
necessárias. O enfermeiro que não verifica os sinais vitais do paciente e simplesmente copia aqueles 
da medição anterior é um exemplo de profissional imprudente. Igualmente imprudente é o jornalista 
que, na busca de um “furo de notícia”, publica-o sem verificar se era fidedigno e sem se importar com a 
imagem dos envolvidos com o novo fato. Tudo isso é resultado da irreflexão, pois o profissional, conhe-
cendo os riscos, tomou a decisão de agir, visando o benefício próprio.
De acordo com o disposto na lei, um ato profissional cometido com imperícia, negligência ou im-
prudência pode originar uma conduta penal criminal culposa. No âmbito cível, o Código Civil determina 
1 Código Penal brasileiro, art. 18 . Diz-se o crime: I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; II – culposo, 
quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
56 | Ética profissional
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que o culpado faça a devida reparação pelo dano causado. Segundo o artigo 927, aquele “que, por ato 
ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
No caso de o dano ser causado por funcionários de uma determinada empresa, seus empregado-
res também assumem parte da responsabilidade pela reparação do erros.
Código de ética nasprofissões
É certo que ninguém nasce ético. Por isso a necessidade dos ensinamentos dessa área. Aprender 
seus conceitos leva à reflexão sobre o que é ser ético. Ao agir, o profissional, independentemente da 
profissão e atribuição, deve ter um determinado preparo técnico e um bom nível de conhecimento. 
Pois, ao entrar no mercado de trabalho, será responsável pelas consequências de seus atos e deverá 
aderir ao conjunto de normas éticas para o exercício de sua profissão. 
O profissional tem a obrigação de conhecer os códigos de ética que são feitos para a sua classe 
profissional, da mesma forma que a ninguém é dado o direito de desconhecer as leis. Um ato profissio-
nal seu pode entrar em conflito com as normas estabelecidas e ferir princípios que a sociedade reconhe-
ce como valores morais vigentes. No caso de um ato médico, o Conselho de Ética Médica julgará este 
indivíduo dentro das normas estabelecidas pelo código profissional.
Alguns exemplos de códigos de ética nas profissões:
Ética no Direito
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) instituiu o “Código de Ética e Dis-
ciplina”, norteado por princípios que formam a consciência profissional do advogado. Segue um trecho 
do documento:
[...] ser fiel à verdade para poder servir à Justiça como um de seus elementos essenciais; proceder com lealdade e boa- 
-fé em suas relações profissionais e em todos os atos do seu ofício; empenhar-se na defesa das causas confiadas ao seu 
patrocínio, dando ao constituinte o amparo do Direito, e proporcionando-lhe a realização prática de seus legítimos 
interesses; comportar-se, nesse mister, com independência e altivez, defendendo com o mesmo modo humildes e 
poderosos; exercer a advocacia com o indispensável senso profissional, mas também com desprendimento, jamais 
permitindo que o anseio de ganho material sobreleve à finalidade social do seu trabalho; aprimorar-se no culto dos 
princípios éticos e no domínio da ciência jurídica, de modo a tornar-se merecedor da confiança do cliente e da socieda-
de como um todo, pelos atributos intelectuais e pela probidade pessoal; agir, em suma, com a dignidade das pessoas 
de bem e a correção dos profissionais que honram e engrandecem a sua classe.
Ética na Medicina
No caso da Medicina, há uma ética profissional definida por um conjunto de normas contidas no 
“Código de Ética Médica”, que regulamenta o comportamento dos profissionais médicos, nas suas inú-
meras especialidades. As organizações que fiscalizam a profissão médica são os conselhos regionais de 
Medicina, vinculadas ao órgão máximo, o Conselho Federal de Medicina.
57|Ética profissional
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Ética nas outras profissões
As profissões de engenharia, arquitetura, agronomia, geologia, geografia e meteorologia têm um 
código de ética único que inicia com a seguinte redação:
Art. 1.º O Código de Ética Profissional enuncia os fundamentos éticos e as condutas necessárias à boa e honesta prática das 
profissões da engenharia, da arquitetura, da agronomia, da geologia, da geografia e da meteorologia e relaciona direitos e 
deveres correlatos de seus profissionais. 
Art. 2.º Os preceitos desse Código de Ética Profissional têm alcance sobre os profissionais em geral, quaisquer que sejam seus 
níveis de formação, modalidades ou especializações.
Art. 3.º As modalidades e especializações profissionais poderão estabelecer, em consonância com esse Código de Ética Profis-
sional, preceitos próprios de conduta atinentes às suas peculiaridades e especificidades.
Ampliando conhecimentos
Assistir ao filme :::: A Firma, dirigido por Sydney Pollack, que conta a história de um advogado 
recém-formado que recebe uma proposta milionária para trabalhar em um obscuro escritório, 
mas aos poucos descobre que a empresa, na verdade, serve a outros fins, ilícitos e profunda-
mente antiéticos.
Atividades
1. Faça uma análise dos princípios éticos e discorra, no mínimo em 10 linhas, como devem ser 
aplicados na vida profissional. 
58 | Ética profissional
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