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De frente para o futuro.
guia para o gestor 
de ti susteNtÁVeL
itautec e sustentabilidade
FsC
Quem somos 3
Introdução 4
A sustentabilidade e a Tecnologia da Informação 6
A sustentabilidade na Itautec 10
O uso eficiente de energia 11
Resíduo eletrônico: um desafio para as empresas e a sociedade 15
O mercado cinza – riscos para o meio ambiente e a sociedade 19
TI Sustentável e partes interessadas 21
Glossário 23
Saiba mais 30
Índice
2
Quem somos
Somos a empresa de tecnologia do Grupo Itaúsa, 100% brasileira. 
Há mais de 30 anos desenvolvemos produtos e soluções de computação, 
automações bancária e comercial e também prestamos serviços de 
tecnologia. Atendemos a mais de 3.700 cidades brasileiras a partir de 
nossas 34 unidades de serviços e 10 laboratórios de suporte. 
Atuamos junto aos principais fóruns da indústria, defendendo 
a evolução do setor de tecnologia e valorizando a pesquisa e o 
desenvolvimento genuinamente brasileiros. 
Nosso compromisso com a sustentabilidade agrega em nossos 
produtos benefícios sociais, ambientais e econômicos e, entre outras 
medidas, fazemos o uso racional dos recursos naturais e somos pioneiros 
na fabricação de equipamentos livres de substâncias tóxicas e na 
reciclagem de resíduos de equipamento de informática no Brasil. 
Por conta desta experiência e por acreditar na importância 
da sustentabilidade, decidimos compartilhar com você nossos 
conhecimentos em gestão sustentável. 
Acreditamos que a divulgação destas ideias e sugestões irá estimular 
profissionais envolvidos nos processos de estratégia, aquisição, 
implantação e manutenção dos equipamentos de TI, que podem 
incorporar essas e outras práticas em suas decisões de compra e gerência.
Lembre-se, o mundo melhor se faz com boas práticas.
3
4
A Itautec acredita que TI e 
sustentabilidade podem e devem 
andar juntas. É por isso que há 
muitos anos este assunto passou a 
introdução
ser prática constante da empresa, 
através de políticas e processos 
que focam na responsabilidade 
socioambiental. 
5
Foi para partilhar nossas 
experiências na utilização de 
recursos naturais e incorporar 
os elementos sustentáveis 
em decisões estratégicas que 
desenvolvemos este guia, 
com uma série de referências 
e informações, mostrando 
que é possível transformar a 
sustentabilidade em algo tangível, 
com retorno positivo para a 
empresa em termos financeiros, 
de negócios e de fortalecimento 
da reputação. 
Acreditamos que você pode 
contribuir de forma valiosa para 
uma postura mais sustentável em 
sua organização, promovendo a 
eficiência profissional e adotando 
medidas que otimizam o consumo 
de energia e o gerenciamento 
do ciclo de vida dos produtos, 
como a adoção de arquiteturas 
que facilitam o atendimento às 
demandas presentes e futuras de 
processamento, entre outras.
Para produzir este material, 
além de utilizarmos nossa própria 
experiência, contamos com o 
apoio especializado da Gestão 
Origami, uma consultoria 
em gestão de negócios com 
foco na sustentabilidade, e a 
parceria com o Instituto Akatu 
pelo Consumo Consciente, 
organização reconhecida por 
seu trabalho de conscientização 
do consumidor.
O resultado deste esforço você 
tem em suas mãos, um guia 
que responde com segurança 
às dúvidas mais frequentes de 
pesquisadores e profissionais 
ligados à área de tecnologia.
Com isso, esperamos contribuir 
para o uso responsável da 
tecnologia da informação, com 
o respeito ao meio ambiente e 
à defesa dos interesses das 
futuras gerações.
Caso você queira partilhar 
conosco qualquer sugestão ou 
comentário, será bem-vindo. 
Basta escrever para o e-mail 
sustentabilidade@itautec.com.
6
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Responsabilidade Social Empresarial 
é a forma de gestão que se define:
Pelo estabelecimento de
METAS EMPRESARIAIS COMPATÍVEIS COM A 
SUSTENTABILIDADE DA SOCIEDADE, 
PRESERVANDO RECURSOS AMBIENTAIS E 
CULTURAIS PARA GERAÇÕES FUTURAS, 
RESPEITANDO A DIVERSIDADE E 
PROMOVENDO A IGUALDADE.
Fonte: Instituto Ethos
Pelo compromisso público de
IMPLEMENTAÇÃO DE PROCESSOS
PRODUTIVOS, COMERCIAIS E GERENCIAIS
baseados em relações éticas, transparentes 
e solidárias da empresa com todos os 
públicos afetados pelas suas atividades.
ATENDER AS 
NECESSIDADES DO 
PRESENTE SEM 
COMPROMETER A 
POSSIBILIDADE DE 
FUTURAS GERAÇÕES 
ATENDEREM ÀS SUAS 
PRÓPRIAS 
NECESSIDADES
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL
Fonte: ONU, baseado em “The Brundtland 
Report” - World Comission on Environment 
and Development, 1987
Fonte: “The Brundtland Report”
Ambiental
Social
SUSTENTABILIDADE
SUSTENTABILIDADE É A 
CAPACIDADE DE 
CONTINUIDADE NO 
LONGO PRAZO
Econômico
RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL E SUSTENTABILIDADE
A sustentabilidade é a forma 
de utilizar recursos naturais 
conscientemente, prejudicando o 
menos possível o meio ambiente e 
todas as suas formas de vida. 
a sustentabilidade 
e a tecnologia da 
informação
O desafio comum para todos nós 
– indivíduos, empresas, governos, 
organizações – é encontrar um meio 
termo entre a satisfação de nossos 
desejos e a garantia de que as 
7
futuras gerações possam continuar 
desfrutando de tudo que o meio 
ambiente tem a nos oferecer.
