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Sujeitos do processo: Ministério Público DESAFIO – EXERCICIOS (UNIDADE – III) 5 DESAFIO A intervenção do Ministério Público nos casos sub judice tem por objetivo a contribuição para a minoração de erros, atuando como fiscal da lei e defesa dos direitos do bem comum, da sociedade quando atuando como parte. Em ambas as atuações, o objetivo do órgão deve estar alinhado com o interesse público e/ou à proteção dos direitos coletivos, individuais e indisponíveis. No bairro Sinhá Moça da cidade de Coqueiros, há moradores localizados de forma irregular, sem definição dos lotes ocupados e causando prejuízo ao meio ambiente. O Ministério Público ingressa com ação civil pública para regularizar os lotes. O magistrado julga o feito sem julgamento do mérito, pois entende que o MP não tem legitimidade para requerer a regularização, visto que as famílias ocupantes são quem deveriam requerer a regularização do lote em que residem. Você, como membro do Ministério Pùblico, deve recorrer da decisão proferida pelo magistrado. Explique quais os argumentos que sustentariam a sua peça recursal. Padrão de resposta esperado A atuação do Ministério Público está pautada no art. 178 do Código de Processo Civil de 2015, além de outras normas especiais que expressamente demandem a presença nos autos do órgão. Assim, a ordem de lotes irregulares dentro da comunidade urbana deve ser algo de preocupação coletiva, pois a todos reflete. Toda a comunidade visa ao desenvolvimento estrutural urbano e, portanto, o desmembramento irregular da terra ocasiona prejuízos a terceiros. Sem falar no prejuízo ambiental que pode estar sendo ocasionado no caso, pois diante da notícia de a ocupação ser irregular, é necessário atentar que as instalações para a moradia não são adequadas. Portanto, o dano já pode ter sido causado ao lote urbanístico. Portanto, o argumento central é que a legitimidade do Ministério Público é dupla, pois cabe ao órgão proteger a tutela do direito difuso (direito do meio ambiente e manutenção da ordem urbanística), bem como os interesses individuais homogêneos (ex.: direito dos proprietários receberem indenização). Assim, a sentença deve ser acatada para que o Tribunal ad quem reconheça a legitmidade do órgão. EXERCICIOS (UNIDADE – III) 5 1. Sobre o Ministério Público, é correto afirmar que: I – O órgão tem atuação somente na esfera federal. II – O art. 127 da Constituição Federal eleva a condição do MP para órgão permanente dentro do arcabouço jurídico. III – Tem atuação como terceiro desinteressado nos processos que envolvem incapazes. IV – Tem atuação processual exclusiva como em ação penal. V – Após a edição do CPC de 2015 o MP atua como fiscal da ordem jurídica. Assinale a alternativa que indica as afirmativas corretas. A. I e V. Por que esta resposta não é correta? Com a edição da Constituição Federal de 1988, o Ministério Público ingressa no cenário jurídico como órgão permanente, tendo independência estrutural, com atuação em âmbito financeiro. O MP atua na esfera cível, como em defesa dos incapazes e também na esfera penal. Somente, após o CPC de 2015 é que o MP passou a atuar com a nomenclatura de fiscal da ordem jurídica, fazendo jus à disposição constitucional. B. I, III e IV. Por que esta resposta não é correta? Com a edição da Constituição Federal de 1988, o Ministério Público ingressa no cenário jurídico como órgão permanente, tendo independência estrutural, com atuação em âmbito financeiro. O MP atua na esfera cível, como em defesa dos incapazes e também na esfera penal. Somente, após o CPC de 2015 é que o MP passou a atuar com a nomenclatura de fiscal da ordem jurídica, fazendo jus à disposição constitucional. Resposta correta C. II e V. Por que esta resposta é a correta? Com a edição da Constituição Federal de 1988, o Ministério Público ingressa no cenário jurídico como órgão permanente, tendo independência estrutural, com atuação em âmbito financeiro. O MP atua na esfera cível, como em defesa dos incapazes e também na esfera penal. Somente, após o CPC de 2015 é que o MP passou a atuar com a nomenclatura de fiscal da ordem jurídica, fazendo jus à disposição constitucional. D. I e II.Por que esta resposta não é correta? Com a edição da Constituição Federal de 1988, o Ministério Público ingressa no cenário jurídico como órgão permanente, tendo independência estrutural, com atuação em âmbito financeiro. O MP atua na esfera cível, como em defesa dos incapazes e também na esfera penal. Somente, após o CPC de 2015 é que o MP passou a atuar com a nomenclatura de fiscal da ordem jurídica, fazendo jus à disposição constitucional. E. III, IV e V. Por que esta resposta não é correta? Com a edição da Constituição Federal de 1988, o Ministério Público ingressa no cenário jurídico como órgão permanente, tendo independência estrutural, com atuação em âmbito financeiro. O MP atua na esfera cível, como em defesa dos incapazes e também na esfera penal. Somente, após o CPC de 2015 é que o MP passou a atuar com a nomenclatura de fiscal da ordem jurídica, fazendo jus à disposição constitucional. 