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1 Maria Eduarda Lima | Turma XXX | @mariaadalm ANATOMIA HUMANA II Pelve e Períneo INTRODUÇÃO: CONSIDERAÇÕES GERAIS • A pelve constitui a parte mais inferior do tronco, sendo formada pelo osso do quadril, o sacro e o cóccix • Promove a sustentação do corpo e a proteção das vísceras abdominopélvicas • A linha arqueada divide-a em pelve maior ou falsa e pelve menor ou verdadeira • A pelve maior contém as partes inferiores dos órgãos abdominais • A pelve menor inclui os órgãos urinários distais, órgãos reprodutores e o períneo • O cíngulo inferior ou pélvico é formado pela união dos ossos do quadril direito e esquerdo e sacro, conectando-os à coluna vertebral • Limites da abertura maior: promontório sacral, asas do sacro, linha arqueada, linha pectínea e crista púbica • Limites da abertura menor: extremidade do cóccix, tuberosidades isquiáticas e arco infrapúbico • Em lactentes e crianças, os ossos do quadril são separados pela cartilagem trirradiada, ocorrendo sua fusão após a puberdade • Sínfise púbica é a união dos ossos do quadril • O ângulo subpúbico da as mulheres é quase 90°, enquanto que nos homens é 60° • Articulações primárias: ➔ Sacroilíacas: caracteriza-se como uma articulação sinovial do tipo plana, possuindo faces auriculares no íleo e no sacro. Na região mais posterior dos ossos, nas tuberosidades, existe uma articulação fibrosa unida por ligamentos (sacroilíaco anterior, sacroíliaco interósseo e sacroilíaco posterior) e membranas, chamada sindesmose do tipo sinastrose. A articulação sacroilíaca não permite movimentos. OBS: O ligamento ileolombar é um ligamento secundário e também irá auxiliar na estabilidade dos ligamentos da articulação sacroilíaca. Os ligamentos sacroespinhal e sacrotuberal evitam a rotação da pelve OBS2: para Thiago só tem a articulação sinovial do tipo plana ➔ Sínfise púbica • Articulações secundárias: ➔ Lombossacrais ➔ Sacrococcígea PELVE FEMININA • Mais inclinada • Os ossos são mais leves • A abertura superior é oval • A abertura inferior é grande • O ângulo subpúbico é de 90° • O acetábulo é pequeno • O forame obturado é mais horizontal PELVE MASCULINA • Menos inclinada • Os osso são mais pesados • A abertura superior é cordiforme • A abertura inferior é pequena • O ângulo subpúbico é de 60° • O acetábulo é grande • O forame obturado é mais vertical 2 Maria Eduarda Lima | Turma XXX | @mariaadalm • A incisura isquiática maior, quando fechada pelo ligamento sacroespinhal, ganhará o nome de forame isquiático maior. • A incisura isquiática menor, quando atravessada pelo ligamento sacrotuberal, ganhará o nome de forame isquiático menor • Existe um músculo que atravessa (do sacro até o trocânter maior do fêmur) o forame isquiático maior, chamado de músculo piriforme, que promove a rotação e abdução do fêmur. Esse músculo irá “dividir” o forame ao meio, surgindo a área suprapiriforme e a área infrapiriforme, onde irá passar estruturas importantes: ➔ Área suprapiriforme: passagem da artéria glútea superior e nervo glúteo superior ➔ Área infrapiriforme: passagem dos nervos glúteo inferior, ciático (que inerva a perna e o pé), pudendo e cutâneo posterior da coxa, além das artérias glútea inferior e pudenda interna Quando fazemos algum exercício ou movimento de “pulo”, como quando no vôlei e basquete, podemos causar o estiramento dos ligamentos. Quanto maior o impacto, maior poderá ser o estiramento e a dor, podendo se romper Na mulher grávida, temos um hormônio sendo produzidos pela placenta que irá ser importante para os ligamentos