O conceito de sustentabilidade 
começou a ganhar força em 
1987, quando a Organização das 
Nações Unidas (ONU) lançou o 
Relatório “Nosso Futuro Comum”1. 
O documento alertou sobre o 
risco de se manter o modelo de 
desenvolvimento adotado pelos 
países ricos e copiado pelas nações 
menos desenvolvidas, baseado na 
exploração excessiva da natureza. 
O aviso era que, se continuássemos 
seguindo este exemplo, os recursos 
naturais começariam a faltar, 
comprometendo o futuro das 
gerações seguintes.
Esta definição evoluiu muito 
rápido, amparada na constatação de 
que a atuação da humanidade no 
planeta está produzindo os efeitos 
que sentimos agora. Basta lembrar 
que hoje, em diversas partes do 
mundo, os efeitos das mudanças 
1 Mais informações sobre o relatório “Nosso Futuro Comum” podem ser obtidas em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Relatório_Brundtland
climáticas e do aquecimento global 
já se fazem presentes. 
A busca pela sustentabilidade 
para as empresas significa encontrar 
uma maneira de fazer negócios que 
garantam lucro ao mesmo tempo 
em que geram efeitos positivos para 
a sociedade, com o menor impacto 
possível sobre o meio ambiente. 
Isso é resumido pelo conceito 
de “triple bottom line” (ou “tripé 
da sustentabilidade”), criado 
pelo economista inglês John 
Elkington, para fazer uma ligação 
entre o crescimento econômico, 
a proteção ao meio ambiente e o 
desenvolvimento da sociedade.
n No âmbito da sustentabilidade, as empresas 
não existem apenas para gerar um lucro para 
os acionistas – o tradicional “single bottom 
line” – mas também devem produzir benefícios 
sociais para as demais partes interessadas 
e para a sociedade e contribuir com o 
uso responsável dos recursos naturais e a 
preservação do meio ambiente.
8
a ti sustentável 
A Tecnologia da Informação pode 
ajudar as empresas e a sociedade, 
desenvolvendo atitudes e práticas 
sustentáveis. 
Devemos lembrar que os 
produtos eletrônicos são também 
grandes consumidores de recursos 
naturais: um único computador 
pessoal precisa da manipulação 
de 1,8 tonelada de recursos 
naturais para extrair os elementos 
necessários para a fabricação de seus componentes. A energia utilizada para 
fazer funcionar os equipamentos e mantê-los refrigerados chega, em alguns 
casos, a representar 60% do total consumido pelas corporações.
 Cálculos da PNUMA (agência da ONU responsável pelo meio ambiente) 
indicam também que, anualmente, cerca de 50 milhões de equipamentos 
eletrônicos diversos – de celulares e tocadores de MP3 a computadores e 
impressoras – são descartados e transformados em lixo eletrônico2. Grande 
parte vai direto para lixões ou aterros sanitários, trazendo enormerisco para 
o meio ambiente e para a saúde pública. 
É por isso que nos últimos anos o conceito de “TI Sustentável” vem se 
popularizando e ganhando força. Chega a ser um elemento chave na 
estratégia de aquisição de produtos e ativos e no gerenciamento dos recursos 
de TI de empresas e governos com o fim de reduzir suas “pegadas ecológicas”. 
2 recycling – From e-Waste to resources, uNep, 2010.
http://www.unep.org/PDF/PressReleases/E-Waste_publication_screen_FINALVERSION-sml.pdf
TI SUSTENTÁVEL
Cultura da 
sustentabilidade
SUSTENTABILIDADE
SOCIAL
Pr
ot
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am
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Crescim
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da em
presa
SUSTENTABILIDAD
E
ECO
NÔ
M
ICA
9
A TI sustentável está, então, diretamente relacionada ao desenvolvimento 
e implementação de estratégias e ações que sejam consequências dos 
seguintes pontos de vista3: 
n Econômico – garantindo um equilíbrio de custo-eficiência, colaborando 
com a perenidade dos negócios, gerando vantagem competitiva, 
consolidando a reputação institucional.
n Ambiental – gerando padrões de aquisição e uso dos equipamentos 
considerando seus impactos na natureza em todo o ciclo de vida 
(fabricação, uso e descarte), uso eficiente dos recursos energéticos 
necessários para operar os equipamentos e manejo correto do seu 
pós-uso e descarte, com ênfase na reciclagem.
n Social – na geração e valorização de uma cultura de sustentabilidade 
junto aos stakeholders, especialmente funcionários, colaboradores e 
cadeia de valor, e na sociedade em geral.
3 sustainable it - the Case For strategic Leadership (2008)
10
a sustentabilidade na itautec 
Na Itautec a sustentabilidade há muito 
saiu do campo das boas ideias para ser 
incorporada às nossas práticas produtivas. 
Desde 2001, contamos com um Sistema 
de Gestão Ambiental (SGA) que reúne 
nossas políticas, programas e práticas 
corporativas dedicadas à responsabilidade 
socioambiental. Isto significa o uso racional 
dos recursos materiais, energéticos e 
hídricos, além de realizarmos a separação 
dos resíduos, promovendo a reciclagem, 
entre outras ações.
Mas fomos além em nossas iniciativas 
e nos tornamos a primeira empresa 
do Brasil no campo de Tecnologia da 
Informação a fabricar equipamentos 
livres de chumbo. Desde 2007 fabricamos 
microcomputadores e notebooks livres 
de substâncias nocivas ao ambiente e à 
saúde humana, como o cádmio, o cromo 
hexavalente (um anticorrosivo para partes 
metálicas) e a cadeia de bromobifenilas 
(usadas para evitar a propagação de 
chamas). 
Estes materiais foram substituídos por 
outros, de acordo com as recomendações 
da diretiva europeia RoHS, referência 
mundial na restrição ao uso de substâncias 
que agridem o ambiente. 
No final de 2008, outras linhas de 
produtos da Itautec também passaram 
a ser fabricadas em conformidade com a 
RoHS, com rígidos controles ambientais. 
