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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS Disciplina: Análise de Alimentos – 1º semestre 2021 – Ensino remoto Aula prática – Faculdade de Farmácia Prof. Dr. Eduardo Ramirez Asquieri DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNA PELO MÉTODO DE BIURETO 1. Fundamento Qualquer proteína ou peptídeo contendo, pelo menos duas ligações peptídicas, pode formar complexos de coloração vermelha (máximo de absorção 540nm). Em condições alcalinas as cadeias peptídicas estão esticadas e a reatividade das ligações peptídicas estão aumentadas, até o ponto de formar complexos tipo quelato. Esta reação chamada de biureto por ser a reação que ocorre entre o biureto (produto de condensação de 2 moléculas de uréia) e o sulfato de cobre em meio alcalino. Os aminoácidos histidina, serina e treonina são capazes de complexar o reagente com eventual produção de cor. Devido a simplicidade da reação e ao baixo custo dos reagentes, esta reação tem sido largamente usada na dosagem quantitativa de proteínas. 2. Reagentes • Albumina ou caseína • NaOH 0,5N • NaOH a 10% • Sulfato Cúprico • Tartarato de sódio e Potássio 3. Material • Balão volumétrico • Béquer • Chapa Elétrica • Espectrofotômetro • Funil • Pipetas • Proveta • Tubos de ensaio 4. Procedimentos 4.1. Reagente Biureto • Dissolver 1,5g de sulfato cúprico e 6,0g de tartarato de sódio e potássio em 500mL de água destilada • Com agitação constante, adicionar 300mL de solução de NaOH a 10%. Diluir até 1L com água. • O reagente pode ser guardado indefinidamente em garrafa de polietileno (vidro é atacado por álcalis), mas deve ser descartada caso apareça um precipitado preto e avermelhado 4.2. Curva Padrão • Pesar 0,5g de albumina bovina ou caseína em béquer de 50mL, adicionar 20mL de água destilada e 1,0mL de NaOH 0,5N. Esquentar em chapa e ferver por tempo apenas necessário para efetuar a dissolução completa (2 minutos ou menos. Um excesso de aquecimento acarretará hidrólise dos polipeptídios com possível diminuição da densidade óptica). • Transferir para um balão volumétrico de 50mL e completar com água. Filtrar se necessário para retirar os insolúveis • Fazer a diluição em seis tubos usando 0,0; 0,2; 0,4; 0,6; 0,8; 1,0mL do filtrado • Adicionar, respectivamente, 1,0; 0,8; 0,6; 0,4; 0,2; 0,0mL de água destilada • Adicionar 4mL do reagente de biureto em cada tubo e agitar. • Deixar 30 minutos em repouso e ler a absorbância a 540nm. 4.3. Amostra: farinha de soja desengordurada • Pesar 1,1g de amostra em papel vegetal e transferir para um béquer de 50mL usando 20mL de água destilada. • Adicionar 1 mL de hidróxido de sódio 0,5N. • Dispersar bem o sólido, utilizando um bastão de vidro se necessário. • O béquer é aquecido em chapa elétrica com agitação constante utilizando bastão de vidro e fervendo por tempo apenas necessário para efetuar a dissolução completa (4 minutos ou menos, pois um excesso de aquecimento acarretará hidrólise dos polipeptídios, com possível diminuição da densidade óptica) • Transferir para balão volumétrico de 50mL, esfriar e completar o volume com água destilada. Filtrar a solução. • Colocar alíquotas de 0,0; 0,2; 0,4; 0,6; 0,8, 1,0mL de amostra em tubos de ensaio previamente enumerados. • Completar os volumes para 1,0mL, colocando, respectivamente, 1,0; 0,8; 0,6; 0,4; 0,2 mL e 0,0mL de água destilada. • Adicionar 4,0mL de reagente de biureto em cada tubo de ensaio e agitar. • Deixar reagir por 30 minutos e ler a absorbância a 540nm. 5. Referência (método adaptado) • VILLELA, G. G.; BACILA, M.; TASTALDI, H. Técnicas e experimentos de bioquímica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1973. DADOS PARA RELATÓRIO Curva Padrão – peso caseína = 0,5050g Tubo (mL) Absorbâncias média 0,2 0,111 0,4 0,215 0,6 0,313 0,8 0,411 1,0 0,517 Amostra Tubo (mL) Absorbâncias 1° repetição Absorbâncias 2° repetição Absorbâncias 3° repetição 0,2 0,100 0,090 0,110 0,4 0,230 0,180 0,200 0,6 0,300 0,270 0,290 0,8 0,420 0,360 0,380 1,0 0,505 0,480 0,470
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