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AUla 01 XXVII OAB - Direitos Individuais e coletivos

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DIREITO CONSTITUCIONAL
CURSO DIREITO MATERIAL - EXAME OAB
PROF. DIEGO CERQUEIRA
INSTAGRAM: @PROFDIEGOCERQUEIRA
TEORIA GERAL DOS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Aspectos Gerais
Direitos Fundamentais
• Direitos da pessoa humana 
consagrados em um dado 
momento histórico 
protegidos e positivados pela 
ordem jurídica 
constitucional;
• Bens protegidos pela 
Constituição. Ex: Direito à 
vida, liberdade, propriedade.
Garantias Fundamentais
• são formas de proteção 
desses bens; instrumentos 
Constitucionais. 
• Ex: habeas corpus - Direito à 
liberdade de locomoção. 
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
As “gerações” de direitos
➢ Os direitos fundamentais são frutos de uma evolução 
histórico-social; 
➢ São conquistas progressivas da humanidade. 
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
1ª Geração
➢ São as liberdades negativas; 
➢ Papel de restrição da ação do Estado sobre o indivíduo. Valor-fonte 
a liberdade;
➢ Direito de defesa dos cidadãos. Confere ao indivíduo o poder para 
exercê-los e exigir do Estado a correção das omissões. Ex: Direitos civis 
e políticos (reconhecidos no final do século XVIII, com as Revoluções Francesa e 
Americana - Direito de propriedade, locomoção, associação e o de reunião). 
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
2ª Geração
➢ São as chamadas de liberdades positivas;
➢ Prestações positivas do Estado aos indivíduos (políticas e serviços 
públicos). Valor-fonte a igualdade;
 
➢ Obrigações impostas ao Estado decorrente de uma dever de 
conduta em prol dos indivíduos. Ex: direitos econômicos, sociais e 
culturais;
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
3ª Geração
➢ Direitos transindividuais ou supraindividuais (direitos difusos 
e coletivos);
➢ Não protegem interesses individuais; transcendem a órbita 
dos indivíduos para alcançar a coletividade. Ex: direito do 
consumidor, ao meio-ambiente ecologicamente equilibrado e o direito ao 
desenvolvimento. 
➢ Valor-fonte é a solidariedade, a fraternidade. 
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
Características
➢ Universalidade: há um núcleo mínimo de direitos que deve ser 
outorgado a todas as pessoas (Ex: direito à vida). Exceção: 
direitos outorgados a grupos específicos (Ex: direitos dos 
trabalhadores). 
➢ Historicidade: são conquistas progressivas; um processo de 
afirmação ao longo do tempo. São mutáveis e sujeitos a 
ampliações.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
Características
➢ Indivisibilidade: são indivisíveis; formam parte de um sistema 
harmônico e coerente de proteção à dignidade da pessoa 
humana. Não são considerados isoladamente; 
➢ Inalienabilidade: são intransferíveis e inegociáveis, não podem 
ser abolidos pelo titular; não possuem conteúdo 
econômico-patrimonial;
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
Características
➢ Imprescritibilidade: não se perdem com o tempo, sendo sempre 
exigíveis; são personalíssimos e não cabe a prescrição; 
➢ Irrenunciabilidade: não pode haver disposição, embora possa 
deixar de exercê-lo. Admite-se, entretanto, situações de 
autolimitação voluntária de seu exercício. Ex: “reality shows” e o 
direito à privacidade.; 
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
Características
➢ Relatividade ou Limitabilidade: não há direitos fundamentais 
absolutos; são relativos, limitáveis no caso concreto por outros 
direitos fundamentais. No caso de conflito, há uma concordância 
prática ou harmonização.
 
➢ Complementaridade: a plena efetivação dos direitos fundamentais 
deve considerar que eles compõem um sistema único. Nessa ótica, 
os diferentes direitos (das diferentes dimensões) se complementam 
e, portanto, devem ser interpretados conjuntamente. 
Direito Constitucional
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Características
➢ Concorrência: podem ser exercidos cumulativamente, podendo um 
mesmo titular exercitar vários direitos ao mesmo tempo. 
➢ Efetividade: os Poderes Públicos têm a missão de concretizar 
(efetivar) os direitos fundamentais. 
➢ Proibição do retrocesso: não podem ser enfraquecidos/suprimidos. 
As normas que os instituem não podem ser revogadas ou 
substituídas por outras que os diminuam, restrinjam ou suprimam. 
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
Dimensão dos Direitos Fundamentais
➢ Dimensão subjetiva: são direitos exigíveis perante o Estado; as 
pessoas podem exigir que o Estado se abstenha de intervir 
indevidamente na esfera privada (1ª geração) ou que o Estado atue 
ofertando prestações positivas, através de políticas e serviços 
públicos (2ª geração).
➢ Dimensão objetiva: os direitos fundamentais são vistos como 
enunciados dotados de alta carga valorativa; eles são qualificados 
como princípios estruturantes, cuja eficácia se irradia para todo o 
ordenamento. 
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
Limites aos Direitos Fundamentais
➢ Teoria interna (teoria absoluta): não há restrições a um direito, 
mas uma simples definição de seus contornos. Os limites do direito 
lhe são imanentes, intrínsecos. A fixação dos limites a um direito 
não é, portanto, influenciada por aspectos externos (extrínsecos);
 
➢ O núcleo essencial de um direito fundamental é insuscetível de 
violação, independentemente da análise do caso concreto. 
Direito Constitucional
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Limites aos Direitos Fundamentais
➢ Teoria externa (teoria relativa): fatores extrínsecos irão 
determinar os limites dos direitos fundamentais. Sob essa ótica 
que se admite a solução dos conflitos entre direitos fundamentais 
pelo juízo de ponderação (harmonização) + princípio da 
proporcionalidade. 