2. Sobre as funções do Ministério Público dentro da atuação processual, é possível afirmar que: A. a autonomia do Ministério Público é adistrita a sua competência funcional. Por que esta resposta não é correta? O Ministério Público tem atuação determinante para a manutenção da ordem jurídica (art. 176 do CPC de 2015), pois visa à proteção de direitos e interesses da sociedade. B. a atuação do Ministério Público tem abrangência em âmbito militar. Por que esta resposta não é correta? O Ministério Público tem atuação determinante para a manutenção da ordem jurídica (art. 176 do CPC de 2015), pois visa à proteção de direitos e interesses da sociedade. C. o Ministério Público, em razão da sua independência atribuída constitucionalmente, está imune ao controle externo de suas atividades. Por que esta resposta não é correta? O Ministério Público tem atuação determinante para a manutenção da ordem jurídica (art. 176 do CPC de 2015), pois visa à proteção de direitos e interesses da sociedade. D. a sua atuação está limitida à defesa de interesses sociais e individuais disponíveis. Por que esta resposta não é correta? O Ministério Público tem atuação determinante para a manutenção da ordem jurídica (art. 176 do CPC de 2015), pois visa à proteção de direitos e interesses da sociedade. Resposta correta E. o Ministério Público atua como órgão permanente e como fiscal da ordem jurídica, sendo a sua função essencial ao Estado Democrático. Por que esta resposta é a correta? O Ministério Público tem atuação determinante para a manutenção da ordem jurídica (art. 176 do CPC de 2015), pois visa à proteção de direitos e interesses da sociedade. 3. Qual é a consequência jurídica quando o Ministério Público não intervém em caso que sua presença é obrigatória? Resposta correta A. O juiz decretará a nulidade do feito e todos os atos deverão ser repetidos, após a manifestaçõ do MP quanto ao prejuízo. Por que esta resposta é a correta? O processo é considerado nulo de acordo com o art. 276 do Código de Processo Civil de 2015. O magistrado deverá invalidar todos os atos ocorridos após o momento do qual o MP deveria intervir. Todavia, a nulidade do ato deve ser decretada após o ingresso do MP nos autos, que deverá se manifestar sobre eventual prejuízo ocorrido decorrente da sua ausência nos autos. B. O processo continua, visto que não houve prejuízo para as partes. Por que esta resposta não é correta? O processo é considerado nulo de acordo com o art. 276 do Código de Processo Civil de 2015. O magistrado deverá invalidar todos os atos ocorridos após o momento do qual o MP deveria intervir. Todavia, a nulidade do ato deve ser decretada após o ingresso do MP nos autos, que deverá se manifestar sobre eventual prejuízo ocorrido decorrente da sua ausência nos autos. C. O juiz deverá analisar o caso e decretar o saneamento do feito para chamar o Ministério Público aos autos e inicar novo processo. Por que esta resposta não é correta?O processo é considerado nulo de acordo com o art. 276 do Código de Processo Civil de 2015. O magistrado deverá invalidar todos os atos ocorridos após o momento do qual o MP deveria intervir. Todavia, a nulidade do ato deve ser decretada após o ingresso do MP nos autos, que deverá se manifestar sobre eventual prejuízo ocorrido decorrente da sua ausência nos autos. D. O juiz determinará a anulabilidade dos atos, após análise do caso concreto. Por que esta resposta não é correta? O processo é considerado nulo de acordo com o art. 276 do Código de Processo Civil de 2015. O magistrado deverá invalidar todos os atos ocorridos após o momento do qual o MP deveria intervir. Todavia, a nulidade do ato deve ser decretada após o ingresso do MP nos autos, que deverá se manifestar sobre eventual prejuízo ocorrido decorrente da sua ausência nos autos. E. O juiz nada determinará, pois se houvesse necessidade do MP, as partes deveriam ter requerido a presença do órgão em tempo da instrução do feito. Por que esta resposta não é correta? O processo é considerado nulo de acordo com o art. 276 do Código de Processo Civil de 2015. O magistrado deverá invalidar todos os atos ocorridos após o momento do qual o MP deveria intervir. Todavia, a nulidade do ato deve ser decretada após o ingresso do MP nos autos, que deverá se manifestar sobre eventual prejuízo ocorrido decorrente da sua ausência nos autos. 4. O Ministério Público, quando é chamado a intervir no processo como fiscal da ordem jurídica, por quanto tempo poderá ficar em posse dos autos para a emissão de parecer? A. Toda a intimação do MP é física e, portanto, a intimação é realizada em secretaria e a manifestação é feita nesse momento pelo promotor. Por que esta resposta não é correta? O Código de Processo Civil de 1973, quando tratava da intervenção do Ministério Público como fiscal legis, não determinava um tempo específico para a manifestação do órgão. Todavia, com a edição do CPC de 2015, o prazo de 30 dias foi estipulado para que o MP se manifeste como fiscal da ordem jurídica. B. O prazo para a manifestação do Ministério Público é de 10 dias, por analogia ao inciso I do art. 7º da Lei nº 12.016/2009 (mandado de segurança). Por que esta resposta não é correta? O Código de Processo Civil de 1973, quando tratava da intervenção do Ministério Público como fiscal legis, não determinava um