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º Psicose & Esquizofrenia Conceitos Psicose: rompimento com a realidade, o paciente tem um comportamento apragmático. Neurose: qualquer doença que cursa com sofrimento, mas sem rompimento da realidade. Esquizofrenia: não é um transtorno tão prevalente, mas cursa com psicose “Surto’’ psicótico: já está no contexto da esquizofrenia. Sintomas • Delírios: “ideias”, “pensamentos” fora da realidade (convicção delirante). Exemplos: “minha família quer me matar”, “meu vizinho está me vigiando com um drone”. • Alucinações: percepções sensoriais sem estímulo. • Exemplos: “ouço vozes”, “vejo vultos”. Causas • Fator genético • Fatores hormonais • Doenças orgânicas (hipovitaminose – C, D...) • “Traumas psicológicos” • TCE (Traumatismo Crânioencefálico) • Uso de substâncias psicoativas (SPAs) • Uso de medicamentos (corticoides, roacutan..) Esquizofrenia • Doença crônica caracterizada por quebra do senso de realidade (psicose) • Se inicia, normalmente, na juventude (quanto mais cedo se identifica, pior o prognóstico). • Prevalência: menos de 1% da população geral Sintomas • Positivos (“produções” da mente): delírios e alucinações • Negativos (“prejuízo”, “queda” de funções psíquicas): introspecção, empobrecimento afetivo, volitivo, cognitivo, mutismo... (são mais graves no sentido da prospecção) Delírios: normalmente, persecutórios. Alucinações auditivas: depreciativas, ou vozes de comando. Alterações de psicomotricidade, desorganização do pensamento, alterações de sono, introspecção. Critérios diagnósticos • Delírios; • Alucinações; • Eco do pensamento, inserção ou roubo do pensamento, irradiação do pensamento; • Comportamento catatônico, tal como excitação, postura inadequada ou flexibilidade cérea, negativismo, mutismo, estupor; • Sintomas "negativos" (apatia, pobreza do discurso, embotamento ou incongruência de respostas emocionais); • Perda de interesse, falta de objetivos, inatividade, uma atitude ensimesmada e retraimento social. Tipos • Paranoide: mais comum e com o “melhor” prognóstico, caracterizada por sintomas positivos, pela preocupação com um ou mais delírios ou alucinações auditivas frequentes. Indivíduos com esquizofrenia paranoide tendem a ser tensos, desconfiados, cautelosos, reservados e, às vezes, hostis ou agressivos, mas também ocasionalmente capazes de se comportar de forma adequada em algumas situações sociais. Sua inteligência nas áreas que não são invadidas pela psicose tende a permanecer intacta. • Catatônica: alterações de psicomotricidade. .Por vezes, o paciente exibe alternância rápida entre extremos de excitação e estupor. As características associadas incluem estereotipias, maneirismos e flexibilidade cérea. O mutismo é particularmente comum. Durante a excitação catatônica, os pacientes necessitam de supervisão constante para impedir que machuquem a si mesmos ou outras pessoas. Pode ser necessário atendimento médico devido a desnutrição, exaustão, hiperpirexia ou autolesões. • Hebefrênica/desorganizada: comportamento bizarro. O início desse subtipo costuma ser precoce, ocorrendo antes dos 25 anos de idade. Os pacientes desorganizados em geral são ativos, mas de uma forma não construtiva, sem objetivo. Sorrisos e caretas incongruentes também são comuns nesses pacientes, cujo comportamento pode ser mais bem descrito como tolo ou insensato. • Simples: sintomas negativos. • Residual: sintomas negativos, após muito tempo de doença (“tendência” do transtorno). • Indiferenciada, não é possível determinar a caraterística que mais prevalece. Classificação Internacional das Doenças – CID Fisiopatologia • HIPERestimulação Dopaminérgica da via Mesolímbica: causam os sintomas positivos. • HIPOstimulação Dopaminérgica da via Mesocortical: causam os sintomas negativos. SAÚDE MENTAL º Os antipisicoticos causam uma queda da dopamina em todas as vias, o que leva ao surgimento dos efeitos colaterais dos antipisicoticos típicos. ! A via tuberolinfundibular quando está hipoestimulada causa hiperprolactilemia o que levar ao aumento do tecido mamário no homem e na mulher leva à desrregulação do ciclo menstrual, galactorreia. ! Quando a via nigro-estriatal está hipoestimulada o paciente apresenta um quadro de pseudoparkinsonismo. Diagnóstico diferencial • Transtorno do humor bipolar; • Doenças clínicas (hepáticas, renais, tireoidianas, neoplasias, infecciosas); • Depressão/Depressão psicótica; • No idoso: demências pode cursar com psicose. Tratamento • Psicofármacos; • Psicoeducação; • Eletroconvulsoterapia, usada normalmente quando o paciente tem um quadro refratário. Tratamento farmacológico • Antipsicóticos típicos: bom controle de sintomas positivos. Piora sintomas negativos. Efeitos colaterais: impregnação. Ex: Haldol, trifluoperazina, clorpromazina • Antipsicóticos atípicos: eficientes sobre sintomas positivos e negativos. Causam muitos efeitos colaterais metabólicos. Ex: Quetiapina, olanzapina, risperidona, aripiprazol • Ansiolíticos: sintomáticos • Antipsicóticos de depósito: haldol decanoato, flufenan depot, invega sustenna ORIENTAÇÕES • Atividades físicas regulares (30 min, 3-5 vezes por semana) • Exposição ao sol (10-20min por dia) • Lazer • Higiene do sono • Hábitos alimentares saudáveis • Exercícios de respiração
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