Isto consumiu investimentos em torno 
de R$ 3 milhões, aplicados ao longo de 
dois anos na adequação de linhas de 
produção. A adoção de novos processos 
foi ampliada à cadeia de fornecedores da 
empresa, fazendo com que muitos deles 
adequassem seus insumos segundo a 
diretiva ambiental europeia. 
A empresa também é pioneira no 
desenvolvimento do que hoje é um dos 
projetos mais avançados em destinação de 
resíduos eletroeletrônicos em operação no 
Brasil. Trata-se do Centro de Reciclagem, 
localizado em Jundiaí, no interior de 
São Paulo, onde equipamentos são 
reciclados ao fim de sua vida útil. Neste 
espaço, os equipamentos são recebidos, 
desmontados, descaracterizados, pesados 
e depois têm suas partes separadas por 
tipo de material, que são encaminhadas a 
recicladores homologados pela Itautec. 
Todos os nossos esforços em favor da 
sustentabilidade têm recebido diversos 
tipos de reconhecimento, como os 
prêmios 5º e 6º Benchmarking Ambiental 
Brasileiro e a 13a edição do Prêmio Fiesp de 
Mérito Ambiental.
n Para saber mais sobre as ações da Itautec no 
campo da sustentabilidade, visite a página
http://www.itautec.com.br/sustentabilidade
ou entre em contato pelo e-mail
sustentabilidade@itautec.com
11
o uso eficiente 
de energia
O uso eficiente de energia é, sem 
dúvida, o ponto fundamental para 
qualquer política de TI Sustentável. 
Para se ter uma ideia, em 2007 o 
governo americano publicou um 
relatório mostrando que, no período 
de seis anos – entre 2000 e 2006 –, 
 o consumo de energia pelos 
datacenters nos Estados Unidos mais 
do que dobrou, chegando 61 bilhões 
de kWh. 
Isso era o equivalente a 1,5% de 
todo o consumo de energia do 
país ou o mesmo que a energia 
consumida anualmente por 5,8 
milhões de casas. O relatório 
apontava que este consumo iria 
dobrar novamente em cinco anos 
e que, em 2011, os datacenters 
demandariam cerca 2,9% de todo o 
consumo de eletricidade no país.4
Com certeza esta é uma situação 
que se repete proporcionalmente 
no Brasil, devido à rápida expansão 
da economia vivida pelo país 
nos últimos 15 anos. Números da 
Federação Brasileira de Bancos 
(Febraban) indicam que datacenters 
e centros de tecnologia podem 
chegar a consumir cerca de 45% 
do total de energia usada pelas 
grandes corporações. O consumo 
alto é amplificado pelo processo de 
refrigeração dos datacenters, que 
sozinho consumiria cerca de 60% da 
eletricidade.5 
Esses dados apontam para um 
aspecto econômico evidente, que 
por si só já justificaria a implantação 
de processos de uso eficiente de 
4 o document “report to Congress on server and 
data Center energy efficiency” pode ser baixado do 
seguinte endereço:
http://www.energystar.gov/ia/partners/prod_
development/downloads/EPA_Datacenter_Report_
Congress_Final1.pdf 
5 Fonte: http://www.revistasustentabilidade.com.br/
noticias/bancos-vao-intensificar-esforcos-para-o-
desenvolvimento-sustentavel
12
1 O primeiro ponto 
é montar uma estratégia de 
TI que privilegie a aquisição e 
manutenção de equipamentos 
que sejam eficientes do ponto de 
vista energético. Tais equipamentos 
podem chegar a economizar 
até 65% de energia. A própria 
estrutura necessária para refrigerar 
os equipamentos, especialmente 
nos datacenters, pode ser 
dimensionada para fazer um uso 
mais eficiente de energia.
energia. Mas existe um aspecto 
ambiental também importantíssimo: 
a geração da eletricidade necessária 
para fazer funcionar a extensa malha 
de computadores e equipamentos 
de TI contribui para o lançamento 
na atmosfera de gases de efeito 
estufa, dando o seu quinhão para o 
processo de aquecimento global.
n Cerca de 2% a 2,5% do total mundial de 
emissões globais de Co2 (um dos principais 
gases de efeito estufa) são atribuídas 
aos produtos e processos associados à ti 
(desde computadores pessoais aos grandes 
datacenters). 
isto é o mesmo que toda a indústria da 
aviação e o mesmo que 5% a 6% dos países 
desenvolvidos. e a previsão é que estes 
números tripliquem até 2020. 
Fonte: http://www.gartner.com/it/page.
jsp?id=503867
algumas práticas sustentáveis de consumo 
de energia dos equipamentos de ti
13
2 Outro elemento cada 
vez mais usado é o processo de 
“consolidação e virtualização dos 
datacenters”, que consiste em pegar 
uma quantidade de servidores 
que estejam sendo subutilizados 
e consolidar em uma quantidade 
menor de servidores. Com isso é 
possível reduzir a quantidade de 
máquinas exigidas no centro de 
dados, impactando favoravelmente 
na redução dos custos de suporte 
e manutenção. Ocorre também 
uma diminuição da quantidade de 
energia consumida diretamente 
pelos servidores e pelos aparelhos 
utilizados para o resfriamento do 
ambiente. A utilização e a eficiência 
dos demais servidores também 
são aumentadas. Tudo isso tem um 
impacto na pegada ecológica da 
empresa ao reduzir indiretamente a 
emissão de gases de efeito estufa.6
3 A auditoria de energia 
é outro instrumento importante 
ao considerar o desempenho de 
6 Mais informação em
http://blog.corujadeti.com.br/?p=1619consumo de energia como um dos 
critérios dos testes de produtos, 
normalmente realizados pelos 
laboratórios de desempenho 
e avaliação mantidos pelas 
empresas. Os resultados devem 
ser levados em consideração no 
momento de decisão de compra 
dos equipamentos.
n a otimização da operação de datacenters 
pode incluir a monitoração permanente 
e a reparação correta de unidades de 
ar condicionado e dos pisos, criação de 
corredores frios e quentes, o aumento do 
nível de temperatura em um ou dois graus 
e a limpeza periódica do centro de dados 
para reduzir a poeira e detritos que possam 
impedir o fluxo de ar, os quais reduzem a 
eficiência da refrigeração. todas as melhorias 
no funcionamento das instalações do centro 
de dados ajudam a aumentar a eficiência 
energética.