Direito Constitucional
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Limites aos Direitos Fundamentais
➢ O núcleo essencial é insuscetível de violação; 
➢ A determinação do que é exatamente esse “núcleo essencial” 
dependerá da análise do caso concreto. Os direitos fundamentais 
são restringíveis, observado o princípio da proporcionalidade 
e/ou a proteção de seu núcleo essencial. Ex: Direito à vida pode 
sofrer restrições no caso concreto.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
Teoria dos “limites dos limites”
➢ A lei pode impor restrições aos direitos fundamentais, mas há 
um núcleo essencial que precisa ser protegido e que não pode 
ser objeto de violações. Aplicação do princípio da 
proporcionalidade, em suas três vertentes (adequação, 
necessidade e proporcionalidade em sentido estrito). 
➢ A CF/88 não previu expressamente a teoria dos limites aos 
limites. Mas, o dever de proteção ao núcleo essencial está 
implícito na Carta Magna (Doutrina + jurisprudência STF) 
Direito Constitucional
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Eficácia Horizontal
➢ A partir do século XX, entretanto, surgiu a teoria da eficácia 
horizontal dos direitos fundamentais, que estendeu sua aplicação 
também às relações entre particulares. “eficácia horizontal” ou 
“efeito externo”. 
➢ Existem duas teorias sobre a aplicação dos direitos fundamentais: i) 
a da eficácia indireta e mediata e; ii) a da eficácia direta e imediata.
Direito Constitucional
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Eficácia Horizontal
➢ Teoria da eficácia indireta e mediata: os direitos 
fundamentais só se aplicam nas relações jurídicas entre 
particulares de forma indireta, excepcionalmente, por meio 
das cláusulas gerais de direito privado (ordem pública, 
liberdade contratual, e outras). Essa teoria é incompatível com 
a Constituição Federal, que, em seu art. 5º, § 1º, prevê que as 
normas definidoras de direitos fundamentais possuem 
aplicabilidade imediata.
Direito Constitucional
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Eficácia Horizontal
➢ Teoria da eficácia direta e imediata: os direitosfundamentais incidem diretamente nas relações entre 
particulares. Estes estariam tão obrigados a cumpri-los 
quanto o Poder Público. Esta é a tese que prevalece no Brasil, 
tendo sido adotada pelo Supremo Tribunal Federal.
Direito Constitucional
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DIREITO CONSTITUCIONAL
CURSO DIREITO MATERIAL - EXAME OAB
PROF. DIEGO CERQUEIRA
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DIREITOS INDIVIDUAIS E 
COLETIVOS
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Aspectos Gerais
➢ Os direitos fundamentais estão previstos no Título II, da 
CRFB/88. Temos assim a divisão em 5 (cinco) diferentes 
categorias:
✓ Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (art. 5º)
✓ Direitos Sociais (art. 6º - art. 11)
✓ Direitos de Nacionalidade (art. 12 – art. 13)
✓ Direitos Políticos (art. 14 – art. 16) 
✓ Direitos relacionados à existência, organização e 
participação em partidos políticos. (art. 17)
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Perfil Constitucional
Art. 5º 
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes: (...) 
Direito Constitucional
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Tome 
nota...
➢ Os direitos fundamentais abrangem qualquer 
pessoa que se encontre em território nacional, 
ainda que seja estrangeiro não residente no 
país.
 
➢ Não ofende o direito à vida nem a dignidade da 
pessoa humana, a realização de pesquisas com 
células-tronco embrionárias, obtidas de 
embriões humanos produzidos por fertilização 
“in vitro” e não utilizados neste procedimento 
➢ As pessoas jurídicas e até mesmo o próprio 
Estado são titulares de direitos fundamentais. 
Direito Constitucional
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Princípio da Isonomia
Art. 5º , inciso I CRFB/88
homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos 
termos desta Constituição; 
“A isonomia é determinada aos que estão em condições equivalentes e 
tratamento desigual aos que estão em condições diversas, dentro de suas 
desigualdades”
Direito Constitucional
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✅ São constitucionais as ações afirmativas, como a reserva de vagas 
em universidades públicas para negros e índios (STF, RE 597285/RS)
✅ É constitucional o programa de bolsa de estudos em universidades 
privadas para alunos de renda familiar de pequena monta, com 
quotas para negros, pardos, indígenas e portadores de necessidades 
especiais (STF, Pleno, ADI 3330/DF) 
✅ A realização da igualdade material não proíbe que a lei crie 
discriminações, desde que estas obedeçam ao princípio da 
razoabilidade. Ex: Concurso para agente penitenciário de prisão feminina restrito a 
mulheres e a adoção de critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo 
feminino e masculino da Aeronáutica
Direito Constitucional
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Princípio 
da 
Isonomia
➢ O princípio da isonomia não autoriza ao Poder 
Judiciário estender a alguns grupos vantagens 
estabelecidas por lei a outros, sob pena do 
Judiciário estar “legislando”, em flagrante 
ofensa ao princípio da separação dos Poderes.
➢ Súmula vinculante 37 STF: “Não cabe ao Poder 
Judiciário, que não tem função legislativa, 
aumentar vencimentos de servidores públicos 
sob fundamento de isonomia.”
Direito Constitucional
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Princípio da Legalidade
Art. 5º (...)
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei;
➢ Particulares: traz a garantia de que só podem ser 
obrigados a agirem ou a se omitirem por lei. Tudo é 
permitido na falta de norma legal proibitiva. 
