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Andreza Santos dos Reis

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS (CCHS) 
ESCOLA DE BIBLIOTECONOMIA 
 
 
 
 
ANDREZA SANTOS DOS REIS 
 
 
 
EMPRESA JÚNIOR EM BIBLIOTECONOMIA: proposta de 
implementação de empresa júnior para a Escola de Biblioteconomia da 
UNIRIO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2017 
ANDREZA SANTOS DOS REIS 
 
 
 
 
 
EMPRESA JÚNIOR EM BIBLIOTECONOMIA: proposta de implementação de 
empresa júnior para a Escola de Biblioteconomia da UNIRIO. 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao 
Curso de Biblioteconomia, da Universidade Federal 
do Estado do Rio de Janeiro, como requisito parcial 
para obtenção de Grau de Bacharel em 
Biblioteconomia. 
Orientadora: Profa. Dra. Jaqueline Santos Barradas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017 
 
 
R375 
 
Reis, Andreza Santos dos Reis, 
 Empresa júnior em Biblioteconomia: proposta de 
implementação de empresa júnior para a Escola de 
Biblioteconomia da UNIRIO / Andreza Santos dos Reis. -- 
2017. 
 100 fls. ; il. col. 
 Orientadora: Profa. Dra. Jaqueline Santos Barradas 
 Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em 
Biblioteconomia) – Universidade Federal do Estado do Rio 
de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017. 
1. Empresa Júnior 2. Empreendedorismo na 
Biblioteconomia I. Barradas, Jaqueline, orient. II. Título. 
CDD: 658 
ANDREZA SANTOS DOS REIS 
 
EMPRESA JÚNIOR EM BIBLIOTECONOMIA: proposta de implementação de 
empresa júnior para a Escola de Biblioteconomia da UNIRIO. 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao 
Curso de Biblioteconomia, da Universidade Federal 
do Estado do Rio de Janeiro, como requisito parcial 
para obtenção de Grau de Bacharel em 
Biblioteconomia. 
Orientadora: Profa. Dra. Jaqueline Santos Barradas 
 
 
Aprovado em: ______ de ____________ de 2017. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
___________________________________________________________ 
 
Profª. Drª. Jaqueline Santos Barradas – Orientadora 
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO 
 
___________________________________________________________ 
 
Profª. Drª. Simone da Rocha Weitzel 
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO 
 
____________________________________________________________ 
 
Profª. Drª. Bruna Silva do Nascimento 
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO 
 
 
Dedico este trabalho a mim mesma. 
AGRADECIMENTOS 
 
À Deus, por ter me dado paciência, fôlego e saúde mental para terminar esta 
etapa. Obrigada por esta benção que concedestes a mim e a minha família. Valeu 
mesmo, cara! 
Aos meus pais, Adriana Machado dos Santos Reis e Cristiano Vasconcelos dos 
Reis por serem totalmente culpados por quem eu sou e por todo incentivo a minha 
educação ao longo desses vinte e poucos anos, mesmo quando se abdicaram para 
me colocar em prioridade. Amo muito vocês. 
Aos meus irmãos, Carolinny e Chrystian, por terem desligado a TV e usado 
fones de ouvido na maioria das vezes que eu pedi. Se tiver algum erro no trabalho, é 
tudo culpa dessas crianças. Obrigada pelo apoio que vocês me deram e pelos 
incentivos de "já acabou isso logo? Quero usar o computador para ver meus vídeos 
no Youtube, Andreza". Amo vocês. 
Aos meus familiares, representados pelas minhas avós Maria Lusia e Sueli que 
são minhas fontes de amor e carinho. 
À minha querida tia Sueli Mariza Gentile (in memoriam), por investir em uma 
educação de qualidade para mim. Você foi uma das primeiras a acreditar que eu 
chegaria longe. E eu vou. 
À minha amiga Hinah Thamara, por ter me dado apoio incondicional, ter sido 
minha coach de TCC e dicionário nas horas vagas. Com certeza, esse sonho de 
terminar a faculdade não seria possível se não tivesse você ao meu lado. Obrigada! 
À minha amiga de infância, Beatriz Gonçalves, por ter me acolhido em sua casa 
com internet quando na minha faltou, por ter me incentivado a começar a fazer este 
trabalho, ser a minha co-orientadora casual e por me engordar com todos os seus 
lanches. Valeu por tudo, garota! Vai dividir o parágrafo com a sua irmã, Nathália, 
porque sem as guloseimas dela não teria energia para escrever. 
À minha orientadora, Jaqueline, por ser terapeuta, amiga, professora e 
maravilhosa o tempo todo. Obrigada por topar esse projeto comigo. Quero te levar 
para a vida. 
As professoras, Simone Weitzel e Bruna do Nascimento por terem aceitado de 
prontidão a participação em minha banca. Muito obrigada mesmo! 
Ao Antônio Isaac, por te dividido ônibus comigo todos os dias durante esta 
graduação. E no final percebo que dividimos a vida. Obrigada por ser o melhor amigo 
desta universidade, meu parceiro. 
Aos meus amigos que a Escola de Biblioteconomia me deu, Débora Aleixo, 
Paolo Nicola, Thiago Pastana, Danilo Bento, Guilherme Fani, Raíssa Sabino, 
Valdilene Oliveira, Alexandre Delarue, Angelica Eichner, Fernanda Precioso, Jeziel 
Abreu, Jean Alves, João Bosco, Lucas Alves, Alex Pereira, Renan Rufino, Ana Isabel, 
Diego Souza, Suelen Maciel, Vinicius Canabarro, Julianna Caroline, Evelyn Jean-
Jacques, Elizabeth Vaz, Tathiane Marques e tantos outros que passaram na minha 
vida. A minha experiência de faculdade não seria a mesma sem vocês. 
À Heloísa e Janete, por terem compartilhado tanto ensinamento profissional 
sobre a Biblioteconomia e sobre a vida. 
Ao Hélio Nunes, meu psicólogo que a cada sexta-feira traz uma nova (e melhor) 
Andreza à tona. Obrigada por tudo, sem você esse período seria um caos. 
Aos meus amigos da vida, Robson Fioravante, Carolina Santana, Rebeca 
Teixeira, Pedro Maia, Daniel Balard, Samara Gomes, Yanne Araújo, Gabriela Burity, 
Romullo César, Diogo Philomeno e Isabel Gonçalves por terem me apoiado a chegar 
até aqui. 
E por último, ao volume do rádio da minha prima que me fez várias vezes parar 
de escrever para pensar na minha vida, deixando assim, a minha saúde mental 
estabilizada ao som de Anitta, Pabllo Vittar e MC Jhowzinho. 
 
 
 
Às vezes eu faço o que eu quero. Às 
vezes eu faço o que tenho que fazer. 
(Charlie Brown Jr.) 
RESUMO 
 
 
Apresenta uma proposta para criação de uma empresa júnior para incentivar e 
desenvolver as habilidades e competências competitivas, criativas e gerenciais dos 
alunos de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Foi 
percebido que a universidade precisa de espaços empíricos para a Biblioteconomia. 
Aponta os conceitos de Empreendedorismo e Empresa Júnior, seus históricos e os 
contextualiza com a Biblioteconomia. Mapeia as empresas juniores ativas da área de 
Biblioteconomia no Brasil a fim de explorar seus serviços, missões, visões, presença 
em plataformas digitais e compara com três empresas juniores de outras áreas. É 
realizada uma análise de Benchmarking para a proposta. A pesquisa é feita através 
de revisão bibliográfica na área de Administração, pois em Biblioteconomia e Ciência 
da Informação é escassa. Consulta-se as bases de dados e acervos de universidades. 
Indica os meios legais para criar uma empresa júnior e os processos de fundação. 
Apresenta o modelo de negócio, elementos de planejamento estratégico e de 
marketing. 
Palavras-chave: Empresa júnior de Biblioteconomia. Empreendedorismo na 
Biblioteconomia. 
 
