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ABORDAGEM DO PACIENTE NA DERMATOLOGIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL 
ALAN R F PAZ JÚNIOR 
PASSO FUNDO 2021 
 
ABORDAGEM DO PACIENTE NA DERMATOLOGIA 
 
Lesão primária: decorrente da patologia (lesão decorrente de distúrbio 
autoimune, infecção primária). 
Lesão secundária: não em decorrência da lesão, mas de distúrbios paralelos, 
prurido (escoriações), infecções secundárias. 
Técnicas semióticas: nos auxiliam para melhor condução 
ANAMNESE: Identificação, idade, procedência (doenças infectocontagiosas, 
Dengue), ocupação do paciente (dermatite do cabeleireiro por irritação primária 
crônica de shampoo), duração e velocidade de início dos sintomas (precisão no 
início, crônica, aguda ou subaguda), localização, sintomas associados (prurido, 
ardência, dor, parestesia), antecedentes prévios(tratamento prévio, 
comorbidades associadas, uso de medicações, tinea corporis tratada com 
corticoide muda completamente de aspecto, passando a ser denominada tinea 
incognitis), história familiar (características genéticas) e antecedentes prévios 
(câncer de pele, alergias). 
◉ Prurido: Intensidade, duração, o paciente acorda para coçar (intensa, 
dermatite atópica). Mesmas vias neuronais que os sintomas de dor e 
ardência. 
EXAME FÍSICO: Deve incluir TODA A SUPERFÍCIE da pele e mucosas, bem 
como, cabelos, unhas e pelos. Na inspeção visual, devemos analisar a distribuição 
da lesão, identificar a lesão primária (vesícula, bolha, placa, questionar qual a 
lesão mais recente, como iniciou e como evoluiu) e lesões secundárias se houver. 
Na palpação da lesão, analisase o relevo, temperatura, volume e consistência da 
lesão (pétrea, móvel), atentando para não tocar diretamente lesões altamente 
contagiosas, como sífilis secundária e escabiose. Digito ou vitopressão para a 
diferenciação de lesões vasculares, fazendo uma vasoconstrição local que analisa 
como a lesão se comporta sem o aporte vascular. Compressão para avaliação 
quanto a edema e dermografismo. 
◉ Lesões Elementares Primárias: Identificar as características da superfície 
da lesão, examinar cuidadosamente e utilizar lupa e dermatoscópio. 
◉ Lesões Elementares Secundárias: Desenvolvem-se durante o processo 
evolutivo da doença cutânea ou criadas pelo ato de coçar ou infecção 
associada. Podem ser o único tipo de lesão presente e, neste caso, o 
processo primário da doença deve ser inferido. 
O parasita da ESCABIOSE se multiplica a cada 3 semanas, de modo a dobrar 
sua população a cada período de tempo. Ele forma um túnel de cerca de 1cm 
abaixo da epiderme e nem sempre está associado a pacientes que não tomam 
banho, existindo também casos de “sarna limpa”. Punho, mama e abdômen são 
ou lugares mais associados à doença e deve-se atentar a familiares próximos que 
também apresentam prurido. 
Lesões elementares: Por definição, trata-se de uma apresentação morfológica 
diferente da pele normal, induzida por causas físicas, químicas, animadas ou 
psíquicas. 
◉ Alterações da cor: Mácula (menor de 1 cm) e manchas (maiores que 1 
cm), pigmentares ou vasculo-sanguíneas 
◉ Lesões sólidas: Pápula, placa, nódulo, tumor, vegetação, verrucosidade 
e urtica. 
◉ Lesões de conteúdo líquido: Vesícula (bolha muito pequena), bolha, 
pústula (vesícula com líquido translúcido, amarelado), abscesso, 
hematoma. 
1. Mácula: Lesão primária, alteração da cor circunscrita e plana, sem relevo, 
envolvendo apenas a camada córnea, podendo ser marrom, azul, vermelha, 
hipopigmentada ou acrômica, de até 0,5cm (5mm). Nevus melanocítico 
(coleção de melanócitos), melanoma (CA de melanócitos), eferite (nome 
dermatológico das sardas), leucodermia gutata (máculas sem pigmento, 
devido ao dano solar o melanócito é destruído, são lesões estáveis que não 
têm tratamento específico, indica-se passar longe do sol). As alterações da 
cor (mancha e mácula) podem ainda ser subdivididas em Pigmentares 
(discrômicas) ou Vasculossanguíneas. No caso das pigmentares, podem estar 
associadas à melanina (melanodermia, leucodermia e acromia) ou a 
pigmentos endógenos (bilirrubinas, caroteno) e exógenos (antimalárico, 
prata, clofazimina, amiodarona, corantes). As vasculossanguíneas, por outro 
lado, englobam os casos de cianose, eritema/exantema, púrpuras, petéquias, 
anemias e equimoses. São lesões menores que 5mm. 
 