pélvicos: a relaxina. Esse hormônio possui o efeito de relaxar os ligamentos da mulher grávida. VARIAÇÕES PÉLVICAS • Andróide: pequena, estreita, espinhas isquiáticas mais próximas, em formato de coração, não favorável na hora do parto ➔ Mais comum em homens e mulheres brancas • Ginecóide: arredondada, favorável ao parto, comum em mulheres ➔ Mais comum em mulheres brancas e negras • Antropóide: oval, estreita, profunda e forma mais alongada ➔ Mais comum em mulheres negras, porém é uma variação mais primata • Platipelóide: rasa, ampla, forma mais achatada ➔ Raro em ambos os sexos ESPONDILÓLISE E ESPONDILOLISTESE • Espondilólise: separação do processo espinhoso da vértebra do restante de seu corpo. Geralmente, a fratura ocorre ao nível de L5 • Espondilolistese: é uma “consequência” da espondilose, onde ocorre o deslizamento do corpo da vértebra sobre o sacro. Pode ter sintomas confundidos com hérnia de disco 3 Maria Eduarda Lima | Turma XXX | @mariaadalm ➔ Interfere no parto, pode comprimir nervos (como o nervo ciático) e produzir dor lombar DIÂMETROS PÉLVICOS • Diâmetro obstétrico: principal diâmetro, sendo medido da parte póstero-medial da sínfise púbica até o promontório sacral ➔ O diâmetro mínimo deve ser 11 cm ➔ É apenas 1,5 cm menor que o diâmetro diagonal • Diâmetro diagonal: medido da parte inferior da sínfise púbica até o promontório sacral ➔ 13 cm ➔ É mais fácil de encontrar • Diâmetro anatômico: parte superior da sínfise púbica até o promontório sacral ➔ 11 cm DIAFRAGMA PÉLVICO • É o assoalho pélvico que sustenta as vísceras pélvicas e que resiste as pressões • Recebe inervação somática do nervo pudendo • Formado pelos músculos levantador do ânus (conjunto de 3 músculos) e ísquiococcígeo • Os músculos que compõem o músculo levantador do ânus são: 1. Músculo puborretal 2. Músculo pubococcígeo ➔ Esse músculo “deixa” fibras por onde passa, que receberá o nome de acordo com a área. (Exemplo: quando passa próximo à vagina, recebem o nome de pubovaginal) 3. Músculo íleococcígeo INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: é ruptura ou enfraquecimento dos ligamentos que sustentam a uretra e/ou enfraquecimento do músculo ao redor da uretra, causando perda involuntária da urina. Por exemplo, se a pessoa tossir ou espirrar, pode vazar conteúdo. 4 Maria Eduarda Lima | Turma XXX | @mariaadalm Bexiga baixa ocorre quando os músculos e ligamentos do assoalho pélvico não conseguem segurar a bexiga em seu lugar (lesão somática), e por isso ela fica flácida e fora da sua posição normal, podendo ser tocada facilmente através da vagina. É mais comum em mulheres que já tiveram muitos filhos. Não causa incontinência urinária. MÚSCULOS ABAIXO DO DIAFRAGMA PÉLVICO 1. Músculo esfíncter externo do ânus 2. Músculo transverso do períneo 3. Músculo bulboesponjoso 4. Músculo ísquiocavernoso • O corpo do períneo é uma região de encontro e fixação desses músculos EPISIOTOMIA: incisão na região do períneo (área muscular entre a vagina e o ânus) para ampliar o canal de parto. Não é iniciado, mas em casos de sofrimento pode haver alguma intervenção. Pode ser episiotomia mediada ou médio-lateral PERITÔNIO • O peritônio não desce até as vísceras pélvicas, mas irá refletir sobre elas. Aonde houver espaço, ele irá “entrar”. Com isso, cria-se algumas escavações: ➔ Escavação retouterina (fundo-de-saco de Douglas): entre o útero e o reto ➔ Escavação retovesical • Linha de dor pélvica: acima da linha a dor irá retroceder pela via simpática. Abaixo da linha de dor pélvica, a dor irá retroceder pela via parassimpática. ➔ Exemplo: na cólica, uma dor no corpo e fundo de útero irá retroceder pela via simpática (plexo hipogástrico superior) e causar dor referida na região dos dermátomos de T10 à L1. No colo do útero, irá retroceder pela via parassimpática e irradiar para as costas (sacro) e região perineal. FÁSCIAS DA PELVE • Fáscia membranácea: continuação da fáscia que desce do abdômen, dividindo-se em fáscia parietal e fáscia visceral ➔ O paracolpo é o espessamento da fáscia do arco tendíneo em direção à parte superior da vagina, promovendo sustentação ➔ O arco tendíneo é uma continuação da fáscia parietal, que irá se fixar no músculo levantador do ânus Ligamento posterior: ligamento sacrogenitais Ligamento anterior: ligamento puboprostático nos homens e pubovesical nas mulheres • Fáscia endopélvica: é tudo o que está entre as fáscias parietal e visceral, sendo formado pelas fáscia areolar frouxa (preenchida por gordura) e fáscia ligamentar (formada por 3 lâminas) ➔ Exemplo: espaço retroretal e espaço retropúbico, que são preenchidos por gordura (fáscia areolar frouxa) ➔ Bainha hipogástrica: é a junção das 3 lâminas que formam a fáscia ligamentar, são elas: 1. Ligamento lateral vesical — lâmina anterior 5 Maria Eduarda Lima | Turma XXX | @mariaadalm 2. Ligamento transversal do colo (nos homens, é o septo retovesical) — lâmina média 3. Ligamento lateral do reto — lâmina posterior Dentro desses ligamentos irá passar estruturas importantes, como: ➔ Artéria vesical superior no ligamento lateral vesical ➔ Artéria uterina no ligamento transverso do colo ➔ Vasos retos médios no ligamento lateral do reto VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL • Inicialmente, temos a artéria ilíaca comum, que irá se dividir em artérias ilíacas externa e interna • A artéria ilíaca interna irá se dividir em tronco anterior e posterior • Tronco anterior da artéria ilíaca interna: 1. Artéria umbilical: não se perde após o nascimento devido sua relação com a bexiga urinária ➔ Ramo da artéria vesical superior: irá irrigar a parte superior da bexiga urinária ➔ Ramo da artéria uterina (às vezes, podendo sair diretamente do tronco) 2. Artéria vesical inferior/vaginal: irá irrigar a parte inferior da bexiga urinária ➔ Ramo da artéria pudenda interna e externa 3. Artéria obturatória: também pode ser ramo da artéria ilíaca externa ou artéria epigástrica inferior 4. Artéria retal média OBS: a artéria vaginal pode ser ramo das artérias pudenda interna e externa, artéria retal média ou artéria uterina • Tronco posterior da artéria ilíaca interna: 1. Artéria ileolombar 2. Artéria sacral lateral: anastomose com a artéria sacral mediana, que sai da artéria aorta 3. Artéria glútea superior • Artéria pudenda manda a artéria retal inferior, artéria perineal, artéria escrotal posterior, artéria profunda do pênis e artéria dorsal do pênis/clitóris DRENAGEM VENOSA • A drenagem venosa irá fazer o sentindo contrário às artérias • Plexo venoso retal • Plexo venoso vesical 6 Maria Eduarda Lima | Turma XXX | @mariaadalm • Plexo venoso prostático • Plexo venoso uterino • Plexo venoso vaginal DRENAGEM LINFÁTICA • Linfonodos ilíacos comuns • Linfonodos ilíacos internos • Linfonodos ilíacos externos INERVAÇÃO • Plexo hipogástrico superior: nervos hipogástricos direito e esquerdo ➔ Simpático • Plexo hipogástrico inferior: nervos esplâncnicos pélvicos + hipogástricos direito e esquerdo ➔ Misto • S2, S3 e S4: contribuição para os gânglios parassimpáticos • Nervo pudendo ➔ Inervação somática ➔ Passa pelo forma isquiático maior
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