ABSTRACT 
 
 
Presents a proposal to create a junior company to encourage and develop the skills 
and competencies competitive, creative and managerial skills of Library Science 
students from Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Points out the 
concepts of Entrepreneurship and Junior Company, their histories and contextualizes 
them with Library Science. Maps the active junior companies of the area of Library 
Science in Brazil in order to explore their services, missions, visions, presence in digital 
platforms and compare with three junior companies from other areas. It is held 
Benchmarking analysis with all junior companiesmapped to create the proposal for 
EB. The research is done through a bibliographical review in the area of Administration, 
since in Librarianship and Information Science is scarce, database queries and 
collections of universities. Indicates the legal means to create a junior company and 
the processes of foundation. Presents the business model, elements of strategic 
processing and marketing. 
Keywords: Entrepreneurship in Library Science. Junior Company of Library Science. 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Figura 1 - Características básicas do empreendedor ................................................ 26 
Figura 2 - Mesa de abertura do primeiro curso de biblioteconomia do Brasil ............ 33 
Figura 3 - Prédio do Centro de Ciências Humanas (CCH). ....................................... 36 
Figura 4 - Processos de fundação. ............................................................................ 47 
Figura 5 - Organograma da EJ da UNIRIO ............................................................... 50 
Figura 6 - Setores da EJ ........................................................................................... 51 
Quadro 1 - Mapeamento de EJs na área de Biblioteconomia ................................... 37 
Quadro 2 - Dados da InfoJr ....................................................................................... 38 
Quadro 3 - Dados da SETi Consultoria Jr ................................................................. 38 
Quadro 4 - Dados da Info Júnior ............................................................................... 39 
Quadro 5 - Dados da BiblioMetrics ............................................................................ 40 
Quadro 6 - Dados da FGVRJ .................................................................................... 41 
Quadro 7 - Dados da Ayra Consultoria ..................................................................... 43 
Quadro 8 - Dados da Fluxo Consultoria .................................................................... 44 
Quadro 9 – Análise Swot da EJ ................................................................................. 55 
Tabela 1 - Recuperação da pesquisa de termos em bases de dados ....................... 20 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/REIS%20SIGN/Downloads/Trabalho%20de%20Conclusão%20de%20Curso%20-%20Andreza%20Reis%20(1).docx%23_Toc500046019
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
BDTD Biblioteca Digital de Teses e Dissertações 
BN Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro 
BRAPCI Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em 
Ciência da Informação 
BRASIL JÚNIOR Confederação Brasileira de Empresas Juniores 
CCH Centro de Ciências Humanas 
CNEJ Conceito Nacional de Empresa Júnior 
CNJE Confederação Francesa de Empresas Juniores 
CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica 
COFINS Contribuição para Financiamento da Seguridade Social 
DCTF Declaração de Contribuições e Tributos Federais 
DEPB Departamento de Estudos e Processos Biblioteconômicos 
DIRF Declaração de Imposto de Renda da Fonte 
EB Escola de Biblioteconomia 
EJ Empresa Júnior 
EJFGV Empresa Júnior da Escola de Administração de Empresas da 
Fundação Getúlio Vargas 
FEJESP Federação das Empresas Juniores do Estado de São Paulo 
FESPSP Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo 
FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 
FGV Fundação Getúlio Vargas 
IES Instituição de Ensino Superior 
INSS Instituto Nacional de Seguridade Social 
IRPJ Imposto de Renda de Pessoa Jurídica 
ISS Imposto Sobre Serviço 
ISSQN Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza 
JADE Confederação Europeia de Empresas Juniores 
MEJ Movimento Empresa Júnior 
PIS Programa de Integração Social 
PPGB Programa de Pós-Graduação em Biblioteconomia 
RAIS Declaração de Rendimentos e Relação Anual de Atividades 
Sociais 
SciELO Scientific Eletronic Library Online 
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa 
UFC Universidade Federal do Ceará 
UFF Universidade Federal Fluminense 
UFMG Universidade Federal de Minas Gerais 
UFPE Universidade Federal de Pernambuco 
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro 
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina 
UFSCAR Universidade Federal de São Carlos 
UNIRIO Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 16 
1.1 Objetivos gerais e específicos ........................................................................ 18 
1.2 Justificativa ..................................................................................................... 18 
1.3 Metodologia .................................................................................................... 19 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 22 
2.1 Empreendedorismo: Conceitos e Histórico .................................................... 22 
2.1.1 Perfil e características do empreendedor ....................................................... 24 
2.1.2 Contextualização com o mundo biblioteconômico .......................................... 25 
2.2 EMPRESA JÚNIOR: CONCEITOS E HISTÓRICO ........................................ 26 
2.2.1 Características da EJ ..................................................................................... 29 
3 COLETA E ANÁLISE DE DADOS .................................................................. 31 
3.1 EJs de Biblioteconomia ................................................................................... 32 
3.1.1 InfoJr - UFSCAR ............................................................................................. 32 
3.1.2 SETi Consultoria Jr - UFPE ............................................................................. 33 
3.1.3 Info Júnior – UFSC .......................................................................................... 34 
3.1.4 BiblioMetrics – UFRN ...................................................................................... 35 
3.2 EJs de Administração e e Engenharia............................................................. 36 
3.2.1 FGV Jr. – FGV-RIO ......................................................................................... 36 
3.2.2 Ayra Consultoria - UFRJ .................................................................................. 37 
3.2.3 Fluxo Consultoria – UFRJ .............................................................................. 39 
3.3 Análise de Resultados ..................................................................................... 40 
4 PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE EJ DA EB DA UNIRIO .......................... 42 
4.1 A Escola de Biblioteconomia da Unirio ........................................................... 42 
4.2 Processos de Fundação .................................................................................. 44 
4.3 Modelo de Negócio ......................................................................................... 45 
4.4 Estrutura Interna .............................................................................................. 46 
4.5 Planejamento Estratégico e de Marketing ....................................................... 50 
4.6 Processos de Regulamentação ....................................................................... 53 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 56 
 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 58 
 APÊNDICE A – MODELO DE NEGÓCIOS .................................................... 62 
 ANEXO A – ATA DE ELEIÇÃO .....................................................................63 
 ANEXO B – CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO ........................... 65 
 ANEXO C – DECLARAÇÃO DE VOLUNTÁRIOS .......................................... 69 
 ANEXO D – DECLARAÇÃO DA IES .............................................................. 71 
 ANEXO E – ESTATUTO SOCIAL DA EJ ....................................................... 72 
 ANEXO F – REGIMENTO INTERNO DA EJ .................................................. 82 
 ANEXO G – TERMO DE POSSE DIRETORIA ............................................... 98 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
1 INTRODUÇÃO 
O mundo biblioteconômico passou por muitas mudanças ao longo de sua 
história e o bibliotecário foi adequando-se as novas realidades: deixou de ser o erudito, 
detentor máximo da sabedoria do mundo para ser um profissional do âmbito 
informacional, com habilidades e recursos gerenciais de informação. 
Nos dias atuais, o bibliotecário conquistou um cabedal bem amplo de atividades 
possíveis para atuar, e com isso, os cursos de graduação devem se adaptar as estas 
novas realidades. Tradicionalmente, o mercado de trabalho é formado por espaços 
públicos e bibliotecas. E devido a novos perfis de alunos e profissionais, a área está 
em constante inovação e ocupando espaços diferentes de atuação. Então, entende-
se a necessidade de explorar dentro das universidades as habilidades e competências 
requeridas por esta nova dinâmica de mercado de trabalho. 
O empreendedorismo dentro da Biblioteconomia é real e está em ascensão, 
principalmente por conta da crise econômica e política que assombra o país. Esses 
profissionais autônomos mudam o perfil do bibliotecário, são profissionais dinâmicos, 
resilientes, líderes, criativos e motivados. Inovar para esses profissionais é o mesmo 
que respirar para cada ser vivo. Eles querem mudar a sua comunidade, criar novos 
espaços, contribuições e de fato colocar a mão na massa. 
A universidade como um centro de formação crítica, reflexiva e social de um 
profissional deve ser um espaço de incubação para esses novos bibliotecários 
empreendedores. Muitos não se adequam aos conceitos puramente teóricos, projetos 
de extensão e pesquisas convencionais. Eles querem e precisam ser estimulados e 
fomentados a expandir suas competências. 
A escolha por Empresa Júnior (EJ) como um espaço de criação de perfil 
empreendedor dos alunos da Escola de Biblioteconomia (EB) se dá através de 
Dolabela (2003, apud ROMEIRO; SPUDEIT, 2014) onde foi afirmado que a educação 
empreendedora deve iniciar desde a idade mais tenra, ainda na educação básica. E 
o perfil empreendedor pode ser criado e estimulado, tornando-se papel do professor. 
Com isso, a EJ vem ser um espaço fora de sala de aula, autônomo em relação 
aos centros acadêmicos e diretoria, independente do professor para se criar e 
estimular a formação empreendedora do aluno, pois acontece através das vivências 
de mercado, que serão gerenciadas por eles mesmos. 
17 
 
Dolabela (2008, p. 24) acredita que “não é possível transferir conhecimentos 
empreendedores, mas é possível aprender a ser empreendedor, desde que seja por 
um sistema bastante diferente do tradicional”. Ou seja, não é possível que o conteúdo 
empreendedor seja transferido para um aluno. Um slide dizendo sobre o que é o 
empreendedorismo não tornará o aluno um empreendedor, no entanto, se esse aluno 
for estimulado num ambiente propício, ele poderá se tornar um. 
Conforme Spudeit (2014, apud ROMEIRO; SPUDEIT, 2014), criação de 
empresas juniores nos cursos de Biblioteconomia pelos alunos e professores, é uma 
outra forma de incentivar o empreendedorismo. Porque atualmente apenas 13% das 
Escolas de Biblioteconomia têm EJ no Brasil. 
Foram considerados outros espaços, como uma startup e incubadoras para a 
EB. Moreira comenta o conceito de startup: 
Muitas pessoas dizem que qualquer pequena empresa em seu período inicial 
pode ser considerada uma startup. Outros defendem que uma startup é uma 
empresa com custos de manutenção muito baixos, mas que consegue 
crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores. Mas há uma definição 
mais atual, que parece satisfazer a diversos especialistas e investidores: uma 
startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível 
e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza (MOREIRA, 
2016). 
As startups estão conectadas aos desenvolvimentos de novas tecnologias, por 
mais que se possa criar serviços de informação em modelo repetível para várias 
empresas, isso não tem caráter pedagógico. 
E para AbStartup, a incubadora de empresas: 
É uma forma de estimular o empreendedorismo. Ela fortalece e prepara as 
pequenas empresas com o intuito de fazê-las sobreviver no mercado. É um 
local que abriga esses negócios, oferecendo estrutura capaz de estimular, 
fornecer e agilizar a transferência de resultados de pesquisa para atividades 
voltadas à produção (ABSTARTUP, 2017). 
Para a EB, essas tipologias de empresas não se adequam, pois uma startup 
deveria ser iniciativa de um aluno para produzir novas tecnologias ou modelos de 
negócios. E uma incubadora deve ser inserida pela própria universidade para agregar 
todos os negócios criados por alunos da instituição. Por exemplo, um aluno 
empreendedor percebe que há vários pontos de venda de quentinhas na cidade do 
Rio de Janeiro. Cansado de andar a procura de um preço adequado e um cardápio a 
seu gosto, ele tem uma ideia: criar um aplicativo móvel para mapear, precificar e 
verificar o prato do dia em polos de venda de quentinhas. Os alunos começam a baixar 
o aplicativo, o negócio se expande e ele precisa de orientação, estímulos e estrutura 
18 
 
para crescer. O aplicativo se torna uma startup, pois ele consegue monetizar para 
empresas de quentinha da região (repetível e escalável) e precisa de uma incubadora, 
que é fornecida por uma instituição de ensino em que ele estuda. 
No contexto atual, a Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal do 
Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), não possui disciplinas obrigatórias e nem 
optativas em empreendedorismo. Não há no momento projetos de extensão 
relacionados que incentive o aluno a empreender na área da área da informação. 
O problema desta pesquisa surgiu a partir da observação direta sobre a EB, 
onde foi percebido que não há um espaço dentro da escola para desenvolver 
habilidades de alunos com perfil empreendedor. Então, parte-se para a hipótese de 
que uma empresa júnior poderia acolher esses alunos e desenvolvê-los. 
 