14
4 A monitoração do consumo de energia por parte dos 
equipamentos de TI deve ser feita regularmente para evitar desperdícios 
e garantir seu uso eficiente. Isso implica a elaboração e aplicação de 
protocolos internos de controle e avaliação, e ajustes constantes.
5 Outro passo simples é 
configurar os equipamentos para 
fazer o uso mais eficiente possível 
da energia, como ajustá-los para 
se desligarem automaticamente 
após determinado tempo sem uso. 
Além disso, é importante considerar 
a aquisição de equipamentos 
com fontes de energia com maior 
eficiência e desempenho.
6 Os usuários finais também 
devem ser permanentemente 
conscientizados e mobilizados 
a fazer uso eficiente de seus 
equipamentos. É fundamental que 
tenham a consciência da necessidade 
de desligar o equipamento quando 
não for usá-lo por mais de uma hora 
ou ao saírem do escritório depois do dia de trabalho, principalmente antes 
do fim de semana. Estudos mostram que em um escritório médio até 50% 
dos equipamentos permanecem ligados, sem ser usados.
n o relatório “the power to save energy”, 
lançado em 2009, mostra que as corporações 
americanas desperdiçam 2,8 bilhões de dólares 
anualmente com a energia usada para manter 
ligados 106 milhões de pCs que não são usados 
efetivamente. estes pCs ligados, mas não usados, 
contribuíram com 20 milhões de toneladas de 
Co2 para o aquecimento global, mais ou menos 
o equivalente a 4 milhões de carros.
Fonte: PC Energy Report 2009
http://www.climatesaverscomputing.org/
docs/1E_PC_Energy_Report_2009_US.pdf
n um estudo de 2007 estimou que a unicamp 
gastaria por ano cerca de 3 milhões de kWh 
em energia desperdiçada para manter parte 
de seus 17 mil computadores ligados, mas sem 
uso. isso seria o suficiente para abastecer 1.500 
casas com consumo médio de 170 kWh por um 
ano inteiro. ou seja, o desperdício de energia 
produzido por um ato tão simples como o 
de apagar a máquina tem um forte impacto 
econômico, alem do ambiental.
Fonte: Avaliação do desperdício de 
energia pelos computadores ociosos da 
Feec/Unicamp. Fev/2007
15
resíduo eletrônico: 
um desafio para as 
empresas e a sociedade
Como já foi dito, os produtos de TI em geral são vorazes consumidores de 
recursos naturais em sua fabricação. Também usam uma grande variedade 
de componentes potencialmente tóxicos, que, apesar de existirem em 
pequena quantidade em cada equipamento individual, multiplicam-se 
quando levamos em consideração os milhões de equipamentos descartados 
a cada ano em todo o mundo. 
O manejo e o processo de descarte dos aparelhos eletrônicos e o que fazer 
com eles quando já não têm uso são dois grandes desafios atuais da indústria. 
A recente aprovação da Lei de Resíduos Sólidos aumenta ainda mais a 
pressão sobre as empresas ao estabelecer a responsabilidade compartilhada 
pelo ciclo de vida dos produtos. Isso abrange fabricantes, importadores, 
distribuidores e comerciantes, além dos consumidores e titulares dos serviços 
públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
Segundo pesquisa da ONU, o Brasil detém a liderança dos países em 
desenvolvimento na produção per capita de lixo eletrônico7. Seriam 96,8 
mil toneladas métricas de PCs abandonados no país a cada ano – isso é o 
equivalente a meio quilo de lixo eletrônico produzido em média por 
cada brasileiro. 
7 recycling – From e-Waste to resources, uNep, 2010.
http://www.unep.org/PDF/PressReleases/E-Waste_publication_screen_FINALVERSION-sml.pdf
16
O manejo correto do pós-uso dos 
equipamentos eletrônicos tem um 
impacto direto nos três aspectos 
da sustentabilidade: ambiental, 
econômico e social. 
Do ponto de vista do meio 
ambiente, é fundamental para 
impedir que os muitos compostos 
químicos que fazem parte destes 
equipamentos contaminem a 
natureza. Para se ter uma ideia, 
um simples celular pode contar 
com até 40 elementos químicos 
da tabela periódica, desde metais 
preciosos, como ouro, até alguns 
extremamente tóxicos, como o 
cádmio8. Computadores pessoais 
e laptops usam quantidade 
semelhante de elementos químicos, 
com um destaque para metais mais 
comuns, como o ferro. Você pode 
conhecer mais informações sobre a 
composição de desktops, notebooks 
e netbooks no endereço
http://www.itautec.com.br/pt-br/
sustentabilidade/ti-verde/o-
computador-por-dentro.
8 recycling – From e-Waste to resources, uNep, 2010.
http://www.unep.org/PDF/PressReleases/E-Waste_publication_screen_FINALVERSION-sml.pdf
Vários dos elementos químicos 
e metais pesados existentes nos 
equipamentos eletrônicos podem 
ter um efeito extremamente 
nocivo para o meio ambiente e, em 
consequência, para as diferentes 
formas de vida, inclusive a humana. 
O cádmio, por exemplo, se acumula 
no fígado, pulmões, pâncreas, 
testículos, coração e nos rins, onde 
pode permanecer ativo por 30 anos. 