➢ Poder Público: a legalidade reside em fazer o que é 
permitido pela lei.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
Princípio da Legalidade
Legalidade
• É a Lei em sentido mais amplo; 
todo e qualquer ato normativo 
estatal, incluindo atos 
infralegais, que obedeça às 
formalidades que lhe são 
próprias 
Reserva Legal
• É evidenciado quando a 
Constituição exige 
expressamente que 
determinada matéria seja 
regulada por lei formal ou atos 
com força de lei (Ex: decretos 
autônomos). 
Direito Constitucional
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Manifestação do pensamento
Art. 5º (...)
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o 
anonimato;
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
Manifestação do pensamento
➢ “Marcha da Maconha”: com base no direito à 
manifestação do pensamento e no direito de reunião, 
o STF considerou inconstitucional qualquer 
interpretação do Código Penal que possa ensejar a 
criminalização da defesa da legalização das drogas, 
inclusive através de manifestações e eventos 
públicos. 
➢ Diploma de jornalismo: com fundamento na 
liberdade de expressão, o STF considerou que a 
exigência de diploma de jornalismo e de registro 
profissional não são condições para o exercício da 
profissão de jornalista. Direito Constitucional
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Direito de Resposta
Art. 5º 
(...)
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao 
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à 
imagem; 
Direito Constitucional
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Direito de Resposta
➢ É aplicável em relação a todas as ofensas, independentemente de elas 
configurarem ou não infrações penais;
➢ Deverá ser sempre proporcional, ou seja, veiculada no mesmo meio de 
comunicação utilizado pelo agravo, com mesmo destaque, tamanho e 
duração.;
➢ Aplica-se tanto a pessoas físicas quanto a jurídicas ofendidas; 
➢ As indenizações material, moral e à imagem são cumuláveis (Súmula STJ nº 37).
Direito Constitucional
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Liberdade de crença e de consciência
Art. 5º (...)
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo 
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na 
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência 
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença 
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as 
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e 
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
Escusa de consciência
➢ Requisito cumulativo: recusar-se a cumprir obrigação legal e 
ainda a cumprir a prestação alternativa fixada pela lei. (Perda 
de direitos políticos - art. 15, IV, da CRFB/88);
➢ Trata-se de norma constitucional de eficácia contida;
➢ E se não tiver lei estabelecendo prestação alternativa? Não 
poderá ser privado de seus direitos. 
Direito Constitucional
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Direito à intimidade e privacidade
Art. 5º 
(...)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a 
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização 
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
Direito Constitucional
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Direito à intimidade e privacidade
➢ Pessoas jurídicas: poderão ser indenizadas por dano moral, 
uma vez que são titulares dos direitos à honra e à imagem; 
➢ Privacidade dos agentes políticos: é relativa, pois há um dever 
de prestar contas à sociedade). O direito se mantém apenas 
no que diz respeito a fatos íntimos e da vida familiar;
Direito Constitucional
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Biografias não autorizadas...
➢ Entendeu-se pela prevalência do direito à liberdade de expressão e de 
manifestação do pensamento. 
“É inexigível o consentimento de pessoa biografada relativamente a obras 
biográficas literárias ou audiovisuais,sendo por igual desnecessária 
autorização de pessoas retratadas como coadjuvantes ( familiares ou 
pessoas falecidas...)” (STF na ADI 4815)
➢ Inexigibilidade do consentimento não exclui a possibilidade de indenização em 
virtude de dano material ou moral.
Direito Constitucional
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Sigilo bancário e fiscal
➢ O sigilo não é absoluto; há determinadas autoridades que podem 
realizar quebra: 
❑ Poder Judiciário: pode determinar a quebra do sigilo bancário e sigilo fiscal. 
❑ Comissões Parlamentares de Inquérito: (CPI`s) federais e estaduais podem 
determinar a quebra do sigilo bancário e fiscal. (CPI`s municipais não 
podem determinar a quebra do sigilo bancário e fiscal). 
❑ Autoridades fiscais podem proceder à requisição de informações a 
instituições. (LC nº 105/2001 declarada constitucional pelo STF)
❑ Ministério Público pode determinar a quebra do sigilo bancário de conta 
da titularidade de ente público ou quando estiver no âmbito de 
procedimento administrativo que vise à defesa do patrimônio público. 
Direito Constitucional
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Inviolabilidade domiciliar
Art. 5º 
(...)
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo 
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
Direito Constitucional
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Inviolabilidade domiciliar
➢ Conceito de “casa” amplo: qualquer compartimento habitado; 
aposento ocupado de habitação coletiva; compartimento 
privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão 
ou atividade pessoal. 
➢ Alcança também escritórios profissionais, consultórios 
médicos e odontológicos, trailers, barcos e aposentos de 
habitação coletiva (hotel). Não estão abrangidos pelo conceito 
de casa os bares e restaurantes. 
Direito Constitucional
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Inviolabilidade domiciliar
➢ Com o consentimento do morador; 
(qualquer hora) 
➢ Sem o consentimento do morador, sob 
ordem judicial, apenas durante o dia. 
➢ A qualquer hora, sem consentimento do 
indivíduo, em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou, ainda, para prestar socorro.
Direito Constitucional
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Sigilo das Correspondências e 
Comunicações
Art. 5º (...)