1.1 Objetivos gerais e específicos 
Este trabalho tem como objetivo geral elaborar uma proposta para a 
implementação de uma empresa júnior para a Escola de Biblioteconomia da UNIRIO 
a fim de desenvolver o perfil empreendedor de seus alunos. E são seus objetivos 
específicos: 
a) Entender o empreendedorismo, sua história e a contextualização no mundo 
biblioteconômico; 
b) Conhecer o conceito, a história do movimento e as características de empresa 
júnior no Brasil e no mundo; 
c) Identificar as empresas juniores na área de Biblioteconomia e áreas de 
Administração e Engenharia; 
d) Compilar a documentação legal para viabilizar a criação de uma EJ, montar seu 
modelo de negócios, planos estratégico e de marketing. 
1.2 Justificativas 
A necessidade desse trabalho surgiu pela percepção com a falta de opções 
dentro da universidade para debater, ter orientações, e direcionamentos para o 
empreendedorismo na área de Biblioteconomia. Há professores que trabalham a 
temática em sala de aula, mas não há um espaço em que se construa um perfil 
empreendedor no aluno. 
19 
 
A partir de um levantamento realizado por Spudeit (2014, apud ROMEIRO, 
SPUDEIT, 2014, p.7), foi possível perceber que das 38 escolas de Biblioteconomia 
existentes no país, apenas seis têm disciplinas de empreendedorismo (obrigatórios 
ou optativas) no currículo. Em toda áreade Biblioteconomia, Spudeit et al. (2016) 
mapeou que existem 27 empresas criadas por bibliotecários. 
O Brasil é líder mundial no movimento de empresa júnior, superando a Europa 
que é a vanguarda da iniciativa como cita Xavier e Costa (2016) e a Escola de 
Biblioteconomia da UNIRIO ainda não está inserida neste universo. 
Como aluna de graduação, foi percebido a falta de projetos e incentivos da 
universidade federal quanto a área prática da Biblioteconomia. Sem os estágios 
supervisionados, poucas são as disciplinas que dispõem realmente do lado empírico 
da ciência. A percepção que a EB deixa, é que está no século XX e a profissão se 
resume em bibliotecas. 
No ensino médio, foi experimentado a oportunidade de participar de uma 
agência experimental em Publicidade, que foi um sucesso entre todos os alunos do 
curso. Eram disponibilizados projetos e casos montados pelo os professores para 
colocar em prática todo ensino teórico. E era discutida e apresentada pelos os alunos 
as soluções reais, validando todo o projeto pedagógico. 
E por isso, este trabalho é proposto a criação de uma empresa júnior, para que 
os alunos possam desenvolver todas as suas habilidades competitivas, criativas e 
gerenciais para o mercado de trabalho, propiciando um crescimento ainda maior da 
universidade, dos seus potenciais clientes e do país. 
 
1.3 Metodologia 
Trata-se de uma pesquisa exploratória envolvendo a revisão bibliográfica nos 
temas de Empreendedorismo, Empresa Júnior, Biblioteconomia e Ciência da 
informação para compreender os fenômenos do empreendedorismo no contexto 
biblioteconômico a partir da empresa júnior. 
Na área de Biblioteconomia e Ciência da Informação, os resultados da revisão 
bibliográfica foram escassos. Por isso, foi necessário consultar a área de 
Administração para recolher os conceitos aqui trabalhados. E sobre EJ só há um livro 
de Matos (1997), que infelizmente não foi encontrado para consulta, então foi utilizado 
o DNA Júnior, um e-book da Brasil Júnior (Confederação Brasileira de Empresas 
20 
 
Juniores), entrevistas de especialistas da área e artigos científicos sobre o 
desenvolvimento profissional nas EJs. 
Foram realizadas buscas combinadas dos termos “empresas junior” e 
“biblioteconomia”, “startup” e “biblioteconomia”, “incubadoras”, “incubadoras de 
empresas” e “biblioteconomia”, “empreendedorismo” e “biblioteconomia”. As bases 
selecionadas para a pesquisa foram Base de Dados Referenciais de Artigos de 
Periódicos em Ciência da Informação (BRAPCI), Biblioteca Digital de Teses e 
Dissertações (BDTD), Google Acadêmico, Scientific Eletronic Library Online (SciELO). 
E também foi consultado o catálogo de bibliotecas das universidades: Unirio, UFRJ 
(Minerva) e UFF(Pergamum). 
 
Tabela 1 - Recuperação da pesquisa de termos em bases de dados 
Bases 
“empresas 
junior” AND 
“biblioteconomia” 
“startup” AND 
“biblioteconomia” 
“incubadoras” e 
“incubadoras de 
empresas” AND 
“biblioteconomia” 
“empreendedoris
mo” AND 
“biblioteconomia” 
Brapci 1 0 0 4 
BDTD 0 0 1 0 
Google 
Acadêmico 
38 70 477 1.610 
SciELO 0 0 0 0 
Unirio 0 0 0 2 
Minerva - 
UFRJ 
0 0 0 1 
Pergamum -
UFF 
0 0 0 1 
Fonte: a autora (2017). 
 
Quanto aos procedimentos técnicos utilizados serão analisados quatro 
empresas juniores da área de Biblioteconomia consideradas ativas. E outras três da 
área de Administração, Gestão e Marketing e Engenharia, para efeito comparativo 
entre áreas de atuação, pois ao longo do trabalho, verificou-se que é necessário 
analisar EJs em outras áreas para ter referências do mercado carioca. A escolha 
dessas empresas foi baseada na antiguidade (tempo de existência) através da 
recuperação dos resultados de pesquisa no Google. 
21 
 
Foi realizado para este trabalho, um mapeamento de empresas júniores na 
área de Biblioteconomia usando como fontes de informação o Google, o Facebook, o 
artigo da autora São Bernardo de 2011, que mapeia as EJs na área de Ciência da 
Informação. Para este mapeamento, também foi consultado a monografia de 
Cantiliano e Sugisawa, da FESPSP, defendida em 2013. Ambos os trabalhos foram 
atualizados de acordo com os dados encontrados no Google e Facebook. A 
classificação de ativa e inativa se deu através da verificação das postagens dessas 
EJs em ambiente digital e um envio de e-mail que não foi respondido até a entrega 
deste trabalho. 
Seguido desta introdução, este trabalho apresenta em sua segunda seção toda 
a fundamentação teórica, conceituação dos termos empreendedorismo, empresa 
júnior, seus históricos, contextos e aplicações na biblioteconomia. 
Na terceira seção, é descrita e analisada, a fim de Benchmarking, cada uma 
das empresas juniores selecionadas: sendo a Info Jr. (UFSC), a SETi Consultoria Jr. 
(UFPE), BiblioMetrics (UFRN) e a InfoJR (UFSCAR) da área de Biblioteconomia, Ayra 
Consultoria (UFRJ) de Gestão e Negócios, Fluxo Consultoria (UFRJ) de Engenharia 
e a FGVJR (FGV) de Administração. Conforme determina a Brasil Júnior (2015), é 
necessário comparar os produtos, serviços oferecidos e verificar as suas práticas das 
empresas juniores concorrentes para analisar as estratégias, para possibilitar a 
criação da proposta de uma EJ. É verificado o contexto histórico das EJs, suas 
missões, valores, serviços oferecidos, sua presença digital, clientes e cases, se 
disponível em ambiente digital. 
Na quarta seção, é feita uma proposta de empresa júnior para a EB da UNIRIO, 
com o passo-a-passo para a sua implementação, desde os aspectos legais, até a 
criação de um modelo de negócio sustentável. Isso será possível através dos 
resultados das análises de benchmarking realizadas na seção anterior, da 
bibliográfica e fundamentação teórica. 
Na quinta e última seção, em “Considerações finais”, toda a pesquisa é revista 
a fim de aclarar os questionamentos feitos nos objetivos, os apontamentos gerados 
ao longo de todo o trabalho, assim como esclarecer a importância das EJs para a 
formação do estudante de Biblioteconomia da UNIRIO. 
 
22 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Nesta seção são abordados temas considerados fundamentais para o 
embasamento teórico da pesquisa. Os temas são: empreendedorismo: conceitos e 
histórico, perfil e características do empreendedor, contextualização como mundo 
biblioteconômico, Empresa Júnior: conceitos e histórico, por fim, as características da 
EJ. 
2.1 Empreendedorismo: conceitos e histórico 
Empreendedorismo é aquilo que todo mundo sabe o que é, mas encontra 
muitas formas de exemplificar e não explicar de fato. Assim como a Biblioteconomia. 
Com os altos incentivos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
(SEBRAE) e graças ao governo federal, a palavra empreendedorismo caiu na boca 
do povo. E muitos da classe C, transformaram o sonho da casa própria em um sonho 
da microempresa própria. Investiram dinheiro de seus FGTS (Fundo de Garantia por 
Tempo de Serviço) e esperam o universo conspirar ao seu favor. 
Mas é claro, que antes de conspirar, é necessário, entender o conceito real de 
empreendedorismo. Afinal de contas, o que é empreendedorismo? Qualquer 
empresário é um empreendedor? Se Seu Joaquim desistir de seu botequim na rua de 
baixo e quiser abrir uma padaria na rua de cima, ele é um empreendedor? 
Para alguns autores, o empreender é inerente ao ser humano. É questão de 
natureza, sobrevivência e por isso o empreendedorismo existe desde que o mundo 
não é mais habitado por dinossauros. Para Dolabela (2008, p. 23), “o 
empreendedorismo não é algo novo ou modismo. Ele existe desde primeira ação 
humana inovadora, com o objetivo de melhorar as relações humanas com a natureza”. 
E a história do empreendedorismo segundo Chiavenato (2012, p. 6) tem os 
seguintes marcos conceituais: 
 O termo empreendedor surgiu pela primeira vez em 1725, derivado da 
palavra francesa entrepreneur, através do economista Richard Cantillon. 
Neste contexto,um “entrepreneur” era alguém que assumia riscos. 
 Em 1814, Jean-Baptiste Say, enfatizou a importância do empreendedor para 
um bom funcionamento do sistema econômico. 
 Em 1871, Carl Menger, definiu o “empreendedor como aquele que antecipa 
as futuras necessidades”. 
 Ludwing Von Mises, um importante economista austríaco, afirmou em 1949 
que “o empreendedor é um tomador de decisões”. 
 Para Joseph Schumpeter, em 1950, “um empreendedor é uma pessoa que 
deseja e é capaz de converter uma nova ideia ou invenção em uma inovação 
23 
 
