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Exames Complementares II - hemograma (resumo)

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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução: 
A solicitação de um exame complementar deve ser direcionada 
levando-se em consideração os dados obtidos através da anamnese 
e exame físico. 
• Não há exame perfeito. Os valores laboratoriais 
negativos não necessariamente descartam um 
diagnóstico clínico. 
• Os exames hematológicos: usam o sangue para obter 
dados complementares ao diagnóstico clínico. Não são 
específicos de um diagnóstico, mas é um dado a mais que 
pode contribuir. 
Uso dos exames complementares: 
• Identificar/confirmar a presença de doença ou situação 
relacionada à saúde; 
• Fornecer diagnóstico definitivo; 
• Avaliar a gravidade do quadro clínico; 
• Estimar o prognóstico; 
• Monitorar a resposta a uma intervenção. 
Os exames complementares podem ser classificados em: 
• Específicos: definem/confirmam o diagnóstico, são 
conclusivos. Ex: biópsia (sempre conclusivo), sorologia 
(específico para determinadas doenças) e a citologia 
esfoliativa (se for bem realizada, também pode ser 
considerada específico). 
• Semi-específicos: sugerem possibilidades de 
diagnóstico. Ex: exames de imagem (radiografias) e a 
citologia esfoliativa (dependendo da situação também 
pode ser semi-específico). 
• Inespecíficos: fornecem indícios que somado a outros 
dados indicam o diagnóstico. Ex: exames hematológicos 
(hemograma e coagulograma). 
O cirurgião-dentista não irá definir um diagnóstico relacionado a 
alterações no corpo. Ele pode suspeitar dessas alterações e 
encaminhar o paciente, para que um médico possa realizar o 
diagnóstico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exames complementares: 
• Exames de imagem; 
• Biópsia; 
• Citologia esfoliativa; 
• Exames hematológicos – hemograma, hemostasia, 
bioquímica; 
• Exames sorológicos; 
• Cultura e antibiograma. 
O sangue é um tecido conjuntivo líquido, ligeiramente viscoso, que 
circula ao longo do sistema cardiovascular e transporta substâncias 
através do corpo. 
Sua coloração varia do vermelho-rubro, rutilante (sangue arterial) 
ao vermelho-escuro e ligeiramente opaco (sangue venoso). O 
sangue arterial circula pelas artérias de todos os calibres em 
sentido centrífugo (se afasta do centro por rápidos movimentos 
de rotação), e pela veia pulmonar; e o sangue venoso percorre as 
veias e a artéria pulmonar em sentido centrípeto (tende a se 
aproximar do centro). 
Além das substâncias figuradas (eritrócitos, leucócitos e 
plaquetas), sólidas, de diferentes formas, tamanhos, coloração e 
números absolutos, o sangue é formado, em sua maior parte, pelo 
plasma, líquido de aspecto límpido. 
Hemograma: 
Compreende a contagem global e relativa de eritrócitos (glóbulos 
vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos), dosagem de hemoglobina, 
determinação do valor globular e contagem específica dos 
leucócitos e dos trombócitos (plaquetas). 
Como exame não concludente ou mesmo excludente, o hemograma 
é um exame que complementa uma hipótese diagnóstica, não tendo 
valor diagnóstico isoladamente. 
 
Hemograma 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Devido a sua complexidade, os diagnósticos hematológicos são de 
competência do médico clínico geral e, frequentemente, do 
hematologista. O cirurgião-dentista pode prescrever e administrar 
qualquer fármaco relacionado com a prevenção de hemorragias ou 
episódios hemorrágicos, previsíveis ou imprevisíveis, no âmbito da 
Estomatologia. 
Na maioria das vezes, o hemograma quantifica e qualifica os 
elementos figurados do sangue. Elementos figurados do sangue são 
um conjunto de células que se encontram na corrente circulatória, 
ao redor da parte interna do endotélio vascular ou nas 
proximidades deste. O hemograma divide-se em 3 análises: 
• Série vermelha: Eritrograma – hemácias/glóbulos 
vermelhos; 
• Série branca: Leucograma – glóbulos brancos; 
• Contagem de plaquetas/trombócitos 
• Avaliação sistêmica; 
• Anemia; 
• Infecção; 
• Leucemia; 
• Parasitoses; 
• Alergias. 
• O intervalo de referência varia de um laboratório para 
outro. 
• O profissional deve estar atento às variações 
decorrentes de: 
▪ Idade; 
▪ Sexo; 
▪ Estado fisiológico. 
• Não negligenciar o efeito das drogas sobre os valores 
dos exames (medicamentos). 
Os leucócitos contam de 5.000 a 10.000 se considerarmos a 
mesma quantidade de sangue e duram 3 a 7 dias em média; os 
eritrócitos existem em muito maior número (cerca de 5,1 milhões 
a 5,8 milhões por milímetro cúbico de sangue) e vivem cerca de 
120 dias; e os trombócitos (as plaquetas) somam de 250.000 a 
450.000, na mesma amostragem volumétrica de sangue, e duram, 
em média, 5 a 9 dias 
 
 
 
 
• Contagem de eritrócitos; 
• Hemoglobina (Hb); 
• Hematócrito (Hct). 
 
