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Morfofisiologia da pele

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1 Sanndy Emannuelly – 3° Período 
Tutorial 13 
OBJETIVO 1: DESCREVER A MORFOFISIOLOGIA DA PELE. 
 HISTOLOGIA 
- A pele recobre a superfície do corpo, sendo constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma 
porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. Dependendo da espessura da epiderme, distinguem-se a pele fina e a 
espessa. A pele espessa é encontrada na palma das mãos, na planta dos pés e em algumas articulações. O restante do corpo é 
protegido por pele fina. 
- Abaixo e em continuidade com a derme encontra-se a hipoderme ou tecido celular subcutâneo, que não faz parte da pele, apenas 
lhe serve de união com os órgãos subjacentes. A hipoderme é um tecido conjuntivo frouxo que pode conter muitas células 
adiposas, constituindo o panículo adiposo. 
- A pele é um dos maiores órgãos, alcançando 16% do peso corporal, e desempenha múltiplas funções. Graças à camada 
queratinizada da epiderme, protege o organismo contra desidratação e atrito. 
Por meio de suas terminações nervosas sensoriais, recebe constantemente informações sobre o ambiente e as envia para o 
sistema nervoso central. 
Graças a seus vasos sanguíneos, glândulas e tecido adiposo, colabora com a termorregulação do corpo. Suas glândulas sudoríparas 
participam da termorregulação e da excreção de várias substâncias. 
Um pigmento que é produzido e acumulado na epiderme, a melanina, tem função protetora contra os raios ultravioleta. Na pele 
se forma vitamina D3 pela ação da radiação ultravioleta do sol sobre precursores sintetizados no organismo. 
Apresenta ainda células do sistema imunitário, que atuam contra a invasão de microrganismos. 
- A junção entre a epiderme e a derme é irregular. A derme tem projeções chamadas papilas dérmicas, que se encaixam nas cristas 
epidérmicas (reentrâncias da epiderme), aumentando a coesão entre essas duas camadas. 
Obs: Pelos, unhas e glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias são estruturas anexas da pele. 
 EPIDERME 
- É constituída por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. As células mais abundantes nesse epitélio são os 
queratinócitos, apresentando ainda três tipos de células: os melanócitos, as células de Langerhans e as de Merkel. 
- A espessura e a estrutura da epiderme variam com o local estudado, sendo mais espessa e complexa na palma das mãos, na 
planta dos pés e em algumas articulações. Nessas regiões, a espessura chega até a 1,5 mm e apresenta, vista da derme para a 
superfície, cinco camadas: basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea. 
 Camada basal: é constituída por células prismáticas ou cuboides, basófilas, que repousam sobre a membrana basal que separa 
a epiderme da derme e contêm filamentos intermediários de queratina, que se tornam mais numerosos à medida que a célula 
avança para a superfície. Rica em células-tronco da epiderme, é também chamada de germinativa. Apresenta intensa atividade 
mitótica, sendo responsável, junto com a camada seguinte (camada espinhosa), pela constante renovação da epiderme. Calcula-
se que a epiderme humana se renove a cada 15 a 30 dias, dependendo principalmente do local e da idade da pessoa. 
  Camada espinhosa: é formada por células cuboides ou ligeiramente achatadas, de núcleo central, citoplasma com curtas 
expansões que contêm feixes de filamentos de queratina (tonofilamentos). Essas expansões citoplasmáticas se aproximam e se 
mantêm unidas com as das células adjacentes por meio de desmossomos, o que dá a cada célula um aspecto espinhoso, os 
tonofilamentos terminam inserindo-se nos espessamentos citoplasmáticos dos desmossomos. 
Os filamentos de queratina e os desmossomos têm importante papel na manutenção da coesão entre as células da epiderme e 
na resistência ao atrito. Na camada espinhosa também existem células-tronco dos queratinócitos, e as mitoses ocorrem na camada 
basal e, em menor número, na camada espinhosa. 