bem-sucedida e sua principal tarefa é a ‘destruição criativa’, que se dá com a 
introdução de novos produtos ou serviços em substituição aos que era 
utilizado. 
 No ano de 1959, Friedrich Von Hayek, também economista e também 
importante, disse que o “empreendedorismo não envolvia apenas riscos, 
mas, sobretudo, conduz a um processo de descoberta das condições 
produtivas e das oportunidades do mercado por parte dos próprios atores 
sociais. ” 
 Para Frank H. Knight e Peter Drucker, entre 1967 e 1970, “o 
empreendedorismo se refere a assumir riscos”. 
 O empreendedorismo é discutido até hoje pelos mais diversos autores, das 
mais remotas áreas de conhecimento (CHIAVENATO, 2012, p. 6). 
Para Barreto (1998, p. 190), o "empreendedorismo é a habilidade de se 
conceber e estabelecer algo partindo de muito pouco ou quase nada". Nesta definição, 
o autor exprime a habilidade criativa do empreender para se fazer tudo com bem 
pouco. 
Schumpeter (apud FILION,1999, p. 7) comenta que o "empreendedorismo está 
na percepção e aproveitamento das novas oportunidades no âmbito dos negócios [...] 
sempre tem a ver com criar uma nova forma de uso dos recursos nacionais, em que 
eles sejam deslocados de seu emprego tradicional e sujeitos a novas combinações." 
Bom Angelo (2003, p. 20) afirma que o "empreendedorismo é a criação de valor 
por pessoas e organizações trabalhando juntas para implementar uma ideia por meio 
da aplicação de criatividade, capacidade de transformar e o desejo de tomar aquilo 
que comumente se chamaria de risco". 
O verbete empreendedorismo significa para Silva (2011, p. 404), “o estudo e a 
implementação do desenho de um negócio, (...) a busca sistemática de ferramentas e 
soluções empresariais para os problemas atuais e futuros”. 
Para Chiavenato (2012, p. 5), “o empreendedorismo reflete a prática de criar 
novos negócios ou revitalizar negócios já existentes”. Ou seja, se o Seu Joaquim, em 
vez de abrir uma padaria que faça os mesmos serviços de sempre não será um 
empreendedor. Mas, Seu Adalberto que criou um aplicativo no qual o Seu Joaquim 
poderá vender seus produtos da padaria para novos clientes, pagando 15% do valor 
total da venda a ele, ele é considerado um empreendedor. 
Cada área de atuação define o empreendedorismo. Seu conceito é muito 
amplo, mas os autores encontram uma zona de divergência na criatividade, inovação, 
ousadia, assumir os riscos da ideia ou negócio e etc. 
 
 
 
24 
 
2.1 .1 Perfil e características do empreendedor 
 Há anos que os pesquisadores tentam descobrir quais são as características 
em comum dos grandes empreendedores de sucesso. Qual será a convergência entre 
Steve Jobs e Bill Gates? Todas as pessoas criativas são bem-sucedidas? Todas 
pessoas que gostam e tem prazer em assumir riscos? Não é bem isso que os autores 
pensam sobre os empreendedores. 
Indivíduos que descobrem as necessidades do mercado e abrem novas 
empresas para satisfazer essas necessidades, assumindo riscos e estimulando 
mudanças, inovações e progressos para o setor econômico são chamados de 
empreendedores. (LONGENECKER, 2013, p. 7). A definição de Longenecker aponta 
o empreendedor como alguém visionário, aquém do seu tempo que preenche os 
vazios do mercado, trazendo o futuro para a sua comunidade. 
Kuratko (2016, p. 21) comenta sobre o conceito de empreendedor: 
É um inovador ou desenvolvedor que reconhece e aproveita oportunidades; 
converte essas oportunidades em ideias viáveis e/ou comercializáveis; 
agrega valor por meio de tempo, esforço, dinheiro ou habilidades; e assume 
os riscos do mercado competitivo para implementar essas ideias. O 
empreendedor é um catalisador de mudanças econômicas que utiliza a busca 
intencional, o planejamento cuidadoso e o bom senso ao realizar o seu 
processo. O empreendedor otimista e comprometido trabalha de forma 
criativa para estabelecer novos recursos ou melhorar antigos com uma nova 
capacidade, tudo com o propósito de criar riqueza. 
Neste conceito, o empreendedor aparece como agente do capitalismo a fim de 
movimentar a economia de forma planejada. Assim como Dolabela (2008, p. 23) 
acredita que o empreendedor seja o motor que aquece a economia. 
Diante desses conceitos, pode-se afirmar que o empreendedor, como se sabe, 
tem diversas qualidades que o caracteriza como um empreendedor. E Chiavanato 
(2012, p.12) diz que há três características básicas: 
 Necessidade de realização: há diferenças entre os níveis apresentados 
pelas pessoas quando à necessidade de realização. No entanto, as pessoas 
de com um alto nível de necessidade de realização gostam de competir com 
certo padrão de excelência, característica encontrada em empreendedores e 
empresários de sucesso. 
 Disposição para assumir riscos: há diversos riscos ao empreender. Riscos 
financeiros devido a instabilidade do mercado, abandono de emprego, 
investimentos do próprio capital. Riscos psicológicos, familiares e etc. Ou 
seja, as pessoas que estão dispostas se realizarem, assumem riscos para tal. 
 Autoconfiança: a autoconfiança deveria estar como característica básica de 
qualquer profissão, ela é a precursora da ousadia e a base da inovação. 
Quem a tem, sente que pode enfrentar os desafios que existem ao redor e 
tem domínio dos problemas e de suas habilidades para resolvê-los. 
25 
 
Figura 1 - Características básicas do empreendedor 
 
Fonte: Chiavenato (2012, p. 14). 
 E essas três características são a base e o incentivador das demais 
características. Acredita-se que a criatividade é a ferramenta que a necessidade de 
realização utiliza, por exemplo (CHIAVENATO, 2012). 
Para Reis e Armond (2012; apud NASCIMENTO; FREITAS, 2016) as 
habilidades requeridas de um empreendedor são divididas em três grupos: 
 Técnicas: envolve as habilidades de escrita, de ouvir e entender as 
necessidades, organização, liderança e saber trabalhar bem em equipe; 
 Gerenciais: são inclusas as habilidades de criação e gerenciamento das 
empresas, ou seja, noções administrativas, financeiras, de marketing, tomada 
de decisão, planejamento e controle. Essas habilidades podem ser adquiridas 
e fomentas com uma educação especializada. 
 Pessoais: ter disciplina, ser inovador, assumir riscos, ser ousado, 
persistência, ser visionário, ter iniciativa, coragem, humildade e paixão pelo o 
que faz. São qualidades inerentes ao empreendedor, desenvolvidas em 
contexto pessoal para o profissional. 
Contudo, para Nascimento e Freitas (2016, p. 28) “cada empreendedor possui 
características próprias, que muitas vezes compõe sua personalidade não sendo, no 
entanto, uma característica comum a todos, impedindo esse grupo de se tornar 
homogêneo”. Por mais que mais perfis sejam traçados, é quase impossível concluir 
que todos os empreendedores possuirão as mesmas habilidades e competências. 
 
2.1.2 Contextualizações com o mundo biblioteconômico 
Sabe-se que o objeto de trabalho do profissional bibliotecário é a informação. 
Com isso, é possível pensar e extrair as possibilidades de trabalho de um bibliotecário, 
Necessidade de 
realização
Autoconfiança
Disposição 
para assumir 
riscos
26 
 
suas maneiras de empreender, além de espaços tradicionais como as bibliotecas e 
unidades de informação. 
Um bibliotecário que não deseja atuar nas formas comuns e esperadas da 
profissão, pode trabalhar de maneira autônoma ou abrindo uma empresa para fazer 
prestaçãode serviços informacionais, por exemplo. Para Bezerra (2016, p. 55) 
“observamos um movimento no campo de atuação do bibliotecário voltado quase que 
exclusivamente para o trabalho no serviço público, como se este fosse o único 
caminho a percorrer profissionalmente”. O importante no âmbito biblioteconômico é 
ampliar o leque de atuação durante ainda a sua formação. É fundamental mostrar ao 
estudante de Biblioteconomia que é viável a atuação além das paredes de uma 
biblioteca e também longe do serviço público. 
Na Biblioteconomia, os primeiros empreendimentos fundados por bibliotecários 
conforme cita Spudeit: 
Foi na década de 1980 que surgiram as primeiras empresas formais criadas 
por bibliotecários no Brasil, porém, muitas ainda voltadas para serviços 
tradicionais de organização de bibliotecas, normalização e editoração de 
documentos, capacitação de bibliotecários, entre outros. A partir dos anos 
2000 apareceram as primeiras empresas com serviços mais tecnológicos e 
gerenciais para atender demandas específicas balizadas pelo mercado 
(SPUDEIT, 2016, p. 13). 
No presente, o empreendedorismo tem a força motriz de trazer novos ares a 
Biblioteconomia. A partir da inovação e da criação de novos negócios, os bibliotecários 
podem ir além dos serviços técnicos e tradicionais da área, como a catalogação e 
indexação de acervos particulares, a título de exemplo. É factível empreender por 
meio de gerenciamento de conteúdo empresariais, mapeamento de dados, serviços 
de arquitetura da informação, pacotes informacionais e etc. 
 
