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Próstata: Hiperplasia e Câncer

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Sistema Reprodutor | Ana Beatriz Rodrigues e Gleysla Silva 
 1 
 
Próstata e seus processos 
Patológicos 
 
SUMÁRIO 
• Próstata 
• Hiperplasia da próstata 
• Câncer de próstata 
 
PRÓSTATA 
A próstata é uma glândula acessória do sistema 
reprodutor masculino com tamanho semelhante 
a uma castanha e consistência fibroelástica. 
Localiza-se abaixo da bexiga e sua principal 
função, juntamente com as vesículas seminais, 
é produzir o esperma, mas também auxilia o 
controle urinário e o liquido prostático participa 
da ativação dos espermatozoides. 
 
Órgão retroperitoneal que envolve colo da 
bexiga e uretra, apresenta uma porção 
denominada uretra prostática, na qual os dutos 
das glândulas prostáticas liberam sua secreção. 
 
 
ZC: zona central, ZT: zona transicional, ZP: 
zona periférica, EU: esfíncter uretral 
 
A próstata pode ser dividida em várias regiões 
distintas, e as mais importantes delas são as 
zonas periféricas e de transição. Os tipos de 
lesões proliferativas são diferentes em cada 
região. Por exemplo, a maioria das lesões 
hiperplásicas surge na região mais interna da 
zona de transição, ao passo que a maioria dos 
carcinomas (70 - 80%) surge nas zonas 
periféricas. 
 
ZONA DE 
TRANSIÇÃO 
ZONA 
CENTRAL 
ZONA 
PERIFÉRICA 
Representa 
5% do 
volume 
prostático; 
 
Composto 
por dois 
lóbulos em 
forma de 
pera que 
circundam a 
uretra 
proximal. 
Retrata 25% 
do volume 
prostático; 
 
Circunda a 
zona de 
transição; 
 
Local de 5% 
do câncer de 
próstata. 
Configura 
70% do 
volume 
prostático, 
envolve as 
zonas de 
transição e 
central; 
 
Local de 80% 
do câncer de 
próstata. 
 
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 
Também denominado de hiperplasia prostática 
nodular, é um distúrbio caracterizado 
clinicamente por aumento da glândula. 
 
O aumento da próstata é quase universal nos 
idosos. A hiperplasia, em geral, se inicia por 
volta dos 45 anos, caracterizando um processo 
fisiológico. 
 
A HPB é bastante comum e pode ser 
responsável pela compressão da uretra 
causando dificuldade e até obstrução urinária. 
Além disso, aumenta a chance de cistite e de 
lesão renal. 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
A HPB é uma das patologias mais comuns nos 
homens a partir da quinta década de vida, 
podendo associar-se a sintomas do trato 
urinário inferior. 
 2 
ARMAZENAMEN
TO 
ESVAZIAMEN
TO 
PÓS-
MICCIONA
IS 
Polaciúria Jato fraco 
tenesmo 
vesical 
Noctúria Hesitação 
Gotejament
o pós-
micção 
Incontinência 
urinaria 
Esforço 
miccional 
 
Enurese noturna 
Gotejamento 
terminal 
 
 
Os sintomas se desenvolvem tardiamente 
porque a hipertrofia do detrusor da bexiga 
compensa a compressão uretral. À medida que 
a obstrução aumenta, reduz o calibre e a força 
do jato urinário e surgem hesitância para iniciar 
a micção. 
 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico baseia-se primariamente no 
exame digital retal e nos sintomas, porem os 
exames complementares auxiliam na 
confirmação. 
 
Exame físico - toque retal 
• Avaliar o tamanho e contorno 
• Verificar a presença de nódulos e lesões 
suspeitas de malignidade 
 
• Aumentada simetricamente 
• Consistência fibroelástica 
• Sulco interlobular preservado 
• Nódulos endurecidos - biópsia 
• Tônus do esfíncter anal 
Obs.: Próstata homogênea, sem nódulos ou 
áreas endurecidas não exclui a possibilidade de 
HPB ou neoplasia. 
Exames laboratoriais 
Sumário de urina/ 
Exame de urina 
Piúria – leucócitos na 
urina 
Hematúria 
Ureia e creatinina 
PSA PSA livre: <4,0 ng/ml 
PSA total: <0,5 ng/ml 
*Relação PSA 
livre/total: >25% 
* Quanto menor o valor da relação maior é a 
probabilidade de ser um adenocarcinoma de 
próstata 
Cistoscopia, ultrassonografia transretal, estudo 
urodinâmico ou outros exames de imagem 
também podem ser necessários. 
 
COMPLICAÇÕES 
• Retenção urinária aguda 
• ITU 
• Litíase vesical 
• Falência do detrusor 
• IRA 
• ou IRC 
• Hematúria 
 
CÂNCER DE PRÓSTATA 
O câncer de próstata é a neoplasia com maior 
incidência entre os homens. No Brasil, é o 
segundo tipo de câncer mais frequente em 
homens, após os tumores de pele. 
 
