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Lesões VÉSICO-BOLHOSAS Aula 10 Giulia Taniguchi de Mattos ● Vesícula até 3 mm e bolha acima de 3 mm ● Características gerais - Apresentam-se como vesículas e bolhas - Fase da doença (início) se apresenta como vesículas e bolhas - Aumento de volume de consistência amolecida ou branda - Conteúdo líquido (pus, sangue, saliva, linfa, líquido cístico etc) → Conseguimos saber o conteúdo pela inspeção (cor superficial) ● Semiotécnica - Inspeção → Tamanho (vesícula ou bolha) → Forma - Arredondada ou circular (alteração local) - Irregular (alteração sistêmica) → Cor - Avermelhada ou azulada (alt vascular) - Amarelada (pus → infecção local como acne) - Translúcida (saliva ou liquido cístico) - Quanto mais profunda a lesão (rósea ou cor da mucosa) → Número - Única (alteração local) - Múltipla (alteração sistêmica como reação alérgica, imunológica, viral) - Palpação - Amolecida ou branda (lesão superficial) - Consistente ou fibrosa (lesão profunda) - Punção e aspiração - Punção (furar) e aspiração o conteúdo para análise - Utilizar calibre padrão (não de insulina que é muito fina) pois existem conteúdos gelatinosos que não passam. - Quando essa manobra é enviada para exame se torna exame complementar → cor rósea (pode estar profunda) → Como punção e aspiração foi negativa é conteúdo sólido → 1 bolha de cor rósea → Pus (infecção bacteriana) ● Herpes tipo I (labial) - Herpesvírus Humano (HHV) - Tipos → Mononucleose (doença do beijo) → LEucoplasia pilosa sem etiologia definida → Sarcoma de Kaposi (vírus oportunista que deixa lesões cancerígenas roxeadas) → Herpes simples e zoster podem ter manifestações na boca - VHS -1 (lesões bucais) - VHS - 2 (lesões genitais) - Primeira exposição do VHS-1 ocorre na infância → Se algo estiver contaminado com herpes ativo e passarmos em mucosas (olhos, boca, genital, anus) pode contaminar também. → Infecção primária - Pode ter fase subclínica (pobre em sintomas, quadro clínico, inespecífico sugestivo de virose) → Pobre em sintomas para diagnóstico, o vírus do herpes não se expressou. - Pode ter fase gengivoestomatite herpética aguda → = Primoinfecção herpética (primeira infecção) → Primeira manifestação do herpes na boca de forma aguda, quando se torna recorrente (toda vez que ativa após latência) sua manifestação é menos expressiva. → febre, mal estar, linfadenopatia, dor, incapacidade de alimentação (sente fome mas dói ao comer), irritabilidade → Lesões vésico-bolhosas que ao estourar causam muita dor → Envolve regiões queratinizadas (gengiva, palato duro) e não queratinizadas (soalho, palato mole) → Múltiplas provavelmente é devido doença sistêmica → Deve ser tratada para manter alimentação e não fica imunodeprimida → + de uma lesão e paciente sentiu prostração e febre o que pode indicar primeira infecção herpética. → Está afetando a gengiva a deixando mais espessa → Mesmo paciente com manifestação exacerbada, se multiplicando → Mesmo paciente com bolha estourada aparecendo uma úlcera → Nunca trate um vírus com corticoide (irá desinflamar infeção mas piora infecção viral já que diminui imunidade). → Manifestação exacerbada da herpes (lábio e lingua) com bolhas que estouraram e viraram uma úlcera dolorosa devida ter tomado corticóide. →Multiplas vesiculas na gengiva, lingua dorso e ventre, soalho, palato → Paciente com estado gripal (não se sente bem, febre, prostação) → Não consegue comer e nem higienizar ● Herpes simples (recorrente) - Foi infectado mas não houve manifestação, vírus fica latente e devido a algum motivo reaparecem com sinais e sintomas. → História da lesão → Sinal prodrômico (coceira antes de aparecer lesão) → aparecem bolhas que estouram e viram ulceras → Não remover a crosta protege contra infecções oportunistas e assim auxilia cura → Volta sempre a latência até reaparecer. - Ativação do vírus que o faz sair do estágio de latência → VHS ½ (em contato com vírus ativo tipo 1 ou 2 que pode reativar o seu) → Raios solares → Frio → Estresse → Imunidade baixa - medicamentos como corticóide, transplantados que tomam medicação para evitar rejeição, AIDS que mata leucócitos, leucemia na medula óssea, anemia que diminui glóbulos vermelhos, quimioterapia que ataca câncer e hospedeiro, síndrome do intestino irritável,estresse. → Hormonal - Herpes labial tipo 1 (neurotrópico = afinidade a nervos) fica alojado no gânglio nervoso trigeminal migrando até a boca onde aparecem lesões. - → Coceira e depois vesículas - → Coalescem formando bolha grande - → Ulceras - → Crostas - Cicatrização e latencia! - Evitar compartilhar artefatos com saliva em caso de lesão ativa, já em caso de lesão cicatrizada não contamina mais. - Diagnóstico clínico - Evitar contágio e auto-contágio - Tratamento → Sintomático para primoinfecção herpética - Antitérmico para febre e analgésico para dor.Dipirona é antitérmico e analgésico. Antiinflamatório (que não seja corticóide) e antiviral (aciclovir que é pomada e aplicar 5x por dia por 5 dias). - As x há necessidade de soro porque paciente precisa ser hidratado e nutrido → Recorrentes - Afastar fatores ativadores ou desencadeantes - Aciclovir (Tubo) 5x dia por 5 dias (começar assim que estiver em fase prodromica) ● Herpes Zoster - Fica acoplado a vários nervos e pode ou não se manifestar - VHZ = HHV 3 - Mucocutânea (pele e mucosa) - Mesmo vírus que leva a manifestação de catapora fica latente e pode se manisfestar como herpes. - Unilateral (vírus migra pelo caminho do nervo dependendo do lado, não cruza para outro lado) - Mais intensa e duradoura - Tratamento : medicação sistêmica antiviral (nem sempre o aciclovir será capaz de tratar), analgésico, antiinflamatorio. - Sinal prodrômico (dor neurológica) - Pode deixar sequela se não for tratado desde o início, como parestesia e dor neural. - - ● Hemangioma - Hamartoma (congênito, falha no desenvolvimento) ou neoplásico - Lesão de aumento de volume com vasos sanguíneos dilatados. - Comum em pacientes mais velhos e não some ou pode aumentar. - Pode ser do tipo capilar (menor) ou cavernoso (vasos sanguíneos calibrosos) - Lesão vascular → Inspeção, palpação e diascopia (positivo para hemangioma quando fica isquêmico e tamanho é alterado) - Diagnóstio → Clínico (manobras de semiotécnica) → Biópsia excisional em lesões pequenas para não causar hemorragia extensa → Diascopia deixa lesão isquêmica e some - Tratamento → Crioterapia (congelação com nitrogênio em algumas sessões) → Esclerose Química (injeta medicação em vasos (igual varizes) - Ampola de oleato de monoetanolamina (ethamolin) - Injetado com seringa de insulina (pequeno calibre) - Punção no hemangioma e aspiração, se houver aspiração positiva significa que está dentro do vaso que é onde queremos acertar e assim inserir o produto. Paciente sente ardência no começo. - Pode mudar quantidades de sessões. → Remoção cirúrgica → Esclerose química em hemangioma de língua 5 sessões. → Hemangioma com cores de mucosa e roxeadas por partes estar profunda e partes superficiais. → Granulos de fordyce como pontos amarelados. → Remoção cirúrgica com bisturi elétrico. → Hamartoma que não leva nenhuma alteração como dor e alteração na alimentação. Não precisa mexer. → Hamartoma que afetava região de mento e gengival (tinham medo de extrair dentes) ● Mucocele - Fenômeno de retenção de muco - Conceito → Aumento da glândula salivar menor, pode ocorrer nas mucosas bucais, com excessão do soalho bucal (rânula). - Etiologia → Trauma ou obstrução do ducto da glândula salivar menor (mordida ou cálculo) - Aspectos Clínicos → Vesícula ou bolha, → Consistência branda (conteúdo líquido) → Localizada em mucosa labial inferior (mais comum) → Indolor → Pode regredir (esvazia mas logo após cicatrizar volta pois glândula continua entupida) e recidivar → Coloração azulada ou avermelhada ou transparente (devido profundidade) - Diferencia de hemangioma com diascopia - - - Diagnóstico → Clínico + anátomo-patológico - Tratamento → Anestesia a distância → Excisão da glândula acometida com remoção deglândula salivar menor adjacente envolvida. --> Diérese superficial para não romper glândula → Separa epitélio da glândula e labial por divulsão com tesoura de ponta romba → Remoção dela e de outras gl. Vizinhas que podem ter sido traumatizadas para evitar recincidencia → Sutura - ● Rânula - Aumento de glândula salivar menor ou maior em soalho bucal por trauma ou obstrução dos ductos. - Normalmente afeta a gl submandibular pq possui menos ductos do que a sublingual que tem várias vazões para a saliva - Aspecto clínico de ventre de rã - Bolha (aumento do espaço sublingual elevando a língua e dificultando deglutição ou respiração) - Dor frente a estímulo químico mecânico (gustativo ou odor aumenta saliva e doi, limão, fala, deglutição) - Diagnóstico → Clínico + radiografia + anátomo-patológico - Tratamento → Marsupialização (janela para sair saliva da glândula) (divulsionar epitélio glandular com do epitélio do soalho) → Sutura epitelio glandular com soalho para evitar fechar ducto e reincidir. -
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