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PS LAFIM FISIOPATOLOGIA COVID DEFINIÇÃO Infecção respiratória aguda, potencialmente grave, causada pelo novo coronavírus, que causa a síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). O quadro clínico é parecido com uma infecção respiratória e a gravidade é variável (podendo causar pneumonia viral grave, podendo ser letal). Sintomas característicos: febre, tosse, dispneia. Complicações graves: insuficiência múltipla de órgãos, choque séptico e coágulos sanguíneos. EPIDEMIOLOGIA ADULTOS: - China: 87% entre 30 e 79 anos. 3% 80 anos ou mais. 51% masculino. - Itália: parecido com china. - R. Unido: Idade mediana foi 73 anos e homens representavam 60% das internações. - EUA: acima de 65 anos (31% dos casos), 45% de internações, 53 % de internações em terapia intensiva e 80% das mortes, acima de 85 anos. CRIANÇAS: - Menor quantidade. GESTANTES: - No R. Unido foi de 4,9 por 1000 nascimentos. A maioria estava no segundo ou terceiro trimestre. 41% tinham 35 anos ou mais, 56% minorias étnicas ou negras, 69% sobrepeso e 34% comorbidades. PROFISSIONAIS DA SAÚDE: - Varia entre países. Em um estudo, 9000 casos relatados no EUA, 55% tiveram contato apenas no trabalho, 27% em casa, 13% apenas comunidade, e 5% em mais de um ambiente. ETIOLOGIA A SARS-CoV-2, descoberto em amostras de lavagem broncoalveolar, nos núcleos de pacientes com pneumonia desconhecida, em Wuhan na China em 2019. - Vírus de RNA envelopado. Alguns causam doenças em humanos – SARS, MERS. - Pertence ao subgênero Sarbecovirus da coronaviridae e é o sétimo coronavírus que infecta humanos. É similar ao SARS de morcegos. - Existem duas cepas principais: L (mais prevalente no surto em Wuhan e pode ser mais agressivo) e S. ORIGEM - Sugere-se origem zoonótica. DINÂMICA DA TRANSMISSÃO - Antes de JAN/2020 limitou-se ao mercado de peixe em Wuhan. Após 1/jan, 8,6% dos casos não eram associados ao mercado. - Contato/gotículas respiratórias ao tossir/espirrar - Número reprodutivo: 2.2 – 3.3. - Mais estável no plástico e no aço inox (72h). Foi detectado no sangue, LCR, LPCárdico, placenta, urina, saliva, lágrimas. Pacientes com diarreia pode ter DNA viral nas fezes. Foi detectado no leite materno. - Isolamento e intervenções não farmacológicas diminuem a infecção. TRANSMISSÃO SINTOMÁTICA - Gotículas respiratórias. TRANSMISSÃO PRÉ-SINTOMÁTICA - Período de incubação de 1 e 14 dias, mediana de 5 dias. Alguns pacientes podem ser contagiosos entre 1 e 3 dias antes dos sintomas. - Foi relatada em 12,6% dos casos na China. TRANSMISSÃO ANSSINTOMÁTICA - Um caso de paciente assintomático que teve contato com 455 pessoas não gerou nenhum caso. Evidencia por meio do navio Cruzeiro Press. EFEITOS DE SUPER-DISSEMINAÇÃO - Super disseminadores estão associados a períodos de surto, e início da transmissão em regiões. TRANSMISSÃO PERINATAL - Não se sabe se é possível. Houve relatos de crianças nascidas vivas já com anticorpos. CARGA VIRAL E DISSEMINAÇÃO - Alta carga viral pode estar relacionada com progressão da doença para formas mais graves. - A disseminação pela faringe é mais alta na primeira semana, quando os sintomas são leves. Capacidade máxima no dia 4. - Fatores associados à eliminação de partículas prolongadas incluem o sexo masculino, idade avançada, HAS comórbida, atraso em internação, corticosteroides, ventilação invasiva. FISIOPATOLOGIA SARS-COV-2 se liga ao receptor da enzima conversora de angiotensina-2 (ECA2), patogênese semelhante à SARS. - Ela pode fazer downregulation do ECA2, causando acúmulo excessivo tóxico de angiotensina-II no plasma, podendo induzir síndrome do desconforto respiratório agudo e miocardite fulminante. - com base na análise de RNA, os órgãos mais vulneráveis à infecção do COVID devido os seus níveis de expressão de ACE2 inclui: pulmões, coração, esôfago, rins, bexiga e íleo. Uma menor expressão de ECA2 no epitélio nasal de crianças com menos de 10 anos em comparação com adultos, pode explicar porque a COVID é menos prevalente em crianças. - O vírus usa a serino-protease transmembrana 2 (TMPRSS2) para iniciar proteína S e fusão do vírus com as membranas celulares do hospedeiro. Um sítio de clivagem semelhante à furina foi achado na proteína spike do vírus, que não tem nos outros coronavírus causadores de SARS. - Pacientes que morreram de I.R tinham dano alveolar difuso exsudativo com congestão capilar, com microtrombos. Formação de membrana hialina e hiperplasia atípica d pneumócitos. Obstrução da artéria pulmonar. Lesão endotelial grave. Broncopneumonia, Arthur Rodrigues – Medicina @arthurnamedicina PROBLEMA 1 embolia pulmonar, hemorragia alveolar e vasculite. Crescimento de novos vasos distingue COVID da influenza grave. CLASSIFICAÇÃO - OMS DOENÇA LEVE - Sem hipóxia ou pneumonia. Sintomas: febre, tosse, congestão, fadiga, dispneia, mialgia. Inespecíficos: cefaleia, diarreia, náuseas e anosmia/hiposmia, ageusia. - idosos e imunossuprimidos podem apresentar sintomas atípicos: inapetência, delirium. - Sintomas fisiológicos de gestação e outras doenças podem sobrepor o COVID. DOENÇA MODERADA - Adolescente ou adulto> sinais clínicos de pneumonia (febre, tosse, dispneia, respiração acelerada), mas nenhuma sinal da pneumonia grave, isto é, SpO2 maior que 90%. - Crianças: Respiração acelerada – menos de 2 meses acima de 60 IRPM, 2 a 11 meses acima de 50 IRPM, 1 a 5 anos, acima de 40 IRPM. DOENÇA GRAVE: - Adolescente ou adulto: Pneumonia associado a Fr acima de 30 IRPM, dificuldade respiratória grave e saturação abaixo de 90%. - Criança: mesma coisa, associada a Sp menor que 90%.
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