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ADRENAIS GLÂNDULAS SUPRARRENAIS (“ADRENAIS”) ● Localizam-se na gordura perirrenal dos polos superiores dos rins; ● Cobertas por cápsula espessa de conjuntivo denso. Desta, trabéculas se estendem até o parênquima, transportando vasos e nervos ● Regiões do tecido parenquimatoso secretor: a. Córtex → secreção de hormônios esteróides → logo abaixo da cápsula de conjuntivo denso → 90% do peso da suprarrenal → na lâmina, porção mais ext aparece mais clara → células c/ origem do mesênquima mesodérmico → células controladas pela adeno-hipófise (manutenção do metabolismo e equilíbrio eletrolítico) b. Medula → secreção de catecolaminas (influenciam a atividade do epitélio glandular, mm cardíaco e mm liso da parede dos vasos sanguíneos e das vísceras) → células com origem na crista neural → parênquima de grandes células epitelióides (cromafins) de coloração pálida, tecido conjuntivo, vários capilares e nervos Na sequência de imagens ao lado, observa-se que: - a glândula se desenvolve entre a raiz do mesentério dorsal do intestino primitivo e as cristas urogenitais em desenvolvimento; - as células da crista neural migram a partir de um gânglio simpático; - o estágio C corresponde ao 7º mês de desenvolvimento e nele o córtex fetal é 70% - o córtex permanente desenvolve-se para fora do fetal - com 4 meses de idade, o córtex está completamente desenvolvido, não se vendo mais a porção fetal Suprimento sanguíneo - Por ramificações (pequenas aa) partindo das aa. suprarrenais superiores, média e inferiores que penetram na cápsula e nela ainda se ramificam em capilares: - capilares capsulares, capilares sinusoides corticais fenestrados, capilares sinusoides medulares fenestrados - ainda, há as arteríolas medulares que seguem um curso dentro das trabéculas e levam sangue arterial para os capilares sinusóides medulares - portanto, a medula tem duplo suprimento sanguíneo: sangue arterial das arteríolas medulares e venoso dos capilares sinusoides corticais (pois estes já supriram o córtex) - Então, os capilares sinusoides originarão vênulas que drenam nas pequenas veias coletoras adrenomedulares. Estas se unem para formar a veia adrenomedular central, que, por sua vez, drena para a veia cava inferior (lado direito) e veia renal esquerda (lado esquerdo) - Veia adrenomedular central + tributárias: túnica média contém feixes longitudinais da musculatura lisa na túnica média. Contração deles = hormônios saem da medula da suprarrenal para a circulação, reduzindo o volume da suprarrenal (CM = células medulares e TM a túnica média do vaso) (TI é a túnica íntima delgada com conjuntivo. ML é o músculo liso da túnica média. Sem túnica adventícia definida. CG são as células ganglionares comumente com contato com a parede da veia, possuem citoplasma um pouco basofílico/púrpura, núcleo se perde no córtex, sendo visualizado apenas o citoplasma) - Vasos linfáticos: na cápsula e no conjuntivo ao redor dos vasos maiores. Aparecem também no parênquima da medula da suprarrenal. São importantes na distribuição de produtos de alto peso molecular das células cromafins na circulação (por exemplo, cromogranina A) Células da medula da suprarrenal (medula com grupos ovoides. No centro túnica média espessa e muscular da veia) ● Células cromafins ○ Neurônio modificados que recebem fibras nervosas simpáticas pré-sinápticas mielinizadas ○ “Neurônios pós-sinápticos” sem axônios - em razão dos glicocorticóides produzidos pelo córtex da suprarrenal ○ Seus produtos secretórios entram na corrente pelos capilares fenestrados ○ Organizadas em agrupamentos ovóides e cordões curtos ○ Contêm cromograninas nas vesículas, proteínas solúveis que conferem densidade ao conteúdo vesicular e ajudam a ligar as catecolaminas junto com o ATP e íon cálcio ○ As catecolaminas são sintetizadas no citosol e são transportadas para as vesículas por ação de uma ATPase ativada por magnésio na membrana ○ Reserpina causa depleção de catecolaminas das vesículas por inibir o mecanismo de transporte ○ Vesículas secretoras, RER, aparelho de Golgi, vesículas variáveis ■ Secretoras de norepinefrina: grandes vesículas com porção central densa ■ Secretoras de epinefrina: vesículas menores, mais homogêneas e menos densas ● Células ganglionares ○ Axônios se direcionam para a periferia (córtex suprarrenal) ○ Inervam vasos sanguíneos e modulam