 Camada granulosa: tem apenas 3 a 5 fileiras de células poligonais achatadas, núcleo central e citoplasma carregado de grânulos 
basófilos, chamados grânulos de querato-hialina, que não são envolvidos por membrana. Esses grânulos contêm uma proteína 
rica em histidina fosforilada e também proteínas contendo cistina. Os numerosos grupamentos fosfato dessa histidina são 
responsáveis pela basofilia da querato-hialina. 
 
2 Sanndy Emannuelly – 3° Período 
Possui também grânulos lamelares, que contêm discos lamelares formados por bicamadas lipídicas e são envoltos por membrana. 
Esses grânulos se fundem com a membrana plasmática e expulsam seu conteúdo para o espaço intercelular da camada granulosa, 
onde o material lipídico se deposita, contribuindo para a formação de uma barreira contra a penetração de substâncias e para 
tornar a pele impermeável à água, impedindo a desidratação do organismo. 
 Camada lúcida: mais evidente na pele espessa, é constituída por uma delgada camada de células achatadas, eosinófilas e 
translúcidas, cujos núcleos e organelas citoplasmáticas foram digeridos por enzimas dos lisossomos e desapareceram. O 
citoplasma apresenta numerosos filamentos de queratina compactados. Ainda se podem ver desmossomos entre as células. 
 Camada córnea: tem espessura muito variável e é constituída por células achatadas, mortas e sem núcleo. O citoplasma dessas 
células apresenta-se repleto de queratina. A queratina contém, pelo menos, seis polipeptidios diferentes. 
 
 
 A composição dos tonofilamentos se modifica à medida que os queratinócitos se diferenciam. As células da camada basal 
apresentam queratinas de baixo peso molecular, enquanto os queratinócitos mais diferenciados sintetizam queratinas de peso 
molecular maior. Na camada córnea os tonofilamentos se aglutinam junto com uma matriz formada pelos grânulos de querato-
hialina. Nessa etapa da diferenciação, os queratinócitos estão transformados em placas sem vida e descamam continuamente. 
OBS: A descrição da epiderme citada corresponde à epiderme na sua maior complexidade, que é encontrada na pele espessa. Na 
pele fina, a epiderme é mais simples, faltando frequentemente as camadas granulosa e lúcida e apresentando uma camada córnea 
muito reduzida. 
 
 
3 Sanndy Emannuelly – 3° Período 
 DERME 
- É o tecido conjuntivo em que se apoia a epiderme e une a pele a hipoderme. A derme apresenta espessura variável de acordo 
com a região observada, alcançando um máximo de 3 mm na planta do pé. 
- Sua superfície externa é irregular, observando-se saliências chamadas papilas dérmicas, que acompanham as reentrâncias 
correspondentes da epiderme. As papilas aumentam a área de contato da derme com a epiderme, reforçando a união entre essas 
duas camadas. As papilas são mais frequentes nas zonas sujeitas a pressões e atritos. 
- A derme é constituída por duas camadas, de limites pouco distintos: a papilar, superficial, e a reticular, mais profunda. 
 A camada papilar é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. Nesta camada foram 
descritas fibrilas especiais de colágeno, que se inserem por um lado na membrana basal e pelo outro penetram profundamente a 
derme. Essas fibrilas contribuem para prender a derme à epiderme. Os pequenos vasos sanguíneos observados nessa camada são 
responsáveis pela nutrição e oxigenação da epiderme. 
 A camada reticular é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso. 
- Ambas as camadas contêm muitas fibras do sistema elástico, responsáveis, em parte, pela elasticidade da pele. 
- Além dos vasos sanguíneose linfáticos, e dos nervos, também são encontradas na derme as seguintes estruturas, derivadas da 
epiderme: folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. 
 HIPODERME 
- É formada por tecido conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme a derme aos órgãos subjacentes. É a camada 
responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas nas quais se apoia. Dependendo da região e do grau de nutrição do 
organismo, a hipoderme pode ter uma camada variável de tecido adiposo que, quando desenvolvida, constitui o panículo adiposo. 
- O panículo adiposo modela o corpo , é uma reserva de energia e proporciona proteção contra o frio (a gordura é bom isolante 
térmico). 