A intoxicação crônica pode gerar 
descalcificação óssea, lesão renal, 
enfisema pulmonar, além de 
n “o valor monetário da utilização anual de 
importantes metais nos equipamentos elétricos 
e eletrônicos corresponde a us$ 45,4 bilhões 
(em níveis de preço de 2007). a reciclagem 
desse material representa um recurso potencial 
de materiais da ordem de 40 milhões de 
toneladas por ano. a reciclagem eficaz dos 
metais/materiais é fundamental para mantê-
los disponíveis para a fabricação de novos 
produtos, inclusive eletrônicos, aplicações 
de energia renováveis ou aplicações não 
inventadas ainda. dessa forma, os recursos de 
metais primários (não retirados do solo ainda) 
e de energia podem ser conservados para as 
futuras gerações.”
Recycling – From E-Waste to Resources, 
UNEP, 2010
17
má-formação nos fetos9. 
A contaminação provocada 
pelo descarte inadequado de 
equipamentos eletrônicos não 
se resume aos lixões ou terrenos 
baldios, onde muitas vezes são 
lançados. A ação da natureza, como 
a chuva, por exemplo, pode apressar 
a decomposição dos equipamentos, 
levando os componentes químicos 
a alcançar o solo, águas superficiais 
e os lençóis freáticos e daí levar a 
contaminação muito mais distante. 
As populações que vivem próximo 
aos lixões e aterros contaminados 
são as primeiras a serem afetadas. 
Outras vidas, como peixes, 
também são comprometidas. 
Os componentes químicos se 
acumulam nos organismos vivos, 
vários deles seguem pela cadeia 
alimentícia e acabam chegando 
aos seres humanos, mesmo àqueles 
que vivem distantes dos locais 
contaminados10.
n a produção de 1 kg de alumínio a partir da 
reciclagem utiliza apenas 10% ou menos da 
energia que é necessária na produção primária 
(via mineração) e evita a criação de 1,3 kg de 
resíduo de bauxita, 2 kg de emissões de Co2 e 
0,011 kg de emissões de so2.
Fonte: PNUMA, 2009
9 resíduos eletroeletrônicos no Brasil (2007)
10 esvaziando a Lixeira: Qual o destino do seu 
Computador? (2007)
http://www.slideshare.net/dmartins/
impacto-ambiental-lixo-eletronico2-v-i-t-a-l 
Parte significativa dos metais 
usados na confecção dos 
elementos que compõem os 
produtos eletrônicos ainda vem 
das chamadas “fontes primárias”, 
ou seja, diretamente da exploração 
mineira, com um enorme impacto 
sobrea natureza. No caso dos 
metais preciosos e especiais, o custo 
financeiro e ambiental é ainda maior, 
já que é necessário o uso extensivo 
de terras para a mineração, existe 
uma grande geração de águas 
18
residuais, de dióxido de enxofre (SO2), consumo de energia e emissões de 
CO2. Por exemplo, para produzir uma tonelada de ouro, paládio e platina, são 
geradas 10 mil toneladas de CO211. 
O processo de reciclagem, por seu lado, pode assegurar que uma 
significativa parte dos metais usados na fabricação de produtos eletrônicos 
provenham das chamadas “fontes secundárias”, ou seja, da reutilização. A 
recuperação de metais usando processos de reciclagem altamente eficientes 
gera uma fração da emissão de CO2 se comparada à mineração, além de 
utilizar muito menos recursos de água e solo11.
Em resumo, o tema da reciclagem e reuso dos componentes eletrônicos 
é cada vez mais crítico para qualquer estratégia de TI Sustentável. Primeiro 
porque é fundamental dar um destino correto e seguro para o lixo 
eletrônico. Depois, porque cada vez mais países estão impondo legislações 
que obrigam as empresas fabricantes e revendedores a se responsabilizarem 
pelo recolhimento e destinação correta dos equipamentos vendidos, 
incluindo o Brasil. Finalmente, porque a reciclagem dos componentes, além 
de beneficiar o meio ambiente, pode trazer grandes retornos financeiros.
Coleta Desmontagem e 
pré-processamento
Processamento 
final
A CADEIA DA RECICLAGEM
Reuso
Manejo do 
descarte finalComponentes e frações separadas
Materiais 
reciclados
Fonte: Recycling - From E-Waste to Resource, Final Report, July 2009
11 recycling – From e-Waste to resources, Final report, July 2009
19
o mercado cinza – 
riscos para o meio 
ambiente e a sociedade
O termo “xing ling” é usado para 
denominar os equipamentos 
eletrônicos “genéricos” que 
imitam aparelhos produzidos 
por marcas conhecidas, mas que 
usam componentes e um processo 
de montagem de origem nada 
confiável. É uma das facetas do 
chamado “mercado cinza”, no 
qual equipamentos eletrônicos 
são produzidos e comercializados 
à margem dos requisitos legais, 
muitas vezes usando elementos 
contrabandeados. Em 2009, 30% 
dos computadores vendidos no 
Brasil vieram deste mercado, o que 
corresponde a aproximadamente 
3,5 milhões de unidades12. 
O efeito imediato desse mercado 
é a evasão fiscal, resultado do 
contrabando dos componentes ou 
de equipamentos completos, sua 
montagem ou remontagem em 
fabriquetas de fundo de quintal, 
sem registro formal que resulte em 
pagamentos de impostos ou na 
garantia de proteções trabalhistas, 
e a sua venda e revenda sem nota 
fiscal. Os consumidores também 
ficam desprotegidos por não contar 
com qualquer tipo de garantia 
formal, imperando a famosa frase: 
“la garantía soy yo”. 
Quando esses equipamentos 
perdem sua utilidade e são 
descartados, representam um risco 
adicional para o meio ambiente, pela 
sua potencial toxidade e pelo fato 
12 Fonte: Abinee - http://www.abinee.org.br/noticias/com04.htm
20
de que nenhuma empresa formal 
se responsabiliza pela sua coleta e 
correta reciclagem. 