 
2.2 Empresa Júnior: conceitos e histórico 
O conceito de empresa júnior é definido pela Brasil Júnior como: 
 
[...] uma associação civil sem fins lucrativos, resultantes da união de alunos 
matriculados em um curso de graduação em instituições de ensino superior 
com intuito de oferecer projetos e serviços que contribuam para formar 
profissionais capacitados e comprometidos com o propósito de transformar o 
Brasil (BRASIL JÚNIOR, 2015b, p. 6) 
 
27 
 
Neste conceito, a Brasil Júnior amplia e comenta o impacto que a EJ pode ter 
na vida de um estudante que se torna um empresário júnior e ainda, no ambiente que 
está inserido. 
Segundo Matoski e França (2006, p. 66) “a EJ não tem a finalidade de captar 
recursos financeiros para seus integrantes ou para a IES de onde recebem o apoio, 
prestando serviços principalmente para micro e pequenas empresas”. O dinheiro 
recebido deve ser investido em infraestrutura da EJ, ou na educação e conhecimento 
dos voluntários. Ou seja, o aluno que se torna voluntário não recebe salário, nem bolsa 
e muito menos pagamentos por projetos, mas pode ganhar cursos e experiências 
investidas com o dinheiro dos projetos. Nos anos iniciais da EJ, é mais comum que o 
lucro seja revertido para a própria empresa e instituição de ensino na qual está 
inserida. 
Para Rogério Chér (2014, apud DOCUMENTÁRIO, 2014), a empresa júnior é 
“uma empresa formada e gerida por alunos, com o objetivo de proporcionar 
complemento prático à formação teórica por meio de consultoria”. Este conceito de 
Chér está relacionado à grande parte das EJ: empresas que prestam consultoria para 
clientes de pequeno e médio porte. Sendo a consultoria o principal produto oferecido 
pela EJ, reduzindo conceitualmente a sua potencialidade de serviços, como por 
exemplo, uma empresa júnior em Biblioteconomia pode oferecer serviços práticos de 
classificação e indexação a uma empresa. 
A EJ deve ter como objetivos a promoção do desenvolvimento técnico e 
acadêmico de seus associados, o desenvolvimento econômico e social da 
comunidade, fomentar o espírito empreendedor de seus associados, promover o 
contato dos alunos com o mercado e trabalho, e promover o desenvolvimento pessoal 
e profissional de seus associados (FEJEPAR, 2003). 
Já para Periard (2011), os principais objetivos da EJ são: fomentar o 
aprendizado prático do universitário em sua área de atuação e aproximar o mercado 
de trabalho do universo acadêmico. Ou melhor, não basta só apreender o que os 
autores dizem sobre os serviços na área e sim praticá-los de fato por meios de 
vivências gerenciais e tomadas de decisão reais, não somente hipotéticas. Os 
resultados e consequências qualificadas destas ações se moldam nas competências 
e desenvolvimento do perfil profissional do aluno. 
Periard (2011, p. 1) também comenta que “em uma EJ, os alunos podem 
exercitar seu lado empreendedor e pesquisador, trabalhando na geração de novas 
28 
 
ideias [...]”. Nota-se que o autor destaca que o aluno pode também fomentar seu lado 
pesquisador através da criação de soluções para os projetos contratados, inovando 
toda a área de conhecimento. E ainda, é possível fazer publicações com os casos 
experimentados, ampliando a imagem da instituição, dos professores orientadores, da 
EJ e do próprio aluno, futuro profissional de Biblioteconomia. 
O contexto histórico do Movimento Empresa Júnior (MEJ) começa, segundo a 
Brasil Júnior (2015b) em 1967, quando os alunos da Escola Superior de Ciências 
Econômicas e Sociais de Paris perceberam que só os estudos teóricos não eram 
suficientes para a sua formação. Criaram então, a primeira empresa júnior, a Júnior 
Enterprise, a fim de complementar com conhecimentos práticos a sua graduação. 
Surge a primeira Confederação Francesa de Empresas Juniores (CNJE) em 
1969, com 20 empresas mapeadas na França. O movimento ascende na Europa em 
1986, com 100 empresas juniores em países como a Holanda, Alemanha, Bélgica, 
Itália e Portugal e então é criada a Confederação Europeia de Empresas Juniores 
(JADE) (BRASIL JÚNIOR, 2015b). 
E em 1987, no Brasil, o diretor da Câmara de Comércio Franco-Brasileira, o 
João Carlos Chaves, sugere que a Fundação Getúlio Vargas seria um bom ponto de 
partida para o projeto de uma empresa júnior no Brasil. Mas somente em 1989, depois 
da aprovação da Fundação, os alunos de Administração criaram a primeira empresa 
júnior no país, a Empresa Júnior da Escola de Administração de Empresas da 
Fundação Getúlio Vargas (EJFGV) (BRASIL JÚNIOR, 2015b). 
A criação da primeira federação no Brasil acontece em 1990, quando foi 
fundada a Federação das Empresas Juniores do Estado de São Paulo (FEJESP) para 
criar unidade no movimento das empresas juniores e manter-se alinhadas aos seus 
conceitos originais. Em 1993, segundo a Brasil Júnior (2015b), foi realizado o I 
Encontro Nacional de Empresas Juniores (ENEJ), reunindo assim, estudantes do país 
inteiro. A Brasil Júnior foi criada em 2003, durante o XI ENEJ, o OXI ENEJ. na Bahia 
(CUNHA, 2008). 
O senador José Agripino do partido DEM-RN, criou o Projeto de Lei do Senado 
(PLS) 437/2012, que dispõe sobre a criação e a organização das associações 
denominadas empresas juniores, com funcionamento perante instituições de ensino 
superior (BRASIL, 2012). 
Fica estabelecido nesta ementa: 
29 
 
[...] definição de empresas juniores como associações civis inscritas no CNPJ 
composta por estudantes matriculados em cursos de graduação de 
instituições de ensino superior. Define as formas de admissão às empresas 
juniores. Estabelece os serviços que devem ser prestados pelas empresas 
juniores, os fins a serem contemplados e os princípios com os quais devem 
estar comprometidas. Dispõe sobre os deveres e as vedações acerca das 
atividades das empresas juniores. (BRASIL, 2012). 
Esta lei nº 13.267 foi sancionada em 6 de abril de 2016 pela presidente Dilma 
Rousseff. A lei é de extrema importância para o reconhecimento das empresas 
juniores no país, pois regulamenta a sua atuação e funcionamento. 
 
2.2.1 Características da EJ 
 A empresa júnior pode ser caracterizada conforme afirma Souza e Dourado 
(2003, apud KONZEN, 2017, p. 24) “através do registro na Receita Federal e nos 
órgãos governamentais como uma associação civil sem fins lucrativos”. Para isso, ela 
deve ter um estatuto registrado em um cartório, possuir Cadastro Nacionalde Pessoas 
Jurídicas (CNPJ), emitir sua própria Nota Fiscal e possuir Alvará de Funcionamento 
emitido pela prefeitura. Uma empresa só é considerada EJ quando a Instituição de 
Ensino Superior (IES) onde está inserida, reconhece por meios de documentos 
registrados em cartório, assinados pelo responsável – nível máximo – do curso de 
graduação. Quanto à estrutura educacional da EJ, conforme Matos: 
A EJ desempenha um papel de meio de transferência do conhecimento 
autônomo com relação à universidade mesmo sendo associada a ela pois, é 
formada por iniciativa de seus estudantes que contam com a orientação de 
seus docentes, utilizam o espaço físico e o nome da instituição de ensino 
(MATOS, 1997; apud CANTILIANO, 2013, p. 48). 
 A relação da IES com a EJ se dá pela doação de espaço físico para seu pleno 
funcionamento, seus constantes incentivos e principalmente pelo seu apoio. Uma EJ 
é uma casa sem alicerce, quando não tem colaboração de sua instituição. 
 Os membros efetivos são aqueles aprovados em um processo seletivo previsto 
no estatuto, preferencialmente por prova específica, dinâmica individual ou em grupo 
e entrevista. Somente alunos regularmente matriculados a um curso graduação, no 
qual está associado a EJ, podem ser vinculados na empresa júnior como membros 
efetivos. Os alunos de pós-graduação e ex-alunos do curso podem participar da EJ 
como membro colaborador, desde que seja previsto no estatuto (BRASIL JÚNIOR, 
2015e). 
 
30 
 
 A EJ não deve possuir como finalidade a captação e acumulação de recursos 
financeiros, nem para a IES, nem para seus membros e colaboradores. O pagamento 
para professores que auxiliam e prestam orientação em projetos especiais para a EJ 
pode ser realizado, conforme autorizado previamente no estatuto. Esses professores 
podem auxiliar com indicação de bibliografia, relato de experiências e conhecimentos, 
além de sua constante supervisão (BRASIL JÚNIOR, 2015b). 
 É aconselhado pelo Conceito Nacional de Empresa Júnior (CNEJ) que as 
finalidades da EJ devem constar no estatuto como: 
I- Desenvolvimento das pessoas que constam no quadro social da EJ por meio 
de vivências empresariais, realizando projetos na área de atuação do curso 
de graduação; 
II- Realizar projetos preferencialmente para micro e pequenas empresas, 
terceiro setor, empresas em fase de abertura e pessoas físicas, objetivando 
o desenvolvimento da sociedade onde está inserida; 
III- Fomentar o empreendedorismo aos seus associados. (BRASIL JÚNIOR, 
2015a). 
 Quando comparada a um estágio, a EJ se diferencia pela autonomia que dá 
aos seus membros participantes. Os membros estabelecem contato direto com o 
cliente, que geralmente é um empresário, possibilitando um grande desenvolvimento 
profissional. Em um estágio, o aluno fica à mercê do plano de desenvolvimento de 
atividades que tange, em sua maioria, a parte técnica da profissão. Por isso, os alunos 
que participam de um EJ durante a sua vida acadêmica, se destacam no mercado de 
trabalho, por já terem desenvolvido habilidades e competências gerenciais, comerciais 
e criativas. (BRASIL JÚNIOR, 2015b). 
 As EJs estão diretamente ligadas à fomentação e no desenvolvimento do perfil 
empreendedor dos alunos em uma graduação. Conforme afirmam Dalessandro et al. 
(2012, p. 194) “para a formação sólida dos profissionais empreendedores é essencial 
uma vivência prática dos valores e atividades do mercado de trabalho durante os anos 
de graduação, e são nas empresas juniores que os alunos usufruem deste ambiente”. 
 Cada EJ organiza a sua estrutura funcional, seus graus hierárquicos e a sua 
organização por departamentos são divididos de acordo com o conhecimento dos 
acadêmicos envolvidos, visando melhorar os relacionamentos interpessoais e tornar 
o trabalho eficiente e eficaz (MORETTO NETO et al. 2004, apud KONZEN, 2017, 
p.24). 
 