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal; 
Direito Constitucional
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Sigilo da 
correspondências 
telegráficas
“a administração penitenciária, com 
fundamento em razões de segurança pública, 
de disciplina prisional ou de preservação da 
ordem jurídica, pode, sempre 
excepcionalmente, e desde que respeitada a 
norma inscrita no art. 41, parágrafo único, da 
Lei 7.210/1984, proceder à interceptação da 
correspondência remetida pelos sentenciados, 
eis que a cláusula tutelar da inviolabilidade do 
sigilo epistolar não pode constituir instrumento 
de salvaguarda de práticas ilícitas” (STF)
Direito Constitucional
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Sigilo da 
comunicação 
dos dados
Mensagens do whatsapp: “Sem prévia 
autorização judicial, são nulas as provas 
obtidas pela polícia por meio da extração 
de dados e de conversas registradas no 
whatsapp presentes no celular do suposto 
autor de fato delituoso, ainda que o 
aparelho tenha sido apreendido no 
momento da prisão em flagrante” 
(Informativo STJ 583 e 593)
Direito Constitucional
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Sigilo da 
comunicações 
telefônicas X 
Interceptação 
telefônica
➢ A quebra do sigilo das comunicações 
consiste em ter acesso ao extrato das 
ligações telefônicas (grosso modo, seria 
ter acesso à conta da VIVO/TIM). 
➢ A interceptação das comunicações 
telefônicas consiste em ter acesso às 
gravações das conversas. 
Direito Constitucional
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Interceptação das comunicações 
telefônicas
• Somente pode ser determinada 
com ordem judicial
• Existência de investigação 
criminal ou instrução processual 
penal;
• Lei prevendo as hipóteses e a 
forma da interceptação.
Sigilo das comunicações 
telefônicas
• Poder Judiciário, 
• Comissões Parlamentares de 
Inquérito (CPI’s). 
Direito Constitucional
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Livre exercício do trabalho, ofício ou profissão
Art. 5º (...)
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, 
atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
✓ Norma de eficácia contida; e 
✓ A exigência de lei só vale apenas quando houver potencial 
lesivo na atividade. 
Direito Constitucional
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Livre exercício 
do trabalho, 
ofício ou 
profissão
➢ A atividade de músico prescinde de controle. 
Constitui, manifestação artística protegida 
pela garantia da liberdade de expressão (STF, RE 
414.426, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 1º-8-2011, Plenário, DJE de 
10-10-2011) 
➢ É constitucional o Exame OAB. O exercício da 
advocacia traz um risco coletivo, cabendo ao 
Estado limitar o acesso à profissão e o 
respectivo exercício. (STF, RE 603.583, Rel. Min. Marco Aurélio, 
DJe 26/10/11, Plenário, Informativo 646, com repercussão geral )
➢ inconstitucional a exigência de diploma para 
o exercício da profissão de jornalista (art. 5º, 
XIV). (STF, RE 511.961. Rel. Min. Gilmar Mendes. DJe 13.11.2009 )
Direito Constitucional
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http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=3773044
Direito de Locomoção
Art. 5º (...)
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo 
de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele 
entrar, permanecer ou dele sair com seus bens
Direito Constitucional
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Direito de Reunião
Fins pacíficos e sem 
armas
Não poderá frustrar outra 
reunião convocada 
anteriormente para o 
mesmo local;Necessidade apenas de prévio 
aviso à autoridade 
competente; Protegido por MS e 
não HC
Direito de Reunião
Art. 5º (...)
XVI - todos podem 
reunir-se 
pacificamente, sem 
armas, em locais 
abertos ao público, 
independentemente de 
autorização, desde que 
não frustrem outra 
reunião anteriormente 
convocada para o 
mesmo local, sendo 
apenas exigido prévio 
aviso à autoridade 
competente; 
Direito Constitucional
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Direito associação 
Art. 5º (...)
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada 
a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de 
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a 
interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente 
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, 
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a 
permanecer associado; 
Direito Constitucional
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Direito de Propriedade
Art. 5º (...)
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação 
por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, 
mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os 
casos previstos nesta Constituição; 
Direito Constitucional
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Direito de Propriedade
➢ Norma constitucional de eficácia contida;
➢ Regra geral: só poderá haver desapropriação com base na 
tutela do interesse público: necessidade pública, utilidade 
pública ou interesse social. A indenização será em dinheiro.
Direito ConstitucionalProf. Diego Cerqueira @profdiegocerqueira
Outros casos - Direito de Propriedade
Desapropriação para 
fins de reforma agrária
• Competência da União
• Prévia e justa indenização 
em títulos da dívida agrária;
• Resgate em até 20 anos;
• Benfeitorias úteis e 
necessárias estas serão 
indenizadas em dinheiro. (O 
§ 1o art. 184, CF)
Desapropriação de 
imóvel urbano 
não-edificado s/ função 
social
• Competência do Município
• A indenização se dará 
mediante títulos da dívida 
pública de emissão 
previamente aprovada pelo 
Senado Federal, com prazo 
de resgate de até 10 anos;
Desapropriação 
confiscatória
• Competência da União
• Desapropriação sem 
indenização (art. 243)
• Plantas psicotrópicas ou 
exploração de trabalho 
escravo.
Direito Constitucional
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Requisição Administrativa
Art. 5º 
(...)
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade 
competente poderá usar de propriedade particular, assegurada 
ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; 
Direito Constitucional
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Requisição Administrativa
➢ Ato compulsório devido ao poder de império do Estado; 
➢ A propriedade continua sendo do particular. É apenas cedida 
gratuitamente ao Poder Público. O titular do bem somente será 
indenizado em caso de dano; 
➢ O perigo público deve ser iminente. Deve ser algo que acontecerá em 
breve. 
➢ Ente político não pode requisitar administrativamente bens, serviços 
e pessoal de outro ente (modelo federativo) 
Direito Constitucional
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Impenhorabilidade da propriedade rural
Art. 5º (...)
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde 
que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para 
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, 
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu 
desenvolvimento; 
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Impenhorabilidade da propriedade rural
➢ Exploração econômica do bem pela família; 
➢ Origem na atividade produtiva do débito que causou a 
penhora. 