Ou seja, o mercado cinza vai na 
contramão de qualquer política de 
TI Sustentável, que utiliza parâmetros 
de avaliação das empresas 
fornecedoras. Essas empresas 
precisam:
n estar legalmente registradas, 
cumprir com todas as suas 
obrigações fiscais e trabalhistas e 
atuar no mercado por um tempo 
suficiente para gerar referências de 
outros compradores;
n comprovar a origem de todos os 
equipamentos e/ou componentes 
vendidos, garantindo pelo menos 
a sua adequação aos padrões 
legais e ambientais vigentes;
n ter assistência técnica adequada, 
com uma rede de profissionais 
certificados e treinados capazes 
de atender às necessidades dos 
seus clientes;
n contar com regras definidas e 
transparentes de “compliance”, 
ou seja, cumprir corretamente as 
normas legais e regulamentares, 
as políticas e as diretrizes 
estabelecidas para o negócio e 
para suas atividades no âmbito 
público e ter instrumentos para 
evitar, detectar e tratar qualquer 
desvio ou inconformidade que 
possa ocorrer;
n ter compromissos e práticas de 
sustentabilidade expressos de 
maneira clara e transparente e 
compartilhar essas políticas e 
os resultados alcançados com 
os stakeholders, produzindo 
como mínimo um balanço 
social e preferencialmente um 
relatório de sustentabilidade 
compatível com as regras do 
GRI (Global Reporting Initiative – 
http://www.globalreporting.org).
21
Um tema pouco explorado no 
que se refere à aplicação de uma 
estratégia de TI Sustentável é o 
seu impacto imediato, tanto junto 
ao público interno das empresas 
– funcionários e colaboradores 
– como na cadeia de valor e na 
sociedade como um todo. É uma 
contribuição concreta para a 
consolidação de uma “cultura da 
sustentabilidade”. 
É importante que exista um 
trabalho coordenado entre as áreas 
de TI e de sustentabilidade das 
empresas, para que sua estratégia 
seja desenvolvida como parte 
de um processo orgânico. Parece 
óbvio, mas uma pesquisa realizada 
em 2009 junto a 30 empresas 
canadenses mostrou que existia 
ainda pouco diálogo entre os CIOs 
(Chief Information Officers) e os 
CSOs (Chief Sustainability Officers)13. 
ti sustentável e 
partes interessadas
n uma pesquisa sobre a percepção 
dos jovens brasileiros em relação à 
sustentabilidade, de 2009, indicou que 
20% dos entrevistados trabalhavam em 
empresas com mais de 100 funcionários. 
Nessas empresas, a porcentagem de 
funcionários que já haviam escutado falar 
em sustentabilidade, responsabilidade 
social empresarial e mudanças climáticas 
era maior do que em empresas com menos 
de 100 funcionários. isso apontaria para um 
importante papel pedagógico das grandes 
empresas em relação a esses temas. os 
funcionários, nesse contexto, poderiam ser 
indutores desses temas nas suas famílias e 
comunidades.
Fonte: Instituto Akatu – Pesquisa Estilos 
Sustentáveis de Vida (2009)
13 the sustainability / it dialogue (2009)
22
Essa falta de entendimento 
comum resultaria na perda de 
oportunidades para aumentar 
os níveis gerais de desempenho 
da empresa no que se refere 
à sustentabilidade. Um ponto 
que poderia se beneficiar de 
um trabalho mais coordenado 
entre as duas áreas é a geração 
de métricas que determinem de 
forma mais concreta o impacto 
ambiental das atividades e 
produtos de TI. Isto é importante 
para demonstrar de forma 
palpável os benefícios do 
investimento em TI Sustentável. 
Finalmente, a influência das 
empresas em suas cadeias de 
valor pode ser também um forte 
canal indutor da sustentabilidade 
no mercado como um todo. 
Empresas com estratégias de 
TI Sustentável naturalmente 
buscam fornecedores que sejam 
capazes de demonstrar a eles 
mesmos suas práticas no campo 
da sustentabilidade. Ou então, os 
estimulam a adotar tais práticas. 
Seja como for, os benefícios 
econômicos, sociais e ambientais 
se multiplicam ao longo da cadeia 
de valor. Quem ganha no final é a 
sociedade como um todo.
23
ATM CX3
 Fabricado pela Itautec em 2007, inicialmente para o mercado europeu, foi o primeiro 
equipamento de automação bancária projetado e produzido considerando todos os 
atributos definidos pela diretriz europeia RoHS. Ou seja, livre de substâncias tóxicas, 
como cádmio, mercúrio, cromo hexavalente e bromobifenilas. 
 Esse projeto foi utilizado como piloto para a mudança dos processos de fabricação da 
Itautec e teve dois reconhecimentos públicos pelo pioneirismo na área de tecnologia e 
meio ambiente.
Fonte: Itautec
Bromobifenilas
 Utilizadas como retardantes de chamas nas partes plásticas de alguns equipamentos 
eletroeletrônicos, as bromobifenilas – também conhecidas como Éter de Difenila 
Polibromado (PBDE, pela sua sigla em inglês) – têm a finalidade de evitar a propagação 
de chamas em objetosexpostos a situações de risco de incêndios. São proibidas pela 
diretriz europeia RoHS. 
 Os equipamentos fabricados com PBDE e que são descartados no meio ambiente 
sem tratamento adequado podem fazer mal à nossa saúde, já que, com o tempo, 
a substância vai criando uma poeira que se acumula no ar. Ao respirarmos essa 
poeira podemos ser afetados no fígado, nos rins e até no cérebro, onde ela pode ser 
responsável por mudanças de comportamento da pessoa. Uma vez dentro do corpo, o 
pó inalado passa pela via respiratória e se acumula no tecido adiposo. Bebês durante a 
amamentação correm risco de inalar o pó se estiverem por perto.
Mais informações: http://hypescience.com/conheca-as-substancias-nocivas-mais-proximas-de-
voce/ e www.rohs.gov.uk
GLOSSÁRIO
24
Cádmio
 O cádmio apresenta várias aplicações industriais, porém é frequentemente usado para 
a produção de pigmentos, pilhas elétricas e plásticos. É um elemento encontrado de 
forma natural na crosta terrestre e grande parte do que é utilizado para fins industriais 
é obtido como produto da fundição de rochas que contêm zinco, cobre ou chumbo. 
