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CÂNCER DE PELE Epidemiologia O Câncer de pele é o principal problema de saúde pública Já está entre as 4 causas de morte prematura (antes dos 70 anos) na maioria dos países É o segundo câncer de mama mais comum nos homens e mulheres, perdendo apenas para o de próstata e mama respectivamente Estimativa para o Brasil 2022: 177 mil não melanoma Carcinogênese Crescimento desordenado de células que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância O câncer surge a partir de uma mutação genética que leva a alteração do DNA Fatores de risco Exposição solar exagerada e desprotegida Bronzeamento artificial em câmaras Episódios de queimadura solar História familiar de câncer de pele História pessoal de câncer de pele Foto tipo I - Cabelos e olhos claros - Pele clara com tendência a vermelhidão e que raramente bronzeia Vários nevos História ou presença de efélides Tipos de câncer de pele O câncer de pele é causado pelo crescimento anormal e descontrolado das estruturas que compõe a pele, logo a classificação é de acordo com a estrutura acometida 1. Cânceres não melanoma a. Carcinoma basocelular (70%) b. Carcinoma espinocelular (20%) 2. Melanoma (10%) Carcinoma basocelular É o mais prevalente É o mais benigno dos tumores malignos da pele mas apresenta malignidade local Ocorre em indivíduos acima de 40 anos Quando suspeitar: - Friável - Que não cicatriza - Sangrante - Translúcida e perolada Localização comum Regiões expostas ao sol como os dois terços superiores da face Subtipos ● CBC nódulo-ulcerativo Descrição: lesão eritemato-exulcero-crostosa com borda perolada e presença de telangiectasias ● CBC superficial Descrição: Mácula eritematosa de borda um pouco perolada Mácula hipocrômica semelhante a cicatriz ● CBC nodular pigmentado ● CBC esclerodermiforme ● CBC nodular Descrição: pápula brilhante ● CBC ulcerado Diagnóstico Clínico Dermatoscopia Exame anatomo-patológico Tratamento Depende do tipo histológico e localização Opções disponíveis: - Curetagem e eletrocoagulação - Excisão e sutura - Criocirurgia - Cirurgia micrográfica: indicado para cbc periorificial (perioral, perinasal e periocular) - Imiquimod - Vismodegib (VO) - Sonidegib (VO) Carcinoma espinocelular É o segundo mais prevalente Duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres Ocorre em pele com fotodano Quando suspeitar: - Pode parecer um machucado que não cicatriza - Feridas espessas e descamativas - Presença de úlcera na lesão Localização Pode se desenvolver em todas as áreas do corpo, mais comum nas áreas expostas ao sol, lábio superior, orelhas, couro cabeludo e pescoço. Em geral em áreas de dano solar. Fatores de risco Após 50 anos Transplantados Xeroderma pigmentoso Exposição prévia a arsênico Derivados de alcatrão e hidrocarbonetos Fatores virais (ex.: HPV) Apresentação Mácula ou pápula eritematosa ceratósica de borda irregular, às vezes com sangramento e formação de crosta Pode haver corno cutâneo Diagnóstico Clínico Dermatoscopia Exame anatomo-patológico Tratamento Opções disponíveis: - Curetagem e eletrocoagulação < 1 cm, recente - Excisão e sutura margem de 0,5 cm - Cirurgia micrográfica - Radioterapia de tumores não ressecáveis - Quimioterapia complementar - Cetuximabe Ceratose actínica Lesão PRÉ MALIGNA, pode ser considerada carcinoma in situ Textura Plana a ligeiramente elevada, escamosa, dura, áspera, às vezes com uma forma de chifre Tamanho Variam de um ponto minúsculo até 2,5 cm de diâmetro Cor Vermelho, bronzeado, rosa, da cor da pele, marrom ou prateado Localização Frequente em áreas expostas aos raios ultravioleta, incluindo rosto, lábios, orelhas, couro cabeludo, ombros, pescoço, dorso das mãos e antebraços Queilite actínica é uma variante da ceratose actínica no lábio inferior Apresentação Lesões eritematosa-ceratósicas Melanoma Se detectado precocemente as chances de cura são mais de 90% Um pouco mais frequente em homens Mulheres: mais comuns nos MMII Homens: mais comuns no tronco e dorso A hereditariedade é um fator importante ● Epidemiologia Menos frequente Pior prognóstico e com maior índice de mortalidade Entre 30-60 anos Pode surgir de um nevo melanocítico mas 70% não relatam lesões prévias ● Classificação Melanoma extensivo superficial 70% dos casos Melanoma nodular 15-30% dos casos Melanoma lentiginoso acral 2-8% dos casos É o tipo mais comum em negros e asiáticos (35-60%) Presente em palmas, plantas, falanges terminais, periungueais, subungueais Mais frequente em idosos (sexta década de vida) Melanoma amelanótico Diagnóstico diferencial: granuloma piogênico, eczema Lentigo maligno "melanoma in situ" Áreas expostas, idosos Lentigo maligno melanoma Surge do lentigo maligno, face de idosos (média 70 anos) ● Diagnóstico Suspeita clínica - Regra ABCDE - Dermatoscópio Exame anatomo-patológico ● Progressão ● Classificação do melanoma primário De acordo com a espessura = classificação de Breslow De acordo com a localização na epiderme = classificação de Clark ● Seguimento Estádio Seguimento 0 Exame físico completo anual Ia/Ib/IIa Histórico e exame físico completo a cada 3 a 12 meses por 5 anos. Depois de 5 anos = anual. IIb/IIc/III/IV História e exame físico completo a cada 3 a 6 meses por 2 anos e a cada 3 a 12 meses por 3 anos. Depois de 5 anos = anual. ● Prevenção Medidas de fotoproteção - Evitar exposição de 9-15h - Proteção solar física - Uso de protetor solar 30 minutos antes da exposição solar, reaplicar a cada duas horas e após sair da água Detecção precoce de lesões - Auto exame da pele - Consulta anual com dermatologista - Campanhas educativas de profissionais de saúde e profissionais que estão em contato com a pele, cabelo e unhas (cabeleireiros, massagistas, manicures e tatuadores)
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