 Vasos e receptores sensoriais da pele 
- Os vasos arteriais que suprem a pele formam dois plexos: um que se situa no limite entre a derme e a hipoderme e o outro entre 
as camadas reticular e papilar. Deste último plexo partem finos ramos para as papilas dérmicas. Cada papila tem uma única alça 
vascular, com um ramo arterial ascendente e um venoso descendente. 
- Existem três plexos venosos na pele: dois nas posições descritas para as artérias e mais um na região média da derme. 
- Encontram-se frequentemente, na pele, anastomoses arteriovenosas comglomus, que têm papel importante nos mecanismos 
de termorregulação. 
- O sistema de vasos linfáticos inicia-se nas papilas dérmicas como capilares em fundo cego, que convergem para um plexo entre 
as camadas papilar e reticular. Desse plexo partem ramos para outro plexo localizado no limite da derme com a hipoderme; 
portanto, na mesma localização dos vasos sanguíneos arteriais. 
- Uma das funções mais importantes da pele, graças à sua grande extensão e à sua abundante inervação sensorial, é receber 
estímulos do meio ambiente. A pele é o receptor sensorial mais extenso do organismo. Além das numerosas terminações nervosas 
livres localizadas na epiderme, folículos pilosos e glândulas, existem receptores encapsulados e não encapsulados na derme e na 
hipoderme, sendo mais frequentes nas papilas dérmicas. 
- As terminações nervosas livres são sensíveis ao toque e à pressão (receptores táteis), bem como a variações de temperatura, 
dor, coceira e outras sensações. 
- Os receptores encapsulados são os corpúsculos de Ruffini, Vater- Pacini, Meissnere Krause. Há evidências que mostram que estes 
corpúsculos não são necessários para a sensibilidade cutânea. Muitas áreas da pele são desprovidas desses corpúsculos, porém 
têm sensibilidade. No entanto, quando são encontrados, eles funcionam como mecanorreceptores. 
 Pelos 
- Os pelos são estruturas delgadas e queratinizadas, que se desenvolvem a partir de uma invaginação de epiderme. A cor, o 
tamanho e a disposição deles variam de acordo com a cor da pele e a região do corpo. São observados em praticamente toda a 
superfície corporal e são estruturas que crescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de crescimento. A 
duração das fases de repouso e crescimento é variável de uma região para outra. 
 
4 Sanndy Emannuelly – 3° Período 
- As características dos pelos de determinadas regiões do corpo (face e região pubiana) são influenciadas por hormônios, 
principalmente os hormônios sexuais. 
- Cada pelo se origina de uma invaginação da epiderme, chamada de folículo piloso, que, no pelo em fase de crescimento, 
apresenta-se com uma dilatação terminal, o bulbo piloso, em cujo centro se observa uma papila dérmica. As células que recobrem 
a papila dérmica formam a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pelo. 
- Separando o folículo piloso do tecido conjuntivo que o envolve, encontra-se uma membrana basal muito desenvolvida que 
recebe o nome de membrana vítrea. O conjuntivo que envolve o folículo apresenta-se mais espesso, formando a bainha conjuntiva 
do folículo piloso. 
- Dispostos obliquamente e inseridos de um lado nessa bainha e do outro na camada papilar da derme encontram-se os músculos 
eretores dos pelos, cuja contração puxa o pelo para uma posição mais vertical, tornando-o eriçado. A cor do pelo depende dos 
melanócitos localizados entre a papila e o epitélio da raiz do pelo, que fornecem melanina às células do córtex e da medula do 
pelo. 
 Unhas 
- As unhas são placas de células queratinizadas localizadas na superfície dorsal das falanges terminais dos dedos. A porção proximal 
da unha é chamada de raiz da unha. O epitélio da dobra de pele que cobre a raiz da unha consiste nas camadas usuais da epiderme. 
A camada córnea desse epitélio forma a cutícula da unha. 
- A unha é constituída essencialmente por escamas córneas compactas, fortemente aderidas umas às outras. Elas crescem 
deslizando sobre o leito ungueal, que tem estrutura típica de pele e não participa na firmação da unha. 