31 
 
3 COLETA E ANÁLISE DE DADOS 
Como citado anteriormente, foi realizado uma pesquisa exploratória a fim de 
mapear as EJs na área de Biblioteconomia. Foi constatado que ao longo dos últimos 
13 anos, o campo biblioteconômico contou com 10 empresas juniores, existindo hoje 
apenas quatro delas. A Biblio Jr. da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 
foi a primeira ser criada em 2004, e em 2013 foi associada ao curso de Arquivologia 
e Ciência da Informação, tornando-se a InfoJr. As empresas juniores ativas são as: 
InfoJR (UFSCAR), Seti Consultoria Jr. (UFPE), a BiblioMetrics (UFRN) e Info Jr 
(UFSC). Outras três EJs foram encontradas, mas estão inativas, são elas: Agir 
Consultoria Jr. (UFC-Cariri), EGID JR (UNESP- Marília) e a CGI-JR (UFMG). 
Para esta pesquisa, foi necessário comparar, para fim de Benchmarking, EJs 
das áreas de Administração e Engenharia: FGVJR (FGV-RJ), Ayra Consultoria (UFRJ) 
e a Fluxo Consultoria (UFRJ). A escolha por essas EJs se deu através da antiguidade 
(tempo de existência no mercado). 
O mapeamento de EJs na área de Biblioteconomia foi realizado a partir de 
pesquisas documentais em fontes de pesquisas como: os sites das Universidades de 
Biblioteconomia e o Facebook, atualização do quadro trazido pela autora São 
Bernardo (2011) e também, através do quadro de mapeamentos de EJs em 
Biblioteconomia do Trabalho de Conclusão de Curso de Cantiliano e Sugisawa (2013). 
Quadro 1 - Mapeamento de EJs na área de Biblioteconomia 
Nº EJs em Biblioteconomia Instituição Ano de 
Criação 
Situação 
1 InfoJr. UFSCAR 2009 Ativa 
2 SETi Consultoria Júnior UFPE 2013 Ativa 
3 Info Júnior UFSC 2013 Ativa 
4 BiblioMetrics UFRN 2012 Ativa 
5 Biblio Júnior UFSC 2004 Encerrada 
6 AGIR Jr. Consultoria UFC- Cariri 2010 Inativa 
7 EGID JR UNESP- 
MARÍLIA 
2007 Inativa 
8 CGI-JR UFMG 2009 Inativa 
32 
 
9 FESP Jr. FESPSP --1 Encerrada 
Fonte: a autora (2017). 
 
3.1 EJs de Biblioteconomia 
Nesta subseção, são descritas e analisadas as EJs da área de Biblioteconomia 
para fins de Benchmarking, onde serão descritos os indicadores de planejamento 
estratégico (missão, visão e valores), planejamento de marketing (serviços oferecidos, 
clientes e a presença digital) e os diferenciais observados. 
 
3.1.1 InfoJr - UFSCAR 
 A empresa júnior do curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação da 
Universidade Federal de São Carlos foi criada em 2009, com o objetivo de 
complementar a formação dos alunos do curso. Seu atual objetivo é capacitar os 
membros para entrar no mercado de trabalho. A EJ oferece ao longo dos anos 
atividades que estimulam o aprendizado em produção e organização de eventos, 
oficinas, minicursos e consultoria de serviços na área de Ciência da Informação 
(INFOJR, 2016). 
Quadro 2 - Dados da InfoJr 
Missão “Contribuir para o desenvolvimento de competências dos futuros 
profissionais de Biblioteconomia e Ciência da Informação”. 
 
Visão “Ser reconhecida por membros, conselheiros, clientes, Empresas 
Juniores (Ejs) e comunidade acadêmica como referência em 
organização e sistematização de informações, buscando aprimoramento 
contínuo”. 
 
Valores - Proatividade 
- Responsabilidade 
- Respeito 
- Ética 
- Trabalho em equipe. 
 
Serviços 
oferecidos 
- Normalização de Trabalhos Acadêmicos; 
- Revisão textual; 
- Atualização de Currículo Lattes; 
- Automação de Acervos; 
 
1 Informação não encontrada. 
33 
 
- Design e Propaganda. 
 
Serviços 
realizados 
- Catalogação e automação do acervo da Bibliotequinha! do curso de 
Engenharia Civil da UFSCAR; 
- Confecção de materiais impressos para a exposição “Um bom sujeito”. 
 
Presença digital A EJ possui: 
- site próprio: https://infojrufscar.wordpress.com 
- referência institucional: http://www.bci.ufscar.br/atividades/infojr 
- página no Facebook: https://www.facebook.com/pg/infojrufscar/ 
 
Clientes Não consta de forma clara no site, mas oferece serviços à comunidade 
acadêmica, pessoas e empresas na cidade de São Carlos. 
 
Diferenciais 
observadosOferece oficinas, minicursos e workshops com especialistas da área de 
Biblioteconomia e Ciência da Informação para os alunos da UFSCAR. 
Fonte: a autora (2017). 
 
3.1.2 SETi Consultoria Jr - UFPE 
 É a primeira empresa júnior de Biblioteconomia no estado de Pernambuco, 
criada em 2013 e pertencente à Universidade Federal de Pernambuco. Seu nome é 
uma abreviação de Serviços Especializados em Tratamento da Informação. A 
finalidade da empresa é desenvolver projetos e prestar serviços na área de gestão e 
organização da informação (SETi, 2017). 
Quadro 3 - Dados SETi Consultoria Jr. 
Missão “Garantir excelência na criação de projetos sendo vínculo entre estudantes e 
mercado de trabalho em prol do crescimento profissional e pessoal dos nossos 
clientes.” 
Visão “Desenvolver projetos e prestar serviços na área de gestão e organização da 
informação, sempre mantendo o cuidado com a eficiência e eficácia dos 
projetos, para assim, melhor atender as expectativas e necessidades dos 
nossos clientes”. 
 
Valores Não é disponibilizado. 
 
Serviços 
oferecido
s 
- Organização de acervos (classificação, indexação e/ou catalogação); 
- Normalização de trabalhos acadêmicos; 
- Atualização de currículos Lattes. 
 
Serviços 
realizados 
- Jardim de Ideias (evento) 
https://infojrufscar.wordpress.com/
http://www.bci.ufscar.br/atividades/infojr
https://www.facebook.com/pg/infojrufscar/
34 
 
Presença 
digital 
A EJ possui: 
- site próprio: https://seticonsultoriajr.wixsite.com/seticonsultoria 
- referência institucional: 
http://www3.ufpe.br/dci/index.php?option=com_content&view=article&id=324
&Itemid=241 
- página no Facebook: https://www.facebook.com/pg/seticonsultoriajr 
- perfil no Twitter: https://twitter.com/setijrbiblio 
- perfil no Instagram: https://www.instagram.com/seticonsultoriajr/ 
 
Clientes Grupo Imago UFPE, não consta de forma clara no site, mas oferece serviços 
à comunidade acadêmica, pessoas e empresas na cidade onde está inserida. 
 
Diferencia
is 
observad
os 
Tem presença em mais de uma rede social. 
Fonte: a autora (2017). 
 
3.1.3 Info Júnior – UFSC 
 A história da Info Júnior começa em 2004, quando foi criada, com a alcunha de 
Biblio Júnior, a primeira EJ de Biblioteconomia no país. Em 2013, foi reformulada e 
juntou-se aos cursos de Arquivologia e Ciência da Informação da Universidade 
Federal de Santa Catarina, tornando-se oficialmente a Info Júnior (INFO JÚNIOR, 
2016). 
Quadro 4- Dados Info Júnior 
Missão Não possui ou não foi encontrado. 
Visão Não possui ou não foi encontrado. 
Valores Não possui ou não foi encontrado. 
Serviços 
oferecidos 
São descritos apenas como: serviços voltados a área de Arquivologia, 
Biblioteconomia e Ciência da Informação. Não há mais detalhes. 
Serviços 
realizados 
Não foram encontrados. 
Presença 
digital 
A EJ possui: 
- site próprio: https://infojrblog.wordpress.com 
- página no Facebook: https://www.facebook.com/infojuniorufsc/ 
https://seticonsultoriajr.wixsite.com/seticonsultoria
https://twitter.com/setijrbiblio
https://www.facebook.com/infojuniorufsc/
35 
 
Clientes Não foram encontrados, mas subentende-se que a EJ atende a 
comunidade acadêmica através de eventos, pessoas e empresas na 
cidade onde está inserida. 
Diferenciais 
observados 
Tempo de atuação (desde 2004). 
Fonte: a autora (2017) 
3.1.4 BiblioMetrics – UFRN 
 A empresa júnior do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte, BiblioMetrics, foi fundada em 2012 a fim de realizar serviços para 
melhoria informacional (BIBLIOMETRICS, 2017). 
Quadro 5- Dados da BiblioMetrics 
Missão “Prestar serviços em documentação e informação com qualidade de forma 
ética e séria através do emprego de técnicas e normas legítimas a fim de 
contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do país bem como, 
respeitando e valorizando o indivíduo, a sociedade e o meio-ambiente”. 
Visão “Temos como visão a globalização e reconhecimento mundial de nossos 
serviços”. 
Valores “Nossos valores são envoltos nas mais elevadas éticas do cuidado e 
serviço, atuando colaborativamente e com respeito a todos os seres 
viventes com uma consciência ecológica”. 
Serviços 
oferecidos 
- Normalização de trabalhos acadêmicos; 
- Levantamento bibliográfico; 
- Editoração de livros; 
- Organização de acervos físicos e digitais; 
- Organização e sistematização de arquivos em computadores, tabletes e 
smartphones; 
- Pesquisas de usuários, políticas, qualitativas e quantitativas; 
- Arquitetura da informação. 
Serviços 
realizados 
Não foram encontrados. 
Presença 
digital 
A EJ possui: 
- site próprio: http://bibliometricsjr.wixsite.com/ejufrn 
- página no Facebook: https://www.facebook.com/Bibliometrics/ 
 
http://bibliometricsjr.wixsite.com/ejufrn
http://bibliometricsjr.wixsite.com/ejufrn
https://www.facebook.com/Bibliometrics/
36 
 
Clientes Não foram encontrados, mas subentende-se que a EJ atende a 
comunidade acadêmica através de eventos, pessoas e empresas na 
cidade onde está inserida. 
Diferenciais 
observados 
Detalhamento nos serviços oferecidos para potenciais clientes. 
Fonte: a autora (2017). 
 
