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TROMBOEMBOLISMO PULMONAR Origem: Grande maioria dos trombos são de origem periférica (membros inferiores e pelve). E poucos são do átrio direito. Epidemiologia: 2/3 dos pacientes não são previamente diagnosticados → descoberta em autopsia Formação: desequilíbrio entra as cascatas de coagulação e anticoagulação → fatores como estase sanguínea, aumento da viscosidade e lesão vascular como fatores de risco = Tríade de Virchow - Viscosidade → idosos perdendo muita água por diarreia ou ainda por baixa ingestão de líquidos - Estase → muito tempo na cama após cirurgias ou pacientes acamados, viagens de avião, ônibus - Cascata intrínseca (tratada com heparina) e cascata extrínseca (Varfarina) Fatores de risco - Cirúrgia: cirurgia abdominal ou pélvica de grande porte, prótese de quadril ou de joelho, necessidade de UTI no pós-operatório, politraumatismo/trauma medular - Obstétricos: gravidez a termo, parto cesário, puerpério - Problemas em membros inferiores: fratura, AVC com paralisia de membros - Malignidade: neoplasia abdominal ou pélvica, doença metastática, quimioterapia - Imobilidade (>3 dias) → por hospitalização ou institucionalização - Trombofilias → deficiências (antitrombina, proteína C, proteína S), síndrome antifosfolipídeo, genéticas (Homozigote para fator V Leiden, Homozigose para manutenção do gene da protrombina) - Cardiovasculares: doenças cardíacas congênitas, insuficiência cardíaca congestiva, idade, trombofletibe superficial/varizes, cateter venoso central - Estrogênios: anticoncepcional oral, terapia de reposição hormonal - Trombofilias: heterozigose para fator V de Leiden, heterozigose para mutação do gene da protrombina, hiper-homocisteinemia - Outros → exacerbação da DPOC (aumento da inflamação) Fisipatologia: - Tamanho da lesão caracterizará se o TEP é → maciço (mais óbito, morte subita), submaciço ou focal (maioria, localização subpleural, causam mais sintomas)→ podendo vir ou não a apresentar hipotensão arterial Clínica: - Dispneia, taquipneia, dor torácica pleurítica e tosse são os principais sintomas - Hemoptise → sintoma de necrose de parênquima pulmonar - Síncope → microalterações pulmonares causadas por vasoconstrição e broncoconstrição TEP não é apenas um quadro agudo, podendo haver microembolismos com quadros crônicos (apresentando dispneia aos esforços) Classificação - Escore de Wells: Diagnóstico alternativo menos provável que TEP → paciente com comorbidades como doenças vascular, DPOC → se você examina esse paciente e não acha que ele possa ter um agravamento de sua comorbidade (o alternativo ao TEP) como DPOC descompensado O que pedir? - D-dímero: 95% de sensibilidade para TEP! Normal é usado para afastar TE. D-dímero aumentado → IAM, pneumonia, sepse, câncer, pós-operatório e até no segundo ou terceiro trimestre de gestação - Outros marcadores: troponina e BNP - Eletrocardiograma: alterado em 1/3 dos casos → taquicardia sinusal, alterações do segmento ST e onda T, inversão de onda T de V1-V4, sinais de sobrecarga de câmaras direita - USG com doppler de MMII - Diagnóstico de TVP de membros inferiores - Sinal da "Piscadela" significa que está tudo normal - Radiografia de tórax - Achados inespecíficos → microatelectasias (atelectasias laminares pela interrupção do fluxo sanguíneo, com vaso e broncoespasmo que faz colabar essa parte), derrame pleural, opacidades parenquimatosas - Sinal de Westermark → diminuição das vasculatur/suprimento sanguíneo com área de hipertransparência - Corcova de Hampton → infarto com opacidade em cunha, base pleural e ápice voltado para o hilo (para dentro), que traduziria uma área de infarto pulmonar - Gasometria arterial: hipoxemia, aumento da diferença alvéolo arterial de O2 e hipocapnia Diferenciar DPOC de TEP → DPOC pode dar hipoxemia mas pCO2 estará normal - Angiotomografia: principal exame de imagem para diagnóstico. Avalia ramos da artéria pulmonar até a sexta geração. Consegue avaliar as câmaras cardíacas. VD aumentado indica maior mortalidade em 30 dias - Cintilografia: atualmente considerado exame de segunda linha Alto risco para má evolução → instabilidade hemodinâmica, outros Tratamento: - Anticoagulação (primeira estratégia - clássica): inicia-se heparina não fracionada EV (HNF), sendo a mais instável, se liga a outras proteínas circulantes, precisando de avaliação a cada 6h, heparina de baixo peso molecular SC (HBPM) - Em segundo momento, quando o paciente já estiver com TTPA seguro, se inicia Fondaparinux: Warfarina - Anticoagulação (segunda estratégia): heparina não fracionada EV (HNF), heparina de Baixo Peso Molecular SC, Fondaparinuxu por 5 dias (novos anticoagulantes (NOAs) como Dabigatran ou edoxaban VO) - Anticoagulação (terceira estratégia): iniciar já com os NOAs - Complicações dos anticoagulantes: - Hemorragia (mais temida e a que mais ocorre) relacionadas com: HNF e HBPM (deve-se utilizar sulfato de protamina), Fondaparinux e inibidores do fator Xa (não tem antídoto Warfarina, deve-se usar crioprecipitado/plasma fresco/vitamina K - Trombocitopenia → plaquetas caem por motivo imunológico → deve-se trocar, não podendo ficar com heparina - Duração da anticoagulação: - TVP distal → 3 meses - TVP proximal ou TEP → 3 a 6 meses - TVP/TEP + câncer → HBPM prolongado? - TVP/TEP idiopático → Warfarina - Síndrome AcAFosfolipídico → anticoagulaçao por tempo indefinido Condutas: - TEP maciço → alto risco de óbito e síndrome pós-TEP Hidratação EV (hipotensão) - SF 500 ml - DVA - TEP crônico/repetição: filtro de veia cava → em pacientes com risco de evoluir TEP maciço e não podem utilizar tratamento medicamentoso. Ele não consegue pegar/salvar dos microembolos, apenas dos TEPs maiores
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