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Eduarda Pupe - Medicina/UniCEUB Peste Branca Tuberculose A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa, do tipo bacteriose, que tem como alvo principal o sistema respiratório (pulmões), mas também pode acometer outros sistemas/órgãos. Manifestações clínicas - Tosse; - Febre; - Sudorese; - Cansaço/fadiga; - Emagrecimento; - Escarro com sangue. Transmissão A transmissão da TB ocorre de pessoa para pessoa, através de gotículas/aerossóis emitidas por meio da tosse, espirro e fala. Ou seja, a TB é uma doença de transmissão aérea. Tipos LATENTE: Fase da doença em que a pessoa infectada não apresenta sintomas, em razão da ação do sistema imunológico, o qual suprime o crescimento e a disseminação bacteriana. Entretanto, uma supressão da imunidade pode reativar o crescimento bacteriano e a doença volta para a fase ativa. Em fase latente, a pessoa infectada não transmite a doença para outras pessoas. ATIVA: Fase da doença em que ela está ativamente gerando sintomas no paciente infectado, com crescimento e proliferação bacteriana, e pode ser transmitida para outras pessoas. PULMONAR: Variante da TB que ataca os pulmões (sistema respiratório). EXTRAPULMONAR: Variante que ataca outros sistemas/órgãos, como medula óssea, sistema geniturinário, meninges, peritônio, pericárdio, pleura, linfonodos, ossos, articulações, fígado, vasos sanguíneos e pele. Diagnóstico O diagnóstico da TB é feito com a realização de alguns exames, como: baciloscopia direta; teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB); cultura para micobactéria; radiografia de tórax; e tomografia computadorizada (TC) de tórax. Tratamento O tratamento de TB é feito com antibióticos, os quais, em geral, interferem no sistema enzimático do bacilo ou bloqueiam a síntese de algum metabólito essencial para o seu crescimento. No tratamento são utilizados, principalmente, 4 fármacos: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Prevenção e Profilaxia A prevenção da TB é feita, principalmente, com a vacina BCG. Além disso, a manutenção da saúde imunológica é essencial. A TB está muito relacionada com fatores socioeconômicos, em que apresenta-se muito frequente em populações de baixa renda, com falta de saneamento básico, pouca higiene pessoal e alta densidade populacional. O Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) visa: - Reduzir a morbimortalidade e a transmissão da tuberculose; - Aperfeiçoar a vigilância epidemiológica; - Expandir o tratamento supervisionado na Atenção Básica; - Desenvolver ações educativas em saúde, comunicação e mobilização social, enfocando a promoção, prevenção, assistência e reabilitação. - Capacitar profissionais que atuam no controle e prevenção da tuberculose; - Manter a cobertura de vacinação de BCG adequada. Programa Nacional de Controle da Tuberculose A resistência dessas bactérias aos antibióticos se dá, principalmente, por causa de sua estrutura. Visto que apresenta uma parede celular rica em lipídeos, ou seja, com baixa permeabilidade, reduzido a eficiência da maioria dos antibióticos. Além disso, outros fatores que facilitam o surgimento de linhagens resistentes são: monoterapia (uso de apenas um fármaco); prescrição própria; e falta de colaboração do paciente (o qual, muitas vezes, não cumpre com o tratamento de forma adequada e não faz o acompanhamento necessário). A presença de linhagens multirresistentes reflete deficiências no controle da TB, o que dificulta o tratamento e a prevenção da doença. Agente Etiológico A coinfecção HIV-TB apresenta-se como um dos maiores problemas de saúde pública mundial. A relação entre essas duas doenças é de oportunismo, ou seja, a TB aproveita-se da queda de imunidade causada pela AIDS/SIDA. A AIDS/SIDA, por se tratar da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, torna o sistema imunológico do paciente ineficiente, deixando-o mais vulnerável a outras infecções, como a tuberculose. No caso da TB, a baixa da imunidade torna mais suscetível a reativação da doença, saindo da fase latente e indo para a fase ativa, a qual é mais perigosa, por manifestar sintomas e ser transmissível. Além disso, o HIV confere baixa reatividade na baciloscopia, dificultando a identificação da TB. hiv - tb Notificação Compulsória Notificação compulsória é a obrigação que o profissionais da saúde têm de comunicar os altos órgãos sobre a ocorrência de casos individuais, agregados de casos ou surtos, suspeitos ou confirmados, de doenças contagiosas, as quais possam necessitar de isolamento/quarentena. Além da tuberculose, doenças como botulismo, cólera, dengue, zika, varíola, tularemia, ebola, febre amarela, febre tifóide, hanseníase, hepatites virais, HIV/AIDS, raiva, peste, sarampo, poliomielite, rubéola, tétano e toxoplasmose necessitam de notificação compulsória. Eduarda Pupe - Medicina/UniCEUB A tuberculose é uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch (BK). Tal agente etiológico é um patógeno aeróbio estrito, de multiplicação lenta e alta proporção de mutantes resistentes. Bibliografia - DALCOMO, M. P.; ANDRADE, M.; PICON, P. D. Tuberculose multirresistente no Brasil: histórico e medidas de controle. Revista de Saúde Pública, v. 41, set. 2007. - ROSSETTI, M. L.; VALIM, A. R.; SILVA, M. S.; RODRIGUES, V. S. Tuberculose resistente: revisão molecular. Revista de Saúde Pública, v. 36, ago. 2002. - BRASIL, Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde, v. único, 3a edição, 2019. - BRASIL, Ministério da Saúde. Formulário Terapêutico Nacional 2010. - BRASIL, Ministério da Saúde. Lista Nacional de Notificação Compulsória.
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