- A transparência da unha e a pequena espessura do epitélio do leito ungueal possibilitam observar a cor do sangue dos vasos da 
derme, constituindo uma maneira de se avaliar a oxigenação do sangue. 
 Glândulas sebáceas 
- As glândulas sebáceas situam-se na derme e os seus ductos, revestidos por epitélio estratificado, geralmente desembocam nos 
folículos pilosos. Em algumas regiões (lábio, mamilos, glande e pequenos lábios da vagina), porém, os ductos abrem-se 
diretamente na superfície da pele. Obs: A pele da palma das mãos e a da planta dos pés não têm glândulas sebáceas. 
- As glândulas sebáceas são acinosas e, geralmente vários ácinos desembocam em um ducto curto. Os ácinos apresentam-se 
formados por uma camada externa de células epiteliais achatadas que repousam sobre urna membrana basal. Essas células 
proliferam e diferenciam-se em células arredondadas, que acumulam no citoplasma o produto de secreção, de natureza lipídica. 
-Os núcleos tornam-se gradualmente condensados e desaparecem. As células mais centrais do ácino morrem e se rompem, 
formando a secreção sebácea. 
 A atividade secretora dessas glândulas é muito pequena até a puberdade, quando é estimulada pelos hormônios sexuais. As 
glândulas sebáceas são um exemplo de glândula holócrina, pois a formação da secreção resulta na morte das células. 
- A secreção sebácea é uma mistura complexa de lipídios que contém triglicerídios, ácidos graxos livres, colesterol e ésteres de 
colesterol. 
 Glândulas sudoríparas 
- As glândulas sudoríparas merócrinas são muito numerosas e encontradas em toda a pele, excetuando-se regiões, como a glande. 
Essas glândulas são tubulosas simples enoveladas, cujos ductos se abrem na superfície da pele, não se ramificam e têm menor 
diâmetro do que a porção secretora, que se encontra na derme. 
- As células secretoras são piramidais e entre elas e a membrana basal estão localizadas as células mioepiteliais, que ajudam a 
expulsar o produto de secreção. Nessas glândulas existem dois tipos de células secretoras, as células escuras e as células claras. 
As escuras são adjacentes ao lúmen e as claras localizam-se entre as células escuras e as mioepiteliais. 
 O ápice das células escuras apresenta muitos grânulos de secreção que contêm glicoproteínas, e o citoplasma é rico em retículo 
endoplasmático granuloso. 
 As células claras não contêm grânulos de secreção e são pobres em retículo endoplasmático granuloso, mas contêm muitas 
mitocõndrias. Entre elas existem delgados espaços intercelulares (canalículos). Apresentam muitas dobras da membrana 
plasmática, característica das células que participam do transporte transepitelial de fluido e sais. Essas características estruturais 
sugerem que a função das células claras seja produzir a parte aquosa do suor. 
 
5 Sanndy Emannuelly – 3° Período 
- O ducto da glândula abre-se na superfície da pele esegue um curso em hélice ao atravessar a epiderme. Apresenta-se constituído 
por epitélio cúbico estratificado (duas camadas de células) que repousa sobre a membrana basal. As células da camada mais 
externa do revestimento dos ductos, em contato com a membrana basal, apresentam invaginações da membrana plasmática e 
citoplasma rico em mitocôndrias, que são aspectos característicos de células que transportam íons e água. 
- O suor secretado por essas glândulas é uma solução extremamente diluída, que contém pouquíssima proteína, além de sódio, 
potássio, cloreto, ureia, amônia e ácido úrico. O seu teor de Na+ é muito menor do que o do sangue. Os ductos excretores 
absorvem Na+, que é devolvido ao sangue, evitando a perda excessiva desse íon. 
- O fluido encontrado no lúmen das glândulas sudoríparas é essencialmente um ultrafiltrado do plasma sanguíneo, derivado dos 
abundantes capilares localizados em volta das porções secretoras. 