2. Mancha: Lesão primária, alteração da cor superior a 1cm. Melasma (ocorrem 
como decorrência da sensibilidade hormonal, gravidez, são manchas 
hipercrômicas devido à produção excessiva de melanina pelos melanócitos, 
indicado o uso de bloqueadores solares), neurofibromatose (produz manchas 
múltiplas de café com leite nas axilas, investigar em doenças associadas a 
convulsões, mas uma mancha café com leite na axila é patognomônica), tinea 
cruris (mancha eritematosa na coxa interna), hanseníase (mancha 
inespecífica, eritematosa ou arroxeada com diminuição de sensibilidade, inicia 
perdendo a sensibilidade térmica, depois a dolorosa e a tátil, ao teste do éter 
o paciente sente morno ou quente, quando o normal seria frio), hipocromia 
por limão, vitiligo (localizado, extenso, costuma acometer as mãos e acomete 
mais em locais de menor intensidade de pelos), nevo acrômico (lesão 
congênita que pode ser melanocítica ou de diversos outros tipos, acrômico, 
hipocrômico, conjunto de células geneticamente estabelecidas, que surgem 
ao nascimento em decorrência do conjunto de células alteradas, conjunto de 
melanócitos é característico de nevo melanocítico), mancha vascular 
(exantema súbito ou telangiectasias, estas últimas, se múltiplas e em toda a 
face é patognomônico de CRASH, associada a afinamento dos lábios e 
fenômeno de Raynauld). 
 
 
 
 
3. Pápula: Lesão sólida, elevada, com até 0,5 cm e de coloração variada. Pápula 
de cor da pele, com umbilicação nos remete a molusco contagioso, em adultos 
é uma DST mas em crianças não, pode advir do contato íntimo com outras 
crianças, dermatovirose advinda do cox vírus. Vesícula umbilicada, por outro 
lado, remete a varicela. Pápula, acastanhada, com superfície verrucosa 
remete a nevo verrucoso. Pápula, com bordos perolados e telangiectasias, 
com vasos arboriformes na dermatoscopia indica um carcinoma basocelular, 
câncer mais comum em humanos. As pápulas podem se tornar confluentes e 
formas placas, associadas a psoríase (pápulas, eritematosas, descamativas, 
hiperceratótica, sangramento com a retirada da camada córnea, uma vez que 
a derme está espessada e fica mais próxima da superfície, “orvalho 
sanguíneo” sem presença de dor, diagnóstico clínico e sem necessidade de 
anatomopatológico, muito vista em cotovelos, joelhos, locais de trauma). 
 
 
4. Placa: Lesão sólida, circunscrita, elevada, superficial, com mais de 0,5cm de 
diâmetro. Dermatite atópica (placa, eritematosa, descamativa, pruriginosa, 
com presença de erosões decorrentes do prurido, na face de bebês é 
simétrica, bilateral, em região malar), tinea corporis (em criança cura sozinha 
se não estiver no couro cabeludo, mas não devemos utilizar corticoide, que 
pioram significativamente a situação), micose fungoide (linfoma cutâneo, 
raro). 
 
 
 
 
5. Nódulo: Lesão nodular, sólida, com relevo, circunscrita, elevada, medindo 
mais de 0,5cm, só pode ser determinada pela palpação da lesão (sem 
palpação não podemos dizer que é nódulo). Eritema nodoso (acompanha 
doenças reumatológicas, LES, tireoidites, doenças granulomatosas, uso de 
ACO, manchas nodulares à palpação), neurofibromatose (manchas café com 
leite associadas a nódulos cor da pele, de consistência fibroelástica, múltiplos, 
que crescem intensamente, doença autossômica dominante, o filho terá a 
doença em 100% dos casos, aconselhamento genético), melanoma nodular 
(nódulo escurecido, assimétrico, retirada imediata com margem justa de 2 a 
3mm, se retirada antes de atingir os capilares dérmicos e se tornar nodular 
conseguimos deixar o paciente curado), neurodermite (nódulo cor da pele, 
hiperceratótico, bilateral, unhasruídas, autistas, uso de ansiolíticos). 
 
 
6. Tumor: Lesão tumoral com aumento de vasos e tortuosidades remete a 
malignidade. Lesão tumoral de 2cm, exsudativa, verrucosa, com evolução 
rápida (1 semana) e vulcanizada remete mais a ceratoacantoma, um tumor 
cutâneo benigno de evolução rápida e que pode desaparecer 
espontaneamente, mas não se espera a regressão e se faz a retirada. 
 
 
7. Vegetação/Verrucosidade: Crescimento exofítico por hipertrofia das 
papilas dérmicas, verruga viral está associada ao HIV, evita-se esse nome. 
Capilares dérmicos trombosados à dermatoscopia. Podem ser de dois tipos, 
verrucosas ou condilomatosas, as verrucosas comumente secas e com 
epiderme íntegra (verruga vulgar) e as condilomatosas de aspecto mais úmido 
e com perda epidérmica (condiloma acuminado). 
 