Caracteriza-se pela multiplicação de forma 
desordenada das células da próstata e acomete, 
principalmente, a zona periférica. 
 
Recomendam que os homens a partir dos 50 
anos de idade sejam submetidos a avaliação 
anual do PSA e toque retal para a detecção 
precoce do câncer de próstata. 
 
Fatores de risco 
• Idade (incidência é maior em homens 
acima de 50 anos); 
• Hereditariedade (homens que possuem 
um parente de primeiro grau afetado 
(p.ex., pai, irmão) e um parente de 
segundo grau afetado (p.ex., avô, tio) 
apresentam um aumento de oito vezes 
no risco); 
• Influências ambientais (por ex., dieta rica 
em gordura). 
• Raça (homens afro-americanos 
apresentam a maior incidência relatada 
de câncer de próstata em todas as 
idades) 
Sistema Reprodutor | Ana Beatriz Rodrigues e Gleysla Silva 
 3 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Dependendo do tamanho e da localização do 
câncer da próstata, porem, normalmente, estão 
associados ao padrão de micção, semelhantes 
àquelas encontradas na HPB. Nos estágios 
iniciais, o quadro é assintomático desse modo 
só é perceptível as alterações no toque retal 
onde se pode palpar nódulos e no exame 
laboratorial de forma que o PSA > 4,0. 
 
Os sintomas consistem em urgência, 
frequência, nictúria, hesitação, disúria, dor 
(óssea, perineal, pélvica) disfunção erétil, 
hematúria ou presença de sangue na 
ejaculação. 
 
RASTREAMENTO 
Como os estágios iniciais do câncer da próstata 
são habitualmente assintomáticos, contribuindo 
para a demora do diagnostico. Dessa forma, 
existem exames preventivos para não ser 
descoberta em estágios avançados e 
potencialmente fatal. 
 
A recomendação da Sociedade Brasileira de 
Urologia é que homens a partir de 50 anos 
procurem seu urologista para discutir a prática e 
a realização da avaliação. Aqueles com maior 
risco da doença (histórico familiar, raça negra) 
devem procurar o urologista a partir dos 45 
anos. Os exames consistem na dosagem sérica 
do PSA (rastreamento e monitoração da 
resposta à terapia sistêmica) e no exame digital 
retal, complementares para o diagnóstico, com 
periodicidade anual. 
 
DIAGNÓSTICO 
O diagnostico se baseia na história e exame 
físico, porem só é confirmado através da biópsia 
(utiliza-se a ultrassonografia transretal para 
orientar a agulha da biópsia e documentar a 
localização exata do tecido do qual foi obtida a 
amostra). 
 
O toque retal, juntamente do resultado do PSA, 
auxilia na suspeita do diagnostico. 
 
O exame radiológico dos ossos do crânio, 
costelas, coluna e pelve pode ser utilizado para 
revelar metástases, embora as cintilografias dos 
ossos com radionuclídeos sejam mais 
sensíveis. 
 
RECOMENDAÇÕES PARA PSA 
• Fazer jejum (ingerir apenas água) por no 
mínimo 4 horas e idealmente por 8 horas. 
• 24 horas antes: evitar atividades físicas 
como treino na academia e corrida. 
• 48 horas antes: não ejacular (seja 
durante a relação sexual ou 
masturbação), não andar de bicicleta, 
motocicleta ou a cavalo e não utilizar a 
bicicleta ergométrica. 
• 72 horas antes: não utilizar supositório, 
não fazer exame de toque retal e não ter 
feito sondagem uretral. 
• 5 dias antes: não ter feito cistoscopia 
(exame da bexiga realizado com a 
inserção de um endoscópio pela uretra). 
• 7 dias antes: não ter feito ultrassom 
transretal. 
 
ESTADIAMENTO 
Após a confirmação do diagnóstico do câncer de 
próstata, deve-se proceder à avaliação 
laboratorial e com exames de imagem com 
objetivo de estadiamento da doença para que se 
possa planejar um tratamento apropriado. Os 
exames de imagem para estadiamento 
dependem da apresentação clínica da doença e 
da estratificação de risco no caso de doença 
localizada. Os pacientes com câncer de próstata 
localizado são classificados em grupos de risco 
de recidiva de acordo com o PSA inicial, o 
estádio local do tumor e o escore de Gleason da 
biópsia prostática. 
 
Baixo Risco PSA + TRRisco 
Intermediário 
e alto: 
Cintilografia óssea + 
Ressonância Magnética 
Multiparamétrica da Próstata 
 
TRATAMENTO 
• Cirurgia 
• Quimioterapia 
*Quando as concentrações de PSA totais são 
mínimas (<0,0001 ng/mL) significa que o 
paciente realizou um procedimento cirúrgico 
(prostatectomia) significa que o paciente tirou a 
glândula. 
 
CONDUTA 
 
Toque retal
Sem nódulos
PSA
Ultrassonografia 
transretal
Com nódulos
PSA
Biópsia
 4 
Ressonância magnética (RM) da próstata 
 
Cintilografia óssea

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