- Ao alcançar a superfície da pele, o suor se evapora, fazendo baixar a temperatura corporal. Os catabólitos encontrados no suor 
mostram que as glândulas sudoríparas participam da excreção de substâncias inúteis para o organismo. 
- Além das glândulas sudoríparas merócrinas, existem nas axilas, nas regiões perianal e pubiana, bem como na aréola mamária 
glândulas de maior tamanho (3 a 5 mm) com partes secretoras muito dilatadas, as glândulas sudoríparas apócrinas, localizadas na 
derme e na hipoderme. Há fortes indicações de que essas glândulas secretam pelo processo merócrino, porém o nome de 
glândulas sudoríparas apócrinas tornou-se consagrado pelo uso. 
- Os ductos das glândulas apócrinas desembocam em um folículo piloso e o lúmen de suas partes secretoras é dilatado. A secreção 
dessas glândulas é ligeiramente viscosa e inodora, mas adquire um odor desagradável e característico, pela ação das bactérias da 
pele. Na mulher, as glândulas apócrinas axilares passam por alterações durante o ciclo menstrual. 
- As glândulas apócrinas são inervadas por fibras adrenérgicas, enquanto as merócrinas o são por fibras colinérgicas. As glândulas 
de Moll da margem das pálpebras e as de cerume do ouvido são glândulas sudoríparas modificadas. 
 FUNÇÕES 
- As funções numerosas do tegumento comum (principalmente a pele) incluem termorregulação, armazenamento de sangue, 
proteção, sensibilidade cutânea, excreção e absorção e síntese de vitamina D. 
 Termorregulação 
- A termorregulação é a regulação homeostática da temperatura corporal. A pele contribui para a termorregulação de dois modos: 
liberando suor em sua superfície e ajustando o fluxo de sangue na derme. Em resposta a uma elevada temperatura ambiental ou 
ao calor produzido pelo exercício, a produção de suor pelas glândulas sudoríferas écrinas aumenta e a evaporação do suor na 
superfície da pele ajuda a diminuir a temperatura corporal. Além disso, os vasos sanguíneos na derme dilatam; 
consequentemente, mais sangue flui pela derme, aumentando o calor perdido pelo corpo. 
- Em resposta a temperatura ambiental baixa, a produção de suor pelas glândulas sudoríferas écrinas diminui, ajudando a 
conservar o calor. Além disso, o calibre dos vasos sanguíneos na derme da pele diminui, reduzindo assim o fluxo de sangue pela 
pele e a perda de calor do corpo. Além disso, as contrações no músculo esquelético geram calor corporal. 
 Reservatório de sangue 
- A derme abriga uma rede extensa de vasos sanguíneos que carregam 8 a 10% do fluxo sanguíneo total em um adulto em repouso. 
Por esse motivo, a pele funciona como reservatório de sangue. 
 Proteção 
- A pele fornece proteção ao corpo de vários modos. A queratina protege os tecidos subjacentes contra microrganismos, abrasão, 
calor e substâncias químicas e os queratinócitos altamente unidos resistem à invasão por microrganismos. 
- Os lipídios liberados pelos grânulos lamelares inibem a evaporação de água a partir da superfície da pele, protegendo contra a 
desidratação; eles também retardam a entrada de água pela superfície da pele durante o banho ou a natação. 
- O sebo gerado pelas glândulas sebáceas evita que pele e pelos se ressequem, além de conter substâncias químicas bactericidas 
(substâncias que matam bactérias). 
- O pH ácido do suor retarda o crescimento de alguns microrganismos. O pigmento melanina ajuda a proteger contra os efeitos 
prejudiciais da radiação ultravioleta. 
 
6 Sanndy Emannuelly – 3° Período 
- Dois tipos de células realizam funções protetoras de natureza imunológica. Os macrófagos intraepidérmicos alertam o sistema 
imune para a existência de invasores microbianos potencialmente perigosos por reconhece-los e processá-los e os macrófagos na 
derme fagocitam bactérias e vírus que conseguem passar pelos macrófagos intraepidérmicos na epiderme. 