3.2 EJs de outras áreas 
Nesta subseção, são descritas e analisadas as EJs da área de Administração 
e Engenharia para fins de Benchmarking, onde são descritos os indicadores de 
planejamento estratégico (missão, visão e valores), planejamento de marketing 
(serviços oferecidos, clientes e a presença digital) e os diferenciais observados. Foi 
necessário analisar essas EJs de outras áreas, para conhecer as estratégias das EJs 
no Rio de Janeiro. 
 
3.2.1 FGV Jr. – FGV-RIO 
 Criada em 2004, a FGV Jr., empresa júnior da Fundação Getúlio Vargas – Rio 
de Janeiro, é formada por alunos graduando da instituição. Atua na área de consultoria 
em negócios, com foco em micro e pequenas empresas. Se autodenomina autônoma 
e apartidária. Segundo a própria empresa, “o seu foco em resultados diretos é a 
garantia de um trabalho eficaz, construído como consequência de aperfeiçoamento 
diário e monitoramento constante das variáveis de mercado”. A empresa possui um 
índice de 92% de satisfação dos clientes (FGV JR., 2016). 
Quadro 6 - Dados da FGV Jr. 
Missão “Formar agentes de impacto capazes de superar suas expectativas e criar 
soluções inovadoras para seu negócio.” 
Visão “Estar, até 2020, entre as principais referências em cultura empreendedora, 
excelência em gestão e qualidade em projetos no Movimento Empresa Júnior 
no Rio de Janeiro”. 
 
 
37 
 
Valores “- Proatividade: Apresentar iniciativa, assumir responsabilidades, ver desafios 
como oportunidades e estar sempre em busca de conhecimento. 
- Meritocracia: Apresentar retorno diretamente ligado à responsabilidade, 
competência e trabalho dentro da organização. 
- Foco no Cliente: Conhecer as necessidades dos clientes, executar soluções 
diferenciadas e buscar sempre superar expectativas. 
- Orientação para Resultados: Estar sempre obstinado por entregar os 
melhores resultados possíveis para o cliente, não obstante as adversidades 
que possam aparecer. 
- União: Valorizar as conquistas de cada membro e sentir-se, acima de tudo, 
dono da empresa, independentemente do cargo” 
Serviços 
oferecidos 
- Planos de negócios (sumário executivo, pesquisa de mercado, análise de 
mercado e etc); 
- Marketing (plano de marketing, gestão de mídias sociais); 
- Organização e processos (plano operacional, mapeamento e redesenho de 
processos); 
- Estoques (otimização de processos, construção e manutenção de 
inventários); 
- Financeiro (investimentos, custos, planejamentos financeiros, análise 
financeira, indicadores de viabilidade econômica, construção de cenários); 
- Estratégia (plano estratégico e análise de portfólio). 
Serviços 
realizados 
Não foram encontrados. 
Presença 
digital 
A EJ possui: 
- site próprio: http://www.fgvjr.com 
- página no Facebook: https://www.facebook.com/pg/FGVJr/- perfil no LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/fgvjr/ 
- canal no Youtube: https://www.youtube.com/user/FGVJr 
- perfil no Instagram: https://www.instagram.com/fgvjr/ 
- perfil no G+: https://plus.google.com/103370018387004211790 
Clientes Não foram encontrados. 
Diferenciais 
observados 
A EJ oferece diagnóstico gratuito como estratégia de captação de potenciais 
clientes. Possui forte presença digital. Produz conteúdo para blog institucional 
da EJ. Tem membros e cargos publicados no site. 
Fonte: a autora (2017). 
 
http://www.fgvjr.com/
https://www.facebook.com/pg/FGVJr/
https://www.linkedin.com/company/fgvjr/
https://www.youtube.com/user/FGVJr
https://www.instagram.com/fgvjr/
38 
 
3.2.2 Ayra Consultoria - UFRJ 
A Ayra Consultoria é uma empresa júnior de gestão de negócios da 
Universidade Federal do Rio de Janeiro, que está há 12 anos no mercado. Ela é 
formada por alunos dos seguintes cursos de graduação: Administração, Ciências 
Contábeis, Economia, Gestão Pública e Biblioteconomia. E realiza projetos nas áreas 
de Recursos Humanos, Marketing, Qualidade, Estruturação de Negócios, 
Financeiro/Contábil e Estratégia (AYRA CONSULTORIA, 2017). 
Quadro 7 - Dados da Ayra 
Missão "Formar cidadãos capazes de desenvolver a sociedade por meio de projetos 
de consultoria”. 
Visão Não possui ou não disponibilizado. 
Valores “- Desenvolvimento colaborativo: acreditamos que juntos conseguimos 
realizar muito mais. Prezamos pela troca de experiência entre os 
consultores; 
- Querência: é o que gostamos de definir como ‘o ato de querer, querer’. 
Esse valor nos faz inquietos e com vontade de aprender sempre”. 
Serviços 
oferecidos 
Oferece soluções de: 
- Plano de negócio; 
- Marketing; 
- Estruturação financeira contábil; 
- Gestão da qualidade; 
- Estratégia; 
- Estruturação de negócios; 
- Mercado. 
Serviços 
realizados 
Não foram encontrados. 
Presença 
digital 
A EJ possui: 
- site próprio: https://www.ayraconsultoria.com/ 
- página no Facebook: https://www.facebook.com/ayraconsultoria 
- perfil no Twitter: https://twitter.com/ayraconsultoria 
- perfil no LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/749953/ 
Clientes Land Rover, Ambev, SulAmérica, SCJohnson, SushiRao, DLL Informática e 
Korin. 
https://www.ayraconsultoria.com/
https://www.facebook.com/ayraconsultoria?ref=aymt_homepage_panel
https://twitter.com/ayraconsultoria
https://www.linkedin.com/company/749953/
39 
 
Diferenciais 
observados 
A EJ oferece serviço de diagnóstico gratuito como estratégia de captação de 
novos clientes. Produz conteúdo institucional para o blog da EJ. Disponibiliza 
a estruturação organizacional e seus respectivos membros. Recebeu 
premiações e é reconhecido na área de atuação. 
Fonte: a autora (2017). 
 
3.2.3 Fluxo Consultoria 
 Há 24 anos no mercado, a Fluxo Consultoria é a empresa júnior de consultoria 
de todos os cursos da Escola Politécnica e da escola de Química da Universidade 
Federal do Rio de Janeiro. É reconhecida pelo mercado e pelas Federações de EJs 
através de participação e conquista de prêmios na área (FLUXO CONSULTORIA, 
2017). 
Quadro 8- Dados da Fluxo Consultoria 
Missão “Promover o acesso ao conhecimento, impactando o Brasil com projetos de 
engenharia”. 
 
Visão “Ser a melhor Empresa Júnior de Engenharia do Brasil”. 
Valores - Orgulho de ser Fluxo; 
- Sede por Conhecimento; 
- Honestidade e Transparência; 
- Humildade e Excelência; 
- Espírito Colaborativo; 
- Atitude de Dono. 
Serviços 
oferecidos 
- Engenharia Civil e instalações: plantas arquitetônicas, instalações prediais, 
eficiência energética, consultoria em S.P.D.A, Visualização 3D, Construção, 
Orçamento para construção. 
- Gestão e criação de negócios: Estudo de viabilidade econômico financeiro, 
Plano de Negócios, Estudo de Mercado, Planejamento Estratégico, 
Pesquisa de Mercado, Design Thinking. 
- Projetos mecânicos: Desenho Técnico Mecânico, Estudo de Viabilidade 
Técnica e Econômica, Desenvolvimento de Equipamento, 
Desenvolvimento de Máquina, Estudo de Materiais, Prototipagem em 
Impressão 3D. 
40 
 
- Automação e Gestão de Informação: Sistemas Web, Desenvolvimento de 
Aplicativos, Banco de Dados, Desenvolvimento de Software, Sistemas de 
Automação Industrial. 
- Otimização da Produção: Mapeamento e análise de processos, Estudo de 
Layout. 
- Química, Ambiental e Alimentos: Desenvolvimento de Fórmula e de 
Produto, Tratamento de Efluentes, Manual de Boas Práticas de 
Fabricação, Métodos de conservação, Neutralização de Carbono, Plano de 
Gestão de Resíduos Sólidos. 
 
Serviços 
realizados 
No site há uma seção muito extensa de portfólio com muitos serviços 
realizados, exemplificando cada área oferecida pela EJ. 
Presença 
digital 
A EJ possui: 
- site próprio: http://fluxoconsultoria.poli.ufrj.br 
- página no Facebook: https://www.facebook.com/fluxoconsultoria 
- perfil no G+: https://plus.google.com/+FluxoConsultoriaRiodeJaneiro 
- perfil no Instagram: https://www.instagram.com/fluxoconsultoria/ 
- perfil no LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/465135/ 
Clientes SEBRAE, Vale, Metrô Rio, Botto Bar, Eleva Educação, UFRJ, Força Área 
Brasileira, Marinha do Brasil, Odebrechet, FioCruz, Descomplica, Mercatto, 
entre outros. 
Diferenciais 
observados 
- É considerado o primeiro lugar em EJ de Engenharia no Brasil; 
- 24 anos de experiência em projetos de Engenharia; 
- Mais de 500 projetos realizados; 
- Mais de 200 Clientes diretos; 
- Consta feedback de clientes no site; 
- Prêmios reconhecidos na área; 
- Produção de conteúdo sobre Engenharia no Blog institucional; 
- Produção de E-books sobre a área de Engenharia. 
Fonte: a autora (2017). 
 