tempo específico para a manifestação do órgão. Todavia, com a edição do CPC de 2015, o prazo de 30 dias foi estipulado para que o MP se manifeste como fiscal da ordem jurídica. C. Não há prazo definido na legislação para o Ministério Público se manifeste. A manifestação somente deve ocorrer para proteção de incapaz. Por que esta resposta não é correta? O Código de Processo Civil de 1973, quando tratava da intervenção do Ministério Público como fiscal legis, não determinava um tempo específico para a manifestação do órgão. Todavia, com a edição do CPC de 2015, o prazo de 30 dias foi estipulado para que o MP se manifeste como fiscal da ordem jurídica. Você acertou! D. É dado ao Ministério Público o prazo de 30 dias para se manifestar, sendo que após findo esse prazo, o juiz requisitará os autos. Por que esta resposta é a correta? O Código de Processo Civil de 1973, quando tratava da intervenção do Ministério Público como fiscal legis, não determinava um tempo específico para a manifestação do órgão. Todavia, com a edição do CPC de 2015, o prazo de 30 dias foi estipulado para que o MP se manifeste como fiscal da ordem jurídica. E. Para se manifestar, o Ministério Público tem prazo em dobro, portanto, 60 dias. Por que esta resposta não é correta? O Código de Processo Civil de 1973, quando tratava da intervenção do Ministério Público como fiscal legis, não determinava um tempo específico para a manifestação do órgão. Todavia, com a edição do CPC de 2015, o prazo de 30 dias foi estipulado para que o MP se manifeste como fiscal da ordem jurídica. 5. Nas ações de interdição, a perícia médica é fato indispensável para o deslinde do feito, pois nesse ato se verificarão as condições, se existentes, do interditando em realizar/praticar atos da vida civil. No presente caso, o processo foi julgado procedente para condenar a interdição, todavia, não foi realizada perícia e o MP tampouco foi intimado para se manifestar. Assim, verifique qual sentença se adequa mais ao caso. Resposta correta A. A sentença deve ser decretada nula e todos os atos devem ser repetidos, se houve prejuízo ao incapaz, pela ausência do Ministério Público nos autos. Por que esta resposta é a correta? Para os casos de intervenção do MP, os arts. 178, inciso II, e 279, § 1º, determinam que em casos de presença de incapaz a presença do órgão é obrigatória. Assim, a ausência do MP torna o feito nulo desde o ato em que o órgão deveria ter sido intimado e não foi. Ainda, caberá ao órgão determinar se houve prejuízo à parte. Em casos de interdição, a perícia médica é ato mandatório para auferir as condições do interditando para a vida civil. B. Somente em sede de recurso poderão os desembargadores avaliar as condições da sentença proferida. A sentença não merece reformas, pois não relata prejuízo ao incapaz, visto que foi procedente. Por que esta resposta não é correta? Para os casos de intervenção do MP, os arts. 178, inciso II, e 279, § 1º, determinam que em casos de presença de incapaz a presença do órgão é obrigatória. Assim, a ausência do MP torna o feito nulo desde o ato em que o órgão deveria ter sido intimado e não foi. Ainda, caberá ao órgão determinar se houve prejuízo à parte. Em casos de interdição, a perícia médica é ato mandatório para auferir as condições do interditando para a vida civil. C. A sentença poderá ser anulada apenas se o Ministério Público requerer. Caso não haja o requerimento do órgão, a sentença deve ser mantida. Por que esta resposta não é correta? Para os casos de intervenção do MP, os arts. 178, inciso II, e 279, § 1º, determinam que em casos de presença de incapaz a presença do órgão é obrigatória. Assim, a ausência do MP torna o feito nulo desde o ato em que o órgão deveria ter sido intimado e não foi. Ainda, caberá ao órgão determinar se houve prejuízo à parte. Em casos de interdição, a perícia médica é ato mandatório para auferir as condições do interditando para a vida civil. D. Não é cabível a anulação da sentença, visto que esta transcorre de forma regular, respeitando o devido processo legal. Por que esta resposta não é correta? Para os casos de intervenção do MP, os arts. 178, inciso II, e 279, § 1º, determinam que em casos de presença de incapaz a presença do órgão é obrigatória. Assim, a ausência do MP torna o feito nulo desde o ato em que o órgão deveria ter sido intimado e não foi. Ainda, caberá ao órgão determinar se houve prejuízo à parte. Em casos de interdição, a perícia médica é ato mandatório para auferir as condições do interditando para a vida civil. E. O prazo temporal para a solicitação de nulidade do feito não poderá ser após a prolação da sentença. Dessa forma, a decisão deve ser mantida. Por que esta resposta não é correta? Para os casos de intervenção do MP, os arts. 178, inciso II, e 279, § 1º, determinam que em casos de presença de incapaz a presença do órgão é obrigatória. Assim, a ausência do MP torna o feito nulo desde o ato em que o órgão deveria ter sido intimado e não foi. Ainda, caberá ao órgão determinar se houve prejuízo à parte. Em casos de interdição, a perícia médica é ato mandatório para auferir as condições do interditando para a vida civil.
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