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Emilly de Almeida Mello 16A DIP – doença de Chagas – prof Vanessa – 05/03/2021 Uma doença infecto contagiosa que tem ação sistêmica. Contexto histórico 1909: descrita por Carlos Chagas que detectou o parasita em um a criança de 2 anos em MG. Foi considerado em marco A doença apresenta um curso clínico bifásico – fase aguda (as vezes não identificada) e fase crônica Descrição: antropozoonose de elevada prevalência e expressiva morbimortalidade. - Antropozoonose (atinge ser humano e animais silvestres e domésticos) Sinonímia: Tripanossomíase americana Doença possui uma transmissão vetorial sustentada no país, o que demonstra a importância do controle vetorial. Em 30 anos, a prevalência foi de 4,2% para 0,1% com o controle do vetor. Período de incubação: varia de 1 a 2 semanas (na transmissão oral este período varia de 3 a 22 dias) Características clínicas da fase aguda: síndrome febril prolongada relacionada a elevada parasitemia. Pode haver sintomatologia inespecífica ou específica (miocardite, dispneia, dor precordial, diarreia, vômitos) . Na fase crônica: há anticorpos circulantes e a parasitemia não é mais detectável por microscopia direta. - Inclui a forma indeterminada: assintomática e sem sinais de comprometimento cardíaco ou digestivo - Forma determinada com expressão cardíaca, digestiva ou cardiodigestivas, a menos comum é a neurológica. Estima-se que 10 a 30% evoluem para a forma sintomática Essas formas estão associadas à importante morbimortalidade e diminuição na qualidade de vida. Emilly de Almeida Mello 16A Essa doença antes confinada em áreas rurais apresenta-se atualmente em áreas urbanas, como consequência do êxodo rural. Agente etiológico: protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. Reservatórios: centenas de espécies de mamíferos (silvestres e domésticos) que compartilhem ambientes comuns ao homem e animais domésticos Vetores: insetos da subfamília Triatominae, conhecidos popularmente como barbeiro, chupão. barbeiro Tanto os machos como as fêmeas, em todas as fases do seu desenvolvimento são hematófagos. Maioria dos triatomíneos deposita seus ovos livremente no ambiente, alguns possuem substâncias adesivas que fazer com que os ovos fiquem aderidos ao substrato, podendo ser transportados passivamente por longas distancias, promovendo a dispersão da espécie. Modo de transmissão Contato com as fezes e/ou urina do vetor (barbeiro) Ingestão de alimentos contaminados com parasitas provenientes de triatomíneos infectados Via materno-fetal Transfusão de sangue ou transplante de órgãos Acidentes laboratoriais Transmissão sexual Emilly de Almeida Mello 16A Tripomastigotas chegam a corrente sanguínea à atingem tecido cardíaco ou gastrointestinal e se transforma em amastigotas à nesses tecidos, amastigotas se reproduzem assexualmente (início dos sintomas de ICC ou distensão abdominal, dor abdominal, gases, diarreia) - megacólon por grande reprodução do parasita na fase crônica. Amastigotas à tripomastigotas (forma flagelada) ocorre reprodução sexuada. Essa reprodução assexuada dos amastigotas causa processos inflamatórios, pode causar os sintomas. A diferença entre a sintomatologia da fase aguda para a crônica é dada pela ação do sistema imune, de forma Amastigotas transformam-se em tripomastigotas e retornam ao sangue à tripomastigotas sanguíneos captados por outro inseto Tripomastigotas transformam-se em epimastigotas no intestino do inseto. Manifestações clínicas Fase aguda: Febre – geralmente constante, não superior a 39ºC Emilly de Almeida Mello 16A Mal estar, cefaleia, astenia e hiporexia Sinal de porta de entrada: Sinal de Romaña: edema elástico das pálpebras unilateral, indolor, com reação de linfonodo satélite (pré-auricular), com edema frequentemente se propagando hemiface correspondente. Chagoma de inoculação: formação cutânea pouco satélite, endurecida, avermelhada, pouco dolorosa e circundada por edema elástico. Fase aguda sintomática: inespecífica que ainda da para confundir com outras doenças Linfonodos com aumento discreto a moderado no volume Hepatomegalia e/ou esplenomegalia pequena a moderada Miopericardite Encefalite Anemia, linfócitos atípicos Alterações eletrocardiográficas Tosse, dispneia, dor torácica Manifestações clínicas na fase crônica Emilly de Almeida Mello 16A Forma indeterminada: paciente assintomático e sem sinais de comprometimento do aparelho circulatório e do aparelho digestivo. Pode perdurar por toda a vida do indivíduo. Forma cardíaca: miopatias dilatada e insuficiência cardíaca congestiva. Ocorre em cerca de 30% Forma digestiva: megacólon ou megaesôfago - No exame físico: diminuição dos ruídos hidroaéreos - Disfagia, obstipação, Forma mista: cardiodigestivas Diagnóstico laboratorial Métodos parasitológicos diretos: Pesquisa a fresco de tripanossomatídeos: execução rápida e simples, sendo mais sensível que o esfregaço corado. A situação ideia é a realização da coleta com o paciente febril e dentro de 30 dias do início dos sintomas. Método de concentração: rápida execução e baixo custo, recomendado como primeira escolha para casos sintomáticos com mais de 30 dias de evolução. Amostras devem ser examinadas dentro de 24h, devido a possível lise dos parasitas. Lâmina corada de gota espessa ou esfregaço: menor sensibilidade que os métodos anteriores, pode ser realizado concomitante com o diagnóstico da malária. Emilly de Almeida Mello 16A Realizar simultaneamente diferentes exames parasitológicos diretos. Métodos sorológicos: indiretos, não sendo indicados na fase aguda, pode ser realizado quando os exames parasitológicos forem negativos e a suspeita clínica persistir. Detecção de anticorpos IgG: duas coletas com intervalo mínimo de 15 dias entre uma e outra Detecção de anticorpos IgM: complexa, pode apresentar falso-positivos em várias doenças febris. Mais adequada na fase aguda tardia. Hemaglutinação direta, imunofluorescência indireta e ELISA. Tratamento: O benznidazol é o fármaco de escolha disponível. A cura é a negativação sorológica. Definição do caso Aguda: persistente (> 7 dias) com uma ou mais das seguintes manifestações: - Edema de face ou de membros, exantema, adenomegalia, Hepatomegalia, esplenomegalia, cardiopatia aguda, manifestações hemorrágicas, icterícia, sinal de Romaña, chagoma de inoculação. agudo tardio Emilly de Almeida Mello 16A Confirmação ou descarte de doença de Chagas crônica Na doença crônica tem variação para mais de anticorpos, meio que aumenta a imunidade. Medidas de prevenção e controle Manter quintais limpos, evitando acúmulo de materiais Não confeccionar coberturas para as casas com folhas de palmeira Uso de repelentes, roupas de mangas longas, mosquiteiros ao dormir Não esmagar o inseto Proteger a mão com luva ou saco plástico Referencias: guia de vigilância em saúde do MS Emilly de Almeida Mello 16A
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