Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PATOLOGIAS DO QUADRIL Osteonecrose da cabeça femoral Interrupção do fluxo sanguíneo na cabeça femoral ● Epidemiologia 25% são de causas não definidas Acometem mais homens 4:1 Faixa etária de 2º a 5º década Acometimento bilateral de 50-80% ● Causas Traumáticas Atraumáticas Idiopáticas ● Fatores de risco Uso crônico de corticoide (ex.: tratamento de artrite reumatoide) Dislipidemia Radioterapia Alterações rápidas da pressão atmosférica (doença do mergulhador) Anemia falciforme ou outras coagulopatias Tabagismo Alcoolismo ● Quadro clínico Dor na região anterior e profunda do quadril, às vezes na nádega e até região lateral Pode iniciar apenas com dor em joelho e claudicação ● Exame físico Não específico inicialmente com limitação da rotação interna ● Diagnóstico Por suspeição Raio X - Normal nas fases iniciais - fases avançådas: cistos, esclerose, osteoartrose RM: padrão ouro - Alteração com 48-72h - Dupla linha (necrose) com edema ao redor ● Tratamento Conservador: caso não tenha edema e/ou não esteja na área de carga - Indicado se ausência de edema na RM - Restringir o apoio e drogas (bifosfonatos, anticoagulantes) Cirúrgico: perfurações para reduzir a pressão intra-óssea e estimular a neovascularização, pode ou não ser usado enxerto Impacto femoroacetabular Impacto do fêmur proximal com o acetábulo devido a conformação anatômica do fêmur ou patologias que deformam a transição cabeça/colo (epifisiolistese proximal do fêmur/fratura) 30% das pessoas tem IFA assintomática fisiologicamente ● Tipos Pincer, came e misto (80% dos casos) ● Clínica Dor profunda no quadril, geralmente aguda quando lesão labrum Dor insidiosa e progressiva anterior no quadril pós atividades físicas e por algum tempo sentado Sinal do C Dor em determinados movimentos do quadril (sair do carro, amarrar cadarço, subir escada) Claudicação ● Exame físico Sinal de Faduri - principalmente limitação da rotação interna ● Exames de imagem ● Tratamento Não há necessidade de tratamento em pacientes assintomático Em pacientes sintomáticos, tratamento conservador com analgesia e restrição de atividades com muito movimento Cirúrgico se indicação com videoartroscopia Coxartrose Doença crônica caracterizada pela degeneração da cartilagem e neoformação óssea. Representa o estágio final de qualquer patologia degenerativa da articulação coxofemoral ● Causas Primária (idiopática): artrite (processo inflamatório, onde diversas citocinas destroem a cartilagem até chegar no osso) Secundária: há uma doença de base que leva à destruição da cartilagem também por um processo inflamatório. Ex.: Perthes, DDQ (principal causa), infecção (pioartrite), trauma prévio, osteonecrose ● Clínica Dores na região inguinal progressiva Inicialmente ao iniciar a marcha ao final do dia Limitação progressiva dos movimentos e limitação para atividades diária ● Exame físico Inespecífico Dores aos movimentos da coxofemoral com limitação dos movimentos Claudicação com deformidade do membro inferior nas fases mais avançadas ● Exames complementares Perda do espaço articular, deformidade, esclerose dos ossos e osteófitos marginais ● Tratamento conservador Analgesia Fisioterapia Mudança de estilo de vida - Perder peso → reduz sobrecarga no quadril → reduz velocidade de evolução da doença - Exercícios de pouco impacto → melhora e estimula a produção e circulação de líquido sinovial no quadril - Tratar a doença de base no caso de coxartrose secundária ● Tratamento cirúrgico Osteotomia Prótese total do quadril Dor lateral do quadril (bursite) É a inflamação da bolsa com líquido entre os tendões ou entre tendões e osso Sabe-se que as bursas tem uma função de diminuir o atrito entre as estruturas. No quadril existem entre 14 e 21 bursas constantes. As principais são: - Trocantérica - Subglútea - Isquioglút4ea - Iliopectínea ● Epidemiologia Mais comum nas mulheres (4:1) entre 30 e 60 anos ● Etiologia Provavelmente causada por microtraumas do atrito das estruturas ao lado da bursa ● Clínica Dor crônica, principalmente a noite, na lateral no quadril (trocantérica) ou profunda na nádega (isquioglútea e subglútea) ou na virilha (iliopectínea) ● Diagnóstico Dor na palpação lateral, inguinal e/ou glútea profunda e nos movimentos contra resistência Amplitude de movimentos do quadril normal Exames secundários ajudam no diagnóstico diferencial ● Tratamento Iniciar com tratamento conservador (analgesia e fisioterapia) e infiltrações se necessário Caso não tenha sucesso, está indicado o tratamento cirúrgico: artroscopia ressecando a bursa Tendinopatias Termo amplo para doença no tendão. Pode ser degenerativa ou inflamatória (tendinite) ● Epidemiologia Mais comum em mulheres 4:1, adultos jovens ● Etiologia Causada por microtraumas de repetição. Geralmente é o paciente que começou um treino mais intestino na academia ou que começou há pouco tempo a praticar exercícios físicos (principalmente corrida, bicicleta ou caminhada) ● Clínica Dor (aguda ou crônica) de caráter profunda, que piora ao realizar movimento que submeta trabalhao a esse tendão Po principal tendão é o do glúteo médio (tendinite do glúteo médio) ● Diagnóstico USG pode ajudar mas a RM é o melhor, principalmente para excluir ONACF ● Tratamento Inicialmente é conservador - Analgesia - Restringir atividades física - Muita fisioterapia É um tratamento difícil e lento Cirurgia: tenorrafia aberta ou por artroscopia, tenotomia, compressão tendinosa
Compartilhar