➢ Caso não trabalhada pela família, pode ser penhorada para 
pagamento de débitos decorrentes e débitos estranhos à sua 
atividade produtiva 
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DIREITO CONSTITUCIONAL
CURSO DIREITO MATERIAL - EXAME OAB
PROF. DIEGO CERQUEIRA
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DIREITOS INDIVIDUAIS E 
COLETIVOS
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Direito à informação
Art. 5º (...)
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo 
ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
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Direito à informação
➢ Resguardar o direito de conhecimento de informações públicas 
ou particulares;
➢ Objetivo: transparência e publicidade da adm. pública;
➢ Regulamentação: é feita pela Lei nº 12.527/2011 - LAI;
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Direito de petição
Art. 5º 
(...)
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do 
pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos 
ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa 
de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
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Princípio da inafastabilidade de jurisdição 
Art. 5º 
(...)
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito 
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Princípio da inafastabilidade de jurisdição 
➢ Modelo inglês de jurisdição (sistema de jurisdição una);
➢ Somente o Poder Judiciário poderá fazer coisa julgada material. 
As decisões administrativas estão sujeitas a controle judicial. 
➢ Princípio da universalidade de jurisdição: não existe no Brasil, 
como regra geral, a “jurisdição condicionada” ou “instância 
administrativa de curso forçado”.
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Exigência de prévio 
esgotamento da 
via administrativa 
➢ Habeas data: negativa ou omissão da Administração 
Pública em relação a pedido administrativo de acesso a 
informações pessoais ou de retificação de dados. 
➢ Controvérsias desportivas: “o Poder Judiciário só 
admitirá ações relativas à disciplina e às competições 
desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça 
desportiva, regulada em lei.” (art. 217, § 1º, da CF/88)
➢ Reclamação contra o descumprimento de Súmula 
Vinculante pela Administração Pública: “contra omissão 
ou ato da administração pública, o uso da reclamação só 
será admitido após esgotamento das vias 
administrativas”. (Art. 7º, § 1º, Lei nº 11.417/2006) A 
reclamação é ação utilizada para levar ao STF caso de 
descumprimento de Súmula Vinculante (art. 103-A, §3º). 
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Princípio da inafastabilidade de jurisdição 
“É inconstitucional a exigência de depósito prévio como 
requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se 
pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário” (Súmula 
Vinculante nº. 28 STF)
“Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa 
judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa” 
(Súmula STF no 667). 
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Extradição 
Art. 5º (...)
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em 
caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de 
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime 
político ou de opinião; 
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Extradição
➢ Trata-se de instituto jurídico destinado a promover a 
cooperação penal entre Estados; 
➢ Consiste no ato de entregar uma pessoa para outro Estado 
onde esta praticou crime, para que lá seja julgada ou punida. 
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Extradição
➢ Extradição ativa: acontecerá quando o Brasil requerer a um 
outro Estado estrangeiro a entrega de um indivíduo para que 
aqui seja julgado ou punido; 
➢ Extradição passiva: ocorrerá quando um Estado estrangeiro 
requerer ao Brasil que lhe entregue um indivíduo 
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Devido processo legal
Art. 5º 
(...)
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens 
sem o devido processo legal; 
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Devido processo legal
➢ É um conjunto de práticas jurídicas previstas na Constituição 
e na legislação infraconstitucional cuja finalidade é garantir a 
concretização da justiça; 
➢ É garantia que concede dupla proteção ao indivíduo seja 
âmbito formal seja no âmbito material. 
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Devido processo legal
➢ Âmbito formal (processual): garantia de que as partes 
poderão se valer de todos os meios jurídicos disponíveis para 
a defesa de seus interesses. (Derivam do “devido processo 
legal” o direito ao contraditório e à ampla defesa, o direito de 
acesso à justiça, o direito ao juiz natural, o direito a não ser 
preso senão por ordem judicial e o direito a não ser 
processado e julgado com base em provas ilícitas). 
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Devido processo legal
➢ Âmbito material (substantivo): diz respeito à aplicação do 
princípio da proporcionalidade (princípio da razoabilidade ou 
da proibição de excesso).Não se exige apenas que o processo 
seja regularmente instaurado; as decisões adotadas devem 
primar pela justiça e equilíbrio. 
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Ampla defesa e contraditório
Art. 5º 
(...)
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
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Ampla defesa e contraditório
➢ Ampla defesa: compreende o direito de trazer ao processo todos os 
elementos lícitos de que dispuser para provar a verdade, ou de se calar 
ou se omitir caso isso lhe seja benéfico (direito à não-autoincriminação). 
➢ Contraditório: é o direito dado ao indivíduo de contradizer tudo que for 
levado ao processo pela parte contrária. Assegura, também, a igualdade 
das partes do processo, ao equiparar o direito da acusação com o da 
defesa . 
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Ampla defesa e 
contraditório
➢ “É direito do defensor, no interesse do 
representado, ter acesso amplo aos elementos 
de prova que, já documentados em 
procedimento investigatório realizado por órgão 
com competência de polícia judiciária, digam 
respeito ao exercício do direito de defesa” 
(Súmula Vinculante nº 14 STF)
➢ “A falta de defesa técnica por advogado no 
processo administrativo disciplinar não ofende a 
Constituição” (Súmula Vinculante nº 5 )
➢ “É inconstitucional a exigência de depósito ou 
arrolamento prévios de dinheiro ou bens para 
admissibilidade de recurso administrativo” 
(Súmula Vinculante nº 21 )
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Provas ilícitas
Art. 5º 
(...)
 LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por 
meios ilícitos; 
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Provas ilícitas
➢ Aquelas obtidas com violação ao direito material deverão ser 
expurgadas do processo; serão elas imprestáveis à formação 
do convencimento do magistrado. 
“A presença de provas ilícitas não é suficiente para 
invalidar todo o processo, se nele existirem outras 
provas, lícitas e autônomas (obtidas sem a 
necessidade dos elementos informativos revelados 
pela prova ilícita)”. (STF, HC 76.231/RJ) 
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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
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Remédios Constitucionais
➢ São garantias que visam resguardar o exercício de direitos 
fundamentais;
➢ Inseridas no contexto da Ordem jurídica Constitucional.
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Remédios Constitucionais
Mandado de Segurança
Habeas Data
Habeas Corpus
Mandado de Injunção
Ação Popular
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MANDADO DE SEGURANÇA
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Aspectos Gerais
Art. 5º, LXIX, CRFB/88
(...)
“conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e 
certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o 
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública 
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder 
Público”
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Requisitos
Ato coator
Direito líquido e certo
Desnecessidade de dilação probatória
Tempestividade 
Ação residual (Princípio da Subsidiariedade)
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Requisitos
➢ A prova pré-constituída é sobre os fatos: (art. 6º da Lei. 
12.016/09). O fato devidamente comprovado é que precisa ser 
líquido e certo e não o direito.
 Súmula 625 do STF: "controvérsia sobre matéria de direito não impede 
concessão de mandado de segurança”.
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Mandado de Segurança Coletivo
Art. 5º, CRFB/88
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
 a) partido político com representação no Congresso Nacional;
 b) organização sindical, entidade de classe ou associação 
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, 
em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
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Legitimidade
➢ A exigência de um ano de constituição e funcionamento 
aplica-se apenas às associações. 
➢ Posição STF: nem mesmo os entes da federação podem 
impetrar mandado de segurança coletivo, em favor dos 
interesses de sua população. 
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Cabimento
➢ Visa a proteção de direitos coletivos e individuais e 
homogêneos contra ato, omissão ou abuso de poder por 
parte de autoridade. 
➢ Não cabe MS coletivo para proteger direitos difusos: estes já 
são amparados por outros instrumentos processuais, como, 
por exemplo, a ação civil pública. 
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Situações especiais
➢ Substituição processual
➢ Sem necessidade de autorização expressa
(...)
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por 
partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa 
de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade 
partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou 
associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo 
menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da 
totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos 
seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, 
para tanto, autorização especial.
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Situações especiais
➢ Súmula 629 STF - A impetração de mandado de segurança 
coletivo por entidade de classe em favor dos associados 
independe da autorização destes.
➢ Súmula 630 STF - A entidade de classe tem legitimação 
para o mandado de segurança ainda quando a pretensão 
veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva 
categoria. 
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HABEAS DATA
Direito Constitucional
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Aspectos Gerais
Art. 5º, CRFB/88: 
LXXII - conceder-se-á habeas data:
 a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa 
do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de 
entidades governamentais ou de caráter público;
 b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por 
processo sigiloso, judicial ou administrativo;
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Requisitos
1) Garantir acesso a informações relativas à pessoa do impetrante: 
constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público (Art. 5º, LVXXII, alínea a, da CF/88 e 
art. 7°, I, da Lei n°. 9.507/07);
2) Retificação de dados: constantes de banco de dados de caráter 
público, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial 
ou administrativo(art. 5°, LVXII, alínea b, da CF/88 e art. 7°, II, da lei n° 9507/07);
3) Para anotação nos assentamentos do interessado, de contestação 
ou explicação: sobre dado verdadeiro, mas justificável que esteja 
sob pendência judicial ou amigável (art. 7°, III, da Lei 9.507/07).
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➢ Direito à Certidão. Cabe MS ou HD?
➢ O HD é utilizado quando não se tem acesso a informações 
pessoais do impetrante ou quando se deseja retificá-las. 
➢ Quando alguém solicita uma certidão, já tem acesso às 
informações; o que se quer é apenas receber um documento 
formal do Poder Público que ateste a veracidade das informações. 
Portanto, é incabível o habeas data. 
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Legitimidade Passiva
➢ Autoridade: pode ser da Administração Pública, direta ou 
indireta; de qualquer dos poderes ou órgãos destes. 
➢ Pode banco de caráterPrivado? O “habeas data” não pode ser 
usado para que se tenha acesso a banco de dados de caráter 
privado. (art. LXXII, do art. 5°, da CRFB/88)
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➢ Ficha cadastral de empregado de empresa privada não pode ser 
conhecida por meio de Habeas Data.
➢ E o SPC e o SERASA? São bancos de dados privados de caráter 
público, pois recolhem informações para distribuir a terceiros. 
Podem ser conhecidos via Habeas Data.
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Recusa para prestar informações
➢ Requisito indispensável: comprovação da negativa da autoridade 
administrativa de garantir o acesso aos dados relativos. 
“jurisdição condicionada”
Lei. 9.507/97, art. 8° (...)
Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova:
I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem 
decisão;
II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem 
decisão; ou
III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do 
decurso de mais de quinze dias sem decisão.
Gratuidade
Art. 5° LXXVII,CRFB/88 
(...)
“são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na 
forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania”.
Não há na petição o pedido de condenação em honorários advocatícios nem 
custas processuais. Mas, precisa de Advogado!!!
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MANDADO DE INJUNÇÃO
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Aspectos Gerais
Art. 5º, CRFB/88
(...)
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de 
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e 
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania;
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Aspectos Gerais
➢ Combater a inefetividade das normas Constitucionais. Tutelar 
direitos subjetivos previstos na CF/88 pendentes de 
regulamentação. 