 Assim como o mercúrio, o cádmio é um metal pesado que produz efeitos tóxicos nos 
organismos vivos, mesmo em concentrações muito pequenas.
 Alguns efeitos tóxicos sobre os seres humanos, observados pela contaminação por 
cádmio são: enfisema pulmonar, hipertensão arterial, doenças renais, fibrose e edema 
pulmonar, anemia, diminuição do hormônio sexual masculino (testosterona) 
e diminuição da produção de anticorpos, deixando a pessoa mais sujeita a 
outras doenças.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cadmio
Mais informações: www.rohs.gov.uk
Chumbo
 O mais amplo uso do chumbo é na fabricação de acumuladores. Outras aplicações 
importantes são na fabricação de forros para cabos, elemento de construção civil, 
pigmentos, soldas suaves e munições. A fabricação de chumbo vem caindo muito em 
função de regulamentações ambientais cada vez mais restritivas no mundo. 
 A intoxicação causada pela exposição ao chumbo pode afetar o ser humano de 
diversas maneiras:
n No sistema nervoso pode causar cefaleia, tremor muscular, alucinações, perda da 
memória e da capacidade de concentração. Esses sintomas podem progredir até o 
delírio, convulsões, paralisias e coma. 
n No sistema renal provoca uma lenta e progressiva deficiência renal, podendo chegar a 
uma nefrite crônica. 
n No sistema gastrointestinal provoca intoxicações severas, podendo ocasionar 
constipação, diarreia e gastrite.
25
n Nos ossos o chumbo pode contribuir para o desenvolvimento da osteoporose nas 
mulheres.
 As crianças são mais vulneráveis que os adultos aos efeitos da ação tóxica do chumbo. 
 Alguns estudos demonstraram que o chumbo está associado a deficiências 
neurocomportamentais em crianças.
Mais informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Chumbo
Cromo hexavalente 
 Utilizado em diversas aplicações industriais, como a produção de aço inoxidável, 
corantes têxteis, preservação da madeira, curtimento de couro, e como anticorrosivo. 
 Em revestimentos, é usado como inibidor de corrosão. Devido ao seu alto nível de 
toxicidade, tem sido substituído por alternativas, como o cromo trivalente, permitido 
pela diretriz europeia RoHS. 
 Os compostos de cromo produzem efeitos cutâneos, nasais, broncopulmonares, 
renais, gastrointestinais e carcinogênicos. Os cutâneos são caracterizados por irritação 
no dorso das mãos e dos dedos, podendo transformar-se em úlceras. As lesões nasais 
iniciam-se com um quadro irritativo inflamatório, supuração e formação crostosa. Em 
níveis broncopulmonares e gastrointestinais produzem irritação bronquial, alteração 
da função respiratória e úlceras gastroduodenais.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cromo_hexavalente e http://www.mundodoquimico.hpg.
ig.com.br/metais_pesados_e_seus_efeitos.htm
Datacenter
 Trata-se de um espaço físico especialmente dotado de mecanismos para segurança 
de acesso, detecção preventiva e combate a situação de riscos, com objetivo de 
manter um ambiente propício à hospedagem de equipamentos que compõem a 
infraestrutura de tecnologia da informação. 
Fonte: http://blog.corujadeti.com.br/?p=1575
26
Energy Star
 O Energy Star é um programa conjunto do órgão americano de defesa 
do meio ambiente (EPA, pela sua sigla em inglês) e do Departamento 
de Energia. Foi criado em 1992 como um programa de certificação 
voluntária para identificar e promover produtos que usassem a energia de maneira 
eficiente com o fim de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Consumidores e 
compradores corporativos podem se guiar pela existência do selo Energy Star para se 
decidir pela compra de equipamentos eficientes do ponto de vista de uso de energia.
Mais informações: http://www.energystar.gov/
EPEAT
 É a sigla em inglês para Electronic Product Environmental Assessment Tool 
(Ferramenta de Avaliação Ambiental para Produtos Eletrônicos), um sistema que serve 
de referência para os compradores avaliarem, compararem e selecionarem produtos 
eletrônicos (desktops, monitores de vídeo e notebooks) segundo 51 atributos 
ambientais (23 obrigatórios e 28 opcionais).
 O EPEAT foi criado pela Agência de Proteção Ambiental Americana e pela organização 
não governamental Greener Electronics Council e estabelece três categorias de 
atendimento aos critérios (Bronze, Silver e Gold). Para obter a classificação Bronze, 
é necessário o atendimento de 23 requisitos obrigatórios, e, para a classificação 
Gold, é necessário atender aos 23 itens obrigatórios e pelo menos 75% dos 28 
atributos opcionais. Os atributos são divididos em 
oito categorias que abordam a redução/eliminação 
de materiais tóxicos, seleção de materiais, projeto 
e gerenciamento do fim da vida útil, longevidade 
de produto e ciclo de vida, eficiência energética, 
desempenho ambiental corporativo e embalagem.
 Essa é a referência específica para o mercado 
n itauteC e o epeat
em 2009, a itautec registrou 
seus produtos de informática 
junto à electronic product 
environmental assessment 
tool (epeat) no maior nível, 
o gold, por atenderem com 
excelência a mais de 75% dos 
51 requisitos da organização.
27
americano, que rapidamente está se tornando um parâmetro para 
as indústrias de produtos eletrônicos no Brasil, já que grande parte 
delas exporta para o mercado americano ou importa artigos para 
serem vendidos aqui. Tanto consumidores pessoas físicas como 
jurídicas deveriam levar em conta a existência da classificação EPEAT para ajudar nas 
suas decisões de compra.