3.3 Análises de resultados 
Nesta análise realizada com as EJs de Biblioteconomia e das áreas de 
Administração e Engenharia, através das pesquisas e levantamento dos sites, 
http://fluxoconsultoria.poli.ufrj.br/
https://www.facebook.com/fluxoconsultoria
https://plus.google.com/+FluxoConsultoriaRiodeJaneiro
https://www.instagram.com/fluxoconsultoria/
https://www.linkedin.com/company/465135/
41 
 
serviços oferecidos, seus clientes, suas missões e visões de mercado, foi notado que 
as EJs de Biblioteconomia são recém-criadas. 
 As EJs de Biblioteconomia atendem basicamente a sua comunidade 
acadêmica, criando eventos para os alunos, atividades de promoção à leitura, quando 
tem potencial e uma gama de serviços informacionais extensos para atender clientes 
externos de impacto. Ou seja, não foi identificado nesta análise, serviços de fato a 
outros clientes, apenas para as comunidades acadêmicas no contexto inserido. 
Foi notado também como alguns problemas de gestão podem afetar a sua 
visibilidade perante seus clientes. Se enquanto a exploração acadêmica desta 
pesquisa encontrou-se dificuldades para identificar e reconhecer essas EJs, os 
potenciais clientes também devem ter. Alguns sites não são recuperados em 
mecanismos de buscas como o Google, Bing e no Facebook e estão desatualizados. 
Quanto ao uso de mídias sociais, as EJs de Biblioteconomia usam mais para 
divulgar oportunidades, eventos e cursos na área de Biblioteconomia e Ciência da 
Informação, do que para divulgar seus próprios serviços. Nenhuma das EJs de 
Biblioteconomia têm perfil no LinkedIn e essa plataforma profissional é importante 
principalmente para as empresas que prestam serviços a outras empresas. 
As EJs de Administração e Engenharia analisadas neste trabalho têm perfil 
profissional e atraente para seus potenciais clientes, pois têm sites e redes sociais 
atualizados, serviços claramente descritos e bem divulgados, seções de 
reconhecimento e feedback de clientes em suas páginas. 
Foi interessante notar o oferecimento, por parte das EJs de outras áreas, de 
serviço de diagnóstico gratuito para clientes. Com isso, o cliente tem um panorama 
visto por profissionais sobre o seu negócio, que o faz ter mais credibilidade ao 
contrataros serviços apontados pelas EJs. 
42 
 
4 PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE EJ DA EB DA UNIRIO 
Para uma criar uma proposta embasada, assertiva e coerente com Conceito 
Nacional de Empresa Júnior foi usado como base os direcionamentos previstos no 
DNA Júnior, elaborado pela Brasil Júnior. Neste capítulo, a Escola de Biblioteconomia 
é contextualizada e são comentadas as etapas de fundação da EJ. 
Conforme aponta a Brasil Júnior (2015c), a proposta de empresa júnior 
englobará neste trabalho: os processos de fundação, o modelo de negócio criado a 
partir das análises de benchmarking, a estruturação interna, criação dos elementos 
do planejamento estratégico (missão, visão e valores), quanto ao planejamento de 
marketing será realizada a análise SWOT, exploração dos serviços oferecidos, alguns 
indicativos para uso de mídias sociais e serão abordados também os itens 
necessários para o processo de regulamentação. 
 
4.1 A Escola de Biblioteconomia da Unirio 
 O curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de 
Janeiro foi a primeira escola de Biblioteconomia do Brasil, da América Latina e o 
terceiro a ser criado no mundo. É originário do curso de Biblioteconomia da Biblioteca 
Nacional do Rio de Janeiro (BN), concebido em seus porões. Teve a sua criação em 
11/07/1911, no Decreto 8.835, que designou o primeiro Curso de Biblioteconomia a 
fim de atender a demanda interna da BN. No entanto as atividades começaram de fato 
em 1915, com aula inaugural de Constâncio Alves e presença ilustre de Rui Barbosa 
(MIRANDA, 2015). 
43 
 
Figura 2 - Mesa de abertura do primeiro curso de biblioteconomia do Brasil 
 
Fonte: Site da Biblioteca Nacional (2015). 
 
Atualmente, está localizada na Avenida Pasteur, 458, Campus da Praia 
Vermelha, na Urca. É integrante ao Centro de Ciências Humanas (CCH). Os docentes, 
em grande maioria, fazem parte do Departamento de Estudos e Processos 
Biblioteconômicos (DEPB). A EB oferece cursos de Bacharelado Matutino, 
Bacharelado Noturno, Licenciatura Noturno e o Mestrado Profissional, que se 
sustentam no tripé de ensino, pesquisa e extensão. Quanto à estrutura organizacional, 
a EB é composta pela Direção da Escola, Coordenadorias de cursos e a Secretaria 
da Escola. O curso de Bacharelado tem como objetivo, segundo a UNIRIO: 
Formar profissionais aptos a atuar como agentes engajados nos processos 
sociais, culturais, educacionais e de democratização da informação; capazes 
de contribuir para o progresso das pesquisas em ciência e tecnologia para o 
desenvolvimento social e econômico do país e de dar suporte informacional 
a empresas e organizações no contexto globalizado (UNIRIO, 2017a) 
Seu currículo é dividido em disciplinas obrigatórias e optativas. Os alunos do 
curso de bacharelado podem optar por três eixos, que segundo a própria escola são: 
 Eixo I: Biblioteconomia em Memória, Patrimônio e Cultura; 
 Eixo II: Biblioteconomia em Ciência e Tecnologia; 
 Eixo III: Biblioteconomia para Gestão da Informação em Organizações. 
44 
 
 O curso de Licenciatura em Biblioteconomia foi reiniciado pela UNIRIO em 
2010. E é estabelecido que os licenciados devem: 
Ter uma sólida fundamentação nos conhecimentos da área pedagógica, 
integrada de maneira orgânica com os da área de Biblioteconomia, 
entendendo o processo de ensino-aprendizagem como um todo, partindo das 
relações pedagógicas que estruturam o curso, a fim de atuar como um 
profissional consciente e responsável. Ele apresentará competências 
relativas à compreensão do papel social da escola, ao domínio do 
conhecimento pedagógico e de investigação que possibilitem o 
aperfeiçoamento da prática pedagógica e competências referentes aos 
conteúdos específicos da Biblioteconomia, seus significados em diferentes 
contextos e sua articulação interdisciplinar. (UNIRIO, 2017a) 
 O curso de Mestrado Profissional em Biblioteconomia da Unirio tem duração 24 
meses. Faz parte do Programa de Pós-Graduação em Biblioteconomia (PPGB). 
Possui duas linhas de pesquisa: 
 Biblioteconomia, Cultura e Sociedade: Estudos teóricos e aplicados sobre 
as interfaces e conexões entre documento, informação e tecnologia, 
considerando os produtos, competências, políticas e contextos que 
caracterizam a Biblioteconomia, suas instituições, seus profissionais e seu 
público. 
 Organização e Representação do Conhecimento: Estudos teóricos e 
aplicados sobre os instrumentos, tecnologias e procedimentos que 
caracterizam o tratamento da informação e dos documentos, considerando 
as diferentes dimensões e os distintos contextos sociais e históricos que 
envolvem a ORC (UNIRIO, 2017b) 
 
4.2 Processos de Fundação 
Para a Brasil Júnior (2015c, p. 3) o “processo de fundação é constituído por 
todas as etapas primordiais que as empresas juniores devem passar para exercerem 
de forma apropriada suas atividades”. O passo-a-passo tem o objetivo de orientar os 
membros-fundadores a como criar a EJ. E são etapas do Processo de Fundação: 
Fonte: Brasil Júnior (2015c, p. 3). 
Figura 4 - Processos de fundação 
Definições iniciais 
de negócios
Regulamentação 
Jurídica
Planejamentos Federação
45 
 
1) Definições iniciais de negócios: Nesta primeira etapa devem ser elaborados 
e previstos a equipe inicial com no mínimo cinco membros colaboradores. Estes 
membros serão responsáveis por criar de fato a EJ. Eles devem ser focados, 
proativos e entusiasmados. Deve ser realizado também o Benchmarking, a fim 
de verificar o mercado, os serviços oferecidos pelas empresas para definir os 
seus próprios serviços e criação de novas oportunidades. A ideia do 
Benchmarking não é repetir, copiar ideias de serviço de outras empresas, mas 
usar como parâmetro competitivo. 
2) Regulamentação Jurídica: Este tópico será mais explorado adiante, no 
entanto, é nele que são explicados os itens necessários para regulamentar e 
legalizar a EJ. 
3) Planejamentos: Neste aspecto, serão desenvolvidos pelos membros o 
planejamento estratégico e o planejamento financeiro para iniciar suas 
atividades empreendedoras. 
4) Federação: O apoio das entidades regulamentadoras é importante para o 
reconhecimento de força da EJ, quanto a sua comunidade acadêmica e 
clientes. 
 
4.3 Modelo de Negócio 
 Conforme explica Moura (2014, p. 2) o Business Model Canvas “é uma 
ferramenta de gerenciamento estratégico, que permite desenvolver e esboçar 
modelos de negócio novos ou existentes”. Já Osterwalder e Pigneur (2010, apud 
GAVA, 2014, p. 25) descrevem “o ciclo de desenvolvimento de um modelo de 
negócios sendo a maneira como uma organização cria, entrega e captura valor”. O 
modelo de negócio Canvas proposto para a EJ de Biblioteconomia da UNIRIO 
encontra-se em anexo neste trabalho. 
Foram definidos como parceiros-chaves: a UNIRIO, Rio Júnior, Brasil Júnior e 
o Sindicato de Bibliotecários no Estado do Rio de Janeiro (SINDIB-RJ). 
As atividades chaves são: Consultoria especializada em implementação de 
bibliotecas escolares; Formatação de trabalhos acadêmicos e revisão textual, 
Organização e Automação de acervos físicos ou digitais; Curadoria e gestão de 
conteúdo digital; Produção de minicursos e eventos na área de Biblioteconomia; 
Capacitação de profissionais da informação; e Serviços de Arquitetura da Informação. 
46 
 
Já a mão-de-obra qualificada, estrutura física, equipamentos, internet e telefone 
foram definidos como recursos chaves. 
Os custos importantes no modelo de negócio são: estrutura física, 
equipamentos e treinamentos dos membros; 
As propostas de valores que serão proporcionados para os clientes, criando um 
diferencial competitivo são: Honestidade, Autonomia, Espírito Livre, Mão na Massa, 
Experiência WOW para o Cliente2 e Direto ao Ponto. 
 Quanto ao relacionamento com o cliente foram definidos: atendimento 
personalizado, site institucional e redes sociais. 
 Os canais de comunicação e distribuição de serviços são estabelecidos através 
de:

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