➢ Incidência nas normas constitucionais não autoaplicáveis, 
aquelas denominadas como normas de eficácia limitada. 
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Não cabimento do MI
➢ Já há norma regulamentadora do direito constitucional, 
mesmo que esta seja defeituosa. 
➢ Se faltar norma regulamentadora de direito 
infraconstitucional. 
➢ Falta de regulamentação de medida provisória ainda não 
convertida em lei pelo Congresso Nacional. 
➢ Quando há apenas faculdade de regulamentação do direito 
constitucional.
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Mandado de Injunção X ADO
Processo subjetivo. 
Defender direitos 
fundamentais 
dependentes de 
regulamentação
Controle difuso
Legitimado: 
Qualquer pessoa, 
seja ela natural ou 
jurídica, nacional ou 
estrangeira
MI Processo Objetivo. 
Defender normas 
constitucionais 
dependentes de 
regulamentação.
Controle 
Concentrado
Art. 103 I a IX da 
CF/88 “sPresidente 
da República; a 
Mesa do Senado 
Federal (...).” 
ADO
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Legitimidade Ativa
➢ MI Individual: qualquer pessoa física ou pessoa jurídica que está 
inviabilizado de exercer o seu direito diante da falta de norma 
regulamentadora (art. 3º da lei n° 13.300/16)
➢ MI Coletivo: (art. 12, Lei. 13.300/2016)
✓ Partido político com representação Congresso
✓ Defensoria Pública
✓ Ministério Público
✓ Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano
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Legitimidade Ativa
Lei. 13.300/2016
(...)
Art. 3o São legitimados para o mandado de injunção, como 
impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares 
dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2o e, 
como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição 
para editar a norma regulamentadora.
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Eficácia das decisões
➢ Posição anterior: Não concretista. 
❑ Apenas se declarava a mora do poder omisso. Não 
aplicava por analogia lei existente e tão pouco fixava um 
prazo para o legislador legislar. Não havia efeitos 
práticos. 
➢ Posição atual: Concretista. 
❑ Cumprimento do papel do legislador omisso, com o 
objetivo de dar exequibilidade às normas constitucionais. 
Possibilidade de aplicação analógica. 
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Eficácia das decisões
Lei. 13.300/2016
(...)
Art. 8° Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a 
injunção para:
I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a 
edição da norma regulamentadora;
(...)
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Eficácia das decisões
Lei. 13.300/2016
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, 
das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as 
condições em que poderá o interessado promover ação própria 
visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo 
determinado.
Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o 
inciso I do caput quando comprovado que o impetrado deixou de 
atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido 
para a edição da norma. 
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Alcance subjetivo
➢ Teoria Concretista Individual:
Lei. 13.300/2016
Art. 9o A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e 
produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora.
§ 1o Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à 
decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do 
direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração.
§ 2o Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser 
estendidos aos casos análogos por decisão monocrática do relator.
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Alcance temporal
(...)
Art. 11. A norma regulamentadora superveniente produzirá 
efeitos ex nunc em relação aos beneficiados por decisão transitada 
em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for mais 
favorável.
Parágrafo único. Estará prejudicada a impetração se a norma 
regulamentadora for editada antes da decisão, caso em que o 
processo será extinto sem resolução de mérito.
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HABEAS CORPUS
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Aspectos Gerais
Art. 5º, CRFB/88
(...)
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém 
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação 
em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso 
de poder
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Aspectos Gerais
➢ Conceito: proteção da liberdade de locomoção. Sua finalidade é 
fazer cessar a ameaça ou coação à liberdade de locomoção do 
indivíduo. 
➢ Natureza Jurídica: É ação constitucional, decorrente das 
chamadas “tutelas constitucionais de liberdade”. 
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Sujeitos Processuais 
1) Paciente:
➢ É aquele que está com a sua liberdade de locomoção cerceada ou 
sob a ameaça de cerceamento. 
➢ O paciente deve necessariamente ser uma pessoa física.
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Sujeitos Processuais 
2) Impetrante: 
➢ É o autor do habeas corpus; é aquele que impetra a ação. Ele 
pode ser o paciente, mas não necessariamente. 
➢ Possui Legitimidade Ativa Universal – Princípio da 
Universalidade – art. 654 CPP. 
➢ Pode ser concedida de ofício pelo próprio Juiz, afastando 
inclusive ato não indicado na inicial.
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Sujeitos Processuais 
3) Coator (Polo Passivo): 
➢ É o responsável pelo cerceamentoou ameaça de cerceamento da 
liberdade do paciente. 
➢ Em regra, é a autoridade pública (Juiz, Desembargador, Delegado, Promotor, 
inclusive por um Presidente da CPI), mas já se entende, na jurisprudência 
que é possível o coator ser um particular. Ex: O Particular também: diretor 
de Hospital ou Clínica Médica, de um Manicômio...
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Gratuidade
Art. 5° LXXVII,CRFB/88 
(...)
“são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, 
na forma da lei, os atos necessários ao exercício da 
cidadania”.
Não há na petição o pedido de condenação em honorários advocatícios nem 
custas processuais. 
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CRFB/88 (...)
Art. 5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, 
podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, 
permanecer ou dele sair com seus bens; 
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(...)
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável 
pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação 
alimentícia e a do depositário infiel;
➢ Pacto San José Costa Rica suspendeu eficácia legislação 
infraconstitucional
➢ Caráter “supralegalidade e efeito paralisante”
➢ Súmula Vinculante n° 25 STF: “é ilícita a prisão civil de 
depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito”.
