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Proteção radiológica e efeitos biológicos da radiação ionizante

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Proteção radiológica e efeitos biológicos da 
radiação ionizante 
Efeitos biológicos da radiação 
A radiação utilizada no diagnóstico radiológico é prejudicial? 
• Potencialmente, sim 
• Na prática não há um dano real aos pacientes 
Célula reage à ação de baixos níveis da radiação ionizante, 
acionando uma série de mecanismos de proteção: 
• Neutralização dos radicais oxidantes 
• Ativação do reparo nas alterações estruturais que 
possam ter ocorrido no DNA 
• Indução da apoptose caso haja sinais de inviabilidade 
celular 
• Ativação de respostas imunes, reconhecendo a 
célula danificada como estranha por alterações da 
membrana 
Dois efeitos biológicos principais (nem sempre induzem a 
tumor): 
• Formação de radicais livres oxidantes pela radiólise 
da água 
• Ação direta no DNS nuclear, causando quebras na 
sequência gênica 
Efeitos prejudiciais da radiação ionizante 
Efeitos estocásticos: decorre da interação da radiação com o 
núcleo e gerar algum dano (carcinogênese e efeitos 
genéticos) 
• Não há limiar de dose → doses pequenas podem 
induzir os efeitos 
• Célula permanece viável com mutação 
• Probabilidade aumenta com a exposição (quantidade 
de dose irradiada), mas não a severidade 
Efeitos determinísticos: ocorre quando o limiar de dose que as 
células do tecido suportam é ultrapassado, sendo que a 
severidade do dano aumenta com a dose 
• O grau de morte celular não é compensado pela 
reposição ou reparo → danos no funcionamento do 
tecido ou órgão 
• Exemplos 
o Eritema/ descamação 
▪ Eritema transitório precoce: 2-3 Gray 
o Catarata 
o Fibrose 
o Lesão hematológica 
OBS.: Raio-X de tórax – 0,15 mGy 
Algumas unidades utilizadas 
Gray (Gy): mede a dose absorvida de radiação (Joules/kg) 
Sievert (Sv): mede dano biológico potencial da radiação para 
cada tipo de tecido (Joules/Kg) 
Dose absorvida (D): energia média depositada em uma massa 
• Unidade: Gy 
• Serve para qualquer meio, tipo de radiação e 
geometria de irradiação 
Dose equivalente (H): 
• Depende da dose absorvida e do tipo de radiação 
• Mesma dose e radiações diferentes → danos 
diferentes 
• Considera o fator Wr (habilidade da radiação de 
causar danos) 
• Unidade: Sv 
Dose efetiva (E): estabelece limites de exposição do corpo 
todo à radiação para limitar a ocorrência de efeitos 
cancerígenos e hereditários 
• Relacionada ao tipo de radiação recebida e à 
radiossensibilidade do tecido 
• Dose equivalente x fator peso do tecido 
• Medida em Sv 
 
A dose de profissionais é maior que a dose de pacientes 
devido à proteção radiológica 
Técnicos de raio-x têm que ter um intervalo de 48h entre 
um dia de trabalho e outro 
Funcionários dos hospitais apresentam riscos de exposição 
que poderiam resultar em efeitos determinísticos? 
• Na prática, não → proteção e dispersão de raios 
Dose média efetiva a que radiologistas e técnicos são expostos 
→ 0,71 – 0,96 mSv/dia; 50 mSV/ano 
Trabalhos alarmantes 
1 em 1.000 a chance de desenvolver tumor com a dose de 10 
mSv (TC) 
Importante analisar risco benefício 
Proteção radiológica 
Princípio ALARA (“As Low As Reasonably Achievable”): menor 
exposição à radiação que se pode dar aos pacientes, 
trabalhadores de saúde e público para se obter o diagnóstico 
• Uma vez que se presume que não há nível seguro 
absoluto de exposição à radiação ionizante 
• Quando se trabalha com o princípio ALARA, é 
possível manter a segurança 
Uso de proteção radiológica 
Tempo de exposição 
Limitação de doses individuais 
Prevenção de acidentes em locais de trabalho 
Distância da fonte emissora 
• Bastante efetiva desde que a exposição varie 
inversamente ao quadrado da distância até a fonte 
Otimização da proteção radiológica 
• Chumbo padrão – 5 mm → reduz a exposição à 
radiação 
o Colete de chumbo 
▪ Cervical (tireoide) → ideal que o paciente 
também use 
▪ De membros → quando o técnico 
precisar ficar com a mão exposta 
durante o exame 
o Parede de chumbo 
• Óculos de proteção (cristalino) 
 
Exposição em gestantes 
Efeitos biológicos da radiação ionizante são semelhantes aos 
da mulher não grávida (mutações genéticas e carcinogênese) 
Efeitos da radiação ionizante no embrião/ feto: 
• Morte intra-uterina 
• Malformações 
• Distúrbios de crescimento/ desenvolvimento 
o Retardo mental 
o Redução do QI 
• Efeitos mutagênicas/ carcinogênicos 
Gravidade, tipo de efeitos determinísticos e a probabilidade da 
ocorrência de eventos estocásticos sobre o embrião/ feto 
dependem da dose absorvida e da idade gestacional 
• Embrião é mais sensível aos efeitos da radiação 
ionizante nas duas primeiras semanas de gestação 
(pré-implantação) 
o Intacto 
o Reabsorvido 
o Abortado 
• Semanas seguintes 
o Retardo mental 
o Anormalidades do SNC em formação 
OBS.: na prática, seria necessária uma dose muito elevada 
para causar a morte do embrião 
 9-14 dias: morte 
15-50 dias: pico de malformações 
50-250 dias: risco ainda presente 
Quando o útero é submetido mesmo a baixas doses de 
radiação, há aumento de desenvolver câncer na infância, 
principalmente de leucemia 
Radiografia simples de crânio, tórax, coluna cervical, torácica e 
das extremidades expõem o feto a uma dose mínima de 
radiação 
Proteção: 
• Uso de protetores de chumbo sobre o abdome 
• Colimar o feixe de raios X para a área de interesse 
• Utilizar equipamentos permanentemente calibrados e 
aferidos 
Analisar: 
• Idade gestacional 
• Disponibilidade de exames alternativos (US e RM) 
• Condição física da paciente 
• Distúrbios gestacionais associados 
• Dose estimada absorvida pelo feto 
o Dose de radiação fetal inferior a 100 mGy 
não é indicativa de interrupção da gravidez 
o Dose absorvida > 250 mGy → risco 
Técnica gestante → 0,5 mSv ao mês 
• Redução da carga de trabalho 
• Afastamento 
Movimentos globais 
Trabalham para que se chegue ao diagnóstico do paciente 
sem expô-lo à radiação (protocolos) 
CNEN 
Anvisa 
SBPR 
AIEA 
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