 Sensibilidade cutânea 
- A sensibilidade cutânea é aquela que se origina na pele, incluindo a sensibilidade tátil – toque, pressão, vibração e cócegas – 
bem como sensibilidade térmica como calor e frio. Outra sensibilidade cutânea, a dor, em geral é um indício de lesão tecidual 
iminente ou real. Existe uma grande variedade de terminações nervosas e receptores distribuídos pela pele, incluindo os discos 
táteis da epiderme, os corpúsculos táteis na derme e os plexos das raízes pilosas ao redor de cada folículo piloso. 
 Excreção e absorção 
- A pele normalmente desempenha um papel pequeno na excreção, a eliminação de substâncias do corpo, e na absorção, a 
passagem de material do ambiente externo para as células do corpo. 
- Apesar da natureza praticamente à prova d’água da camada córnea, cerca de 400 m ℓ de água evaporam diariamente através 
dela. Um indivíduo sedentário perde 200 m ℓ adicionais por dia com o suor; indivíduos fisicamente ativos perdem muito mais. 
- Além de remover água e calor do corpo, o suor também é o veículo para a excreção de pequenas quantidades de sais, dióxido 
de carbono e duas moléculas orgânicas resultantes do metabolismo de proteínas – amônia e ureia. 
- A absorção de substâncias hidrossolúveis através da pele é negligenciável, porém determinados materiais lipossolúveis penetram 
na pele. Eles incluem vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), alguns fármacos e os gases oxigênio e dióxido de carbono. 
Material tóxico que pode ser absorvido pela pele inclui solventes orgânicos como acetona; sais de metais pesados como chumbo, 
mercúrio. 
 Uma vez que esteroides tópicos (aplicados sobre a pele), como a cortisona, são lipossolúveis, eles se movem facilmente para a 
região papilar da derme. Ali, eles podem exercer suas propriedades anti-inflamatórias pela inibição da produção de histamina 
pelos mastócitos (a histamina contribui para a inflamação). Determinados fármacos absorvidos pela pele podem ser administrados 
pela aplicação de adesivos sobre a pele. 
 Síntese de vitamina D 
- A síntese de vitamina D requer a ativação na pele de uma molécula precursora pelos raios ultravioleta (UV) na luz do sol. As 
enzimas no fígado e nos rins modificam então a molécula ativada, produzindo finalmente o calcitriol, a forma mais ativa de 
vitamina D. 
- O calcitriol é um hormônio que auxilia a absorção de cálcio dos alimentos do trato gastrintestinal para o sangue. Apenas uma 
exposição breve à luz UV (cerca de 10 a 15 min pelo menos 2 vezes/semana) é necessária para a síntese de vitamina D. 
 Pessoas que evitam a exposição ao sol e indivíduos que vivem em climas frios no Hemisfério Norte podem precisar de 
suplementos de vitamina D para evitar a sua deficiência. A maior parte das células do sistema imunológico tem receptores de 
vitamina D e elas ativam a vitamina D em resposta a uma infecção, especialmente uma infecção respiratória como a gripe. 
 - Acredita-se que a vitamina D aumente a atividade fagocítica, aumente a produção de substâncias antimicrobianas nosfagócitos, 
regule as funções imunes e ajude a reduzir a inflamação. 
 CICATRIZAÇÃO 
- Uma lesão na pele dispara uma sequência de eventos que reparam a pele, fazendo com que ela retorne à sua estrutura e função 
normais (ou próximas ao normal). Dois tipos de processos de cicatrização podem ocorrer, dependendo da profundidade da lesão. 
A cicatrização epidérmica ocorre nas lesões que afetam apenas a epiderme; a cicatrização profunda ocorre nas lesões que 
penetram na derme. 
 Cicatrização epidérmica 
- Embora a porção central de uma ferida epidérmica possa se estender até a derme, as margens da ferida em geral envolvem 
apenas um dano leve às células epidérmicas superficiais. Tipos comuns de feridas epidérmicas incluem abrasões, em que uma 
porção da pele foi removida, e queimaduras pequenas. 