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AÇÃO POPULAR
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Aspectos Gerais
Art. 5º, CRFB/88
(...)
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de 
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, 
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o 
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do 
ônus da sucumbência;
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Aspectos Gerais
➢ Plano Constitucional: 
✓ Remédio de natureza coletiva; 
✓ Processo subjetivo que tem por fim anular ato lesivo ao 
patrimônio público, à moralidade administrativa, ao 
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural; 
✓ Trata-se de participação direta do povo no controle dos 
atos do Poder Público (Soberania popular).
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O que é patrimônio?
Lei n°. 4.717/65
Art. 1°, §1°: 
(...)
 “consideram-se patrimônio público para os fins referidos neste 
artigo, os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, 
histórico ou turístico”.
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Legitimidade Ativa
➢ É o cidadão, que possui condição jurídica de eleitor e está no 
pleno gozo dos seus direitos políticos. 
Art. 1º Lei. 4717/65.
(...)
§ 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será 
feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele 
corresponda.
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Legitimidade Passiva
 Art. 6° da lei 4717/65.
(...)
A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as 
entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários 
ou administradores que houverem autorizado, aprovado, 
ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, 
tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários 
diretos do mesmo.
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AÇÃO POPULAR
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Aspectos Gerais
➢ Ao final da 1ª Guerra Mundial: a mera consagração da 
igualdade formal não era suficiente para realizar a igualdade 
material; 
➢ Mudança do papel do Estado, passando a atuar como agente 
do bem-estar e da justiça social; 
➢ Constituição de Weimar de 1919. 
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Aspectos Gerais
➢ Direitos de 2ª geração: impõem ao Estado uma “obrigação de 
fazer”, de ofertar prestações positivas visando concretizar a 
igualdade material e possibilitar melhores condições de vida aos 
indivíduos
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Direitos sociais na CRFB/88 
Art. 6º (...)
São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a 
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a 
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, 
na forma desta Constituição. 
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Direitos sociais na CRFB/88 
➢ Normas de eficácia Limitada;
➢ Rol exemplificativo: há outros direitos sociais espalhados ao 
longo da CF/88. Destaque-se que os direitos sociais do art. 
(STF, ADI nº 639, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 02.06.2005).
➢ Concretização e efetividade dos direitos sociais: i) o princípio 
da “reserva do possível”; ii) o princípio do “mínimo 
existencial” e; iii) o princípio da vedação do retrocesso
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Cláusula da Reserva do Possível
➢ Cabe ao Estado efetivar os direitos sociais “na medida do 
financeiramente possível”. 
➢ A teoria serve para determinar os limites em que o Estado 
deixa de ser obrigado a dar efetividade aos direitos sociais.
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Cláusula da Reserva do Possível
➢ O Poder Público não pode simplesmente alegar que não possui 
recursos orçamentários. Precisa demonstrar objetivamente: 
❑ objetivamente a inexistência de recursos públicos; e 
❑ falta de previsão orçamentária da respectiva despesa. 
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Mínimo existencial 
➢ O Estado deve garantir o mínimo existencial visando a 
concretização dos direitos fundamentais;
➢ Mínimo existencial é um grupo de prestações essenciais que 
se deve fornecer ao ser humano para que ele tenha uma 
existência digna. (dignidade da pessoa humana)
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Mínimo existencial 
➢ O princípio do mínimo existencial é compatível e deve 
conviver com a cláusula da reserva do possível. 
“O mínimo existencial é uma limitação à cláusula da 
reserva do possível. A reserva do possível só poderá 
ser alegada pelo Poder Público como argumento para 
a não concretização de direitos sociais uma vez que 
tenha sido assegurado o mínimo existencial pelo 
Estado. É obrigação inafastável do Estado” (STF, RE 
639.637. AgR. Rel. Min. Celso de Mello. 15.09.2011)
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Mínimo 
existencial: 
➢ Direito saúde: entende-se ser possível a determinação 
para que a Adm. Pública “forneça medicamentos e 
tratamento médico a indivíduos portadores de doença, 
inclusive com a manutenção de estoque mínimo de 
medicamento ou, até mesmo em bases excepcionais, a 
determinação judicial para o bloqueio e o sequestro de 
verbas públicas como forma de garantir o fornecimento 
pelo Poder Público”. (REsp 1.069.810/RS. Rel. Min. 
Napoleão Nunes Maia Filho. 23.10.2013).
➢ Segurança Pública: o Poder Judiciário pode determinar 
à Administração que execute obras emergenciais em 
presídios a fim de proteger os direitos fundamentais dos 
detentos, assegurando-lhes a sua integridade física e 
moral. (RE 592.581/RS. Rel. Min. Ricardo Lewandowski. 
13.08.2015).
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A vedação ao retrocesso 
➢ Busca evitar que as conquistas sociais já alcançadas pelo 
cidadão sejam desconstituídas. 
“Os direitos sociais, uma vez tendo sido 
previstos, passam a constituir tanto uma 
garantia institucional quanto um direito 
subjetivo” (J.J. Canotilho)
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Vedação ao 
retrocesso: 
“cláusula que veda o retrocesso em matéria de 
direitos a prestações positivas do Estado 
(como o direito à educação, o direito à saúde 
ou o direito à segurança pública, v.g.) traduz, 
no processo de efetivação desses direitos 
fundamentais individuais ou coletivos, 
obstáculo a que os níveis de concretização de 
tais prerrogativas, uma vez atingidos, venham 
a ser ulteriormente reduzidos ou suprimidos 
pelo Estado”. 
(STF, RE 436.996 – AgR. Rel. Min. Celso de Mello. 22.11.2005). 
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FIM.... 
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