 
 
 
8. Urtica, Urticária e Angioedema: 
Urtica: Placas edematosas, eritematosas, firmes, resultantes da infiltração da 
derme com líquidos, são transitórias e podem durar apenas algumas horas. 
Podem ser efêmeras, durando algumas horas ou dias, ou variando ao longo de 
poucos períodos de tempo. 
Urticária: placas, eritematosas, circuncidadas, podendo estar associadas a 
angioedema (edema súbito de mucosas, associado a anti-hipertensivos da classe 
dos IECA, como captopril, pensado em adultos, enquanto em crianças pensamos 
em etiologia viral). 
Dermografismo: capacidade da pele ficar edemaciada e eritematosa à pressão, 
tende a ser positivo em pacientes com urticária, preditor de urticária, não é 
tratado e nem é patológico, mas atenta-se a farmacodermias. 
 
9. Vesícula, Bolha e Pústula: 
Vesícula: Coleção circunscrita de líquido seroso (claro), medindo até 0,5cm e 
intraepidérmica, Varicela (vesículas umbilicadas, patognomônico). 
Bolha: coleção circunscrita de líquido seroso, superior a 0,5cm, em abóbada, 
pode ter a coloração alterada pela trombose dos capilares, queimaduras, 
fitofotodermatose (limão ou antibiótico, associada ao sol). 
Pústula: Coleção circunscrita de conteúdo líquido e leucócitos (pus), podendo 
ter tamanho variado. Varicela = vesícula → pústula → crosta – 3 ESTÁGIOS. 
Abscesso: coleção purulenta, proeminente e circunscrita, tamanho variável, 
flutuante, dermo-hipodérmica ou subcutânea, com rubor, dor e calor. 
 
LESÕES CUTÂNEAS SECUNDÁRIAS: 
◉ Escamas: Excesso de células epidérmicas mortas, produzidas pela 
queratinização e descamação anormal da pele, lâminas epidérmicas secas 
pelo exagero de ceratina normal ou defeituosa 
◉ Crosta: infecção secundária, coleção serosa seca, formada por restos 
celulares como consequência do ressecamento de exsudato. 
◉ Erosão: perda focal de epiderme, não penetrando abaixo da junção 
dermoepidérmica e, por esse motivo, não deixando cicatriz 
◉ Úlcera: perda focal da epiderme, derme e/ou hipoderme, evoluindo com 
formação de cicatriz 
◉ Fissura: perda linear e estreita da epiderme e derme, apresentando 
paredes bem delimitadas quase verticais. 
◉ Atrofia: depressão da pele resultante do adelgaçamento da epiderme ou 
da derme. 
◉ Cicatriz: formação anormal de tecido conjuntivo secundário a lesão 
dérmica, após ferimentos ou cirurgias, eritematosa (recente), branca 
(tardia), hipertrófica (mais endurecida), queloide (tumor, ultrapassa as 
bordas cirúrgicas, crescimento celular, mais comum no tórax e em 
afrodescendentes). 
 
Técnicas semióticas: 
 
Citodiagnóstico – Exame de Tzanck: Exame citológico frequentemente 
usado para a avaliação de lesões vésico-bolhosas, tais como as decorrentes de 
infechões virais, infecções parasitárias, comorbidades autoimunes e aumentos 
tumorais. 
 
Curetagem metódica – Brocq: Com o uso de uma cureta retira-se fragmentos 
da lesão para sua avaliação, atentando-se para a presença do sinal da vela e/ou 
sinal do orvalho sanguíneo, ambos associados ao quadro de psoríase 
(descamação e sangramento em orvalho da lesão após curetagem). Uso de 
cureta ou abaixador de língua. 
 
Dermatoscopia: Uso de um dermatoscópio (espécie de microscópio com uma 
fonte de luz que permite um aumento de até 400x no tamanho da lesão) para 
avaliação mais precisa de lesões cutâneas, proporcionando um aumento que 
permite visualizar a coloração exata da lesão, bem como, aspecto físico, 
descamações, erosões e quaisquer outras alterações. 
 
 
 
Descolamento cutâneo: Uso de uma borracha ou do próprio dedo para 
pressionar e puxar a pele para o lado, indo e voltando. Se positivo configura o 
Sinal de Nikolsky, um achado em que as camadas externas da pele se descolam 
das camadas interna quando esfregadas levemente, havendo desprendimento da 
camada superficial fina e deixando a pele rosa, úmida e muito sensível. Um 
resultado positivo é geralmente sinal de doença bolhosa na pele, tais como 
pênfigos ou farmacodermias. ACANTÓLISE. 
Diascopia: Vasoconstrição ao comprimir a pele contra o vidro, de modo que, 
púrpuras verdadeiras não desaparecem à vidropressão. Usado no diagnóstico de 
nevo anêmico.

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