Buscar

Parasitologia 2.2: Ascaridíase

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PARASITOLOGIA 
Módulo 2.2 – Ascaridíase 
✓ Ascaridíase 
✓ Lombriga (Ascaris lumbricoides) 
✓ Transmissão 
✓ Ciclo da doença 
✓ Sintomas 
✓ Diagnóstico 
✓ Profilaxia 
 
 
1. Ascaridíase 
A ascaridíase é uma parasitose intestinal causada pelo helminto Ascaris lumbricoides, popularmente 
conhecido como Lombriga. Aproximadamente 25% da população mundial possui estes parasitas. 
A infecção pelo Ascaris lumbricoides ocorre em todo mundo, mas ela é mais prevalente em países de clima 
quente e com condições de saneamento básico precárias. A ascaridíase pode ocorrer em qualquer idade, mas é 
mais comum nas crianças entre 2 e 10 anos. 
2. Lombriga (Ascaris lumbricoides) 
A lombriga é um nematódeo (nematelminto), um verme de cor clara, corpo 
cilíndrico e extremidades mais finas, que costuma ter entre 15 e 30 cm de 
comprimento, mas que pode chegar até 40 centímetros de comprimento. Fêmeas 
são maiores e mais robustas, medem de 20 a 35 cm com uma cauda reta; machos 
são menores, medindo de 15 a 31 cm e tendem a ter uma cauda curvada. 
Surpreendentemente, um único hospedeiro pode apresentar até 600 destes 
indivíduos. 
 
Ovos – morfologia: são brancos e adquirem cor castanha 
devido ao contato com as fezes. São grandes, com cerca de 50 
µm de diâmetro, ovais e com cápsula espessa. Frequentemente 
pode-se encontrar nas fezes ovos inférteis. São mais alongados, 
possuem membrana mais delgada e o citoplasma granuloso. Na 
imagem: ovo fértil, ovo infértil, larva saindo do ovo. 
 
3. Transmissão 
Através da ingestão dos ovos do verme presentes no solo, água ou alimentos contaminados com fezes 
humanas infectadas. 
Um indivíduo contaminado pelo verme elimina diariamente milhares de ovos de Ascaris pelas fezes. Em locais 
sem saneamento básico adequado, estas fezes contaminam solos e água. Crianças costumam se infectar ao 
 
brincar em solos contaminados. As mãos sujas podem levar os ovos diretamente para a boca ou contaminar 
brinquedos ou objetos, que entrarão, posteriormente, em contato com a boca de outras crianças. Já os adultos, 
geralmente, se infectam ao ingerir água ou alimentos contaminados. 
Uma vez no ambiente, os ovos de Ascaris são muito resistentes, podendo permanecer viáveis por vários anos, 
caso encontrem condições adequadas de umidade e temperatura. 
4. Ciclo da doença 
Todo o ciclo, que começa com a ingestão de ovos, até a formação de adultos, dura cerca de 2 meses. É 
importante saber que os Ascaris adultos não se multiplicam dentro dos hospedeiros. Os ovos precisam ser 
eliminados para desenvolverem larvas. 
Um verme adulto costuma viver de 1 a 2 anos dentro do trato gastrointestinal. Os Ascaris adultos não se 
multiplicam dentro dos intestinos. Os ovos das fêmeas precisam ser eliminados no ambiente para 
desenvolverem larvas viáveis. Por isso, o número de vermes em uma pessoa só aumenta se ela ingerir novos 
ovos ao longo da sua vida. Caso não haja nova contaminação, após 2 anos, todos os vermes morrem e o paciente 
deixa de estar contaminado. 
1 - A ingestão de água ou alimento contaminados pode introduzir ovos de lombriga no tubo digestório humano. 
2 - Os ovos infectantes ingeridos se rompem e liberam as larvas no duodeno, região do intestino delgado. 
3 - Cada larva penetra no revestimento intestinal e cai na corrente sanguínea, atingindo fígado, coração e 
pulmões, onde sofre algumas mudanças de cutícula e aumentam de tamanho. 
4 - Quando alcançam os pulmões, sofrem novas mudas, e permanecem nos alvéolos pulmonares podendo 
causar sintomas semelhantes ao de pneumonia. 
5 - Ao abandonar os alvéolos passam para os brônquios, traqueia, laringe (onde provocam tosse com o 
movimento que executam) e faringe. 
6 - Em seguida, são deglutidas e atingem o intestino delgado, onde crescem, se transformam em vermes adultos, 
e amadurecem sexualmente. 
7 - Após o acasalamento, a fêmea inicia a liberação dos ovos. 
Cerca de 15.000 por dia. 
8 - Os ovos são eliminados com as fezes. Dentro de cada ovo, 
dotado de casca protetora, ocorre o desenvolvimento de um 
embrião que, transforma-se em larva, e após passar por 
duas mudas, pode infectar quem a ingerir. 
9 - Ovos contidos nas fezes são eliminados no ambiente, 
contaminam a água de consumo e os alimentos, e assim, 
podem ser ingeridos por um hospedeiro, como o porco ou o 
homem, reiniciando o ciclo. 
 