 
 
 
 
 
 
 
O eritrócito ou hemácia é o elemento figurado do sangue mais 
abundante numericamente e de maior longevidade. Esses valores 
são válidos para o Brasil, que não tem grandes elevações 
(montanhas) ou depressões. 
 
 
 
 
Hemoglobina é o corante que dá a cor avermelhada típica das 
hemácias, cuja função é ligar-se principalmente ao O2 , na 
inspiração, e ao CO2 , na expiração, ao nível dos alvéolos 
pulmonares. 
• Hematócrito (%): é a proporção de eritrócitos em relação 
ao plasma no sangue circulante. O normal é 55% plasma, 
45% hemácias e < 1% leucócitos e plaquetas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma poliglobulia pode ocorrer em pessoas que viajam para 
regiões com menos altitude, pois o número de eritrócitos 
aumenta na tentativa de compensar a dificuldade de respirar. 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• Dosagem de Hemoglobina (Hb): quantidade de hemoglobina 
em 100 ml de sangue. 
 
 
 
Índices Hematimétricos: 
Parâmetros laboratoriais: 
• Volume corpuscular/globular médio (VCM/VGM): é a 
média do volume dos eritrócitos. O resultado vem em 
micra cúbicas (μ3) ou fentolitros (fℓ). Os valores normais 
oscilam entre 80 e 100 fℓ, sendo a média 86 μ3 . 
 
 
 
 
• Hemoglobina Corpuscular média (HCM/ HbCM): é a 
proporção de hemoglobina em cada eritrócito. 
 
 
 
 
• Concentração de hemoglobina corpuscular média 
(CHbCM): representa a concentração de hemoglobina por 
eritrócito em percentual. 
 
 
 
• Hemossedimentação: velocidade de sedimentação dos 
eritrócitos. 
 
 
 
 
 
• Amplitude de distribuição dos eritrócitos (ADE/RDW - 
red cell distribution width): é como se o diâmetro de cada 
eritrócito fosse medido um a um e dividido pelo número 
de células. Os valores normais vão de 11,5 a 14,5%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A imagem mostra o esfregaço de sangue de paciente com anemia 
por deficiência de Fe (anemia ferropriva). Nota-se uma distribuição 
bastante irregular do diâmetro da maior parte dos eritrócitos (ou 
RDW), que resulta em uma variação da coloração das hemácias 
anormal. 
 
 
 
 
Hemograma completo: série vermelha; eritrograma. Leitura normal. 
Nota: não é necessário o solicitante decorar porcentagens ou 
cifras; o laboratório envia os valores de referência de acordo com 
os métodos empregados. 
ANEMIA: 
A anemia é caracterizada pela diminuição ou má qualidade de 
hemoglobina circulante no sangue. A dosagem de hemoglobina 
circulante no sangue é de 13,5 até 17,5 g/dℓ. A anemia pode ser 
conceituada como a quantidade menor que 13,5 g/dℓ de 
hemoglobina circulante no sangue, independentemente da 
quantidade normal ou anormal de hemácias. Quando a quantidade 
de hemoglobina circulante for maior que 17,5 g/dℓ, evidencia-se 
algum tipo de hemoglobinopatia. 
Causas: 
• Infecção parasitária intestinal; 
• Neoplasias malignas; 
• Úlcera gástrica ou duodenal; 
• Uso prolongado de medicamentos. 
Tipos de anemia: 
• Ferropriva (Deficiência de Ferro); 
• Perniciosa (Reabsorção vitamina B12); 
• Megaloblástica (Carência vit. B12 e ácido fólico); 
• Hemolítica (Associada a hemólise). 
Manifestações orais da anemia ferropriva: 
• Queilite angular (sem identificação de um fator associado 
+ dimensão vertical reduzida); 
• Glossiteatrófica (quando não desaparece, excluindo a 
língua geográfica e candidíase); 
• Palidez das mucosas. 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
Alterações do eritograma: 
Deve-se sempre avaliar o número de glóbulos vermelhos, a 
produção de hemoglobina, o hematócrito, VCM e HbCM. Alguns 
podem apresentar uma taxa normal, porém outros podem estar 
alterados, indicando uma anemia. 
 