 
7 Sanndy Emannuelly – 3° Período 
- Em resposta a uma lesão epidérmica, as células basais da epiderme ao redor da ferida perdem o contato com a membrana basal. 
As células então aumentam e migram pela ferida. As células parecem migrar como uma camada até que as células avançando a 
partir de lados opostos da ferida se encontrem. 
- Quando as células epidérmicas se encontram, elas param de migrar por causa de uma resposta celular chamada de inibição por 
contato. A migração das células epidérmicas para completamente quando cada uma se encontra em contato finalmente com 
células epidérmicas em toda a extensão da lesão. 
- Conforme as células epidérmicas basais migram, um hormônio chamado de fator de crescimento epidérmico estimula as células-
tronco basais a se dividirem e substitui aquelas que se moveram para a ferida. As células epidérmicas basais realocadas se dividem, 
formando uma nova camada, tornando desse modo a nova epiderme mais espessa. 
 Cicatrização profunda 
- A cicatrização profunda ocorre quando uma lesão se estende até a derme e a tela subcutânea. Como várias camadas de tecido 
devem ser reparadas, o processo de cicatrização é mais complexo do que a cicatrização epidérmica. Além disso, como é formado 
um tecido cicatricial, o tecido cicatrizado perde algumas de suas funções normais. 
- A cicatrização profunda ocorre em quatro fases: uma fase inflamatória, uma fase migratória, uma fase proliferativa e uma fase 
de maturação. 
 Durante a fase inflamatória, um coágulo sanguíneo se forma na ferida e une frouxamente os seus limites. Como seu nome 
implica, essa fase da cicatrização profunda envolve inflamação, uma resposta vascular e celular que ajuda a eliminar 
microrganismos, material estranho e tecido morto em uma preparação para o reparo. 
A vasodilatação e o aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos associados à inflamação aumentam a chegada de células 
úteis. Elas incluem leucócitos fagocíticos chamados de neutrófilos; monócitos, que se desenvolvem em macrófagos que fagocitam 
microrganismos; e células mesenquimais, que se desenvolvem em fibroblastos. 
 As três fases que se seguem realizam o trabalho de reparo da ferida. 
 Na fase migratória, o coágulo se torna uma crosta e células epiteliais migram abaixo dela, fechando a ferida. Os fibroblastos 
migram ao longo das redes de fibrina e começam a sintetizar tecido cicatricial (fibras colágenas e glicoproteínas) e os vasos 
sanguíneos danificados começam a crescer novamente. Durante essa fase, o tecido que preenche a ferida é chamado de tecido 
de granulação. 
 A fase proliferativa é caracterizada pelo crescimento extenso de células epiteliais abaixo da crosta, pelo depósito de fibras 
colágenas pelos fibroblastos em padrão aleatório e a continuação do crescimento dos vasos sanguíneos. 
 Finalmente, durante a fase de maturação, a crosta se solta uma vez que a epiderme tenha retornado à sua espessura normal. 
As fibras colágenas se tornam mais organizadas, o número de fibroblastos diminui e os vasos sanguíneos retornam ao normal. 
- O processo de formação de tecido cicatricial é chamado de fibrose. Algumas vezes, é formado tanto tecido cicatricial durante o 
reparo da ferida que o resultado é uma cicatriz elevada – aquela que é elevada acima da superfície epidérmica normal. Se essa 
cicatriz permanece dentro dos limites da ferida original, ela é uma cicatriz hipertrófica. Se ela se estende além dos limites na 
direção dos tecidos circunjacentes normais, é uma cicatriz queloide. 
- O tecido cicatricial é diferente da pele normal porque as fibras colágenas estão organizadas mais densamente, ele tem 
elasticidade menor, menos vasos sanguíneos e pode conter ou não a mesma quantidade de pelos, glândulas cutâneas ou 
estruturas sensitivas. Por causa da organização das fibras colágenas e da escassez de vasos sanguíneos, as cicatrizes em geral têm 
cor mais clara que a pele normal. 
 
8 Sanndy Emannuelly – 3° Período

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