 
CICLO DA LARVA 
 
O ovo do áscaris só é capaz de infectar o ser humano se contiver larvas maduras em seu interior, chamadas 
larvas L3, processo que leva de 2 a 4 semanas para ocorrer. Se as larvas dentro do ovo ainda estiverem em 
fase L1 ou L2, o verme não é capaz de sobreviver no trato digestivo, sendo improvável a contaminação de 
quem o ingeriu. 
Os ovos infectantes ingeridos liberam as larvas L3 no duodeno, primeira parte do intestino delgado. Após 
tornarem-se livres, as larvas L3 atravessam a parede do intestino delgado e alcançam a corrente sanguínea, 
onde, dentro de 4 a 5 dias, migrarão para fígado, coração e, finalmente, pulmões. 
Nos pulmões, as larvas L3 sofrem mais 2 mudas ao longo de 10 dias e transformam-se em larvas L5. Após 
estarem maduras, as larvas migram para o sistema respiratório superior, até próximo à cavidade oral, 
podendo ser expelidas pela boca através da tosse ou deglutidas, voltando para o sistema digestivo. 
Novamente no intestino delgado, a larva L5 sofre sua última muda, tornando-se um verme adulto. 
5. Sintomas 
Devido ao espalhamento das larvas, febre, dor de barriga, diarreia, náuseas, bronquite, pneumonia, 
convulsões e esgotamento físico e mental são alguns sintomas que podem se apresentar; dependendo do órgão 
que foi afetado. Em casos de grande infestação de vermes, um “bolo” de áscaris pode causar obstrução 
intestinal, sendo necessária intervenção cirúrgica ou endoscópica para a remoção dos vermes. Entretanto, a 
maioria dos indivíduos infectados não apresenta sintomas, a não ser que os intestinos estejam infestados com 
centenas de vermes. 
6. Diagnóstico 
O diagnóstico da ascaridíase é habitualmente feito através da identificação de ovos de Ascaris 
lumbricoides nas fezes. O problema do exame parasitológico de fezes é que os primeiros ovos só aparecem nas 
fezes cerca de 40 dias depois do paciente ter se contaminado. Portanto, em fases precoces, como durante a 
infecção pulmonar, o exame de fezes costuma ser negativo. Existe tratamento, que é feito com uso de fármacos 
e adotando medidas de higiene básica. 
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/verminose-exame-parasitologico-de-fezes/
 
7. Profilaxia 
Filtragem da água, cozimento de alimentos e lavagem adequada de frutas e verduras cruas são suficientes 
para eliminar os ovos e impedir contaminações de novos indivíduos. Ademais, a educação sanitária, saneamento 
básico adequado, tratamento da água usada para consumo humano e higiene pessoal são medidas de prevenção 
importantes. 
Uma infecção prévia pelo Ascaris não garante imunidade, sendo perfeitamente possível uma mesma pessoa 
desenvolver a parasitose várias vezes ao longo da vida. 
Referências 
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/ascaridiase.htm 
https://www.todamateria.com.br/ascaridiase/ 
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/ascaris-lumbricoides/ 
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/ascaris-lumbricoides/ 
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/Ascaridiase.php 
https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Educacao/Trabalhos/obichoquemedeu/helminto_ascaridiase.htm 
http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Ascaris%20lumbricoides.htm 
 
 
 
 
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/ascaridiase.htm
https://www.todamateria.com.br/ascaridiase/
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/ascaris-lumbricoides/
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/parasitoses/ascaris-lumbricoides/
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/Ascaridiase.php
https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Educacao/Trabalhos/obichoquemedeu/helminto_ascaridiase.htmhttp://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Animalia/Ascaris%20lumbricoides.htm

Outros materiais