Nesse caso da imagem, a contagem dos glóbulos vermelhos e a 
hemoglobina estão normais, de acordo com os valores de 
referência. Porém, o hematócrito, VCM e HbCM apresentam-se 
alterados, configurando uma anemia. Além disso, a análise constata 
uma microcitose (diminuição do volume) e hopocromia (diminuição da 
coloração - hemácias mais claras) na análise da série vermelha, 
indicando uma anemia. 
 
 
 
 
 
 
No leucograma definem-se os seguintes elementos: neutrófilos, 
mielócitos, bastonetes, segmentados, eosinófilos, basófilos, 
linfócitos típicos, linfócitos atípicos e monócitos. 
• Contagem de leucócitos (Leucometria); 
• Fórmula leucocitária (valor relativo e absoluto); 
• Estudo dos granulócitos e agranulócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os promielócitos, mielócitos, metamielócitos, bastões e blastos são 
células precursoras dos leucócitos (células que ainda estão 
imaturas). O normal é que elas não estejam presentes no sangue 
periférico (onde geralmente a amostra é colhida para a realização 
do exame). Essas células só devem estar presentes na medula 
óssea, onde ficam todas as células imaturas e só vão para o sangue 
periférico quando estão maduras. Se houver a presença dessas 
células imaturas no sangue periférico, pode ser indicativo de uma 
leucemia, pois significa que algo está errado. Os segmentados 
também são células imaturas, mas que já são quase neutrófilos. Já 
os neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos são 
células maduras, portanto podem estar presentes no sangue 
periférico. 
 
 
 
• Leucometria: contagem global de leucócitos em 1 mm3 de 
sangue. 
 
 
 
 
 
Também é possível que aconteça o contrário de uma anemia, 
que é quando o organismo aponta o excesso de ferro 
(ferritina alta). Significa que está acontecendo uma grande 
absorção de ferro pelo organismo. 
A grande maioria dos leucócitos são neutrófilos. E os 
leucócitos que se apresentam em menor quantidade são os 
basófilos. 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
Leucocitose: pode ocorrer por conta de leucemia, infecções por 
anaeróbios; 
Leucopenia: pode ocorrer por conta de uma gripe, Leishmaniose; 
• Neutrófilos: 
▪ Responsáveis pela FAGOCITOSE; 
▪ Representam 55-70% dos leucócitos; 
▪ Segmentados, bastonetes, metamielócitos e 
mielócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
• Eosinófilos: 
▪ Processos alérgicos e doenças parasitárias; 
▪ Representam 2-4% dos leucócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
• Basófilos: 
▪ Responsáveis pela produção de histamina – 
relacionada com processos alérgicos; 
▪ Representam 0-1% dos leucócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
• Linfócitos: 
▪ Responsáveis por processos imunológicos; 
▪ Representam 20-30% dos leucócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Monócitos: 
▪ Fagocitose de focos infecciosos, processos 
imunológicos específicos; 
▪ Representam 5% dos leucócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A linfopenia pode estar associada a infecção pelo HIV, pois 
essa infecção causa a destruição dos linfócitos. 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
Os leucócitos – tanto os granulócitos como os agranulócitos – que 
desempenham função de proteção por meio da produção de 
anticorpos (principalmente, os linfócitos) e fagocitose 
(principalmente os neutrófilos) possuem uma vida tão efêmera, de 
menos de 1 semana somente (de 3 a 12 dias), com poucas 
exceções. 
• Contagem de plaquetas: 150.000 – 450.000/mm3. 
• PLAQUETOSE/TROMBOCITOSE: perda hemática 
(menstruação – processo fisiológico, libera um alto fluxo 
de sangue por conta do rompimento dos vasos do útero, 
e por isso as plaquetas se multiplicam no sangue); 
• PLAQUETOCITOPENIA/TROMBOCITOPENIA: 
anemia de Fanconi, dengue, hepatite c. Pode ocorrer em 
decorrência de uma alteração genética na função das 
plaquetas, nesses casos haverá hemorragias 
espontâneas e hematomas grandes. 
O hemograma completo só é capaz de avaliar a quantidade de 
plaquetas no sangue. Quando deseja-se avaliar a qualidade (a 
função) das plaquetas, é necessário realizar um coagulograma. 
 
 
 
Referências: 
KIGNEL, Sergio. Estomatologia: bases do diagnóstico 
para o clínico geral. 3. ed. Rio de Janeiro: Santos 
Editora, 2020. 
Aula teórica de Clínica de Semiologia.Profesora Natália 
Guimarães Barbosa. Faculdade Maurício de Nassau, 
odontologia, 2021.

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