atividade secretora ○ Estendem-se até os nervos esplâncnicos (inervam órgãos abdominais) Glicocorticóides e catecolaminas ● Glicocorticóides sintetizados no córtex chegam à medula pelos capilares sinusoidais (corticais e medulares) ● Glicocorticóides induzem a enzima que catalisa a metilação da norepinefrina e produzir epinefrina ● Implicação: células contendo epinefrina são mais numerosas na área medular suprida com sangue que já passou pelos sinusóides corticais (já a norepinefrina seria mais comum, por exemplo, nas proximidades das arteríolas corticais) ● Catecolaminas liberadas preparam o corpo para a resposta de luta ou fuga Zoneamento do córtex da suprarrenal (setas apontam as trabéculas de conjuntivo que penetram a partir da cápsula e circundam os grupos glomerulares) a. Zona glomerular ● Mais externa e estreita ● Células relativamente pequenas e colunares ou piramidais que se organizam em agrupamentos ovóides acondicionados em colunas encurvadas, os quais são circundados por uma rede de capilares sinusoidais fenestrados ● Núcleo das células densamente dispostos e bem corados ● Podem não aparecer em todos os seres humanos ● Células com REL, CG, mito, RER e ribossomos ● Secreção celular de mineralocorticóides ○ Regulação da homeostase de sódio e potássio + equilíbrio hídrico ○ Aldosterona = estímulo de reabsorção de sódio ● Controlada pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona ○ Células justaglomerulares do rim > queda da PA > renina > conversão de angiotensinogênio em angiotensina I > angiotensina II pela ECA > estímulo à secreção da aldosterona pelas células da zona glomerular b. Zona fasciculada (cora-se mal por conta do lipídio) ● Zona média e espessa ● Células grandes e poliédricas dispostas em cordões retos e separadas pelos capilares sinusoidais ● Núcleo esférico levemente corado ● Algumas células são binucleadas ● Células secretoras de esteróides (RER bem desenvolvido e mitocôndrias com cristas tubulares / leve basofilia do citoplasma) ● Citoplasma acidofílico com numerosas gotículas lipídicas ● Secreção de glicocorticóides ○ Deprimem respostas imunes e inflamatórias, ou seja, cicatrização de feridas ○ Estimulam destruição de linfócitos nos linfonodos ○ Regulação da gliconeogênese e da glicogênese ○ Cortisol ■ No fígado, conversão de aas em glicose + polimerização da glicose em glicogênio + captação de aas e ácidos graxos ■ No adiposo, degradação de lipídios ■ Em outros, reduzem a velocidade de uso de glicose + oxidação de ácidos graxos ■ Nas células, inibem síntese proteica ● Secreção de gonado corticóides (como o androgênio) ● Controle: controle pelo sistema CRH-ACTH (estímulo à síntese) (as células são os limites entre as células e L as gotículas lipídicas) c. Zona reticular (eosina = rosa) ● Zona interna e mais espessa que a glomerular ● Células menores, núcleos mais corados, disposição em cordões anastomosantes separados por capilares fenestrados, pouco lipídio ● Células mais escuras = grânulos de lipofucsina ● Secretam esteróides (= pouco RER e muito REL) ● Secretam androgênio fracos (DHEA) e glicocorticóides (cortisol) ● Controle: sistema CRH-ACTH Glândula suprarrenal fetal 1. Células mesodérmicas entre a raiz do endotélio e a zona gonádica em desenvolvimento penetram o mesênquima adjacente e dão origem a uma massa de células eosinofílicas (rosas = zona fetal do córtex) 2. Segunda onda de células prolifera a partir do mesênquima e circunda a massa anterior ● No feto a termo, a produção das glândulas suprarrenais supera a dos adultos ● Histologicamente semelhante à adulta ○ 80% em cordões eosinofílicos ○ córtex permanente no feto parece a zonaglomerular do adulto (estreito) ○ contraste: núcleos das células do córtex com aparência azulada x coloração rosa da zona fetal (eosinofílica) ○ na zona fetal, citoplasma mais eosinofílico (rosa / REL ) e em elevada quantidade ● Características de células secretoras de esteróides ● Sem medula definitiva: células cromafins dispersas e não reconhecíveis ● Arteríolas ausentes ● Controle: sistema CRH-ACTH através da hipófise ● Interação com a placenta para a formação de esteróides ● Parte da unidade fetoplacentária ● Ao nascimento, o córtex fetal involui um pouco e o permanente cresce e amadurece para formar as zonas. Então, as células cromafins se agregam para formar a medula
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