Fonte: IEEE std 1680 / http://www.epeat.net/
Gases de efeito estufa
 Os gases de efeito estufa (GEE), ou simplesmente gases estufa, são substâncias gasosas 
que absorvem parte da radiação infravermelha, emitida principalmente pela superfície 
terrestre, e dificultam seu escape para o espaço. Isso impede que ocorra uma perda 
demasiada de calor, mantendo a terra aquecida. O aumento desproporcional na 
quantidade destes gases na atmosfera, entretanto, pode ter um efeito 
negativo sobre o meio ambiente, ao provocar um aumento médio na 
temperatura do planeta e, com isso, causar desequilíbrios no clima. 
 Os principais gases estufa são o Dióxido de Carbono (CO2), o Metano 
(CH4) e o Óxido Nitroso (N2O). 
Fonte: Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Gases_do_efeito_estufa
GHG Protocol
 Trata-se do conjunto de ferramentas de medição mais utilizado mundialmente por 
empresas e governos na identificação e gerenciamento de suas emissões dos gases de 
efeito estufa.
Mais informações: http://www.ghgprotocolbrasil.com.br/ 
28
ISO 14001 – Gestão Ambiental
 ISO 14000 é uma série de normas desenvolvidas pela 
International Organization for Standardization (ISO) que 
estabelecem diretrizes sobre a área de gestão ambiental 
dentro de empresas. A mais conhecida dentre a série 
de normas é a ISO 14001, que estabelece as diretrizes 
básicas para o desenvolvimento de um sistemade 
gerenciamento da questão ambiental dentro da 
empresa, ou seja, para a implantação de um sistema de 
gestão ambiental.
Mais informações: www.iso.org/iso/iso_14000_essentials e http://pt.wikipedia.org/wiki/
ISO_14000
ISO 26000 – Norma Internacional de Responsabilidade Social
 A ISO constituiu, em 2005, o Grupo de Trabalho de Responsabilidade Social, um 
fórum internacional que conta com a participação de mais de 400 pessoas, 78 países 
e cerca de 40 organizações internacionais e regionais. Esse grupo é responsável pela 
elaboração da norma internacional de responsabilidade social – a ISO 26000, prevista 
para publicação em setembro de 2010.
 A ISO 26000 deverá ser um grande guia sobre responsabilidade social. A norma deverá 
ser capaz de orientar organizações em diferentes culturas, sociedades e contextos. 
Abordará temas que englobam desde direitos humanos, práticas de trabalho, meio 
ambiente e governança, a até questões de implementação. 
Fonte: Instituto Ethos - http://www.ethos.org.br/iso26000/
n desde 2001, a itautec 
conta com um sistema de 
gestão ambiental (sga ) 
que reúne suas políticas, 
programas e práticas 
corporativas dedicadas 
à responsabilidade 
socioambiental. em 2003 a 
empresa foi certificada com 
base na NBr iso 14001.
29
RoHS – Restriction of certain Hazardous Substances
(Restrição de certas Substâncias Contaminantes)
 RoHS é uma diretiva europeia que restringe o uso 
de certas substâncias perigosas em processos de 
fabricação de produtos. Entre essas substâncias estão 
o cádmio (Cd), mercúrio (Hg), cromo hexavalente 
[Cr(VI)], bifenilos polibromados (PBBs), éteres 
difenil-polibromados (PBDEs) e chumbo (Pb). 
 Essa diretiva entrou em vigor no dia 1º de julho de 
2006 e a partir desta data nenhum produto com essas 
substâncias pode mais ser vendido na Europa. Junto 
com a RoHS, entrou em vigor uma outra diretiva que 
trata da reciclagem de produtos eletroeletrônicos, 
conhecida pela sigla WEEE (Waste from Electrical and Electronic Equipment, 
Lixo advindo de Produtos Eletroeletrônicos). Por causa da RoHS, fabricantes de 
equipamentos eletrônicos devem adequar seus produtos à nova diretiva, para poder 
vender seus produtos na Europa.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rohs
Mais informações: www.rohs.eu
Tecnologia da Informação
 A Tecnologia da Informação (TI) pode ser definida como o conjunto de todas as 
atividades e soluções que permitem registrar, comunicar e obter resultados a partir de 
informações providas por recursos de computação.
Mais informações: http://www.infowester.com/col150804.php 
n a itautec investiu mais 
de r$ 3 milhões para a 
implantação de um processo 
de produção livre de 
chumbo e outras substâncias 
perigosas, segundo a 
diretriz roHs. Não apenas os 
produtos exportados para a 
europa são produzidos dessa 
maneira, mas também todos 
os vendidos no mercado 
nacional e nos outros países 
onde a empresa opera.
30
n Resíduo Eletrônico
www.lixoeletronico.org 
n Green IT – Towards Sustainability and a Reduced Carbon Footprint
http://www.tcodevelopment.com/tcodevelopmentnew/Artiklar/TCO_
Development_Position_on_Green_IT.pdf
n Gartner Estimates ICT Industry Accounts for 2 Percent of Global 
CO2 Emissions
http://www.gartner.com/it/page.jsp?id=503867 
n O Brasil e a Futura Norma Internacional ISO 26000
http://www.ethos.org.br/iso26000/
n Sustainable IT – Improving IT and Increasing Awareness to Ensure a 
Sustainable Future
http://sustainableinformationtechnology.blogspot.com/
n Sustentabilidade – Releitura e Desafios no Campo da Cadeia de Tecnologia 
de Informação - Apel Consultores - Março de 2008
n Why Green IT?
http://www.greenit.net/whygreenit.html
n WWF - Pegada Ecológica
http://www.wwf.org.br/wwf_brasil/pegada_ecologica/
SAIBA MAIS
31
FICHA TÉCNICA
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COORDENAÇÃO EDITORIAL n Gestão Origami
COLABORAÇÃO n Instituto Akatu pelo Consumo Consciente
EDIÇÃO n Renato Guimarães / Aerton Paiva
REDAÇÃO n Renato Guimarães 
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IMPRESSÃO n Gel Set Gráfica
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De frente para o futuro.

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